Foto: AFP Photo/Tepco Foto divulgada pela Tepco mostra funcionários checando um cano na unidade de descontaminaçãode água radioativa da usina nuclear Daiichi, em Fukushima |
A autoridade de segurança nuclear do Japão aprovou nesta segunda-feira (26) o projeto de construção de um "muro de gelo" subterrâneo para impedir a passagem de água radioativa no subsolo da usina de Fukushima Daiichi.
De acordo com o plano da companhia Tokyo Electric Power (Tepco, que opera a central acidentada em março de 2011), as obras devem começar em junho, segundo um porta-voz da organização.
O projeto, financiado pelo governo, consiste em criar um espesso "muro de gelo" com 1,5 km de canalizações preenchidas com líquido refrigerado para bloquear os vazamentos. O objetivo é evitar que a água limpa das colinas circundantes passem sob a central.
Atualmente, circula sob Fukushima Daiichi água não contaminada que se mistura à água usada para resfriar os reatores, que é radioativa. A Tepco planeja instalar o muro para evitar esse fenômeno que faz aumentar a quantidade de água contaminada sob a central.
"Temos algumas dúvidas, mas, no geral, não há objeções, então decidimos que a Tepco poderá iniciar o projeto", explicou o porta-voz que não quis se identificar.
Em sua opinião, a Tepco terá que rever alguns de seus planos, porque, tal como está, o projeto pode danificar a rede de tubulações subterrâneas.
Pior desastre desde Chernobyl
Em 11 de março de 2011, um terremoto de magnitude 9 seguido de um tsunami devastou a usina nuclear de Fukushima Daiichi, 220 km a nordeste de Tóquio, espalhando radiação e forçando cerca de 160 mil pessoas a sair de casa.
Em 11 de março de 2011, um terremoto de magnitude 9 seguido de um tsunami devastou a usina nuclear de Fukushima Daiichi, 220 km a nordeste de Tóquio, espalhando radiação e forçando cerca de 160 mil pessoas a sair de casa.
Foi o pior desastre nuclear do mundo desde a explosão do reator de Chernobyl, que espalhou poeira radioativa por boa parte da Europa.
G1
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