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segunda-feira, 21 de outubro de 2013

Incidência de depressão é duas vezes maior em pessoas com enxaqueca

Incidência de depressão é duas vezes maior em pessoas com enxaqueca Charles Guerra/Agencia RBS
Foto: Charles Guerra / Agencia RBS
Pesquisas anteriores afirmam que a prevalência da enxaqueca é
 maior em mulheres
Estudo chama a atenção para a necessidade de exames de rotina e intervenções direcionadas a depressão
 
A  prevalência de depressão entre as pessoas com enxaqueca é cerca de duas vezes maior que para aqueles sem a doença: em homens 8,4% contra 3,4% que não sofrem de enxaqueca e em mulheres 12,4% contra 4,7%. A pesquisa realizada na Universidade de Toronto mostrou também uma relação entre a enxaqueca e a tendência ao suicídio.
 
Em um artigo publicado nesta semana, pesquisadores relataram que jovens que sofrem de enxaqueca possuem um risco maior de terem depressão. Mulheres que posseum enxaqueca com menos de 30 anos tiveram seis vezes mais chances de depressão em comparação com pacientes que estavam com 65 anos ou mais.
 
Segundo a principal autora do estudo, Esme Fuller-Thomson, indivíduos solteiros, que sofrem de enxaqueca e que tinham dificuldades com as atividades diárias também tinham grandes chances de depressão.
 
Dados extraídos de uma amostra representativa de mais de 67 mil canadenses, o Canadian Community Health Survey 2005, foram utilizados para examinar as associações específicas de gênero entre enxaqueca e depressão. Mais de 6 mil entrevistados relataram que haviam sido diagnosticados por um profissional de saúde com enxaqueca.
 
De acordo com pesquisas anteriores, a prevalência de enxaqueca foi muito maior em mulheres do que homens, com uma em cada sete mulheres, em comparação com um em cada 16 homens, relatando que tinham enxaqueca.
 
— Não temos certeza porque jovens com enxaqueca têm uma alta probabilidade de depressão e tendência suicida. Pode ser que as pessoas mais jovens com enxaqueca ainda não conseguiram encontrar um tratamento adequado ou desenvolver mecanismos de enfrentamento para minimizar a dor e o impacto desta doença crônica — afirmou a co-autora do estudo, Meghan Schrumm.
 
Esme acrescenta que este estudo chama ainda a atenção para a necessidade de exames de rotina e intervenções direcionadas para depressão e tendências suicidas, particularmente entre os pacientes com enxaqueca mais vulneráveis: indivíduos que são jovens, solteiros e aqueles com limitações de atividade.
 
Zero Hora

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