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quarta-feira, 27 de março de 2013

5 elementos-chave para que a TI traga resultados

O consultor Sérgio Lozinsky dá dicas para os hospitais seguirem rumo à gestão de tecnologia. "A TI típica não responde adequadamente ao que o negócio pede atualmente"
 
Estrategicamente a Folks eSaúde, presidida por Claudio Giulliano, reuniu diferentes perfis de profissionais do setor para discutir a gestão de TI em Saúde. O encontro foi pensado após constatação das dificuldades de muitas instituições em tornar a área de tecnologia da informação estratégica para toda a diretoria.
 
Considerado um setor muito regulamentado e dinâmico, a saúde precisa estar preparada para as constantes mudanças e, para isso, ter uma boa gestão e governança pode fazer a diferença. “Uma área só é capaz de se desenvolver através da colaboração de profissionais mais capacitados e influentes dentro da instituição, e que estejam alinhados com a estratégia do negócio, que neste caso é cuidar de vidas. Esse é o primeiro passo rumo à gestão de TI”, considera Giulliano.
 
A necessidade de uma maior aproximação entre o CEO e o CIO é outra característica que deve ser considerada pelos hospitais brasileiros, assim como um posicionamento mais expressivo do líder de TI frente às estratégias da entidade. “O diretor de tecnologia precisa ser influenciador e capaz de subir na hierarquia do hospital, tornando-se uma figura vista não só como um mal necessário”, diz.
 
Construindo uma TI que traga resultado
De acordo com o consultor Sérgio Lozinsky o uso da TI é complicado e demanda um trabalho contínuo muito grande. De um modo geral, a área de tecnologia precisa ter perfis capacitados, novas experiências, processos que permitam gerir bem todas as pessoas impactadas pela TI interna e externamente. “É um conjunto do que chamamos de gestão de TI, que inclui coisas complicadas como gestão de pessoas e acompanhamento financeiro, por exemplo”, avalia Lozinsky.
 
Para ele, os hospitais precisam perceber que por trás do processo de gestão de operações tem muito mais do que apenas cabeamento e suítes, envolve também alinhamento de negócios de TI – considerados estratégicos. “No mundo da tecnologia da informação tem muita novidade e experiências que podem ser aproveitadas e, por isso, o CIO e sua equipe não podem ficar entre quatro paredes, presos dentro da empresa”, considera.
 
Ter uma arquitetura sólida também é tido como essencial para entrega de resultados. Lozinsky destaca entre outros pontos: arquitetura de sistemas; revisão de processos de negócios e organização; seleção e implantação de aplicativos; revitalização de sistemas legados; implementação de PMO para condução dos projetos; e plano diretor de TI.
 
O que não pode faltar
 
Cinco elementos-chave não podem ser esquecidos pelos hospitais. São eles:
 
- Boa equipe de TI;

- Governança de TI;

- Arquitetura de sistemas e processos;

- Segurança e desempenho;

- Maturidade dos serviços.
 
Como o investimento de TI é percebido
O estudo Antes da TI a Estratégia, da IT Mídia, aponta que entre as mil maiores empresas do Brasil 44% têm a TI como estratégica e cobram da área uma postura de inovação e aplicação de novas tecnologias; enquanto 6% não vêem a TI estrategicamente. Na área de saúde, estes números ficam em 40% e 15%, respectivamente.
 
Problema
Estatística apresentada mostra que é claro que o CIO dificilmente faz seu sucessor. Essa realidade comprova os problemas que a TI pode vir a ter com sua equipe, já que o correto é preparar colaboradores para a gestão de tecnologia, segundo o consultor.
 
“A maioria tem equipe com formação técnica, que atua como suporte e resolução de problemas. Isso significa problema de equipe. À medida que é preciso entregar resultado se deve valorizar perfis não técnicos e sim de gestão, de negociação”, diz. Ao considerar que a TI precisa estar mais bem representada, Lozinsky conclui que a TI típica não responde adequadamente ao que o negócio pede atualmente.
 
“Não adianta eu pensar estrategicamente. É preciso ter uma equipe que corresponda a isso, é preciso ter um papel diferenciado, e hoje mais da metade das empresas ainda precisa aumentar a maturidade dos seus processos de governança de TI”.
 
Alvo de investimento dos CIOs
Não diferente do que se esperava, mobilidade é o foco de investimento das mil maiores empresas do Brasil, seguido de segurança da informação. Em saúde, ocorre justamente o contrário: segurança da informação seguido de mobilidade. “Isso faz todo o sentido”, diz o consultor.
 
Lozinsky conclui que mesmo com toda questão de alinhamento ao negócio o CIO ainda coloca em sua lista de investimento muito mais do ambiente que ele constrói do que de outros elementos de TI como virtualização e cloud computing, que aprecem no final das prioridades.
 
Fonte Saudeweb

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