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domingo, 30 de agosto de 2015

Estudo mostra que acupuntura pode tratar pressão alta

Pacientes foram tratados com eletroacupuntura em pontos específicos do corpo - no lado interno do pulso e abaixo dos joelhos; efeito da técnica durou um mês e meio
 
Acupuntura ajuda a abaixar a pressão alta do sangue e a manter sob controle a hipertensão, diminuindo o risco de AVC e infarto, segundo estudo feito pelos pesquisadores do Centro para Medicina Integrativa Susan Samueli, da Universidade da Califórnia (EUA), publicado no periódico Medical Acupuncture. Foi observado, de fato, que em pacientes tratados com essa prática de medicina chinesa, a pressão arterial caiu e teve um efeito duradouro, de um mês e meio.
 
A pesquisa é o primeiro trabalho a confirmar cientificamente que a acupuntura pode ter efeitos benéficos sobre a hipertensão e que o uso regular ajuda a controlar a pressão e diminuir o risco de AVC e infartos. Os pesquisadores conduziram o teste em 65 pacientes hipertensos que não tomavam remédio.
 
Divididos aleatoriamente em dois grupos, os pacientes foram tratados com a eletroacupuntura (uma forma de acupuntura que emprega estimulação elétrica de baixa intensidade) em diversos pontos do corpo que são sensíveis à terapia. O grupo que recebeu a eletroacupuntura no lado interno do pulso e abaixo dos joelhos teve uma diminuição evidente na pressão sanguínea em 70% dos casos.
 
Essa melhora durou por um mês e meio e foi acompanhada também de uma queda de 41% da concentração no sangue da noradrenalina, um neurotransmissor que sufoca e comprime os vasos sanguíneos, da melhora de 67% da renina, enzima produzida pelos rins que ajuda a controlar a pressão e do aldosterona (decréscimo de 22%), hormônio que aumenta a concentração de sódio e diminui a de potássio no sangue.
 
Nenhuma mudança significativa na pressão arterial foi encontrada naqueles 32 pacientes que receberam a eletroacupuntura em outros pontos aleatórios no antebraço e na parte baixa da perna. Segundo os pesquisadores, a acupuntura pode ser útil sobretudo nos pacientes com mais de 60 anos.
 
iG

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