Método é tratamento para problemas na coluna, enxaqueca e até incontinência urinária
Na sala de aula de ginástica holística não há incensos acesos, nem trilha sonora de música new age. O ambiente é claro e amplo, nada de meia-luz, panos coloridos, lustres indianos ou pufes espalhados pelo chão.
O “holístico” tampouco se refere às práticas zen às quais o nome costuma ser associado.
“O nome foi definido pela tradução. Mas o que queremos dizer é que cuidamos não apenas de partes do corpo isoladamente, mas dele como um todo. Tenho dificuldade por causa da credibilidade da nomenclatura quando apresento a técnica a médicos. Depois que eles conhecem, veem que o nome não traduz o que a técnica realmente é”, afirma Patricia Lacombe, fisioterapeuta e instrutora do método.
A técnica tem semelhanças com a reeducação postural global (RPG), mas se diferencia nos movimentos realizados ao longo da aula.
“É mais dinâmico do que o RPG, porque queremos gerar autonomia no aluno”, explica Roberta de Souza Cavalini, instrutora e fisioterapeuta. Os exercícios trabalham respiração, equilíbrio e tônus muscular.
O objetivo é trabalhar o corpo em três frentes: tratamento, prevenção e orientação, principalmente com relação à coluna vertebral.
“Às vezes a pessoa pisa de forma errada e isso tem reflexos nas pernas e na coluna. Então sente dores nas costas, mas que não sabe de onde elas vêm. É preciso melhorar a dor e também corrigir a origem do problema”, ressalta Roberta.
Ela destaca bons resultados em tratamentos contra fibromialgia e enxaqueca, além da redução de 90% dos casos de cirurgia da coluna entre os pacientes que chegaram ao local onde trabalha.
“Podemos aplicar os movimentos para qualquer patologia ósseo-muscular. Usamos muito para tratamento de hérnia de disco e outras situações mais graves. Temos ótimos progressos em casos de incontinência urinária, prevenção de quedas e ganho de equilíbrio em idosos”, reforça Paula.
No País, o lado terapêutico da ginástica holística tem sido o mais difundido e procurado. Na Europa, no entanto, a técnica é voltada à qualidade de vida, dentro do conceito de envelhecimento saudável.
Os acessórios empregados durante as aulas podem ser facilmente adaptados e usados em casa. Tubos de PVC, um rolo de macarrão, sacos de sal e bolinhas de tênis são as principais elementos incorporados na ginástica.
“Queremos provocar a autonomia e não criar dependência”, explica a fisioterapeuta.
“Ensinamos a pessoa a adquirir consciência corporal e se tratar sozinha. Os movimentos são explicados, a pessoa ganha lição de casa para fazer”, completa Roberta.
Em média, o aluno vai ao consultório uma ou duas vezes por semana apenas, em sessões de uma hora. O restante do tratamento é realizado em casa. Os resultados vão depender do comprometimento pessoal, além do objetivo de cada um, mas aparecem em cerca de seis meses.
A terapeuta Roberta de Souza Cavalini ensina cinco movimentos da ginástica:
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7. Faça movimentos para um lado e para o outro. Conte mais 45 segundos.
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10. Dobre as pernas e eleve o quadril. Coloque-as bem na base do cóccix. Relaxe a coluna.
11. Movimente levemente o quadril, rolando as bolinhas embaixo do corpo. Faça por uns 45 segundos.
13. Faça movimentos com a cabeça como se estivesse dizendo não, por 45 segundos.
14. Posicione o rolo um pouco mais para cima e faça novamente os movimentos de “não” por mais 45 segundos.
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17. Coloque os braços ao lado do corpo com as palmas das mãos viradas para cima. Fique nessa posição por 45 segundos.
19. Mexa apenas a parte superior do braço. Você formará uma figura semelhante a um candelabro. Segure por 45 segundos.
Fonte iG
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