Páginas

domingo, 16 de fevereiro de 2014

Parar de fumar deixa mais feliz, diz estudo

Deixar cigarro tem mesmo efeito de antidepressivos, dizem pesquisadores. Estudo derruba mito de que fumar é antiestressante, afirma coordenadora
 
Deixar o cigarro contribui para o bem-estar mental, tendo o mesmo efeito que o uso de antidepressivos, aponta um estudo publicado no periódico médico British Medical Journal (BMJ), na edição disponível a partir desta sexta-feira (14).
 
De acordo com os pesquisadores britânicos, que revisaram 26 estudos sobre o tema, o efeito de parar de fumar pode ser "equivalente, ou superior, ao de antidepressivos utilizados no tratamento da ansiedade, ou de transtornos de humor".
 
Dicas para parar de fumar (Foto: Arte/G1)
 
Os fumantes incluídos nos trabalhos eram "medianamente dependentes", com idade média de 44 anos, e fumavam de 10 a 40 cigarros por dia. Do total, 48% eram homens.
 
Eles foram entrevistados antes de sua tentativa de parar de fumar e, novamente, depois de conseguirem largar o hábito, em uma janela que variou de seis semanas a seis meses.
 
Os que conseguiram deixar o cigarro estavam menos deprimidos, menos ansiosos, menos estressados e com uma visão positiva da vida do que os que não conseguiram abandonar o vício. A melhora foi perceptível nas pessoas afetadas por transtornos mentais logo que pararam de fumar.
 
Nenhuma avaliação de acompanhamento do estado mental voltou a ser feita, porém, em especial nos casos dos ex-fumantes que tiveram recaídas.
 
A coordenadora do estudo, Genma Taylor, da Universidade de Birmingham, disse esperar que os resultados permitam dissipar falsas ideias, como a que atribui ao cigarro qualidades antiestressantes, ou relaxantes.
 
"Comparando não fumantes e fumantes, encontramos uma associação entre uma pior saúde mental nos fumantes", acrescentou.
 
Segundo números divulgados em julho passado pela Organização Mundial de Saúde (OMS), o cigarro seria responsável pela morte de pelo menos 6 milhões a cada ano, número que pode atingir 8 milhões até 2030.

G1

Nenhum comentário:

Postar um comentário