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terça-feira, 6 de setembro de 2011

Criança morre sem atendimento de neurologista: Hemorragia não é examinada

Faz três anos que a advogada Lucilene Pereira, de 33 anos, não entra na emergência de um hospital. Na última vez, a filha Ana Priscila, de 3 meses, sofria crises convulsivas. A menina foi internada na Unidade de Terapia Intensiva (UTI), mas somente 24 horas mais tarde foi examinada por um neurologista. Ela havia sofrido uma hemorragia cerebral, que provocou sua morte depois de 21 dias.

"O hospital, que faz parte da rede própria de uma operadora, não tinha neurologista naquele dia. Disseram que o profissional estava de férias. Eu pedi para que ela fosse transferida, mas diziam para mim: "Descansa, mãe. Ela está bem, está com a bochecha coradinha. E, enquanto isso, minha filha tinha uma hemorragia cerebral e ninguém sabia", conta Lucilene.

Quando Ana Priscila foi examinada, na tarde do dia seguinte, o neurologista informou que já havia pouco a fazer. Dois dias depois, foi diagnosticada a morte cerebral. O coração de Ana Priscila ainda bateu por mais 18 dias.

"Esses planos precisam de uma regulação de verdade. Eles têm de administrar melhor a sua rede, mas parece que a única preocupação é encher a carteira de clientes", afirmou.

Mãe de Lucas Daniel, de 5 anos, Lucilene não voltou nunca mais às emergências. Quando o menino tem febre, ela espera para levá-lo ao pediatra que o acompanha. "Nas emergências, você enfrenta uma realidade de hospital público, com horas de espera, mas sem a certeza de um bom atendimento."

Ela agora está processando a operadora de saúde. "Precisei me recuperar emocionalmente", conta.

Fonte Estadão

2 comentários:

  1. É um absurdo mas assim está a saúde no Brasil, caso de calamidade pública!

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  2. Caro leitor, cabe a nós nas próximas eleições reinvidicarmos esse nosso direito. Nãopodemos mais engolir isso calado. Enquanto nós morremos sem atendimento, eles (políticos) enchem os bolsos com o dinheiro de nossos impostos.

    Em janeiro foi retirado (corte) 10% da verba para a saúde de todos os hospitais estaduais e não foi reposto. Sabe o que o secretário da saúde disse? "não quero saber de qualidade, quero números de atendimento",mas isso ele não fala para as câmeras das emissoras de TV. E quem sofre é o povo, somos nós!!!

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