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quinta-feira, 18 de junho de 2015

Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia faz campanha para evitar quedas

Sessenta e cinco por cento dos pacientes internados no Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia Jamil Haddad (Into) têm fraturas provenientes de quedas
 
A constatação veio de uma pesquisa do próprio instituto, que decidiu mobilizar o público em geral sobre esse perigo e lançou ontem (17) a campanha ‘Quedas: Todo o Cuidado é Pouco’.
 
Serão distribuídos folders sobre prevenção dentro do edifício e divulgados vídeos sobre o tema. Também haverá uma equipe orientando os públicos interno e externo sobre estratégias para evitar quedas. A campanha vai durar todo o mês de junho e prevê mobilizações pelo menos até o fim do ano.
 
Do total de 1.034 pacientes pesquisados entre janeiro e setembro de 2013, 672 chegaram ao Into porque tinham caído. Destes, 55,5% tinham sofrido queda em casa. Entre todos os que caíram em casa, 53,5% tinham 60 anos ou mais e 63,5% eram mulheres. Circulam diariamente pelo instituto cerca de 10 mil pessoas por dia, entre pacientes, acompanhantes, visitantes e funcionários, no Rio de Janeiro.
 
Para o diretor do Into João Matheus Guimarães, esse é um problema de saúde pública no mundo todo e atinge, especialmente, as pessoas com mais de 60 anos. “O idoso, seja por alteração do equilíbrio ou osteoporose, ao sofrer uma queda pequena, pode acarretar uma fratura com proporções que levar à necessidade de cirurgia”, disse ele. “Nossa campanha visa à conscientização, não apenas na rua, mas também no domicílio, onde essas quedas são muito comuns.”
 
Entre as orientações da campanha para evitar a queda em casa estão: preferência por tapetes emborrachados, que não escorreguem, cuidado especial com os tropeços em animais domésticos, sentar em sofás e cadeiras altas e firmes e em poltronas com braço, usar calçados de salto baixo e com solado que não escorregue e evitar armários muito altos nos quais seja preciso usar bancos ou escadas para alcançar objetos.
 
Mais de 420 mil pessoas morrem por ano em todo o mundo devido a quedas, revela a Organização Mundial da Saúde (OMS) e 80% delas vivem em países de baixa e média renda. De 30% a 60% da população com mais de 65 anos caem anualmente e, dessas quedas, de 40% a 60% levam a algum tipo de lesão.
 
O Into aplica desde 2009 protocolo que identifica, na entrada do paciente de internação, o risco de queda, e ele ganha uma pulseira laranja. “Assim, o profissional já fica mais atento ao risco desse paciente e toma medidas profiláticas para evitar a queda”, completou o diretor do instituto.
 
Agência Brasil

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