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domingo, 15 de maio de 2011

Reclamações contra planos de saúde crescem 34% em SP

Do Metro

cidades@eband.com.br

 
As reclamações contra planos de saúde cresceram 34% no segundo semestre de 2010, em relação ao mesmo período em 2009. As queixas contra os planos aumentaram de 5.440 para 7.304. As informações são do Procon.

Uma das causas da insatisfação dos clientes é a falta de estabelecimentos credenciados. Em 2008, o Estado de São Paulo possuía 27.391 consultórios e 6.104 clínicas credenciadas aos planos.

Três anos depois, com 1,3 milhão de clientes a mais, o número de consultórios e clínicas caiu para 22.092 e 3.753, respectivamente.

Além disso, mesmo os médicos conveniados às operadoras de saúde privilegiam os atendimentos sem plano, que rendem consultas e procedimentos melhor remunerados. O tratamento diferenciado é uma orientação das entidades da categoria.

Com as brigas entre operadoras e profissionais da saúde, quem sai prejudicado é o cliente, que às vezes têm que esperar meses por consultas.

Conheça mitos e verdades sobre a gagueira

Da Redação

Quem nunca perdeu a fala ou esqueceu o que diria em seguida e passou pela dura experiência de gaguejar?
A gagueira, ou disfluência, como é clinicamente chamada, acontece quando o cérebro tem dificuldade para sinalizar o término de um som ou uma sílaba. Com isso, ele não consegue passar automaticamente para o próximo som, fazendo com que a pessoa consiga iniciar a palavra, mas "presa" em alguma sílaba até que o cérebro consiga gerar o comando necessário para dar prosseguimento ao restante da palavra.

Conheça alguns mitos e verdades sobre o problema:

-A gagueira é contagiosa ou pode-se ficar gago ao conviver com uma pessoa que têm este distúrbio da fala?

Mentira. A gagueira não é contagiosa e não “pega”. Portanto, não é transmitida pelo convívio com pessoas que gaguejam. Ninguém deve ter receio de conversar ou interagir com pessoas que gaguejam.

- A gagueira tem relação com a garganta ou com a língua?

Mentira. A gagueira é entendida como uma dificuldade do cérebro na temporalização e automatização dos movimentos da fala. Ela pode ser causada por múltiplos fatores, entre eles o genético. A gagueira pode ou não se manifestar, dependendo da interação com os fatores social e psicológico a que a pessoa é exposta, além do orgânico, no caso de lesões cerebrais.

- A gagueira tem cura?

Mentira. Até o momento, não há cura para a gagueira, no sentido de eliminar o caráter genético e/ou orgânico envolvido, mas há tratamentos com ótimos resultados e reduções significativas das rupturas da fala. No filme “O Discurso do Rei”, por exemplo, George VI teve sucesso em seu discurso, porém não é curado da gagueira. Ele passa a utilizar estratégias que facilitam a fluência e passa a “monitorar” a sua fala, tendo assim um bom resultado.
- Existem diferentes linhas de tratamento?
Verdade. Existem diferentes linhas de tratamento para a gagueira, visando à diminuição dos seus sintomas, como repetições, prolongamentos, pausas, bloqueios, entre outros. Por ser um distúrbio de fala, o tratamento adequado é o fonoaudiológico.

- Existe um aparelho para o tratamento da gagueira?

Verdade. Desde 2008, o SpeechEay é comercializado no Brasil. Usando o mecanismo do retorno auditivo alterado, por meio do atraso auditivo (delay) e da alteração da frequência da voz, o aparelho gera uma segunda voz e simula o efeito coro, um fenômeno natural que reduz a gagueira. É uma opção de tratamento importante, uma vez que pode ser de grande auxílio em situações agravantes para aqueles que gaguejam, como reuniões e apresentações em público.

- O aparelho usado para o tratamento da gagueira é inserido na orelha?

Verdade. O SpeechEasy é um dispositivo portátil, usado na orelha e confeccionado de forma personalizada para cada usuário. Ao contrário do que se pensa, o aparelho para gagueira deve ser usado na orelha e não na garganta ou na boca.

- No tratamento fonoaudiológico são utilizados os métodos de inserir bolas de gude na boca ou rolar no chão?

Mentira. Atualmente, esses dois exercícios não são aplicados no tratamento fonoaudiológico. No entanto, algumas estratégias ainda são utilizadas pelos fonoaudiólogos para facilitar a fluência, como a suavização das palavras, a diminuição da velocidade de fala e a modificação da gagueira.

- A pessoa com disfluência não gagueja quando canta?

Verdade. As pessoas com gagueira não costumam gaguejar durante o canto porque ele é processado no cérebro de forma diferente da fala espontânea, autoexpressiva. No canto, há pistas externas como ritmo, melodia e uma letra que já existe, auxiliando o cérebro e favorecendo a fluência.

- Uma pessoa normal deve completar a palavra ou frase ao conviver com um indivíduo que gagueja para ajudá-lo?

Mentira. As pessoas devem encorajar a pessoa que gagueja a falar, dando atenção e demonstrando interesse em conversar com ela. Não se deve pedir para a pessoa ter calma, pensar, respirar e falar devagar. Além disso, deve-se esperar que a pessoa que gagueja termine de falar, sem completar a fala dela, o que muitas vezes acontece de forma equivocada.

- Em momento de tensão, a pessoa com disfluência gagueja mais?

Verdade. A gagueira pode aumentar em momentos de tensão. Isso acontece inclusive com pessoas fluentes, que em uma situação de estresse, como falar em público, com um superior ou sobre um conteúdo que não domina, podem apresentar algumas disfluências. Os fatores psicológicos são aspectos importantes na fluência, não são a sua causa, mas interferem e podem aparecer como consequência do distúrbio.

- A pessoa com gagueira não pode ter um cargo de responsabilidade em uma empresa?

Mentira. Mesmo coma gagueira é possível liderar, ser respeitado, ser competente, reinar, ter destaque e ser alguém de sucesso, que enfrenta e supera obstáculos na vida, como qualquer outra pessoa.

Especialista esclarece os altos e baixos de uma vida bipolar

Da Redação


Winona Ryder no filme “Garota Interrompida” interpreta uma portadora do transtorno bipolar

“Sei exatamente como é querer morrer, como dói sorrir, como você tenta se ajustar e não consegue, como você se fere por fora tentando matar o que tem dentro”. A frase, proferida por Winona Ryder no filme “Garota Interrompida”, reflete com exatidão os sentimentos de um portador de uma doença crônica e sem cura: o transtorno bipolar.

O TAB (transtorno afetivo bipolar do humor) é caracterizado pela variação brusca e extrema de temperamento, na qual uma hora a pessoa está eufórica, feliz e satisfeita, e, no momento seguinte, em depressão profunda.

Muito se engana quem acha que o distúrbio é relativamente recente. Segundo o psiquiatra José Alberto Del Porto, professor titular da Unifesp, os primeiros relatos referentes à doença bipolar remontam há muitos séculos. “Na realidade, há descrições sobre a doença desde o século I D.C., feitos por Araeteus da Capadócia, sobre a unidade da doença maníaco depressiva”, diz.

A bipolaridade é caracterizada pela ocorrência das fases maníacas, depressivas e pelos estados mistos (sintomas de mania e depressão ao mesmo tempo). As classificações oficiais incluem o transtorno bipolar do tipo I (mania plena e depressão maior) e o transtorno bipolar do tipo II (depressão maior alternada com hipomania - pequena mania -, ou mania mitigada, de menor intensidade e duração). O transtorno bipolar do tipo II é o mais prevalente na população geral, porém ainda pouco diagnosticado.

De acordo com Del Porto, a prevalência do transtorno bipolar, em suas formas típicas (I e II), chega a 1,4% da população geral3. “No entanto, ao incluir nas estatísticas as formas mais brandas da doença - o chamado ‘espectro bipolar’-, a prevalência chega a 4,5% da população geral, o que faz do transtorno bipolar um verdadeiro problema de saúde pública”, alerta.

Possuidora de uma carga genética amplamente reconhecida, a doença pode ocorrer não só na fase adulta, mas em qualquer fase na vida. “Embora se inicie geralmente no adulto jovem, o TAB pode começar também na infância e na adolescência. Nessa faixa etária, os episódios podem apresentar oscilações muito rápidas do humor, entre depressão e mania, muitas vezes no mesmo dia”.

Nesses casos, o diagnóstico deve ser realizado por psiquiatras em conjunto com psicopedagogos. “A enfermidade também acomete os idosos, motivada, na maioria das vezes, por causas orgânicas como as várias formas de demência comuns com o avanço da idade”.

A detecção do transtorno bipolar exige tempo, investigação cuidadosa e, muitas vezes, entrevistas com os familiares do paciente. O diagnóstico precoce é importante, pois pode prevenir recorrências futuras e deterioração da qualidade de vida.

“O diagnóstico não pode ser feito de forma ampla. É preciso levar em consideração uma série de critérios, como a duração dos sintomas, alteração no funcionamento do organismo, mudanças no relacionamento social, entre outros. Apesar de não ter cura, é possível prevenir os episódios com o tratamento adequado, que inclui medicamentos estabilizadores do humor e acompanhamento psicoterápico”, orienta o especialista.

Aprender a viver com uma condição crônica não é impossível. O psiquiatra ressalta a importância da adoção de alguns hábitos que os portadores de transtorno afetivo bipolar podem adotar no seu cotidiano para ajudá-los a conviver com a doença.

“É muito importante a educação do paciente e de seus familiares quanto à necessidade da adesão ao tratamento. Dormir e acordar em horários regulares e evitar os trabalhos em turnos é recomendável, uma vez que o bipolar costuma trocar o dia pela noite. Também é indicado evitar o consumo de álcool, cafeína, cigarros e drogas, como maconha e cocaína, que podem precipitar crises”, diz.

“Outra sugestão é participar de grupos de psicoeducação, que auxiliam e ensinam o paciente a lidar com a doença e prevenir suas recorrências”, conclui o médico.

Menos de 30% das pessoas tomam café da manhã completo e saudável, diz estudo

Da Redação



A falta de hábito das pessoas em se alimentar corretamente pela manhã pode prejudicar desempenho no trabalho e na escola. Para ser considerada ideal, a primeira refeição do dia precisa ter pão com frios, leite com café ou achocolatado com açúcar, suco de laranja e uma fruta.

O foco do evento foi o café da manhã dos brasileiros e a importância da ingestão de carboidratos na primeira refeição do dia. Segundo a pesquisa “Hábito do consumo do café da manhã por adolescentes de escolas públicas e privadas”, realizada por Eliana Cristina de Almeida, menos de 30% da população realiza uma primeira refeição completa.

Esta é uma das conclusões do evento Estilos de Vida Saudáveis, promovido pela Abima ( Associação Brasileira das Indústrias de Massas Alimentícias) e realizado pela ILSI (International Life Sciences Institute).

O café da manhã representa 25% da fonte de energia necessária para enfrentar a jornada escolar ou de trabalho, mas não faz parte dos hábitos da grande maioria dos brasileiros.

Pesquisas apresentadas pela nutricionista e especialista da UNIFESP, Camila Leonel Mendes de Almeida, mostram que a falta dessa refeição entre crianças e adolescentes provoca dificuldade de concentração, atraso no aprendizado, hipoglicemia, inadequação dietética e maior dificuldade em atingir as necessidades nutricionais de cálcio e vitamina D, além de outros micronutrientes.

No universo corporativo, a falta de um café da manhã saudável pode contribuir para quadros de exaustão emocional, como fadiga intensa, falta de forças para enfrentar o dia de trabalho e sensação de estar sendo exigido além de seus limites emocionais; despersonalização, ou seja, distanciamento emocional e indiferença em relação ao trabalho; e diminuição da realização pessoal, com falta de perspectivas para o futuro, frustração e sentimentos de incompetência e fracasso.

De maneira geral, os motivos que afastam o brasileiro da mesa no início do dia são a pressa, medo de engordar, falta de costume, falta de fome, entre outros.

A professora doutora Elizabeth Wenzel Menezes, da USP (Universidade de São Paulo), fez uma das abordagens mais interessantes do encontro. Intitulada “Carboidratos e fibra alimentar: resposta glicêmica” a apresentação mostrou que os carboidratos produzem respostas glicêmicas variadas e que alimentos com baixo índice glicêmico (IG ≤ 75% ) são aqueles que permitem um lento aumento da glicemia e que são fonte de energia gradual e por longo tempo.

“Neste grupo classificamos desde pão de forma light, de cenoura, e o pão de 7 grãos; macarrão espaguete cozido, aveia em flocos, até farelo de aveia e outros”, diz Elizabeth.

Doenças não transmissíveis são responsáveis por dois terços das mortes no mundo

Da Agência Brasil

cidades@eband.com.br

Doenças não transmissíveis como o AVC (acidente vascular cerebral), conhecido como derrame, os problemas cardíacos, o diabetes e o câncer são responsáveis por dois terços das mortes que ocorrem mundialmente todos os anos.

A conclusão está no estudo denominado Estatísticas de Saúde Mundiais 2011,divulgado nesta sexta-feira , em Genebra, na Suíça, pela OMS (Organização Mundial da Saúde). Porém, os especialistas advertem que, além das doenças crônicas e contagiosas, há também fatores de risco que contribuem para aumentar o número de mortes no mundo.

Os fatores de risco citados são o tabagismo, o sedentarismo, a má alimentação e o uso de abusivo de álcool. De acordo com os dados, quatro em cada dez homens e uma em cada 11 mulheres fumam. E um adulto em cada oito é obeso.

Os especialistas também se preocupam com as mortes das mães durante a gravidez ou em decorrência do parto. Os últimos dados mostram que houve uma redução significativa. A mortalidade materna diminuiu em 3,3% por ano, desde 2000.

O número de mulheres que morrem em consequência de complicações durante a gravidez e do parto diminuiu de 546 mil em 1990 para 358 mil em 2008.

"[O estudo por meio dos dados] mostra que não há país do mundo que possa tratar a saúde sob qualquer perspectiva apenas sob o prisma de uma doença infecciosa ou de uma doença não transmissível. Cada país deve desenvolver um sistema de saúde que atenda a toda a gama de ameaças", disse o diretor do Departamento de Estatísticas de Saúde e Informática da OMS, Ties Boerma.

O estudo Estatísticas de Saúde Mundiais é um relatório anual, elaborado com base em mais de 100 indicadores de saúde transmitidos à OMS pelos representantes dos 193 países que integram o órgão. O objetivo é preparar uma análise global a partir de situações específicas e buscar, com o apoio das agências vinculadas às Nações Unidas e os demais parceiros, a melhoria dos sistemas de saúde.

Conheça causas e tratamentos contra a caspa

Da Rádio Bandeirantes

cidades@eband.com.br

A dermatite seborreica é uma infecção crônica, inflamatória e superficial da pele que se manifesta em partes do corpo onde existe maior produção de óleo pelas glândulas sebáceas, ou presença de um fungo.

Conhecida como Seborreia e Caspa, a doença se manifesta sobre a forma de lesões avermelhadas que descamam e coçam, principalmente no couro cabeludo, sobrancelhas, barba, perto do nariz, atrás e dentro das orelhas e nas dobras do corpo.

No couro cabeludo, essa descamação é seca. Pode soltar-se e cair em pequenos fragmentos, a conhecida caspa. Nos bebês, a dermatite seborreica provoca a formação de uma placa gordura que adere ao couro cabeludo, mas que pode aparecer também na região das fraldas.

A causa da dermatite seborreica não é muito conhecida. Sabe-se que alterações hormonais, estresse, clima seca, frio e mudanças bruscas de temperatura podem agravar o quadro. Ainda não se conhece um tratamento para a cura definitiva da doença, mas existem medicamentos específicos para a pele e o couro cabeludo capazes de controlar os sintomas.

Famílias investem mais em saúde que governo

Dado está no relatório 'Estatísticas de Saúde Mundiais 2011', divulgado pela Organização Mundial da Saúde

Organização Mundial da Saúde (OMS) apresentou, nesta sexta-feira, (13), um raio-x completo do financiamento da saúde e escancarou uma realidade: o custo médio da saúde ao bolso de um brasileiro é superior à média mundial. Segundo o estudo, o governo brasileiro destina uma das menores proporções de seu orçamento à saúde no mundo, inferior à média africana, e o setor no País ainda é pago em grande parte pelo cidadão. Em termos absolutos, o governo brasileiro destina à saúde de um cidadão um décimo do que europeus destinam aos seus. As informações são do estado de S. Paulo.

O raio-x é apresentado às vésperas da abertura da Assembléia Mundial da Saúde, em Genebra, e que terá a presença de ministros de todas as regiões para debater, entre outras coisas, o futuro do financiamento ao setor.

Dados da OMS mostram que 56% dos gastos com a saúde no Brasil vêm de poupanças e das rendas de pessoas. O número representa uma queda em relação a 2000. Naquele ano, 59% de tudo que se gastava com saúde no Brasil vinha do bolso de famílias de pacientes e de planos pagos por indivíduos.

Mesmo assim, a taxa é considerada como uma das mais altas do mundo. Dos 192 países avaliados pela OMS, apenas 41 tem um índice mais preocupante que o do Brasil. A proporção de gastos privados no Brasil com a saúde é, em média, superior ao que africanos, asiáticos e latino-americanos gastam em média.

Para fazer a comparação, a OMS utiliza dados de 2008, considerados como os últimos disponíveis em todos os países para permitir a avaliação completa.

Um dos fenômenos notados pela OMS no País foi a explosão de planos de saúde. Há dez anos, 34% do dinheiro na saúde no Brasil vinha de planos. Em 2008, a taxa subiu para 41%. Um brasileiro gasta ainda quase duas vezes o que um europeu usa de seu próprio salário para saúde. Em média, apenas 23% dos gastos com a saúde na Europa vem dos bolsos dos cidadãos. O resto é coberto pelo estado.

A taxa de dinheiro privado na saúde no Brasil também é muito superior à media mundial, de 38%. No Japão, 82% de todos os gastos são cobertos pelo governo. Na Dinamarca, essa taxa sobe para 85%. Em Cuba, os gastos privados de cidadãos com a saúde representam apenas 6% do que o país gasta no setor.

Já países onde o sistema de saúde é praticamente inexistente, o cenário é bem diferente. No Afeganistão, 78% dos gastos com a saúde depende dos cidadãos. No Laos, a taxa chega a 82%, contra 93% em Serra Leoa.

Orçamento

Outro dado revelador para a OMS é a quantidade de recursos num orçamento nacional que é destinado à saúde, o que mostraria a prioridade política do governo em relação ao tema. A entidade alerta que é esse dado que revela quanto de fato um governo está preocupado com a saúde de sua população, e não os discursos políticos ou anúncios de novos programas.
Nesse ponto, o Brasil está entre os 24 países que menos destinam recursos de seu orça

mento para a saúde. Em 2008, 6% do orçamento nacional ia para a saúde. A taxa representou um salto real dos 4,1% em 2000.
Mas é menos da metade da média mundial. Em geral, a OMS descobriu que 13,9% dos orçamentos nacionais vão para a saúde. Nos países ricos, a taxa chega a 16,7%. No Canadá, ela é de 17%.

A proporção do orçamento nacional que vai para a saúde é ainda inferior à média africana, de 9,6%. Segundo a OMS, o governo brasileiro destina à saúde menos que o grupo de países mais pobres do mundo.
Em valores absolutos, o levantamento da entidade constata que os recursos para a saúde dobraram em dez anos no Brasil, somando gastos governamentais e privados. Por pessoa, a saúde no País consome o equivalente a US$ 875,00. Há uma década, esse valor era de apenas US$ 494,00.

Desse total, US$ 385 são arcados pelo governo, um valor dez vezes menor que o que gastam os governos da Dinamarca e Holanda com a saúde de cada um de seus habitantes.

Em Luxemburgo, o governo gasta 13 vezes mais que o brasileiro para cada um de seus habitantes. Quem mais destina recursos de seu orçamento à saúde é o principado de Mônaco, 17 vezes mais que o Brasil, cerca de US$ 5 mil.

No outro extremo, o governo de Serra Leoa gasta US$ 7 por ano por pessoa. Em Mianmar, cada habitante recebe o equivalente a US$ 2.

Avanços

Apesar das constatações preocupantes em relação ao Brasil, os dados da OMS apresentam alguns avanços no País. O primeiro deles é de que o total gasto por privados e governos com a saúde aumentou de 7,2% do PIB em 2000 para 8,4% em 2008. A taxa ainda é inferior aos 11% em média destinado á saúde nos países ricos. Mas próximo da média mundial de 8,5%.

Outros avanços também são registrados. A expectativa de vida passou de 67 anos em 1990 para 73 anos, em 2009. Em geral, o brasileiro viva mais que a média mundial.

Justiça suspende dois medicamentos de uso psiquiátrico

Remédios possuem como princípio ativo o oxalato de escitalopram, usado no tratamento de depressão, ansiedade e TOC

A Justiça Federal em Brasília determinou a anulação do registro de dois medicamentos genéricos usados no tratamento de doenças psiquiátricas. As informações são do jornal Folha de S. Paulo.

Trata-se de produtos que possuem como princípio ativo o oxalato de escitalopram, usado no tratamento de depressão, ansiedade e TOC (transtorno obsessivo compulsivo). O nome comercial do primeiro registro do medicamento é Lexapro.

A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) afirmou que vai recorrer da decisão. Caso o entendimento seja mantido pela Justiça, defensores dos genéricos temem que ela abra um precedente para outros tribunais anularem o registro de novos genéricos ou anularem alguns já existentes.

Na sua decisão, o juiz entendeu que os dois genéricos cujo registro ele mandou cancelar foram feitos com base em testes de segurança do laboratório dinamarquês Lundbeck, o primeiro a registrar o medicamento. Para o magistrado, esses testes, exigidos pela Anvisa, têm que ser mantidos em sigilo pela agência por dez anos, mesmo que a patente da droga já tenha expirado.

A Anvisa nega disponibilizar os testes de laboratórios para outras empresas.

Presidente da Associação Brasileira das Indústrias de Medicamentos Genéricos, Odnir Finotti classificou a decisão como "preocupante", porque pode afetar outros remédios. Ele afirmou também que os fabricantes de genéricos não utilizam os estudos feitos por outras empresas.