Após a primeira consulta e o início do uso de óculos, professores perceberam que 50% das crianças tiveram melhora no rendimento escolar |
Dados do último Censo do IBGE revelaram que 36 milhões de brasileiros sofrem de algum tipo de distúrbio de visão. Não fosse a própria gravidade do número, o mais preocupante é que grande parte dessa população desconhece o problema e muitos carregam a disfunção desde a idade escolar, período no qual 12% das crianças matriculadas na rede pública precisam usar óculos e muitas sequer sabem disso.
Esses números levaram a Abióptica – Associação Brasileira da Indústria Óptica - a encampar esforços para tornar obrigatório o exame de acuidade visual em crianças em idade pré-escolar, iniciativa já em andamento junto ao Congresso Nacional e aos Ministérios da Educação e da Saúde. Um projeto de Lei, de autoria da então Senadora Marisa Serrano, tramita desde 2008 no Senado Federal e já passou pela Comissão de Constituição e Justiça. Bento Alcoforado, presidente da Abióptica, ressalta que enxergar bem talvez seja um dos direitos mais legítimos e básicos de todo cidadão.
— Estamos falando de trazer à luz crianças e adultos que não fazem sequer ideia da diferença entre enxergar ou não, até porque boa parte deles não têm acesso a um simples exame. O caminho é longo e depende de esforços conjuntos entre iniciativa privada e poder público — diz.
Para o oftalmologista Leôncio Queiroz Neto, o combate à evasão e ao baixo rendimento escolar deve ser feito por meio da correção visual, seja com o uso de óculos, indicação de terapias, realização de cirurgias ou outros procedimentos oftalmológicos.
— A visão responde por 85% de nossa integração com o meio ambiente, sendo um sentido essencial para o desenvolvimento cognitivo. De acordo com o Ministério da Saúde, todo ano são matriculadas aproximadamente 6 milhões de crianças no ensino fundamental público. E em levantamento feito em escolas municipais, 7 em cada 10 crianças nunca passaram por exame oftalmológico — revela.
O levantamento também demonstra que, após a primeira consulta e o início do uso de óculos, professores perceberam que 50% das crianças tiveram melhora no rendimento escolar; 51,1% conseguem desenvolver atividades que antes não conseguiam; 57% concentram-se mais; 49% finalizam tarefas que antes não terminavam e 36,2% estão menos agitadas.
Alerta aos pais e professores
A criança com dificuldade em enxergar adquire alguns hábitos que servem de alerta para pais e professores. O oftalmologista aponta algumas dicas e sinais que podem ajudar na identificação de problemas de visão:
— Até os dois anos de idade, pais e responsáveis devem ficar atentos ao lacrimejamento constante; fotofobia; íris muito grande, com reflexo, cor acinzentada ou opaca; falta de interesse pelo ambiente e crianças com olhos vermelhos e com secreção — recomenda Leôncio.
Já dos 3 aos 7 anos, os pais devem procurar um médico oftalmologista quando a criança apresentar dor de cabeça ou nos olhos com frequência; tombar a cabeça para um lado; assistir TV muito próxima da tela; desviar os olhos para o nariz ou para fora; esfregar os olhos após esforço visual ou fechar um dos olhos em locais ensolarados.
Esses números levaram a Abióptica – Associação Brasileira da Indústria Óptica - a encampar esforços para tornar obrigatório o exame de acuidade visual em crianças em idade pré-escolar, iniciativa já em andamento junto ao Congresso Nacional e aos Ministérios da Educação e da Saúde. Um projeto de Lei, de autoria da então Senadora Marisa Serrano, tramita desde 2008 no Senado Federal e já passou pela Comissão de Constituição e Justiça. Bento Alcoforado, presidente da Abióptica, ressalta que enxergar bem talvez seja um dos direitos mais legítimos e básicos de todo cidadão.
— Estamos falando de trazer à luz crianças e adultos que não fazem sequer ideia da diferença entre enxergar ou não, até porque boa parte deles não têm acesso a um simples exame. O caminho é longo e depende de esforços conjuntos entre iniciativa privada e poder público — diz.
Para o oftalmologista Leôncio Queiroz Neto, o combate à evasão e ao baixo rendimento escolar deve ser feito por meio da correção visual, seja com o uso de óculos, indicação de terapias, realização de cirurgias ou outros procedimentos oftalmológicos.
— A visão responde por 85% de nossa integração com o meio ambiente, sendo um sentido essencial para o desenvolvimento cognitivo. De acordo com o Ministério da Saúde, todo ano são matriculadas aproximadamente 6 milhões de crianças no ensino fundamental público. E em levantamento feito em escolas municipais, 7 em cada 10 crianças nunca passaram por exame oftalmológico — revela.
O levantamento também demonstra que, após a primeira consulta e o início do uso de óculos, professores perceberam que 50% das crianças tiveram melhora no rendimento escolar; 51,1% conseguem desenvolver atividades que antes não conseguiam; 57% concentram-se mais; 49% finalizam tarefas que antes não terminavam e 36,2% estão menos agitadas.
Alerta aos pais e professores
A criança com dificuldade em enxergar adquire alguns hábitos que servem de alerta para pais e professores. O oftalmologista aponta algumas dicas e sinais que podem ajudar na identificação de problemas de visão:
— Até os dois anos de idade, pais e responsáveis devem ficar atentos ao lacrimejamento constante; fotofobia; íris muito grande, com reflexo, cor acinzentada ou opaca; falta de interesse pelo ambiente e crianças com olhos vermelhos e com secreção — recomenda Leôncio.
Já dos 3 aos 7 anos, os pais devem procurar um médico oftalmologista quando a criança apresentar dor de cabeça ou nos olhos com frequência; tombar a cabeça para um lado; assistir TV muito próxima da tela; desviar os olhos para o nariz ou para fora; esfregar os olhos após esforço visual ou fechar um dos olhos em locais ensolarados.
Fonte Diário Catarinense
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