Páginas

sábado, 10 de novembro de 2012

Pesquisadores desenvolvem interface cérebro-computador

Pesquisadores da Universidade de Coimbra, em Portugal, criaram uma interface cérebro-computador que pode ser utilizado por pessoas com limitações motoras graves, como doentes com esclerose lateral amiotrófica (ALS), pessoas tetraplégicas e com paralisia cerebral.

O sistema desenvolvido pelo pesquisador Gabriel Pires restaura a comunicação, aumenta a mobilidade e o grau de independência dos doentes permitindo assim que exista uma comunicação baseada apenas em ondas cerebrais e estímulos visuais.
 
O sistema foi validado clinicamente e também obteve resultados positivos em um grupo de portadores de ALS, um paciente tetraplégico e em uma pessoa com a síndrome de Duchenne.
 
“Trata-se de uma ferramenta de assistência muito poderosa que, quando entrar no mercado, terá um forte impacto social porque permitirá às pessoas com deficiências motoras muito graves obter mais autonomia”, explica o pesquisador Gabriel Pires .
 
De acordo com o pesquisador, os pacientes que utilizarem a interface cérebro-computador, irão poder realizar tarefas quotidianas como conversar no Skype, conduzir uma cadeira de rodas, ligar luzes, acionar alarmes via telefone, ligar a televisão, entre outras.
 
A interface é formada por um conjunto de algoritmos de processamento de sinal que, após recolher os sinais cerebrais por meio da eletroencefalografia, promove uma descodificação dos padrões cerebrais e seleciona letras de forma sequenciais, permitindo assim que sejam escritas frases.
 
Pires explica que são algoritmos que se ajustam aos padrões neuronais das pessoas. Por exemplo, “o sistema consegue perceber se o utilizador, no momento, quer ou não efetuar uma dada tarefa. Por outro lado, com um simples fechar de olhos, o utilizador desliga a interface. Para ligar novamente, repete o movimento”, explica o pesquisador Gabriel Pires.
 
Fonte Corposaun

Nenhum comentário:

Postar um comentário