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sexta-feira, 19 de outubro de 2012

Estudo: alcoolismo encurta expectativa de vida em 20 anos

Estudo mostrou que os homens dependentes de álcool têm duas vezes mais chances de morrer do que pessoas da mesma idade que não bebem em excesso
 
Sabe-se que o abuso no consumo de substâncias alcoólicas pode causar dependência e problemas de saúde. Agora, um estudo aponta que também aumenta o risco de morte em relação à população em geral, especialmente entre as mulheres. Um levantamento feito ao longo de 14 anos pelo Institute of Epidemiology and Social Medicine na University Medicine Greifswald, na Alemanha, mostra que os homens dependentes de álcool têm duas vezes mais chances de morrer do que pessoas da mesma idade que não bebem em excesso. Entre as mulheres, as taxas de mortalidade são 4,6 vezes maiores.
 
"Dados clínicos mostram proporção maior de indivíduos que morreram do que outros da população em geral da mesma idade. Dados específicos para gêneros diferentes são raros, mesmo quando se estudam pacientes. Mas há dois pontos para esclarecer. Primeiro, sabemos que apenas uma minoria de dependentes do álcool é tratada. Segundo, não há evidências dos reais efeitos do tratamento contra dependência sobre as taxas de mortalidade. Queremos saber o quanto o tratamento poderia aumentar a expectativa de vida. Por razões éticas, não dá para controlar isso numa pesquisa", afirmou o professor de epidemiologia e medicina social da entidade, Ulrich John.
 
Ele e a equipe que realizou a pesquisa estudaram prontuários médicos de 4 mil pessoas, selecionadas aleatoriamente, com idades entre 18 e 64 anos. Entre eles, 153 tinham sido classificados como dependentes do álcool e 149 deles (119 homens e 30 mulheres) foram acompanhados clinicamente ao longo de 14 anos. "Primeiro detectamos aumento na taxa de mortalidade. Segundo, descobrimos que a idade média do óbito era de 60 anos para as mulheres e 58 para os homens, cerca de 20 anos a menos do que a média entre a população em geral. Terceiro, ter feito tratamento para curar a dependência não aumentou a expectativa de vida em comparação com os que não fizeram tratamento algum", esclareceu o médico.
 
"Sabemos que as mulheres tendem a reagir mais a toxinas, como o álcool, do que os homens. Elas também parecem desenvolver doenças ligadas à dependência mais rapidamente", completou. As informações da pesquisa serão publicadas na edição de janeiro de 2013 da revista Alcoholism: Clinical & Experimental Research.
 
Fonte wscom.com.br

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