Ala do Hospital Regional de São José ficará fechada para desinfecção até quinta-feira
A confirmação de que a morte de um paciente foi causada pela superbactéria KPC (Klebsiella Pneumonia Carbapenemase) levou a Secretaria do Estado da Saúde a fechar, por três dias, a emergência do Hospital Regional, em São José, na Grande Florianópolis. A ala deve ser reaberta na quinta-feira, às 20h.
De acordo com o superintendente dos Hospitais Públicos Estaduais, Walter Gomes Filho, esta foi a primeira morte deste ano no Estado causada pela superbactéria. O paciente deu entrada na emergência com problemas respiratórios e, com complicações, chegou a ser internado na Unidade de Tratamento Intensivo (UTI). Gomes Filhos não quis passar informações sobre a vítima e não soube precisar quanto tempo ela passou internada.
O promotor de São José, da área da cidadania, Jádel da Silva Junior, está acompanhando o caso para ver se cabe uma ação por parte do Ministério Público de Santa Catarina (MPSC).
A última morte por KPC havia sido sido registrada no final do ano passado, também no Regional. O hospital segue um protocolo internacional de desinfecção que está na rotina da unidade, mas a que está sendo feita diante da identificação da superbactéria, exige um trabalho diferenciado, inclusive, com o fechamento da ala. A última vez que o regional passou por uma procedimento assim foi em 2009.
Outras emergências não devem ser sobrecarregadas
O Hospital Regional tem a maior emergência de Santa Catarina com uma média de 40 mil atendimento por mês. Segundo o superintendente, porém, cerca de 70% dos casos atendidos ali poderiam ser resolvidos em postos de saúde e unidades e pronto atendimento (UPAs)
—A nossa recomendação é que as pessoas recorram a estes locais para que não sobrecarregue as emergências dos outros hospitais como Celso Ramos e Florianópolis—explicou Gomes Filho.
Primeiro dia foi complicado
No primeiro dia de fechamento da emergência do Hospital Regional, muitas pessoas ainda estiveram lá procurando atendimento. O superintendente explicou que isso já era esperado.
—O fechamento aconteceu de uma forma abrupta, mas porque queremos reabrir antes do feriado. Por isso estamos recorrendo à imprensa para que este assunto seja amplamente divulgado e chegue à população.
Gomes Filho explicou que Samu e Bombeiros estão avisados de que os atendimentos devem ser encaminhados para outras unidades, mas uma equipe está preparada para atender casos muito urgentes que a regulamentação julgue não ter condições de ser transferida.
—Temos profissionais voltados para este tipo de atendimento e a emergência cardiológica, que está funcionando normalmente, está servindo de apoio—concluiu o superintendente.
Fonte Diário Catarinense
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