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quarta-feira, 27 de maio de 2015

Suspeito de golpes em redes sociais no Rio chegou a examinar mulher

Homem conhecia mulheres por redes sociais e, segundo a polícia, se dizia médico (Foto: Matheus Rodrigues / G1)
Foto: Matheus Rodrigues / G1: Homem conhecia mulheres
por redes sociais e, segundo a polícia, se dizia médico
Paulo César conhecia vítimas por sites de relacionamento. Suspeito se dizia médico e tinha passagem pela polícia por outros crimes
 
O homem preso nesta segunda-feira (26) suspeito de usar redes sociais para aplicar golpes, chegou a se passar por médico e examinar a parente de uma das vítimas. De acordo com o delegado que conduziu as investigações, Fábio Asty, durante uma operação na casa do Paulo Cesar Dantas da Mota foram achados carimbos e jalecos com o nome do suspeito.
 
"Ele também vai responder por violação sexual mediante fraude porque deu uma consulta a uma mulher que estava com problemas na prótese de silicone. Ele chegou a apalpar os seios sem ser médico. Tinha jaleco, tinha carimbo, crachá e mesmo assim ele não confessou o crime", afirmou o delegado.
 
Paulo Cesar Dantas da Mota foi preso nesta segunda-feira (25) em um bar na Avenida Armando Lombardi, na Barra da Tijuca, Zona Oeste, enquanto se encontrava com uma possível vítima. Durante as investigações, os policiais apreenderam óculos, roupas de marca e objetos que comprovam que o homem se passava por médico.
 
De acordo com policiais da 32ª DP (Taquara), o criminoso se aproximava de mulheres com poder aquisitivo médio a alto, por meio de sites de relacionamento como Tinder e Par Perfeito. Ele se apresentava como médico, mesmo não tendo concluído nenhum curso superior. Após ganhar a confiança das vítimas, ele aplicava golpes usando o cartão de crédito delas. O falso médico chegou a comprar presentes avaliados em RS7,5 mil com o cartão de uma das vítimas.
 
Um contrato de abertura de conta corrente em abril deste ano em nome do pai do suspeito, falecido há 13 anos, também foi encontrado. Contra ele havia mandado de prisão preventiva por 37 crimes de estelionato, além de apropriação indébita, exercício ilegal da profissão e violência sexual mediante fraude.
 
O delegado assistente da 32ª DP (Taquara) afirmou também que o falso médico era bastante galanteador com as vítimas. "Ele era bastante galanteador, deixava as vítimas apaixonadas por ele e em um determinado momento conseguia benefício econômico. Ele foi preso a partir de uma vítima que o conheceu através do site de relacionamento. Eles iniciaram um namoro e conseguiu a confiança dele. Em um momento oportuno conseguiu o cartão de crédito da vítima", disse.
 
A Policlínica Granato informou que não tem nenhuma relação com Paulo Cesar Dantas da Mota mesmo que o suspeito tenha usado um receituário da instituição. O sócio diretor da Rede de Policlínicas, Paulo Granato, esclareceu ainda que a equipe diretora busca a seriedade e qualidade no atendimento e que todos os médicos que atendem na unidade possuem registro de CRM e são referência em medicina. “Nós nunca vimos esse senhor e ele nunca fez parte do corpo de médicos da nossa empresa. Trata-se de um roubo de receituário e estamos tomando todas as providências para esclarecer o caso", afirmou o diretor.

G1

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