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segunda-feira, 20 de outubro de 2014

Surto de chikungunya é esperado em Salvador e cidade se prepara

Nos últimos 10 dias, o número de pessoas que contraíram a febre dentro do Brasil saltou de 16 para 41
 
Após o Ministério da Saúde anunciar que a Bahia está em estado de epidemia da febre chikungunya, a capital começou a se preparar para um possível surto.
 
Nos últimos 10 dias, o número de pessoas que contraíram a febre dentro do Brasil saltou de 16 para 41, 33 deles em Feira de Santana (BA), a 100km de Salvador.
 
O plano operativo de contingência da doença foi realizado através  de representantes da Diretoria de Vigilância Epidemiológica do Estado (DIVEP) e da Vigilância Epidemiológica do município (VIEP).
 
Em Salvador, foram registrados 29 casos suspeitos, sendo que sete foram descartados, dois confirmados após a realização de exames laboratoriais, e outros 20 ainda estão sob análise.
 
Apesar das duas ocorrências confirmadas no município terem sido consideradas como importadas, já que os pacientes foram infectados em Feira de Santana, a Secretaria Municipal da Saúde (SMS) está em alerta para evitar a proliferação da doença.
 
 A equipe da Tribuna da Bahia acompanhou os profissionais do Centro de Controle de Zoonoses e da VIEP durante a busca, o bloqueio, combate e extermínio de possíveis focos dos mosquitos Aedes aegypti e o Aedes albopictus, transmissores da doença, nas regiões onde ocorrerem casos suspeitos e confirmados da patologia. Entre os principais bairros estão os de Costa Azul, Caminho de Areia, Djalma Dutra e Marback, na região do Imbui.
 
Somente no ultimo bairro citado, o Marback, a equipe foi atrás de três residências que se tornaram possíveis pontos de foco do mosquito.
 
A palavra chikungunya vem de um dialeto da Tanzânia e significa “doença do andar curvado”. O nome reflete os sintomas, semelhantes ao da dengue, mas em intensidade bem maior: febre, mal-estar, dores pelo corpo, dor de cabeça, apatia e cansaço.
 
As articulações são muito afetadas. O vírus avança nas juntas dos pacientes e causa inflamações com fortes dores acompanhadas de inchaço, vermelhidão e calor local. O paciente tem dificuldade de movimentos e locomoção.
 
O grande perigo da doença é a dor excruciante nas juntas, que pode persistir por meses e mesmo anos depois do estágio febril. Os cuidados para evitar a doença são os mesmos da dengue: evitar deixar água parada em locais de possíveis reproduções dos mosquitos. 

iG

Dia Mundial da Osteoporose alerta para risco da doença em homens

Procurar um médico e pedir para que ele avalie a saúde óssea
 pode também ser iniciativa do próprio paciente
Dia Mundial da Osteoporose alerta para risco da doença em homens
 
Público é o alvo da campanha 'Ame seus ossos'; um terço das fraturas de quadril no mundo ocorre em homens, segundo IOF
 
Para combater o subdiagnóstico da osteoporose no sexo masculino, os homens são o foco da campanha internacional "Ame seus ossos", pelo Dia Mundial da Osteoporose, nesta segunda-feira (20).
 
A doença se caracteriza pelo enfraquecimento dos ossos e acomete principalmente os mais velhos. Essa é uma iniciativa da Fundação Internacional de Osteoporose (IOF em inglês), que conta com o apoio global de diversas instituições.
 
A fundação divulgou, em outubro, dados que mostram que um terço de todas as fraturas de quadril no mundo ocorrem em homens, com taxa de mortalidade até 37% no primeiro ano após a fratura, o que significa duas vezes mais que a de mulheres. Isso ocorre, mesmo com uma proporção de incidência de casos em mulheres superior à dos homens - um em cada três casos, a partir dos 50 anos.
 
Entre o sexo masculino, a proporção é de um homem em cada cinco casos. O relatório do IOF mostra ainda que de 1950 a 2050, o número de homens com 60 anos ou mais – o grupo etário de maior risco de osteoporose – deve aumentar dez vezes.
 
Para o chefe do Departamento de Medicina Interna do Instituto Nacional do Câncer, Salo Buksman, que atende muitos casos de homens em estágio avançado da doença, a campanha é muito relevante para garantir o tratamento antes da primeira fratura.
 
"Os homens, a sociedade em geral e mesmo os médicos têm um conceito equivocado de que a osteoporose é uma doença feminina. Há muitos homens com osteoporose, sobretudo depois dos 70 anos", comentou.
 
"Como o indivíduo não é ciente desse fato, não busca o diagnóstico e só fica sabendo que tem a doença depois da primeira fratura", destacou Buksman ao lembrar que a osteoporose é uma das principais causas de quedas e fraturas em idosos.
 
O ortopedista esclareceu que homens com mais de 70 anos devem fazer o exame de densitometria óssea, que detecta a osteoporose, pelo menos uma vez.
 
"Mesmo os homens mais jovens devem fazer o exame se tiverem determinados fatores de risco, como o uso de cortisona, determinados hormônios, remédios anticonvulsivantes", comentou.
 
O tratamento consiste basicamente em ingestão de cálcio, vitamina D e outros remédios de combate à doença.
 
De acordo com o presidente da Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia, João Bastos, o risco de osteoporose em homens é 27%, enquanto o de câncer de próstata é 11%, doença mais alardeada em campanhas voltadas para os homens. As formas de prevenção valem para ambos os sexos.
 
"A atividade física, alimentação adequada na infância e adolescência, evitar o tabagismo e a ingestão excessiva de bebida alcoólica são alguns dos fatores importantes para a qualidade do osso formado ao longo da vida, o que contribui para diminuir o risco de osteoporose na vida adulta e velhice", destacou o médico.

iG

Robôs: nossa saúde dependerá deles

InformationWeek EUA selecionou os robôs que estão mudando o mundo, sendo dois deles específicos para o uso em Saúde

Carros sem motorista são apenas o início de uma revolução. Dentre uma lista de robôs que dependeremos para trabalho, entretenimento, dois são voltados para saúde (veja fotos abaixo).

Os carros autodirigíeis dominam as manchetes. Mas existem muitos sistemas autônomos navegando no mundo físico, e outros estão por vir.

“A era da máquina inteligente será a mais impactante da história da TI”, declarou recentemente David Cearly, vice-presidente & Gartner Fellow. Um a cada três empregos será transformado em software, robôs e máquinas inteligentes até 2025, prevê o Gartner.

O aprimoramento de hardwares e softwares direcionam esse fenômeno, incluindo a profusão de sensores rápidos e baratos, redes wireless, incluindo redes de curto alcance e comunicação máquina-máquina, GPS e outras tecnologias de posicionamento, visão de máquina e aprendizado de máquina.

Duas importantes plataformas de software para sistemas autônomos de movimento são Continuous Activity Scheduling Planning Execution and Re-planning (CASPER) e Control Architecture for Robotic Agent Command and Sensing (CARACaS), ambos do Jet Propulsion Laboratory, da NASA.

Colocando tudo isso junto para sistemas de consumidor – a NASA já tem seu programa rover em Marte – irá demandar enormes quantidades de engenharia e testes. E ainda restam questões válidas sobre sistemas autônomos e segurança pública.

Além disso, como geralmente acontece, a adoção do mercado para esses sistemas deve acontecer mais devagar do que preveem os incentivadores.

Robôs x Saúde
 
Leito robótico: A área de saúde é um enorme imã para desenvolvimentos robóticos. O leito robótico Resyone, da Panasonic, que levanta o paciente, se tornou, recentemente, o primeiro a receber o certificado ISO13482, um novo padrão de segurança global para serviços robóticos. Além do Resyone, a Panasonic está desenvolvendo um robô de distribuição de remédios e outro robô que entrega comida, roupas e remédios. Fonte: Panasonic
 
 
Robôs auxiliares: Uma categoria emergente de robôs que nos acompanha, documentando nossas atividades ou carregando nossas coisas. Pense no Budgee, da Five Elements Robotics, um “amigável robô assistente”, projetado com os idosos e deficientes físicos em mente. A empresa está trabalhando também em uma interface de joystick para aqueles confinados a uma cadeira de rodas. O Budgee está disponível por US$ 1.399. Fonte: Five Elements Robotics
 
 
 
Créditos das Fotos: Information Week EUA
 
Saúde Web

SUS perde 14,7 mil leitos de internação em 4 anos

Segundo análise do Conselho Federal de Medicina, com base em números do Ministério da Saúde, queda de leitos do SUS desde 2010 afetaram principalmente pediatria, psiquiatria e obstetrícia
 
Segundo um levantamento do Conselho Federal de Medicina (CFM), com base em dados do Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde (CNES), do Ministério da Saúde, quase 15 mil leitos de internação foram desativados na rede pública de saúde desde julho de 2010 – dos 336,2 mil leitos para uso exclusivo do Sistema Único de Saúde (SUS) naquele mês para 321,6 mil em julho de 2014. Queda de quase 10 leitos por dia.

O período escolhido desconsiderou datas anteriores devido à informação do próprio governo de que os números anteriores a 2010 poderiam não estar atualizados.

Os leitos de internação são aqueles destinados a pacientes que precisam permanecer no hospital por mais de 24h horas. Segundo o presidente do CFM, Carlos Vita, a diminuição dos leitos de internação ou cirurgia reflete no aumento do tempo de permanência dos pacientes nas emergências, à espera de encaminhamento ou referenciamento. Para ele, a falta de leitos para internação é considerada a principal causa da superlotação e do atraso no diagnóstico e no tratamento, aumentando a taxa de mortalidade.

Distribuição regional
Em números absolutos, os estados do Sudeste são os que mais sofreram com a redução no período, principalmente no Rio de Janeiro, onde 5.977 leitos foram desativados desde julho de 2010. Na sequência, aparece o Nordeste, com 3.533 desativações no período. Centro-Oeste e Norte sofreram cortes de 1.306 e 545 leitos, respectivamente. A região Sul é a única que apresenta alta de leitos (mais 417).

Dentre as especialidades mais afetadas no período, em nível nacional, constam pediatria cirúrgica (-7.492 leitos), psiquiatria (-6.968), obstetrícia (-3.926) e cirurgia geral (-2.359). Já os leitos destinados à clínica geral, ortopedia e traumatologia foram os únicos que sofreram acréscimo superior a mil leitos.

Uma tabela com a quantidade de leitos desativados ou acrescidos por especialidade pode ser vista (em PDF) no site do CFM.

Observação e UTI
Segundo o levantamento, leitos de repouso ou de observação cresceram 15% no período. Eles são utilizados para suporte das ações ambulatoriais e de urgência, como administração de medicação endovenosa e pequenas cirurgias, com permanência de até 24 horas.

Também foram apurados na pesquisa os chamados leitos complementares (reservados às Unidades de Terapia Intensiva - UTI, isolamento e cuidados intermediários). Ao contrário dos leitos de internação, essa rede complementar apresentou alta de 12%, passando de 24.244 em julho de 2010 para 27.148 no mesmo mês de 2014. O maior acréscimo (1.312 leitos a mais) aconteceu nos estados do Nordeste, seguido pelo Sudeste (1.012). Nas regiões Norte, Centro-Oeste e Sul o aumento foi mais tímido, de aproximadamente 200 leitos a mais em cada uma delas (ver quadro abaixo).
 
 
Embora a Organização Mundial de Saúde (OMS) e a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) não recomendem ou estabeleçam taxas ideais de número de leitos por habitante, em relação a outros países com sistemas universais de saúde, o Brasil aparece com um dos piores indicadores. De acordo com o último relatório de Estatísticas de Saúde Mundiais da OMS, o Brasil possuía 2,3 leitos hospitalares (públicos e privados) para cada grupo de mil habitantes no período de 2006 a 2012. 

A taxa é equivalente à média das Américas, mas inferior à média mundial (2,7) ou as taxas apuradas, por exemplo, na Argentina (4,7), Espanha (3,1) ou França (6,4).
 
 
Segundo o relatório, “a densidade de leitos pode ser utilizada para indicar a disponibilidade de serviços hospitalares e as estatísticas de leitos hospitalares são geralmente extraídas de registros administrativos de rotina”, como as bases do CNES, no caso do Brasil.

Saúde Web

Santa Casa de São Paulo atrasa salários e nega atendimento a ambulâncias no PS

PS ficou uma semana sem atender ambulâncias; além do atraso de salários, faltam remédios e até corredores estão lotados
 

Durou menos de três meses a bonança no pronto-socorro da Santa Casa de São Paulo, há 130 anos na Vila Buarque, zona oeste de São Paulo. Depois de receber R$ 3 milhões do governo do Estado para pagar as contas e reabrir as portas após a paralisação do dia 22 de julho, a escassez de medicamentos e de leitos voltou a afetar o hospital, obrigado a recusar os pacientes que chegaram de ambulância à Santa Casa na primeira semana de outubro.
 
Entre os dias 4 e 11 deste mês, o atendimento ficou restrito aos pacientes que chegaram ao PS pela porta da frente. “Os acidentados trazidos por ambulâncias foram encaminhados para outros hospitais”, afirmou ao iG uma médica, que pediu para não ser identificada.
 
"Está faltando tudo de novo", diz ela, que lamenta outra novidade: "O que nunca tinha acontecido era atraso de salário". Pelo menos 42 pessoas - entre enfermeiros, auxiliares e fisioterapeutas - relataram atraso de um dia no pagamento. "Recebemos no dia 5. Quando a data cai na segunda, como neste mês, o ordenado é depositado no sábado, mas ele não caiu. Na segunda-feira também não havia depósito." Apenas na terça-feira o dinheiro apareceu."
 
Nos últimos dias, o que a médica mais sente falta é de sedativos e de sonda para aspiração, utilizada em pacientes entubados. Muitos deles esperam no corredor. "Falta leito."
 
Para confirmar a denúncia, o iG foi até o hospital, mas não teve acesso ao setor, protegido naquele dia por três seguranças. Na última terça-feira (14), a reportagem conseguiu acesso ao se passar por paciente. Com uma câmera escondida, o iG percorreu os corredores da internação, congestionada por idosos deitados em macas (assista no vídeo acima).
 
Depois de andar pela ala, a reportagem entrou em uma sala e passou por um eletrocardiograma. A médica precisou manejar ele mesma o aparelho, uma vez que a funcionária responsável não foi encontrada. Ao ouvir os lamentos da médica, o iG questionou sobre os problemas da Santa Casa. "Cada dia falta uma coisa", desabafa. "Hoje estamos sem receita."
 
A crise
De acordo com as contas da profissional, faltam 50 leitos e dinheiro para quase tudo. "É uma dívida de R$ 430 milhões. O problema é a gestão", disse ela, sem saber que estava sendo filmada. O valor atualizado da dívida é de R$ 433,5 milhões. Em 2009, esse montante era de R$ 146,1 milhões.
 
Auditoria realizada após o fechamento de julho revelou que o patrimônio líquido da Santa Casa - sem incluir imóveis - caiu de R$ 220 milhões, há 5 anos, para R$ 323 mil no final do ano passado.
 
A crise não é exclusividade da Santa Casa de São Paulo. Atualmente, 83% desses hospitais filantrópicos estão endividados, segundo a Federação das Santas Casas e Hospitais Filantrópicos do Estado de São Paulo. Em 2005, a dívida de seus 2.100 hospitais estava em R$ 1,5 bilhão. Hoje, gira em torno de R$ 15 bilhões. Do total, R$ 8 bilhões se referem a débitos com bancos, R$ 4,8 bilhões a impostos e dívidas previdenciárias e R$ 2,2 bilhões a fornecedores.
 
Atualmente, 54% dos atendimentos das Santas Casas são para o Sistema Único de Saúde. Os filantrópicos atendem 60% dos pacientes do SUS com câncer, 63% das quimioterapias e 68% das cirurgias. Seis em cada dez procedimentos cardiológicos do SUS são feitos pelas santas casas.
 
Questionada sobre essas questões, a Santa Casa de São Paulo não respondeu até o fechamento da reportagem.

iG

Anvisa atualiza lista de substâncias sujeitas a controle especial

A Anvisa atualizou a lista de substâncias sujeitas a controle especial descritas na Portaria 344/98. A nova lista, que consta do anexo I da norma, está publicada no Diário Oficial da União desta segunda-feira (20/10)
 
A nova lista conta com 14 novas substâncias que passam a ter o seu uso e comercialização vedados no Brasil. Os novos componentes da lista são o AM-2201; EAM-2201; MAM-2201; JWH-071; JWH-072; JWH-073; JWH-081; JWH-098; JWH-210; JWH-250; JWH-251; JWH-252; JWH-253 e JWH-122. Todas são substâncias produzidas sinteticamente e sem qualquer utilidade terapêutica.
 
A identificação deste tipo de droga no país realizada pelos órgãos de repressão a drogas, como, por exemplo, a Polícia Federal. Habitualmente, estas Instituições encaminham Pareceres Técnicos ou Laudos Periciais para a Anvisa, quando identificam a necessidade de controle de produtos apreendidos.
 
Somente neste ano a Anvisa já fez quatro atualizações na lista, totalizando 36 produtos incluídos. A medida permite que os órgãos policiais e judiciais possam agir mais rapidamente, já que a lista F da Portaria 344/98 reúne as substâncias que são no País.
 
Lista C1
As substâncias Lacosamida e Rotigotina também passaram a constar da Portaria 344/98, ficando classificadas na lista C1 – Lista das Outras Substâncias Sujeitas a Controle Especial. Com isso, medicamentos com esses princípios ativos só podem ser comercializados com receita especial, de cor branca, emitida em duas vias: um fica retida na farmácia e a outra é entregue ao paciente.
 
A Lacosamida exerce efeito antiepilético no organismo e é indicada no tratamento de crises parciais de epilepsia. O medicamento foi registrado em 2014 e ainda não é comercializado no Brasil. Já a Rotigotina é indicada para o tratamento da Doença de Parkinson. A substância age no sistema nervoso central de forma similar à dopamina.
 
Assessoria de Imprensa da ANVISA

Aprenda a evitar o mau humor e a preguiça no horário de verão

Getty Images - Siga as dicas para enfrentar as mudanças do
horário de verão
Alimentos e hábitos ajudam na produção da melatonina e no controle do cortisol, hormônios que 'enlouquecem' por causa do adiantamento dos ponteiros do relógio. Entenda
 
Ao adiantar uma hora os ponteiros dos relógios, o corpo humano pode sofrer alterações hormonais que influenciam diretamente no humor, no cansaço e na preguiça. O motivo é que a produção de melatonina e de cortisol “enlouquecem”.
 
A melatonina, também chamada de hormônio do sono, é produzida nas horas de descanso. O fato de dormir uma hora a menos repercute nas reservas corpóreas da substância. Uma reação é o aumento da produção de cortisol, conhecido como hormônio do estresse, e por isso o humor também é afetado nos primeiros dias de vigência do horário de verão.
 
Para sofrer menos nessa transição, a dieta é peça-chave e o segredo é apostar em alimentos que facilitam a produção do hormônio do sono. 
 
Já o endocrinologista Alfredo Cury, proprietário do Spa Posse do Corpo, orienta quais hábitos ajudam neste processo. Segundo ele, o ideal é:
 
- Deitar e levantar nos mesmos horários em que está acostumado. Não se deve aumentar o tempo de sono por conta da mudança;
 
- Durma de janelas abertas, nos primeiros dias do horário de verão, para que o corpo se acostume a acordar com a claridade;
 
- Tome bastante líquido, como sucos naturais e água de coco. A desidratação compromete a qualidade do sono e deixa mais difícil dormir ou acordar
 
iG

Consumo de refrigerante cai ao sabermos o que temos de fazer para queimar as calorias

Foto: Júlio Cordeiro / Agencia RBS
Para queimar as 250 calorias, 50 minutos de corrida ou uma caminhada de cinco quilômetros seriam necessários
 
Você tomaria uma garrafa de 500 ml de refrigerante se soubesse que teria de caminhar por 42 minutos para queimar as 210 calorias presentes na bebida? É este questionamento que especialistas norte-americanos esperam que as pessoas façam antes de comprar determinado alimento. Eles acreditam que a informação calórica do rótulo não faz sentido para a maioria dos consumidores e que seria mais impactante se houvesse dados sobre a queima das calorias nas embalagens.
 
Os pesquisadores da escola Bloomberg Johns Hopkins, nos Estados Unidos, realizaram o teste em seis lojas na cidade de Baltimore: fizeram uma conversão de calorias em exercícios em garrafas de 590 ml de refrigerante. Para queimar as 250 calorias, 50 minutos de corrida ou uma caminhada de cinco quilômetros seriam necessários.
 
— As pessoas realmente não entendem o que significa dizer que uma lata de refrigerante normal tem 250 calorias — disse a líder do estudo, Sara Bleich.
 
E parece que os cientistas têm razão. Como resultado, depois de se depararem com a conversão, muitas pessoas optaram pela compra de bebidas mais saudáveis. O consumo médio de calorias ingeridas caiu de 203 para 179. A água, por sua vez, aumentou de 1% para 4% das compras.
 
Os resultados foram publicados na última sexta-feira no American Journal of Public Health.
 
Zero Hora

Barulho excessivo pode levar profissionais à perda auditiva

Foto: Ricardo Chaves / Agencia RBS
Danos podem ser irreversíveis
 
Em alguns casos, o barulho pode ser tão prejudicial que causa danos irreversíveis. É o caso da perda auditiva de motoristas de ônibus. Por causa disso, um projeto de lei em tramitação na Câmara dos Deputados quer proibir a compra, pelas concessionárias, de ônibus com motor na frente e obrigar a substituição gradativa dos veículos antigos por outros com motor traseiro ou central.
 
A partir de uma pesquisa que mostrou que 45% dos cerca de 15 mil motoristas e cobradores de ônibus de Brasília apresentam perda auditiva por causa do barulho do motor, foi criado o Projeto de Lei 6.946/13, atualmente em análise na Câmara dos Deputados.
 
— São comuns os casos de pessoas que desencadearam perda auditiva por exposição prolongada ao ruído intenso, por isso é de fundamental importância que haja um controle rígido quanto às medidas preventivas em relação à saúde auditiva — alerta a fonoaudióloga Marcella Vidal, da Telex Soluções Auditivas.
 
Nos últimos 11 anos, quase cinco mil rodoviários em Brasília pediram licença do trabalho devido à perda crescente de audição — alguns até se aposentaram por invalidez. A exemplo da capital federal, outras localidades brasileiras estão em alerta para este grave problema. Uma lei estadual de São Paulo, por exemplo, já proíbe a compra de ônibus com motor dianteiro. A Perda Auditiva Induzida por Ruído (Pair) é um mal que pode atingir todos os trabalhadores expostos com frequência a sons acima de 80 dB, como é o caso dos rodoviários.
 
— Infelizmente, é comum que o indivíduo só procure tratamento quando o caso já está mais grave. Qualquer dano à audição vai se somando ao longo do tempo e os efeitos podem não ser logo sentidos. A exposição frequente ao barulho pode levar, com o tempo, à perda permanente e irreversível da audição — lembra a fonoaudióloga.
 
Protetores auriculares são indispensáveis
Sem cuidados preventivos, outros trabalhadores, como guardas de trânsito, funcionários de fábricas, de gráficas, músicos, DJs, operadores de britadeira, trabalhadores que atuam em pistas de aeroportos, também podem sofrer perda irreversível de audição, se não usarem protetores. Aqueles que trabalham em indústrias, por exemplo, têm de ser submetidos a exames de audiometria de seis em seis meses e, quando constatada alguma lesão, devem se afastar.
 
Já os músicos que realizam ensaios e shows constantes apresentam danos à audição com certa frequência, pois o sistema de som pode atingir 130 dB. Em ambientes com ruídos intensos, recomenda-se o uso de protetores auriculares. Os atenuadores, como são chamados, diminuem o barulho ambiente em 15 ou até 25 dB, de acordo com o desejo do usuário.
 
Zero Hora

Como o barulho do dia a dia pode causar ansiedade, insônia e outros distúrbios

Foto: Peter Suneson / Freeimages
Constantes ruídos nas ruas pode impactar nossos ouvidos em um nível sutil, mas com consequências a longo prazo
 
Reflexos da quantidade de interações que agregam, as grandes cidades são marcadas pela convivência nem tão harmônica de sons e ruídos. Mesmo que a presença de buzinas de carros, freadas de ônibus ou sirenes de ambulância seja alternada, sua constante existência nas ruas pode impactar nossos ouvidos em um nível sutil, mas com consequências a longo prazo.
 
Para evitar que o cérebro entre em colapso com tantos alertas, a Organização Mundial da Saúde (OMS) definiu como padrão a média de 50 dB (decibéis). A partir disso, o organismo começa a sofrer impactos como estresse, insônia, irritabilidade, ansiedade, distúrbios endocrinológicos e até a perda irreversível da capacidade auditiva. Para se ter uma ideia, o trânsito no centro de grandes cidades alcança facilmente os 80 dB.
 
Conviver em ambientes silenciosos ou barulhentos nem sempre é uma questão de escolha. E para driblar o burburinho que acompanha a agitada vida das cidades, é preciso buscar alternativas. Quem explica é a psicóloga clínica Sabrina Wilhelm:
 
— A gente está em um mundo onde não tem como ficar totalmente livre do barulho. É preciso buscar dentro da rotina mecanismos que tragam qualidade de vida, em que se possa encontrar essa tranquilidade. Uma tendência são as técnicas de concentração e de meditação.
 
Segundo a psicóloga, tensão e dificuldade de relaxamento são efeitos do constante estado de alerta em que se vive. Os sons altos deveriam servir para chamar a atenção, mas, na prática, essa lógica é um pouco distorcida.
 
— Com barulhos constantes, ficamos em um contínuo esgotamento emocional, o que afeta nossa qualidade de vida — explica.
 
Efeitos no corpo
Além de danos auditivos, a exposição demasiada ao barulho desencadeia problemas como estresse, doenças cardiovasculares e de interrupção do sono. O excesso de ruído pode, ainda, dificultar o desenvolvimento cognitivo das crianças, o que atrapalha a comunicação e pode trazer uma série de aborrecimentos.
 
Uma das explicações para isso é que os ruídos dificultam o repouso do organismo. No artigo Efeitos da Poluição Sonora no Sono e na Saúde em Geral, o especialista em Neurofisiologia Fernando Pimentel Souza explica que o ruído é um dos mais importantes sincronizadores ou perturbadores do ritmo do sono, e que, comprovadamente, distúrbios do ritmo do sono produzem sérios efeitos na saúde mental.
 
Segundo ele, um dos indicadores da má qualidade de vida ambiental nas cidades brasileiras mostra que as pessoas atribuem a insônia a fatores externos, sendo que 9,5% delas exclusivamente aos barulhos excessivos.
 
— Além disso, o ruído deve ter uma importante contribuição indireta para o estresse diurno e noturno, causando má higiene do sono, cujos efeitos passam traiçoeiramente desapercebidos pelas pessoas por não terem efeitos imediatos e não deixarem rastro visível. Enfim, o ruído torna o sono mais leve, causando profundos danos fisiológico, psicológico e intelectual — escreve Souza em seu artigo.
 
Zero Hora

Cinco fatos sobre como o otimismo e a felicidade podem melhorar a saúde

"As pessoas que esperam as melhores coisas da vida tendem a tomar medidas para promover a saúde", diz um dos pesquisadores
 
Desde efeitos positivos no sistema imunológico a benefícios para o coração, o otimismo pode melhorar a saúde. Veja cinco estudos que comprovam que pessoas otimistas têm mais chances de serem saudáveis:
 
1) Otimismo estimula o sistema imunológico
Estudo realizado pela University of Kentucky e pela University of Louisville com 124 estudantes mostrou que há uma relação entre o otimismo e a imunidade do organismo. Segundo a pesquisa, as pessoas mais otimistas têm maiores níveis de células que combatem vírus.
 
2) Otimistas têm menor risco de sofrer um AVC
Uma visão positiva sobre a vida pode diminuir o risco de ter um acidente vascular cerebral (AVC), de acordo pesquisa publicada no Journal of the American Heart Association. No estudo, seis mil adultos com mais de 50 anos de idade avaliaram seus níveis de otimismo em uma escala de 16 pontos. Cada aumento de um ponto no otimismo correspondeu a uma redução de 9% na chance de ter um AVC.
 
3) Pessoas felizes têm mais sucesso no trabalho
Em um estudo realizado pelo Journal of Career Assessment, as pessoas felizes ganham mais dinheiro, apresentam desempenho superior e realizam tarefas com mais eficiência em comparação com os indivíduos infelizes.
 
4) Otimistas são mais saudáveis
Quem se descreve como muito otimista tem 55% menos risco de morrer por qualquer causa, em comparação com pessoas de expectativas negativas. Além disso, os otimistas têm menores taxas de morte cardiovascular do que os pessimistas, de acordo com um artigo publicado no The Archives of General Psychiatry.
 
5) Dar gargalhadas emagrece
Conforme levantamento divulgado pela Association for Psychological Science, rindo de 10 a 15 minutos por dia, queimamos de 10 a 40 calorias. A informação foi publicada em uma lista sobre 13 motivos para rir.
 
Zero Hora

6 hospitais brasileiros estão no ranking dos melhores da América Latina

Divulgado ranking dos melhores hospitais e clínicas da América Latina. Hospital São Vicente de Paulo é o único do Rio de Janeiro a figurar na lista
 
A consultoria América Economía Intelligence, acaba de divulgar o ranking 2014 dos 42 melhores hospitais e clínicas da América Latina. O Hospital São Vicente de Paulo (HSVP), na Tijuca, foi o único carioca a figurar na lista das melhores instituições de saúde do Brasil. Esta é a quarta vez que o HSVP é citado na pesquisa, que está em sua sexta edição.
 
A participação foi aberta a todos os hospitais gerais e clínicas de alta complexidade da América Latina, reconhecidos pela Organização Panamericana de Saúde. Para chegar aos resultados, a pesquisa levou em consideração seis critérios: Segurança e Dignidade do Paciente, Capital Humano, Capacidade, Gestão do Conhecimento, Eficiência Médica e Prestígio.
 
Das 42 instituições que fazem parte do ranking deste ano, 14 delas têm algo em comum: a acreditação da Joint Commission International (JCI), “a mais reconhecida de todas as acreditações nesse ramo”, como descrito pelo próprio organizador da pesquisa. “Desde 2008, o HSVP é acreditado pela JCI. Isso faz com que busquemos melhorias constantes. Esse é o compromisso de nossa direção”, ressalta a Diretora Executiva do hospital, Irmã Marinete Tibério.
 
Saiba quem são os hospitais brasileiros que estão entre os melhores da América Latina: Hospital Israelita Albert Einstein (SP, 1º lugar), Hospital Samaritano (SP, 6º lugar), Hospital Alemão Oswaldo Cruz (SP, 12º lugar), Hospital Moinhos de Vento (RS, 17º lugar), Hospital São Vicente de Paulo (RJ, 20º lugar) e Hospital Edmundo Vasconcelos (SP, 22º lugar).
 
ASSESSORIA DE IMPRENSA
SB Comunicação, (21)3798-4357

Alimentação saudável: veja por que você deve comer mais banana

beneficios-da-bananaSe você é do tipo que não gosta de comer frutas, precisa saber imediatamente que os benefícios oferecidos pela maioria delas costumam ir além daqueles popularmente difundidos
 
No caso da banana, por exemplo, o fato de a fruta ser uma excelente fonte de nutrientes a torna eficiente no combate à ressaca, na melhoria do bom humor, e em uma série de outras situações. A seguir você poderá conferir uma lista dos benefícios oferecidos pela mesma. Veja!
 
A banana pode ajudar a melhorar o humor
De acordo com nutricionistas, as propriedades da banana ajudam no aumento da serotonina, que é a substancia responsável pela sensação de bem-estar. Além disso, a fruta pode ajudar a melhorar o bom humor, melhorando também a qualidade do sono.
 
A banana pode ajudar a regular o intestino
A fruta é grande fonte de fibras, além do que, sua casca pode ajudar a proporcionar grande sensação de saciedade. Ela pode ser de extrema importância para o bom funcionamento do intestino, podendo ser usada no preparo de receitas de pães e bolos.
 
Ela pode prevenir a cãibra
Por ser uma fruta rica em minerais, tais como magnésio, potássio, cálcio e fosforo, a banana pode ajudar a prevenir as famosas cãibras. Alguns estudos apontam que a fruta pode agir ainda no controle da pressão arterial.
 
Auxilia no emagrecimento
Apesar de a banana ser considerada uma fruta calórica, ela é nutritiva e possui um contexto dietético equilibrado, ou seja, não apresenta nenhum risco à dieta. Para aqueles que mesmo assim não querem arriscar, a dica é dar preferencia à banana-nanica, pois ela é a menos calórica de todas.
 
Banana contra a ressaca
Por ser uma fruta rica em carboidratos, a banana ajuda a repor as energias após uma balada. Além do que, auxilia também na produção de mucina, que é uma proteína capaz de acalmar o estômago. Esse conjunto de benefícios tende a ser útil especialmente para aqueles que estão de ressaca.
 
Dica extra sobre a banana verde
A banana verde é um alimento funcional que pode ter um alto valor nutricional se consumida em forma de farinha ou biomassa.
 
Seus principais benefícios são:
  • Manutenção da integridade da mucosa do tubo digestivo;
  • Auxílio no bom funcionamento do intestino;
  • Saciedade;
  • Controle da glicose sanguínea;
  • Redução do colesterol ruim; e
  • Melhora na absorção de minerais.
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Vacinas ainda são essenciais para controlar catapora, rubéola, sarampo e caxumba

Getty Images - Médicos reforçam que pais
devem vacinar crianças para evitar doenças
Doenças eram comuns há pouco mais de 25 anos no Brasil
 
Caxumba, rubéola, sarampo, catapora, difteria, coqueluche. Essas e outras doenças comuns há mais de 25 anos no Brasil não deixaram de existir. Fala-se menos sobre elas porque estão controladas graças às vacinas. O Brasil, assim como toda a América Latina, recebeu o certificado da OMS (Organização Mundial da Saúde) como livre do vírus da poliomielite, por exemplo. No entanto, mesmo com essas vitórias e com a pouca incidência de casos, “as crianças devem continuar sendo vacinadas”, alerta o infectologista e pediatra Ricardo Walter Ruttimann. Atualmente, a única doença erradicada no mundo é a varíola. A última epidemia na Europa aconteceu na Iugoslávia em 1972 e o último caso registrado ocorreu em um homem do Sudão em 1977.
 
O médico argentino, que participou do 2º Congresso Internacional Sabará de Especialidades Pediátricas, em São Paulo, no fim de setembro, reforça que se as mães burlarem o calendário nacional de imunizações, as doenças podem voltar.
 
— Em 2002, a América Latina controlou o sarampo, porém, com pessoas circulando por todas as partes do mundo e em razão de parte da população não estar devidamente vacinada, o vírus foi novamente introduzido no Brasil. Um exemplo é a atual contaminação no Nordeste.
 
Ruttimann acrescenta que, sem a vacina, “a criança fica exposta e corre mais risco de adquirir infecções que causam hospitalizações e até mortes”.
 
— Na Europa, há um grande número de crianças com sarampo ou que morrem em decorrência dessa doença justamente por não estarem devidamente imunizadas.
 
Há 40 anos, lembra o médico, as crianças latino-americanas morriam de poliomelite, sarampo e coqueluche, "doenças que hoje, graças às vacinas, estão totalmente controladas".
 
— É um milagre, por isso o programa de imunização é de extrema importância e produz um grande impacto na saúde pública infantil da América Latina. A vacina contra o rotavírus, por exemplo, tem diminuído o índice de mortalidade no Brasil.
 
Sobre os efeitos colaterais das vacinas, Lago admite que existem, mas garante que “nenhum deles coloca em risco a vida da criança”.
 
— As imunizações são extremamente seguras e o calendário brasileiro é espetacular. As são a terceira ferramenta que mais salva vidas, só perde para o uso adequado de antibióticos  e a primeira que é disponibilização de água potável.
 
Ruttimann lembra que no início da década de 80, na Europa e nos Estados Unidos, a vacina de rubéola, sarampo e caxumba foi desprestigiada por uma campanha irresponsável no Reino Unido, que argumentava que tais vacinas produziam autismo nas crianças.
 
— Logo se comprovou que isso foi parte de uma campanha financiada por grupos antivacinas que quiseram desprestigiá-las.
 
Na opinião do pediatra da SBP, com a recente introdução na rede pública das vacinas contra catapora [incluída na tetra viral, que também protege contra sarampo, caxumba e rubéola] e da hepatite A, o Brasil deu mais um passo na prevenção e controle de doenças comuns da infância.
 
— Vacinar é uma atitude inteligente, que protege não só quem recebeu a imunização como também o próximo.
 
Novas vacinas
Segundo o Ministério da Saúde, nos últimos anos, novas vacinas foram introduzidas no calendário do SUS (Sistema Único de Saúde), entre elas para meningite, poliomielite, a vacina penta (difteria, tétano, pertussis, haemophilus influenza tipo B e hepatite B) e vacina tetra viral, que protege contra sarampo, caxumba, rubéola e varicela, e é exclusiva para crianças com 15 meses de idade que já tenham tomado a primeira dose da tríplice viral. Em 2014, foram introduzidas no SUS a vacina contra HPV, hepatite A e vacina dTpa (difteria, tétano e coqueluche acelular) para gestantes.

R7

Forte calor pode levar à confusão mental e morte

Baixa umidade também traz consequência ao organismo
Hidratação é essencial para evitar problemas na saúde, alerta médica
 
Há dias, o Estado de São Paulo vem enfrentando dias de muito calor a baixa umidade do ar.  O calor que atrai as pessoas para praias e piscinas também pode se tornar um grande vilão para a saúde, por isso, o ideal é intensificar a hidratação do corpo.
 
O clínico Paulo Olzon, presidente da Associação dos Médicos da Escola Paulista de Medicina, afirma que a desidratação é a principal consequência do calor excessivo e, se não tratada adequadamente, pode matar.
 
— O calor excessivo pode matar, especialmente os idosos que têm mais dificuldade de lidar com aumento da temperatura corporal e de sentir sede. Se ele morar sozinho, o risco aumenta porque a desidratação pode passar despercebida.
 
A médica fisiologista e professora da Santa Casa de São Paulo Cristiane Lopes ainda explica que o calor diminui a pressão arterial, o que pode ocasionar tonturas e desmaios.
 
— Há também uma diminuição do fluxo de sangue no cérebro. É por isso que, geralmente, as pessoas ficam mais indispostas no calor. Quando o corpo está doente, ele manda todas as suas energias para combater essa doença. Assim, o calor acaba fazendo com que o organismo fique ainda mais enfraquecido.
 
A baixa umidade do ar também provoca consequências no organismo. As mucosas, que vão desde o nariz até a garganta, ressecam com a falta de umidade, prejudicando a filtragem do ar e aumentando a incidência de doenças do trato respiratório, afirma José Eduardo de Sá Pedroso, diretor da Associação Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico-Facial.
 
— O tempo seco não dispersa os poluentes, agravando doenças como as rinites alérgicas e facilitando infecções, como a sinusite, que atacam diretamente a respiração e podem atingir também a voz.
 
Hidratação é essencial
Enquanto a chuva não vem, a pneumologista Jaquelina Ota, da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo), afirma que os cuidados devem ser redobrados, e a principal maneira de evitar as complicações na saúde é a hidratação com muita água. Os mais sensíveis, como os portadores de doenças respiratórias crônicas, a qualquer sintoma, devem procurar o médico, e não deixar de tomar a medicação de controle para evitar crises, alerta a médica.
 
— O ideal é dois litros de água por dia. Atenção especial a crianças e idosos que têm mais dificuldades de se hidratar sozinhos. Outra dica também é a utilização de soro fisiológico ou soro caseiro [feito água e colher de café de sal] nas narinas. Evite também atividades físicas em ambientes abertos quando a umidade relativa está em torno de 20% a 30%.
 
Como aliviar o calor?
Uma das maneiras de aliviar o mal-estar é “criar correntes de ar” nos ambientes, como por exemplo, usar ventiladores, segundo sugestão da fisiologista.
 
— Outra dica seria colocar uma toalha úmida em contato com o corpo, porque assim o corpo perde calor e alivia essa sensação.
 
As crianças abaixo de dois anos merecem atenção redobrada, já que não têm autonomia para hidratar o corpo sozinhas, explica o clínico. Já pessoas que trabalham na rua devem optar por roupas leves e sempre carregar uma garrafinha de água.
 
— Outra dica é procurar ficar em lugares arejados e, sempre que possível, abrir as janelas do transporte público.

R7

As vítimas da pílula anticoncepcional

Associada a outros fatores, a pílula aumenta o risco de trombose e AVC. Sem apoio dos médicos nem da Anvisa, as usuárias se organizam
 
Os médicos de diferentes especialidades prestariam um grande serviço aos pacientes se falassem a mesma língua. Se você tem mais de um médico, provavelmente já enfrentou o dilema de decidir o que fazer com a prescrição de um remédio que um receita e o outro condena. É comum ir ao ginecologista e sair com a recomendação de uma pílula anticoncepcional – apesar da existência de muitas outras formas de evitar a gravidez. Nos últimos anos, a pílula deixou de ser vista apenas como método contraceptivo. Virou a primeira escolha dos médicos para tratar acne, inchaço, TPM e outros problemas.

Muitos profissionais nem sequer perguntam se a paciente fuma, apesar de os estudos demonstrarem que a combinação de pílula e cigarro aumente em oito vezes o risco de acidente cardiovascular (AVC). Isso não é brincadeira. O sangue dos fumantes torna-se mais propenso à formação de coágulos e a nicotina enrijece as artérias que irrigam o cérebro. Logo, mulheres que fumam não devem tomar pílula. Quantas sabem disso?

Enquanto os ginecologistas receitam anticoncepcionais a mulheres que nunca sofreram danos provocados pela pílula, os neurologistas lidam com as consequências da prescrição pouco cuidadosa. As tragédias sobram para eles. Foi o que aconteceu com a professora universitária Carla Simone Castro, de 41 anos.

Ela nunca gostou da ideia de ingerir hormônios. Começou a tomar pílula pela primeira vez em janeiro deste ano. O medicamento Yasmin, da Bayer, foi receitado por uma ginecologista de Goiânia para controlar cólicas provocadas por miomas uterinos. No mês seguinte, Carla começou a sentir dores de cabeça. Passou a carregar paracetamol na bolsa. Nos meses seguintes, procurou outros médicos. Ouviu que as dores eram provocadas por sinusite, crise alérgica, enxaqueca, ansiedade... mas o problema era muito mais grave. Há 60 dias, Carla sofreu uma trombose cerebral que provocou um AVC. Foi salva por pouco. Se o atendimento demorasse mais 15 minutos, hoje poderia estar em coma ou morta.

A professora ficou estrábica e com a visão duplicada. Passou três dias sem enxergar quase nada. Hoje está muito melhor, mas ainda não recuperou a visão periférica. Os movimentos do lado direito do corpo, prejudicados durante algum tempo, também foram recuperados.

Carla não fuma, não é diabética, não é obesa. Não tem nenhum outro fator de risco capaz de justificar o dano sofrido. A única explicação dos médicos para o que aconteceu é o uso de pílula. Carla precisará tomar anticoagulante, anticonvulsivante e antidepressivo por tempo indeterminado.

Enquanto estava no hospital, ainda com um tampão sobre o olho, ela decidiu gravar um vídeo para contar aos amigos o que havia acontecido.

O depoimento, publicado pelos alunos dela nas redes sociais, teve mais de dois milhões de acessos e 140 mil compartilhamentos. Ao expor sua história, Carla passou a ser procurada por mulheres com casos semelhantes. Juntas, criaram uma página no Facebook – "Vítimas de anticoncepcionais. Unidas a favor da vida". Em poucas semanas, surgiram centenas de relatos de graves efeitos adversos.

A Anvisa informa que, entre 2009 e 2014, recebeu apenas três registros de problemas semelhantes. Nesta semana, Carla protocolou uma reclamação no Ministério Público Federal porque ela e outras mulheres não conseguiam registrar os casos no sistema online da agência. A movimentação começa a surtir efeito. O sistema voltou a funcionar. Há um link para registrar as ocorrências. Os médicos não são obrigados a notificar os casos – e raramente o fazem. Por isso, é fundamental que as vítimas ou suas famílias notifiquem as autoridades.

Não se trata de demonizar a pílula anticoncepcional ou de negar os benefícios que ela trouxe à humanidade. Uma gravidez indesejada, principalmente entre as jovens de baixa renda, costuma ter efeitos terríveis sobre a saúde e a trajetória educacional e profissional da mulher. O ponto central deste texto é outro.

Na maioria dos casos, a pílula é segura. Se não fosse assim, todos nós conheceríamos alguma moça que teve um AVC depois de tomar anticoncepcional. Mas as que usam esse tipo de contracepção precisam saber que os hormônios aumentam a capacidade de coagulação do sangue. O mesmo pode ocorrer quando a mulher faz reposição hormonal na menopausa. Quem toma pílula ou faz reposição hormonal está mais sujeita a sofrer uma trombose (formação de coágulos no interior de um vaso sanguíneo).

E a trombose pode levar ao AVC. Em 2011, a Yasmin e outras pílulas que contêm drospirenona estiveram no centro de um debate promovido pela FDA (a agência americana que regula fármacos e alimentos). Alguns estudos recentes sugerem que essa substância piora a circulação do sangue e aumenta em até duas ou três vezes o risco de trombose. Segundo a FDA, ao menos 190 mulheres haviam morrido nos Estados Unidos após tomar pílulas à base de drospirerona. O órgão estimou que, a cada ano, dez em cada 10 mil mulheres podem ter um coágulo provocado por essas drogas. Quem toma as pílulas mais antigas também está sujeita ao problema, mas o risco é inferior. Ocorre em seis mulheres a cada 10 mil.

Estudos conduzidos pela empresa fabricante não revelaram aumento do risco de formação de coágulos. Apontar esse tipo de risco é especialmente difícil porque eles também podem ser decorrência de fatores ligados à história familiar ou ao estilo de vida – como o tabagismo e a obesidade. Os cientistas da agência ressaltavam que nenhum dos estudos existentes era capaz de dar uma resposta definitiva sobre o risco dessas pílulas. Depois de muita discussão ao longo dos últimos anos, a agência decidiu manter essas pílulas no mercado, mas os consultores consideraram que as atuais informações dadas aos consumidores não refletem os reais riscos.

A Bayer, que vende a Yasmin no Brasil, reafirma a segurança do produto em um comunicado. “A Comissão Europeia emitiu, em 16 de janeiro de 2014, sua decisão final no processo de avaliação sobre contraceptivos hormonais combinados, respaldando o posicionamento da Bayer de que não existem novas evidências científicas que mudariam a avaliação positiva de benefício-risco de anticoncepcionais hormonais combinados” (...) “A decisão da Comissão Europeia seguiu as recomendações do Comitê de Avaliação do Risco em Farmacovigilância (PRAC) e do Comitê dos Medicamentos para Uso Humano (CHMP), concluindo que os benefícios dos contraceptivos hormonais combinados na prevenção da gravidez não planejada continuam a superar os riscos e que a possibilidade de tromboembolismo venoso (TEV), associada ao uso de contraceptivos hormonais combinados, é pequena.”
 
A reivindicação de Carla é das mais razoáveis. “Não pretendo tirar o produto do mercado nem pleitear uma indenização”, diz ela. “Minha luta é por informação. Os médicos têm que falar claramente sobre os riscos para que a mulher possa decidir”. Um exemplo do que poderia ser feito?
 
Mulheres portadoras de trombofilia, uma condição genética que favorece a formação de trombos, não podem tomar pílula. A informação está na bula dos produtos. Raros são os médicos que pedem o exame.
 
Quando publicou o vídeo, Carla era uma só. Hoje representa muitas. As redes sociais acabaram com o isolamento e deram poder aos pacientes. O grupo quer a inclusão de um aviso sobre o risco de trombose nas embalagens das pílulas e a notificação obrigatória de casos graves pelos médicos. Seria uma grande conquista.
 
Época

O chikungunya, primo da dengue, deveria assustar mais que o ebola

Foto: Rafael Araujo/ÉPOCA
O vírus chikungunya começou a ser transmitido no Brasil há menos de um mês e já infectou 337 pessoas. Essa sim é uma ameaça que veio para ficar
 
Por Cristiane Segatto
 
É uma questão de tempo. Mais cedo ou mais tarde, alguma pessoa infectada com o vírus ebola chegará ao Brasil. Toda a preocupação em torno do assunto é mais que justificável. É necessária. Trata-se de uma terrível ameaça invisível, altamente infectante e capaz de matar um em cada dois doentes.
 
A população quer saber se o país está preparado para lidar com mais essa crise. O plano traçado pelo Ministério da Saúde para evitar que o vírus se espalhe será bem executado quando o primeiro caso se confirmar? As unidades de saúde darão conta do recado? Haverá informação adequada nos portos e aeroportos? O cerco e monitoramento das pessoas que tiverem contato com o primeiro doente vão funcionar?
 
Só teremos resposta quando o ebola chegar. Por enquanto, vivemos num clima de ensaio geral. A correta condução do primeiro caso suspeito, o do imigrante Souleymane Bah, que procurou uma unidade de pronto atendimento de Cascavel, foi um bom sinal.
 
Ninguém é capaz de prever se o êxito demonstrado naquele caso irá se repetir sempre. É provável que não. Ainda assim, a maioria dos especialistas acredita que o Brasil será capaz de evitar que o vírus se propague. Acham que a estrutura para identificar e isolar os primeiros doentes e monitorar as pessoas que eventualmente tiveram contato com eles será eficaz.
 
É possível que alguns brasileiros adquiram o vírus. Provavelmente serão os bravos profissionais de saúde escalados para cuidar dos doentes. Como ocorreu nos Estados Unidos e na Espanha, os enfermeiros e médicos correm alto risco de contrair a doença no momento em que retiram as várias camadas de roupas e outros materiais de proteção.
 
O ebola só é transmitido por contato direto com fluidos corporais do doente – sangue, saliva, suor, lágrima, urina, fezes, sêmen. Não se pega a doença pelo ar. Por tudo isso, os infectologistas afirmam que não há razão para pânico. Acreditam que a probabilidade de ocorrer um surto da doença no Brasil é baixíssima.
 
Enquanto todas as atenções estão voltadas para o ebola, uma ameaça capaz de estragar a vida de um número muito maior de brasileiros já chegou ao nosso quintal. “A população deveria estar mais preocupada com a dengue que com o ebola”, diz o médico Érico Arruda, presidente da Sociedade Brasileira de Infectologia.
 
Nos últimos cinco anos, 3,2 milhões de casos de dengue foram registrados no Brasil. A forma hemorrágica matou 800 pessoas. A doença mata muito menos que o ebola, mas os mosquitos que a transmitem estão por todo canto – até no nosso quintal.

Como se não bastasse a dengue, chegou ao Brasil o primo dela: o Chikungunya. Esse vírus, transmitido pelo mesmo mosquito da dengue, provoca febre alta, dores articulares terríveis e até invalidez.
 
Ele está se alastrando rapidamente pelo país, depois de chegar à América Central no final de 2013. No trimestre seguinte, pessoas que se infectaram na região do Caribe trouxeram o vírus para o Brasil. Mosquitos da dengue picaram esses viajantes e passaram a transmitir a doença no país. Resultado?
 
Menos de um mês depois da ocorrência do primeiro caso de transmissão de Chikungunya em território nacional, o Ministério da Saúde já registrou 337 casos. Quinze estados já foram afetados. A Bahia, com 281 registros, tem o maior número de infecções. Com 274 casos confirmados, a cidade baiana de Feira de Santana já vive uma epidemia.
 
A origem do estranho nome Chikungunya é africana. No idioma makonde, significa “aqueles que se dobram”. É uma referência à postura dos doentes. Com dores articulares fortíssimas, os infectados andam curvados.
 
Essas dores podem persistir por longos meses. Em alguns casos, elas se tornam crônicas. Em outros, o enrijecimento das articulações é tão intenso que a pessoa deixa de andar.

Logo abaixo, um guia para se proteger do Chikungunya. Com o verão chegando e tanto mosquito por aí, essa sim é uma ameaça real. Informe-se sobre o ebola, mas se preocupe com a dengue e seu primo.
 
Como o vírus é transmitido?
Pela picada da fêmea de mosquitos infectados. Pode ser do tipo Aedes aegypti, o popular mosquito da dengue ou o Aedes albopictus. Esse segundo tipo é mais comum nas áreas rurais. As larvas são encontradas em bambus, buracos em árvores e cascas de frutas.
 
Quais os principais sinais e sintomas?
Febre acima de 39 graus, dores intensas nos dedos, pulsos e tornozelos. Pode ocorrer, também, dor de cabeça, dores nos músculos e manchas vermelhas na pele. Cerca de 30% dos casos não chegam a desenvolver sintomas.
 
Como se identifica um caso suspeito?
Deve-se suspeitar da doença quando a pessoa tem febre acima de 38,5°, dores articulares ou artrite intensa for moradora ou tiver viajado para regiões nas quais os vírus circula.
 
Após a picada do mosquito, em quantos dias ocorre o início dos sintomas?
De dois a dez dias, podendo chegar a 12 dias.
 
Se a pessoa for picada neste período, infectará o mosquito?
Isso pode ocorrer um dia antes do aparecimento da febre até o quinto dia de doença,
quando a pessoa ainda tem o vírus na corrente sanguínea.
 
Dor nas articulações também não ocorre nos casos de dengue?
Sim, mas na dengue ela é menos intensa. Entre 70% e 100% dos infectados pelos Chikungunya sentem dores terríveis nos pés e nas mãos.
 
Se uma pessoa for picada por um mosquito infectado necessariamente ficará doente?
Não. Em média, 30% dos infectados não apresentam sintomas.
 
Existe tratamento?
Assim como a dengue, não existe nenhum tratamento específico para Chikungunya. O que se faz é tentar aliviar os sintomas – com remédios para baixar a febre e antiinflamatórios para as dores articulares. Não se deve usar ácido acetilsalicílico (AAS) devido ao risco de hemorragia. O doente deve beber muito líquido e fazer repouso absoluto.
 
É necessário isolar o paciente?
Não.
 
É preciso internar o doente?
Apenas nos casos mais graves.
 
Em quanto tempo o paciente se recupera?
Em geral, em dez dias após o início dos sintomas. Em alguns casos, as dores podem persistir durante meses ou anos.
 
A doença pode matar?
As mortes são raras.
 
Existe vacina?
Não.
 
Quem se infecta com o vírus fica imune?
Sim. Fica imune pelo resto da vida.
 
Uma pessoa doente pode infectar outra saudável?
Não existe transmissão entre pessoas. A única forma de infecção é pela picada dos mosquitos.
 
A mãe grávida transmite o vírus para o bebê?
Não há evidências de que isso ocorra. Também não se transmite a doença pelo leite materno.
 
O que fazer para evitar a disseminação do vírus?
Evitar os criadouros de mosquitos. Colocar areia nos pratos dos vasos de planta, eliminar, pneus velhos e recipientes abandonados, inspecionar piscinas em casas vazias, verificar se as calhas não estão entupidas, acabar com entulho e qualquer outra coisa que favoreça a deposição de larvas dos mosquitos. O fim dos criadouros interrompe a transmissão da dengue e da doença provocada pelo Chikungunya.
 
Época

'Falsa dentista' é detida após ser flagrada trabalhando em consultório

Foto: Divulgação / CRO da Bahia
Mulher foi flagrada exercendo profissão de dentista
ilegalmente
Caso ocorreu no município de Mata de São João, na BA, no sábado (18). Segundo Conselho, suspeita atendia 20 pacientes no final de semana
 
Uma mulher foi detida após ser flagrada trabalhando ilegalmente como dentista em um consultório de Mata de São João, no litoral norte da Bahia, no sábado (18), informou o Conselho Regional de Odontologia da Bahia (Croba).
 
Segundo o órgão, a mulher, que tem 22 anos, não tem diploma, mas atendia uma média de 20 pacientes durante os finais de semana na cidade.
 
Com a suspeita foram apreendidos materiais e equipamentos de uso exclusivo de cirurgião-dentista.
 
Segundo o Conselho, a mulher é reincidente e já havia sido autuada em maio de 2013. Ela foi encaminhada pela Polícia Militar para a delegacia da região. ​
 
G1

'Instagram para médicos' será lançado na Europa

Reprodução: Figure 1
Aplicativo permite que profissionais da saúde compartilhem casos por meio de fotos dos pacientes sem identificá-los
 
Um aplicativo pelo qual os profissionais da saúde compartilham fotos de seus casos está para ser lançado na Europa até o fim do ano.
 
A rede social, chamada Figure 1, funciona como um "Instagram" – aplicativo de compartilhamento instantâneo de fotos – e foi desenvolvida para que os médicos possam discutir e trocar ideias entre si e com outros estudantes de medicina.
 
Alguns especialistas levantaram preocupações com a confidencialidade do paciente. Mas a rede diz que toma medidas nesse sentido: os rostos dos pacientes são automaticamente cobertos com uma tarja preta pelo próprio aplicativo.
 
No entanto, cabe aos usuários bloquearem outros sinais que possam entregar a identidade do paciente – como tatuagens, por exemplo.
 
Cada foto é revisada e aprovada por um moderador antes de ser adicionada à base de dados do aplicativo.
 
Até agora, mais de 150 mil médicos enviaram fotos usando a rede, que está disponível na América do Norte, no Reino Unido e na Irlanda.
 
Sem segredo
Um dos fundadores do aplicativo, o médico Josh Landy, explicou à BBC que o serviço não permite acesso a quaisquer registros do paciente.
 
"Nós não temos nenhum arquivo médico pessoal. O melhor jeito de manter um segredo é não tê-lo. Não somos uma organização que oferece tratamento médico", disse.
 
Médicos, porém, precisam fornecer as suas credenciais e são aconselhados a repassar a funcionários e pacientes os detalhes das políticas de uso e consentimento da rede social.
 
"Legalmente, identificar o médico não necessariamente identifica o paciente", explicou Landy.
 
"Mas é claro que é preciso cuidado com algumas condições médicas raras, que não podem ser postadas. Um dos usuários quis postar algo sobre um paciente, mas só há sete casos desses nos Estados Unidos e eles foram todos relatados porque são raros, então o paciente poderia ser facilmente indentificado", contou.
 
Qualquer um pode baixar o aplicativo gratuitamente, mas apenas os profissionais da saúde verificados pelos moderadores podem subir fotos ou comentar as imagens, explicou.
 
Imagens
Landy diz que o site "rejeita fotos sensacionalistas" e que "tudo está lá com propósito educacional".
 
"Tendo isso em mente, há várias imagens muito interessantes, coisas que médicos veem todos os dias. É uma visão transparente de um mundo que você raramente tem a chance de conhecer."
 
A comunidade médica já conta com outros serviços digitais, como UpToDate e DynaMed, muito utilizados como arquivos de dados de conhecimento clínico. Mas eles não são exatamente concorrentes do Figure 1, segundo Landy.
 
"UpToDate é um aplicativo que eu adoro e uso há vários anos. Ele tem um depósito de artigos escritos e editados por especialistas na área."
 
"O que o nosso aplicativo fornece é a oportunidade de contribuir com qualquer caso, não importa se ele for clássico ou pouco comum. O nosso sistema é baseado somente em fotos e é totalmente alimentado pelos usuários", explicou.
 
O aplicativo recebeu um investimento de US$ 6 milhões no último ano e será disponibilizado para toda a Europa ocidental até o fim deste ano.
 
BBC / G1