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segunda-feira, 21 de outubro de 2013

Obama enfrenta nova batalha com republicanos, desta vez por reforma da saúde

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, enfrenta a partir deste domingo uma nova batalha com os republicanos, que estão usando os problemas técnicos no início das vendas dos mercados de planos de saúde como argumento para novos ataques contra a reforma da saúde.
 
Obama participará nesta segunda-feira de um ato na Casa Branca sobre a reforma da saúde em que espera-se que se refira aos erros na plataforma online de inscrição dos novos planos, abertos desde 1º de outubro e onde estima-se que quase 48 milhões de pessoas poderão acessar os seguros a preços acessíveis ou se beneficiar de subsídios federais.
 
"Acho que não há ninguém mais frustrado que o presidente com as dificuldades no site", admitiu hoje o secretário do Tesouro dos EUA, Jack Lew, em uma entrevista ao programa "Meet the Press" da emissora "NBC".
 
Embora a Casa Branca tenha minimizado os problemas e atribuído ao grande volume de tráfego, os republicanos os estão transformando em sua nova estratégia para denunciar que a reforma da saúde, uma das maiores conquistas do mandato de Obama e promulgada em 2010, não está funcionando.
 
O "grande interesse" nos novos mercados "demonstra o quão importante é que o façamos bem. Há milhões de americanos que querem um seguro de saúde. É importante para nossa economia que tenham um seguro de saúde", sustentou Lew. O objetivo é que o maior número de pessoas possível tenha uma cobertura de saúde garantida para 1º de janeiro de 2014, quando deve entrar em vigor a obrigatoriedade do seguro médico, a cláusula fundamental da reforma da saúde, chamada pejorativamente pelos republicanos de "Obamacare".
 
A "prova de fogo", segundo Lew, será em janeiro, quando serão quantificadas as inscrições nos novos seguros e a "qualidade" do serviço que estão recebendo. A líder da minoria democrata na Câmara dos Representantes, Nancy Pelosi, qualificou de "inaceitáveis" os problemas que estão ocorrendo com os novos mercados de planos de saúde.
 
"Há muitas coisas a fazer para corrigir a situação", declarou Pelosi ao programa "This Week" da emissora ABC. Os problemas levaram também ao adiamento do lançamento da web em espanhol, para facilitar as inscrições nesse idioma nos novos mercados, que estava previsto para esta segunda-feira. "Estamos fazendo ajustes ao site em inglês e por isso vai demorar um pouco mais a versão em espanhol", explicou a Agência Efe um funcionário da Casa Branca. Enquanto, das fileiras republicanas os senadores Marco Rubio (Flórida) e Roy Blunt (Missouri) afirmaram hoje na "Fox" que a secretária de Saúde dos EUA, Kathleen Sebelius, deve comparecer ao Congresso para falar de todos os erros e atrasos que estão sendo registrados.
 
Segundo membros do comitê de Energia e Comércio da Câmara, Sebelius já informou que não comparecerá a uma audiência prevista para a próxima quinta-feira no órgão. "Em última instância, a secretária Sebelius testemunhará", garantiu o senador democrata Dick Durbin (Illinois), também em declarações a "Fox".
 
Para Durbin a reforma da saúde está "no caminho de se tornar um êxito considerável", apesar do "duro" começo com os problemas no site. No outro extremo, o senador republicano Ted Cruz (Texas) ressaltou na "CNN" que o "Obamacare não está funcionando e está custando postos de trabalho". Cruz foi um dos promotores da estratégia republicana de vincular a aprovação de fundos para o novo ano fiscal a atrasos na aplicação da reforma da saúde, o que levou a uma paralisia parcial da administração federal que durou 16 dias e terminou esta semana com perdas milionárias para a economia nacional.
 
Essa estratégia fracassou, mas Cruz, vinculado ao movimento ultraconservador Tea Party, prometeu hoje "continuar fazendo todo o possível para deter o choque de trens que representa o Obamacare".
 
Em resposta, o ex-governador da Flórida, o também republicano Jeb Bush pediu a seus colegas de partido que pensam como Cruz um pouco de "autocontrole", porque a melhor maneira de acabar com a reforma da saúde é "ter uma alternativa" que até agora os republicanos não ofereceram.
 
EFE

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