Indivíduos que fizeram cirurgias para o controle da obesidade – como os procedimentos bariátricos – têm grande melhora de qualidade de vida, na saúde como um todo e também impactos positivos nos seus relacionamentos sociais, indica pesquisa.
O estudo, feito pela Universidade do Arizona e submetida à Associação Americana de Estudos Sociológicos, aponta que cirurgias para reversão da obesidade estão se tornando cada vez mais comuns e, além das questões técnicas e de saúde, é preciso observar os impactos desse tipo de procedimento na vida dos pacientes no médio e longo prazo.
A pesquisa, feita pela equipe de Jennie Kronenfeld, acompanhou mais de 210 pacientes, com idades variando entre 26 e 73 anos de idade e que participavam de grupos de apoio após o procedimento cirúrgico.
“Nossa hipótese inicial era que haveria muitas reações negativas à cirurgia, mas ao contrário, encontramos indivíduos bastante satisfeitos com as mudanças ocorridas após a cirurgia”, explica a autora. “Na grande maioria esse impacto positivo se deu pelas melhoras na saúde como um todo”.
Maior controle sobre o diabetes, diminuição de problemas cardiovasculares, colesterol e apnéia do sono foram alguns dos benefícios citados pelos entrevistados. Além disso a maior mobilidade nas tarefas diárias foi algo muito positivo para os pacientes.
Mas a grande descoberta da pesquisa foi o fato de que as relações sociais melhoraram sensivelmente para os “ex-obesos”. Os níveis de depressão também diminuiram.
“Nosso estudo nos dá evidências tanto do estigma que a obesidade promove – a reação negativa de outras pessoas a um indivíduo muito acima do peso – mas também do quanto vencer a condição pode melhorar as relações familiares e com o círculo de amizades de uma forma geral”, complemente Doris Palmer, outra autora envolvida na pesquisa.
A satisfação com a própria aparência, entretanto, foi bem menos impactada do que se pensava inicialmente.
“Esses pacientes estavam satisfeitos, mas não foi algo que teve variações tão grandes quanto outros aspectos da sua vida”, dizem as autoras que entrevistaram os participantes para questões como autoestima, saúde física, vida social, condições de trabalho, convivência familiar, mobilidade e satisfação com o processo para a realização da cirurgia.
Fonte O que eu tenho
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