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Acompanhando, por 16 anos, mais de mil homens com média de
idade de 50 anos e sem histórico de doença cardiovascular no início do estudo,
pesquisadores americanos descobriram que, comparados àqueles que disseram fazer
sexo de duas a três vezes por semana, os voluntários que tinham relações sexuais
apenas uma vez por mês ou menos tinham 45% maior risco de doença cardiovascular
no período.
De acordo com os autores, esses resultados ocorriam também
considerando fatores como idade e disfunção erétil – no princípio da pesquisa,
213 participantes apresentavam a impotência sexual. “Nossos resultados sugerem
que uma baixa frequência de atividade sexual prediz (doença
cardiovascular) independentemente de disfunção erétil, e que a triagem para
atividade sexual pode ser clinicamente útil”, ressaltaram os autores na
publicação.
Os pesquisadores avaliaram também o papel do desejo sexual e a
capacidade para atividade sexual como possíveis fatores de risco cardíaco. E
observaram que “homens que são sexualmente ativos provavelmente têm libido e
capacidade para atividades físicas; então, a capacidade de fazer sexo poderia
ser um marcador de saúde geral”. Além disso, a pesquisadora Susan Hall destaca
que aqueles com atividade sexual regular têm maior probabilidade de estar em um
relacionamento íntimo com um parceiro regular, o que poderia melhorar a saúde
através do apoio social e da redução do estresse.
Baseados nos resultados, os especialistas apontam que os
médicos podem ter pistas sobre a condição cardiovascular de um paciente
perguntando a ele questões sobre sua vida sexual. “A mensagem para os homens é
que a saúde sexual pode predizer a saúde cardiovascular, e os homens devem se
consultar com seu médico se experimentarem disfunção erétil ou dificuldades
sexuais”, concluiu a especialista.
Fonte: American Journal of Cardiology. 15 de janeiro de
2010.
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