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domingo, 25 de agosto de 2013

Potó: um dos bichinhos mais temidos pelo homem está à solta em Teresina

Professor Maycon Soares teve o pescoço queimado pelo potó (Foto: Arquivo pessoal)
Foto: Arquivo pessoal
Professor Maycon Soares teve o pescoço queimado pelo potó
Bióloga diz que o potó escolhe locais mais quentes do homem para pousar. O número de pessoas vítimas de potó aumentou em Teresina
 
O potó é um inseto pequeno que mais parece uma formiga, mas na maioria das vezes o estrago que ele deixa na pele de uma pessoa não é proporcional ao seu tamanho. Durante os períodos mais quentes, eles aparecem e são responsáveis por muitas queimaduras na pele humana. Em Teresina aumentou o número de pessoas vítimas do potó.

A bióloga Mariana Chandaliê explica que esses bichinhos com o nome científico paederus irritans são da família dos besouros e costumam aparecer no final do período chuvoso, quando está começando o calor. Ela também desfaz o mito de que os potós urinam as pessoas causando queimaduras.
 
“Na realidade os potós soltam uma secreção tóxica que provoca a queimadura. Quando se choca com a pele, eles não urina nas pessoas. A toxina que eles liberam é uma forma de defesa já que eles acreditam que serão atacados. E dependo do tipo de pele a queimadura pode ser mais agressiva”, revela.

Mariana ressalta ainda que o potó gosta de calor e que ele escolhe locais mais quentes do corpo humano para pousar. “É comum vermos as pessoas atingidas no pescoço, dobra do cotovelo e atrás dos joelhos”, diz.

O potó também é atraído pela luz branca, pois é neste ambiente que ocorre a reprodução. Foi o que aconteceu com o professor Maycon Soares. Durante uma festa na residência de uma amiga, ele observou um número significativo de bichos ao redor da lâmpada e em seguida ele sentiu a pele arder.

“Foi como se estivesse sido picado pelo besouro. O potó pousou no meu pescoço e eu matei com a mão. No dia seguinte, o local estava vermelho e doendo bastante. Foi então que me dei conta de que eu tinha sido vítima do potó”, relatou o professor.
 
A secreção tóxica do bicho também atingiu o fotografo Regis Falcão.  (Foto: Arquivo pessoal)
Foto: Arquivo pessoal
A secreção tóxica do bicho também atingiu o fotógrafo
 Regis Falcão
A secreção tóxica do bicho também atingiu o fotógrafo Regis Falcão. Ele conta que não percebeu quando o potó liberou o liquido. “O potó liberou a toxiquina, justamente próximo ao olho esquerdo que uso para fotografar. É um incômodo muito grande, mas não passei nenhuma pomada por conta da proximidade com o olho”, disse Regis Falcão.

Prevenção
Uma das medidas preventivas é trocar a luz branca pela luz amarela, já que eles são atraídos por esse tipo de iluminação para sua reprodução. Também pode acionar uma empresa especializada em desinsetização para pulverizar as áreas aonde esses insetos costumam aparecer.

“Outra dica é matar o inseto com a palma da mão e a sola do pé, locais onde a secreção do potó não causam queimaduras nos humanos”, revelou a bióloga Mariana.

A especialista ressalta também a importância de procurar um dermatologista por conta das queimaduras. “Muitas pessoa usam medicamentos caseiros, mas é ideal fazer uso de remédios recomendados por profissionais de saúde, porque em uma pessoa a queimadura é maior do que em outras e o médico saberá indicar o melhor medicamento”, recomenda.
 
G1

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