Ficar sentado por longos períodos pode levar a piores níveis de insulina e glicose no organismo. Estas piores medidas podem alimentar um tumor e aumentar o risco de recorrência e morte |
Pessoas diagnosticadas com câncer colorretal que passam muito tempo sentadas têm maior risco de morte, de acordo com pesquisadores da American Cancer Society.
A pesquisa revela que pessoas fisicamente ativas, no entanto, têm uma chance melhor de sobreviver do que as sedentárias.
"Um fator pode ser que as pessoas que são fisicamente ativas podem estar desenvolvendo um tumor menos agressivo. Além disso, estar em boa forma física pode ajudar as pessoas conforme elas se submetem ao tratamento", afirma o pesquisador Peter Campbell.
Segundo Campbell, a ligação entre ficar muito tempo sentado e o risco de morte não é bem compreendida. "Nós entendemos que se sentar por longos períodos pode levar a piores níveis de insulina e glicose no organismo. Estas piores medidas podem alimentar um tumor e aumentar o risco de recorrência e morte", explica.
Há também evidências de que longos períodos de sentado aumentam o "estresse oxidativo" nas células do corpo e piora o balanço hormonal.
Campbell e seus colegas coletaram dados sobre cerca de 2.300 pessoas diagnosticadas com câncer colorretal que não se espalhou além do cólon. Durante 16 anos de acompanhamento, mais de 800 pacientes morreram, cerca de 400 deles de câncer colorretal e o restante por outras causas.
Depois de analisar os dados, os pesquisadores descobriram que as pessoas que se exercitavam mais, como as que caminhavam 150 minutos por semana, tinham um risco cerca de 28% menor de morrer em comparação com aqueles que se exercitaram menos.
Os resultados mostraram ainda que pessoas que ficavam sentadas seis horas ou mais por dia durante o tempo de lazer tinham 36% mais risco de morrer em comparação àquelas que ficavam sentadas menos de três horas por dia.
"Os novos resultados precisam ser replicados antes que possam ser considerados definitivos, mas são consistentes com o que é visto em pacientes não cancerosos", conclui Campbell.
Fonte isaude.net
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