P&G/Reprodução
Em 30 minutos, água está pronta para
consumo novamente
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Basta abrir o pequeno sachê e despejar o pó em um recipiente cheio de água
suja e em cinco minutos a lama começa a se agrupar, formando grandes blocos,
para depois afundar, deixando a água limpa e quase pronta para consumo.
"É deixar a sujeira afundar, coar a água, aguardar 20 minutos e estará pronta
para beber", afirma Greg Allgood, diretor da divisão americana do programa sem
fins lucrativos da Procter & Gamble para fornecer água potável a países em
desenvolvimento e zonas que sofreram desastres.
"Revertemos o sistema de uma usina de tratamento de água para que algo que
custa dezenas de milhões de dólares passasse a custar três centavos e meio",
completa Allgood. Adicionando os gastos com distribuição, envio, educação e
treinamento dos grupos de ajuda, o custo total de cada sachê não passa de 10
centavos de dólar.
Um único sachê pode purificar até 10 litros de água, o bastante para o
consumo de cinco pessoas durante um dia. Não importa se o filtro ou se o
recipiente não estiverem limpos - a substância limpa a água mesmo assim.
O pó é composto de sulfato de ferro - responsável por reunir a sujeita, os
metais pesados e os parasitas presentes na água - e cloro - responsável por
matar os vírus e bactérias, inclusive as causadoras do cólera.
"Quando a água está bem suja, não há muitas tecnologias de baixo custo que
possam funcionar", diz Allgood, PhD em toxicologia e enviado da P&G na
Clinton Global Initiative, que inaugurou nesta quinta-feira, 29, uma fábrica de
sachês em Cingapura. "Parece estranhos para nós, mas muitas vezes as pessoas
veem isso e dizem 'Meu Deus, eu estava bebendo água suja!'", conta.
Cerca de 40 milhões de sachês serão feitos ainda em 2012 em uma fábrica no
Paquistão e outros 100 milhões na central de Cingapura. A meta é que sejam
produzidos 200 milhões de sachês a ano até 2020, o que resultará em 2 bilhões de
litros de água potável.
Muitos dos pacotes são enviados para projetos de desenvolvimento na África e
em países emergentes da Ásia, mas também foram destinados a pessoas afetadas por
enchentes e outros desastres no Pquistão, na Tailândia, nas Filipinas, na
Indonésia e no Haiti, segundo Allgood.
A água potável é fundamental para pessoas soropositivas, uma vez que seus
sistemas imunológicos os torna muito vulneráveis a infecções, podendo tornar
alguns casos fatais com facilidade.
Fonte Estadão
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