Vida familiar estável, infância sem estressores, adolescência e juventude sem abuso de álcool, relacionamentos positivos e estáveis com os amigos e uma vida social ativa. Esses são os componentes do que vem sendo chamado de “medicina social”, uma série de fatores que contribuem para uma boa saúde e bem estar na velhice.
O termo foi citado esse ano pelos pesquisadores do Centro Internacional para Estudos da Vida em Sociedade e Saúde (ICLS) e tem como base dados de um estudo amplo feito no Reino Unido.
“Ao contrário do que acontece com tratamentos em diversas outras especialidades da medicina, o que chamamos de ‘medicina social’ não traz consigo qualquer tipo de contraindicação e só tem benefícios para a população”, explica Mel Bartley, um dos pesquisadores envolvidos na pesquisa que contou com a ajuda de diversas instituições de pesquisa ingleses.
Algumas dicas para uma vida melhor na velhice incluem uma infância dentro de um núcleo familiar minimamente estável, com rotinas claras, presença e apoio dos pais nas horas de diversão ou nas tarefas acadêmicas, e um bom ambiente escolar. “Um bom começo na escola – em qualquer idade – é garantia de que aquele ambiente não vai ser enxergado como hostil”, diz o pesquisador.
Crescer em um ambiente onde o cigarro não é algo comum e evitar o contato com bebidas alcoólicas muito cedo também estão entre as linhas gerais da chamada “medicina social”. “Isso pode ajudar a evitar outros tipos de vício com drogas no decorrer da vida”, aponta o estudo.
Outro ponto é a vida social. Ter – e manter contatos – com os amigos, fazer novas amizades nos diversos locais onde se convive e ter algum contato com a família – irmãos, primos e tios – também ajuda para que uma percepção positiva sobre a vida se mantenha quando a idade avança.
“Isso se reverte em melhor saúde, independente de outros problemas que possam estar relacionados com a genética, doenças ou acidentes diversos.” E esses benefícios não são apenas para os indivíduos, diz Bartley. “A sociedade e a economia de um país poderia se beneficiar desse tipo de ‘especialidade’ médica. A ideia, claro, é ainda rudimentar mas temos dados que comprovam que politicas públicas e ações que envolvessem esses pontos da ‘medicina social’ poderiam devolver à sociedade muito mais do que pessoas mais felizes. Poderíamos ter uma sociedade mais feliz”, afirma o autor.
Fonte O que eu tenho
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