Segundo o estudo, 77% das pessoas que caíram em calçadas eram mulheres,
apesar disso apenas 8,5% estavam usando salto alto. O calçado mais usado entre
os entrevistados era o tênis, com 45%. “O salto não foi o principal responsável
e não foi o que favoreceu para que a pessoa sofresse o acidente. Foi o estado da
calçada que influenciou”, disse o diretor clínico do Instituto de Ortopedia e
Traumatologia, Jorge dos Santos Silva.
Para Santos Silva, o fato de quase a maioria das pessoas estar usando tênis,
que são sapatos que deixam a pessoa relativamente bem calçada e não favorecem a
queda, indica que a qualidade da calçada foi o que proporcionou o acidente.
“Isso é sinal de que a calçada onde a pessoa estava circulando era
perigosa”.
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A estimativa é que um paciente internado devido à queda na calçada custe em
média RS 40 mil para o sistema de saúde. “Apesar de 90% dos pacientes terem alta
no mesmo dia, há risco de ocorrerem lesões graves. Dos entrevistados, todos
foram atendidos em uma consulta, fizeram radiografia e saíram do hospital com
alguma imobilização. Os internados foram cerca de 10%, porque tiveram fratura
que precisava de cirurgia”, disse o médico.
O ortopedista disse que a constatação de que os pacientes caem em calçadas
mal conservadas não quer dizer que todas as calçadas da cidade sejam ruins, mas
indica que falta cuidado por parte dos proprietários. “O cuidado com a calçada
depende de cada um. O proprietário é responsável por cuidar da calçada. Não por
legislação, mas pela cidadania. Se cuidamos bem da nossa casa temos que nos
preocupar também com a calçada, pois até o próprio morador ou alguém de sua
relação pode cair”.
Santos Silva disse que o estudo foi um piloto e que a equipe deve continuar a
fazer a pesquisa de forma mais aprofundada por um período maior e, a partir
desses dados, propor ações para a administração municipal.
Fonte Agência Brasil
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