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quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

Como prestar atenção nas coisas que vemos sempre mas não notamos?

2 1403412 66753486 fcl1971 300x200 Como prestar atenção nas coisas que vemos sempre mas não notamos?Placas e avisos são coisas que vemos todos os dias na maioria dos ambientes, especialmente os profissionais. Mas quando estamos sob pressão conseguimos lembrar onde elas ficam?
 
Para responder a essa pergunta, pesquisadores da Universidade da Califórnia começaram entrevistando pessoas para saber se elas lembravam onde ficava o extintor mais próximo, algo que todos que moram ou trabalham em prédios deveria saber. Mesmo ficando em locais muito bem localizados, apenas 24% dos entrevistados lembrou onde eles se localizavam.
 
“Só porque vemos alguma coisa diariamente não quer dizer que lembramos onde ficam. Alguém realmente conseguiria descrever ou desenhar uma nota de dinheiro? E isso é um exemplo de um objeto cotidiano, algo que todos já pararam e olharam e que faz parte de ações rotineiras”, explica Alan Castel, o autor da pesquisa publicada no periódico Attention, Perception, & Psychophysics.
 
O fato, diz o autor, é que não guardamos informações que não achamos necessárias ou relevantes. “Isso é bom por um lado pois nossa memória não fica sobrecarregada. Mas e quando falamos de algo que precisa ser usado durante uma emergência?”, questiona.
 
Para o pesquisador, tudo que é realmente necessário não basta que seja apontado ou sinalizado, tem que ser aprendido. “Apenas perguntar sobre os objetos – como fizemos com os extintores – já inicia um processo de aprendizado. As pessoas passam a se questionar e procuram uma resposta. Isso é aprendizado. Fora isso somos cegos para aquilo que está lá mas não faz sentido para nós”, diz.
 
Os pesquisadores chamaram o efeito de “amnésia não intencional” algo comum na vida de todos. A partir desses dados eles dizem que podem agora propor novas estratégias para que objetos importantes, como aqueles que devem ser utilizados durante uma emergência, comecem a ficar mais vívidos na memória.
 
“Outro dado importante que colhemos foi que, durante o aprendizado, é importante cometer erros. Eles também contribuem para que a memória se torne mais vívida. Esses erros dão significado a esses objetos cotidianos que ficam em nosso ‘ponto cego’ no cérebro. A junção de aprendizado, erros cometidos e chamada de atenção, assim como a criação do significado para uma ação é o que faz com que nossa memória trabalhe melhor”, finaliza.
 
Fonte O que eu tenho

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