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terça-feira, 4 de junho de 2013

HC inaugura ala de urologia infantil construída com doações

Avener Prado/Folhapress
Coalas de pelúcia decoram as instalações para internação
infantil do setor de urologia do Hospital das Clínicas
De um lado, velhas instalações e equipamentos sucateados. Do outro, aparelhos de última geração, móveis projetados, roupão, pijama e toalhas para os pacientes.
 
Duas realidades tão distintas convivem no 7º andar do Instituto Central do Hospital das Clínicas. A segunda descrição refere-se a uma nova ala feminina e infantil do setor de urologia, que será inaugurada nesta quarta-feira (5).
 
O local foi reformado e ganhou equipamentos cirúrgicos miniaturizados para o uso em crianças, um centro de ensino em cirurgia robótica e novas salas cirúrgicas e enfermarias.
 
A obra custou R$ 5,7 milhões e é fruto de doações de beneméritos como Moise e Joseph Safra, Lázaro de Mello Brandão, Milton e Salim Taufic Shahin e João Alves de Queiróz Filho, muitos dos quais amigos e pacientes particulares do urologista Miguel Srougi, professor da USP.
 
Segundo Srougi, a proposta é oferecer um tratamento diferenciado aos pacientes do SUS. "Eles receberão assistência médica da mais elevada qualificação técnica e humanística", diz o médico.
 
A ala infantil ganhou decoração de animais e uma brinquedoteca completa que tem até navio pirata.
 
Com a reforma, a meta também é aumentar de 130 para 350 o número de cirurgias mensais feitas pela divisão.
 
Hoje, 1.003 pessoas aguardam uma vaga para cirurgias urológicas no HC. Dessas, 128 são crianças e 178 mulheres. No Icesp (Instituto do Câncer do Estado de São Paulo), são mais 189 pessoas aguardando vaga para tratamento de tumores urológicos.
 
"É uma situação desoladora. Há pacientes tão pobres que quando a gente liga avisando que há uma vaga para a cirurgia ele não pode vir porque não tem dinheiro para o ônibus", afirma Srougi.
 
Ele diz esperar que a obra com recursos privados estimule médicos de outros departamentos do HC a pedirem doações dos pacientes particulares. "Tem muita gente querendo ajudar o SUS."
 
Fonte Folhaonline

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