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quinta-feira, 5 de dezembro de 2013

Seminário debate projeto de plantas medicinais e fitoterápicos para o SUS

Seminário debate projeto de plantas medicinais e fitoterápicos para o SUS
Foto: Olival Santos
As formas popularmente conhecidas como alternativas para cuidar da saúde foram discutidas nesta terça-feira (3), durante o I Seminário sobre Plantas Medicinais e Fitoterápicos de Alagoas, que aconteceu no Centro de Convenções de Maceió.
 
O guaco, a hortelã e a babosa (e seus usos como expectorante, digestivo e cicatrizante, dentre outras) foram as plantas definidas para integrar o Projeto de Estruturação, Consolidação e Fortalecimento dos Arranjos Produtivos Locais (APL) em Plantas Medicinais e Fitoterápicos em Alagoas.

Com o objetivo de fortalecer a prática integrativa e complementar do Sistema Único de Saúde (SUS) e também a redução dos custos, o projeto proposto pela Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) tem o objetivo de englobar a cadeia produtiva de cultivo, produção e dispensação dos fitoterápicos, e conta com a intersetorialidade de ações com a Seplande, Sebrae, AMA, Ufal, Cosems, MS, Secti, Afal, Seagri e SMS Maceió.

De acordo com o secretário de Estado da Saúde, Jorge Villas Bôas, o projeto é o início de uma longa caminhada, que terá o seu desenvolvimento garantido a partir da união dos órgãos. "Para garantir o bom resultado do projeto, é preciso respaldar e assumir o compromisso de gestão do mesmo, para angariar recursos que o Ministério de Saúde disponibiliza ao Estado, avançando assim ainda mais na Assistência Farmacêutica", disse o secretário.

Villas Bôas ressaltou ainda a importância de sensibilizar os agricultores para o negócio e que os benefícios das plantas medicinais e fitoterápicos não são apenas para os usuários do SUS, mas também para geração de renda dos agricultores. "Para isso, algumas metas foram traçadas, como a definição das plantas; a estruturação do horto e pesquisa de mercado (demanda de plantas, compradores em potencial, rentabilidade para o agricultor e para o SUS); capacitação; compra de equipamentos; e logística das mudas", citou o gestor.

O consultor do Ministério da Saúde, o farmacêutico Benilson Barreto, explicou que a Política Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterápicos é interministerial - envolve 10 ministérios, além da Fiocruz e do Sebrae. Existe desde 2006, trabalhando a cadeia produtiva desde o cultivo à dispensação do medicamento ao usuário, e já alcançou muitos avanços para os Arranjos Produtivos Locais e de Assistência Farmacêutica.
 
"O SUS já possui 12 medicamentos disponibilizados, com registro da Anvisa e características de segurança e eficácia comprovadas. Realiza ainda pesquisa e capacitação, a exemplo do curso EAD para médicos do SUS prescreverem o medicamento produzido a partir do glauco", esclareceu.
 
Exemplo
Em Arapiraca, a professora Maria Moraes de Miranda desenvolve o Projeto "Saúde que vem da terra", que nasceu da necessidade da própria comunidade. O trabalho é realizado na Escola Municipal Benjamin Felizberto, da comunidade Gruta d'água, onde os primeiros socorros corriqueiros a partir do uso de plantas medicinais já rendeu certificação da Fundação Banco do Brasil e vários prêmios pelo país.
 
Alagoas em Tempo Real

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