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quinta-feira, 5 de setembro de 2013

Nova técnica criada no Reino Unido pode beneficiar pacientes hipertensos

Depois de aplicar o método com sucesso em ratos, os pesquisadores iniciam testes com humanos
 
Fator de risco grave para ataques cardíacos e uma série de outros problemas, a hipertensão, ou pressão alta, muitas vezes pode ser controlada por meio de medicamentos e mudanças no estilo de vida. Entretanto, muitos pacientes que sofrem com a doença não conseguem ter melhoras com essas medidas.
 
Nesses casos, uma das alternativas é a técnica conhecida como denervação renal, na qual um cateter é utilizado para criar lesões nos nervos dos rins, o que ajuda no controle da pressão sanguínea.
 
O problema é que os resultados não são garantidos, o que torna a eficácia do procedimento um tanto limitada. Agora, especialistas do Reino Unido apresentam um tipo de intervenção que tem o potencial de obter melhores resultados.

Testada, por enquanto, apenas em ratos, a nova técnica age de forma parecida sobre os nervos do corpo carotídeo, conjunto de quimioreceptores e células localizado no pescoço, próximo à artéria carótida interna, que regula os níveis de oxigênio no sangue e também modula a pressão do sangue.
 
Os autores do método estão entusiasmados com os resultados obtidos em animais e já se preparam para testá-lo em humanos. Eles esperam que ele seja mais eficiente que a alternativa existente hoje, podendo levar alguns pacientes até mesmo a deixarem de usar medicamentos anti-hipertensivos.

A denervação do corpo carotídeo foi apresentado na edição desta semana da revista Nature Communications. No artigo, especialistas da Universidade de Bristol, no Reino Unido, mostram como conseguiram reverter a hipertensão em camundongos.
 
Os animais foram dopados e depois tiveram a área localizada no pescoço lesionada por um processo não invasivo, chamado ablação (uso de ondas de radiofrequência para bombardear determinada área). Após um período de recuperação, os ratos foram avaliados. A normalização da pressão foi constatada, e os resultados positivos persistiram por um longo período.
 
Correio Braziliense

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