Morreu na noite desta terça-feira, vítima de um mal súbito aos 74 anos, o médico Ricardo Renzo Brentani, um dos responsáveis por impulsionar a entrada do Brasil na era da medicina por DNA.
Nascido em Trieste, na Itália, filho de Segismundo e Gerda, Brentani veio para o Brasil com apenas um ano de vida. Formou-se em medicina pela USP em 1962, especializou-se em oncologia e fez seu doutorado, em bioquímica, na mesma universidade.
Acabou se tornando professor da própria USP, de 1980 em diante.
Nos anos 1990 e 2000, foi um dos responsáveis pelo sucesso do Projeto Genoma do Câncer, iniciativa da Fapesp (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo) cujo objetivo era mapear as características genéticas dos principais tipos de tumores que afetam a população do Brasil.
A equipe do projeto se concentrou nos genes que estavam "ligados" apenas nos tumores. O objetivo final do esforço, que ainda deve demorar para ser totalmente alcançado, é achar maneiras de diagnosticar a doença cedo e de tratá-la de forma específica com base no DNA.
Seu interesse por mistérios da biologia molecular também o levaram a estudar os príons, as proteínas que causam o mal da vaca louca mas que, em sua versão normal, também são essenciais para o funcionamento do cérebro.
Brentani era diretor-presidente do Conselho Técnico-Administrativo da Fapesp e da Fundação Antônio Prudente, mantenedora do Hospital A.C. Camargo, onde ocorrerá o velório. Também foi presidente da filial brasileira do Instituto Ludwig de Pesquisa sobre o Câncer.
Fonte Folhaonline
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