Brasília – O advogado-geral da União, Luís Inácio Adams, disse que a
ausência de médicos em mais de 700 cidades do Brasil justificou a edição da
Medida Provisória 621, que criou o Programa Mais Médicos.
Ele participa de um
debate no plenário da Câmara dos Deputados sobre o programa. O autor do
requerimento para que houvesse o debate, deputado Ronaldo Caiado (GO),
classificou a MP como “eleitoreira”.
“A edição da medida provisória se dá na urgência e na necessidade de levar
médicos a 770 municípios que não contam com nenhum médico”, disse Adams que
também defendeu a contratação de médicos estrangeiros, em especial os cubanos.
“Não há nenhuma violação do trabalho, nenhuma constituição de trabalho
vulnerável. O que existe é o intercâmbio de médicos que aderem, que são
submetidos ao processo de formação”, frisou o ministro.
Já o líder do DEM, disse que a oposição “não tem nada contra médicos do
exterior”, mas não concorda com a dispensa da prova para revalidar diplomas
expedidos por instituições de ensino de outros países, o Revalida. Caiado acusou
o governo de ter interesses eleitorais ao editar a MP.
“Você acha que [o médico brasileiro] chega na Inglaterra instala consultório
e começa atender? Não existe isso, precisa prestar exame”, discursou Caiado.
“Cada voto vai dar mil votos nas próximas eleições. Precisamos desmarcar essa
farsa”, acrescentou.
Agência Brasil
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