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segunda-feira, 8 de agosto de 2011

Pasta quer restrição à venda de álcool líquido para uso doméstico

 

Proibição ocorreu em 2002, mas foi revogada pela Justiça; segundo médicos, medida fez nº de ocorrências cair

O secretário de Assistência à Saúde, Helvécio Magalhães, disse ser a favor da restrição da venda do álcool líquido para uso doméstico. A medida, avalia, ajudaria a reduzir as estatísticas de queimaduras no País.

Em 2002, resolução da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) proibiu a venda do produto líquido para uso doméstico, mas, por determinação da Justiça, ele voltou a ser comercializado. A justificativa era de que a Anvisa não teria atribuição para regular esse tipo de comércio.

Embora não haja estatísticas oficiais, estudos mostram queda nas queimaduras no período em que o produto foi proibido.

O coordenador da Unidade de Queimaduras da Santa Casa de Limeira, Flávio Nadruz, diz que, durante a proibição, o serviço registrou redução de 27% no número de acidentes. "É um número considerável, principalmente quando pensamos nas consequências para o paciente."

Em 2010, foram realizadas 71.860 cirurgias reparadoras de queimaduras - a um custo de R$ 89,23 milhões, sem incluir gastos com internações de pacientes que não precisaram fazer cirurgia ou atendimentos ambulatoriais. Em 2008, foram feitas 70.768 operações reparadoras.

No Congresso, tramita um projeto que atribui à Anvisa poderes para regular o comércio do álcool. Para Nadruz, a aprovação poderia trazer um impacto positivo nos números de acidentes.

Mas a medida esbarra na resistência de fabricantes e da própria população, habituada a usar o produto na limpeza da casa. Segundo Nadruz e Gomez, o produto pode ser substituído por água e o sabão, pois álcool líquido, diferentemente do produto nos hospitais, não é desinfetante.

Fonte Estadão

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