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quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

Lentes esclerais – recurso eficaz quando outras terapias falharam

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As lentes esclerais foram as primeiras lentes de contato desenvolvidas
Os excelentes resultados clínicos apresentados com a adaptação de lentes esclerais demonstram que, este tipo de lente, pode ser considerado um recurso eficaz no tratamento de determinadas patologias, onde outras terapias falharam. É o caso de pacientes com córneas traumatizadas, pacientes com ceratocone avançado e também na correção de cirurgias refrativas que não tiveram resultado esperado.
 
Para a médica oftalmologista Tania Schaefer, uma das pioneiras na adaptação de lentes esclerais no Brasil, entre as vantagens do tratamento está a redução dos riscos que envolvem uma cirurgia, maior conforto aos pacientes e melhora instantânea da visão, quando podem ser adaptadas.
 
Diferente das lentes de contato mais conhecidas, as lentes esclerais apresentam um maior diâmetro e, com isso, ficam posicionadas sobre a esclera, a parte branca do olho, que é menos sensível e frágil. Por evitar um contato direto com a córnea, as lentes esclerais proporcionam melhor conforto e evitam a ocorrência de numerosas agressões à córnea, porque têm a capacidade de manter o olho hidratado. Por esta razão são também indicadas para casos de secura ocular grave.
 
História
As lentes esclerais foram as primeiras lentes de contato desenvolvidas. Foram descritas inicialmente por um estudo de Adolf Fick que, em 1888, teve a ideia de corrigir a irregularidade da córnea utilizando conchas de vidro. Posteriormente, o desenvolvimento de polimetilmetacrilato (PMMA), em 1900, um material mais moldável, tornou mais fácil a fabricação das lentes de contato e com isso a adaptação de lentes teve grande impulso. No entanto, o PMMA não era permeável ao oxigênio, o que trouxe novos desafios à contatologia.
 
Com o passar dos anos, estas lentes esclerais foram substituídas pelas lentes corneanas, novos materiais foram desenvolvidos e a adaptação de lentes de contato tornou-se mais popular.
 
Os estudos para o desenvolvimento de lentes da córnea continuaram com a introdução de materiais rígidos gás-permeáveis (RGP), que permitem a troca de oxigênio através das lentes, reduzindo assim as complicações do uso, relacionado à falta de oxigenação da córnea. Com isso a utilização das lentes esclerais no tratamento das mais diversas patologias da visão ganha um reforço, e os diversos estudos demonstram que muitas pessoas podem se beneficiar com o uso das lentes esclerais.
 
Fonte Corposaun

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