Adição do medicamento imatinib à droga cisplatina impede morte precoce de ovócitos desencadeada por quimioterapia e radioterapia |
Cientistas da Northwestern Medicine, nos EUA, descobriram um caminho molecular que pode preservar a fertilidade em mulheres jovens que passaram por tratamento de câncer.
A pesquisa indica que a adição do medicamento quimioterápico mesilato de imatinib à droga cisplatina impede a morte precoce de ovócitos, ou ovos ovarianos, em mulheres que receberam quimioterapia e radioterapia.
Os resultados foram apresentados na 95a Reunião Anual da Sociedade de Endocrinologia, em San Francisco.
"Esta investigação avança os esforços para encontrar um tratamento médico para proteger a fertilidade e a saúde hormonal de meninas e mulheres jovens durante o tratamento do câncer", afirma a investigadora principal So-Youn Kim.
A adição de mesilato de imatinib à droga cisplatina bloqueia a ação de uma proteína que desencadeia uma cascata de eventos que resultam na morte dos ovos imaturos. Kim descobriu que a proteína que desencadeia a morte final do ovócito é TAp63.
Pesquisas anteriores sugeriram que o imatinibe é uma droga que protege a fertilidade contra cisplatina, mas relatos de eficácia da droga têm sido contraditórios, segundo os pesquisadores.
Kim e seus colegas confirmaram a eficácia da droga em um modelo animal. Ela está atualmente testando imatinibe com outros agentes de quimioterapia, para ver se a droga também protege a fertilidade em combinação com eles.
Para demonstrar que o imatinib protege os oócitos contra a cisplatina, Kim e colegas cultivaram ovários (contendo ovos imaturos) de ratos com cinco dias de idade, com imatinib e cisplatina, durante 96 horas.
Os ovários foram depois colocados em uma cápsula no rim dos ratos hospedeiros para manter os ovários vivos. Duas semanas depois, os óvulos imaturos ainda estavam vivos. O imatinib não bloqueou o dano ao DNA induzido pela cisplatina, mas Kim acredita que os ovos podem se recuperar e reparar os danos ao longo do tempo.
Fonte isaude.net
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