
“[Em] algumas formas de trabalho médico, é melhor pagar pelo produto entregue
do que pelas horas do profissional. Se o equipamento estiver quebrado, o
profissional recebe a mesma coisa. Temos que ter essa ousadia no SUS [Sistema
Único de Saúde] de aprender com outras experiências, porque nossa meta é
oferecer o que de melhor exista pelo menor tempo de espera do paciente”, disse o
ministro. Segundo ele, às vezes, é melhor pagar pelo número de consultas e
exames feitos, e não por hora de trabalho, porque, em algumas situações, não há
de fato hora de trabalhado, pois o equipamento não está funcionando.
Padilha falou sobre o assunto no Centro de Diagnóstico por Imagem, durante a
inauguração de um equipamento de ressonância magnética inédito no SUS. “O
estado não comprou a ressonância, mas está pagando por um certo número de
exames. Pagar pelo equipamento parado é um desperdício de recursos da saúde. Se
o equipamento quebrar, a empresa que recebe terá interesse de consertá-lo
rapidamente, porque, se não fizer isso, não vai receber [pelo serviço].”
De acordo com o ministro, o modelo anunciado hoje foi mais barato e respondeu
melhor às demandas do SUS do que se a Secretaria da Saúde do estado tivesse
comprado os equipamentos e pagasse pela hora dos profissionais.
O presidente do Sindicato dos Médicos do Rio de Janeiro, Jorge Darze, no
entanto, considera um grande equívoco um modelo de gestão em saúde pública com
terceirização de serviços e parcerias com a iniciativa privada. “Privatizar mão
de obra e gestão da saúde pública fere as regras do Sistema Único de Saúde e a
Constituição federal. O que mobiliza o privado é o lucro e o que motiva a
administração pública é o interesse público, projetos diametralmente opostos”,
disse Darze.
Fonte Agência Brasil
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