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segunda-feira, 3 de fevereiro de 2014

Estudos apontam que tratamento com testosterona pode aumentar risco cardíaco em homens

homem na cama com uma mulher - Foto: Getty Images
                                    Baixo interesse sexual
Esse é o sintoma mais específico para desconfiar de baixos níveis
                               de testosterona no organismo
Um deles mostrou o risco de infarto não fatal do miocárdio nos homens mais velhos que fazem a reposição desse hormônio
 
A testosterona, mesmo sendo presente nas mulheres, é considerada o mais masculino dos hormônios. Normalmente, os índices dele ainda caem até 1% ao ano a partir dos 40. Ter esse hormônio em menos quantidade traz diversos problemas aos homens, mas talvez a reposição possa ser arriscada. Um estudo divulgado no jornal científico online PLoS One no dia 28 de janeiro de 2014 mostrou que os tratamentos com esse hormônio podem aumentar o risco de infarto não fatal no miocárdio em homens mais velho ou jovens com histórico de problemas cardíacos.

Para chegar a essa conclusão, os estudiosos estudaram mais de 55 mil homens de meia idade ou mais velhos que receberam prescrição de testosterona entre os anos de 2008 e 2010. O foco dos pesquisadores norte-americanos foi nos índices de ataques do coração um ano após o tratamento. Eles concluíram quer homens com mais de 65 anos tinham o dobro de risco de ter um infarto, assim como os que tinham menos de 65, mas um diagnóstico anterior de doença cardiovascular.

Mais comprovações
Esse estudo não foi feito com uma triagem randomizada, que é o padrão para estudos científicos. Mas pesquisas anteriores também já verificaram essa tendência. Um estudo feito na VA Eastern Colorado Health Care System (Estados Unidos), de novembro de 2013, mostrou que o uso do hormônio testosterona aumentava em 29% o risco cardiovascular após os 60 anos.

O que ainda é um mistério para os especialistas é a relação entre o hormônio e o coração. Não se sabe se o perigo está mesmo no remédio ou se está mais ligado ao comportamento desses pacientes após fazer a reposição. Afinal, a testosterona está relacionada à libido, e pode ser que o aumento da atividade sexual esteja causando essa sobrecarga no coração desses homens.

Testosterona em queda
Mas como reconhecer se o seu hormônio está baixo? Antes de fazer o exame, o médico pode notar alguns sintomas característicos do problema.
 
Confira quais são eles a seguir:
 
Baixo interesse sexual
Esse é o sintoma mais específico para desconfiar de baixos níveis de testosterona no organismo. "Inclusive, pode ser possível perceber uma perda da potência sexual, ou mesmo uma disfunção erétil", explica a endocrinologista Ruth Clapauch, da Sociedade Brasileira de Endocrinologia. Um sinal mais claro para a deficiência desse hormônio pode ser a falta de ereções matinais - aquelas ereções "involuntárias", que se tem ao acordar. O endocrinologista Pedro Saddi, da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), afirma que homens com essa característica também têm maiores chances de sofrer com infertilidade. Entretanto, os baixos níveis de testosterona por si só raramente são a única razão para ereções mais fracas - outros problemas como doenças cardíacas e diabetes, também podem estar associados.                      
 
Cansaço excessivo
A fadiga também é um efeito comum de baixos níveis de testosterona. "Isso acontece porque o hormônio também está relacionado com a produção de energia, e taxas reduzidas refletem na forma de cansaço", afirma a endocrinologista Ruth. Lembrando que o cansaço e a falta de disposição precisam aparecer em conjunto com os outros sintomas associados à testosterona, pois sozinho pode ser um indicativo para vários outros problemas.
 
Pensamento confuso e problemas de memória
"A testosterona também atua diretamente no sistema nervoso, incluindo áreas responsáveis pela cognição e concentração", afirma a endocrinologista Ruth. Dessa forma, baixos níveis do hormônio também se traduzem como uma dificuldade para manter a concentração em atividades ou mesmo assimilar conceitos. "Uma consequência dessa falta de atenção pode ser a dificuldade de memorização", completa Ruth.  
 
Mudanças de humor
De acordo com a endocrinologista Vânia dos Santos, da Universidade Estadual Paulista (UNESP), os baixos níveis desses hormônios estão relacionados com o aumento dos casos de depressão masculina na terceira idade. "Como a testosterona também age no sistema nervoso, uma mudança em sua produção afeta o bem-estar e o humor dos homens", explica. O resultado é um sentimento maior de tristeza, que pode evoluir para uma doença. 
 
Dificuldade para construir músculos
É fácil perceber a influência da testosterona nos músculos dos homens. "Por volta dos 12 anos, quando os testículos começam a produzir a testosterona, os meninos ficam mais fortes", explica Pedro Saddi. De acordo com o especialista, essa diferença aumenta no período entre 20 e 30 anos, quando os homens têm um pico nos níveis de testosterona no sangue. No entanto, se as taxas estão reduzidas, o homem pode ter dificuldade para criar massa muscular, principalmente na região do abdômen. "Inclusive, em alguns casos, o homem pode até perder massa muscular por conta das taxas alteradas de testosterona", completa a endocrinologista Ruth. 
 
Acúmulo de gordura corporal
O homem não só perde massa muscular quando a testosterona não está adequada, como também ganha gordura na região do abdômen. "Isso porque os músculos que ele perde irão se transformar em gordura, e essa mudança se dá principalmente na cintura", explica a endocrinologista Ruth. Além disso, se você não está em construção muscular adequada, o seu corpo deixa de usar os alimentos que você ingeriu para este fim, transformando tudo em gordura.   
 
Perda de massa óssea
O homem tem uma diminuição também da massa óssea relacionada à testosterona. "Isso inclusive é uma das causas mais importantes de osteoporose masculina", afirma a endocrinologista Ruth. Uma pesquisa da University of Western Australia, que acompanhou 3.600 homens com mais de 70 anos, mostra que os baixos níveis de testosterona podem estar relacionados a problemas de mobilidade e a fragilidade de ossos em idosos. Isso acontece porque o hormônio atua na densidade óssea, e sua deficiência pode fragilizar o órgão.
 
Baixo crescimento de pelos
O crescimento de pelos em algumas áreas está diretamente ligado à produção de testosterona, tanto nos homens quanto nas mulheres. É a partir do momento que esse hormônio começa a ser produzido, por volta dos 12 anos de idade, que os pelos no rosto, tronco, nádegas, virilha e região púbica começam a crescer nos homens. Dessa forma, níveis mais baixos de testosterona podem levar a um crescimento mais baixo de pelos faciais, pubianos e pelos nos braços e pernas. Mas não é a baixa de testosterona a responsável por queda de cabelo ou calvície, por exemplo. Nesse caso, o endocrinologista Pedro Saddi explica que o hormônio relacionado com a queda de cabelos é a diidrotestosterona, que é uma transformação da testosterona. "As pessoas calvas têm enzimas no couro cabeludo com uma capacidade maior de transformar a testosterona do sangue em diidrotestosterona para agir no folículo capilar", confirma. Dessa forma, um homem com calvície poderá tê-la por conta de uma alteração nas enzimas do couro cabeludo, e não por conta da testosterona circulante no sangue.  
 
Problemas para dormir
"A deficiência em testosterona pode deixar o sono prejudicado, no sentido de que ele fica menos relaxante, menos restaurador", explica a endocrinologista Ruth. Em alguns casos, a baixa testosterona pode causar agitação durante a noite e até mesmo episódio de insônia. "Entretanto, é importante lembrar que esses sintomas aparecem em conjunto quando o problema está relacionado com a testosterona - se surgirem separadamente, pode ser sintoma de outro problema", ressalta a especialista. 
 
Minha Vida

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