Aplicativos, carreira, concursos, downloads, enfermagem, farmácia hospitalar, farmácia pública, história, humor, legislação, logística, medicina, novos medicamentos, novas tecnologias na área da saúde e muito mais!



segunda-feira, 31 de julho de 2017

Fitoterápicos: tratamento de doenças retirado da natureza

WhatsApp Image 2017-07-28 at 14.19.49Usadas para o tratamento e até a cura de doenças, plantas medicinais são cada vez mais utilizadas por pacientes do SUS

No Acre, a biodiversidade da floresta tem contribuído para o tratamento de doenças. Pactuadas com o Ministério da Saúde, as Secretarias de Saúde estadual e municipal de Rio Branco desenvolvem o projeto Farmácia Viva, que prescreve fitoterápicos aos pacientes de uma das Unidades Básicas de Saúde da capital acreana. A coordenadora do projeto no Acre, Silvia Basso, conta que eles são entregues de três formas: a planta in natura, cultivada por eles; a planta seca para que os pacientes façam chá ou xaropes, por exemplo; e o medicamento produzido dessas plantas.

Mas isso não é exclusivo do Acre.Outros projetos semelhantes a este estão beneficiando a população em outros lugares do país.

Carqueja, Chá verde e Ginkgo biloba são alguns exemplos de fitoterápicos. Caso queira saber mais sobre o registro de algum fitoterápico, acesse: Medicamentos fitoterápicos e plantas medicinais.

Extraídos de plantas medicinais que têm o potencial de tratar doenças, os fitoterápicos já são oferecidos pelo Sistema Único de Saúde (SUS), desde 2006. Parece simples, mas a avaliação e incorporação deles na rede pública são criteriosas. “É importante destacar que os fitoterápicos não têm princípios ativos isolados, eles têm legislações específicas e passam por critérios para conseguirem ser registrados, pois é preciso comprovar segurança e eficácia”, esclarece Benilson Barreto, farmacêutico do Departamento de Assistência Farmacêutica e Insumos Estratégicos do Ministério da Saúde.

Os fitoterápicos só passam a ser considerados medicamentos se produzidos por farmácias de manipulação ou pela indústria farmacêutica. Mas a droga seca ou a planta medicinal fresca também são considerados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) como fitoterápicos, dentro da categoria “produto tradicional”. A Anvisa é responsável por analisar desde a eficiência até a comprovação de que não há efeitos indesejados com o uso dessas plantas. “A tradicionalidade de uso para registro é reconhecida também pela própria Organização Mundial de Saúde e outras agências regulatórias, como a da Europa”, detalha Benilson Barreto.

Apesar de muitas plantas terem o poder de tratar doenças, o Ministério da Saúde não recomenda o uso de qualquer tipo delas com objetivo medicinal. O alerta é: nem tudo que sai da natureza pode ser utilizado como remédio. Para precisão aos pacientes, os médicos obedecem a uma lista de fitoterápicos já reconhecidos pela Anvisa. A mesma listagem regula as farmácias de manipulação.

Fitoterápicos na prática
“O Acre já trabalha há muitos anos com a biodiversidade da floresta, mas isso nunca chegou à população. A não ser agora por meio do projeto, que fica na Unidade Básica Luiz Gonzaga. Os fitoterápicos são recomendados como qualquer outro tipo de medicamento. E a prescrição traz informações como quantas gramas, quantas vezes ao dia, como usar”, conta a coordenadora do Farmácia Viva, Silvia Basso.

Antes, o projeto fez um levantamento para saber se as pessoas já usavam ou gostariam de usar plantas medicinais. “É bem aceitável, a população gosta às vezes até mais do que os alopáticos. E como são usados para a Assistência Básica já existe a comprovação que eles têm aquele ativo e é para doenças não graves”, exalta.

Avanço dos fitoterápicos
Em 2016, quando anunciou a liberação de um milhão de reais para que a região Norte investisse em medicamentos fitoterápicos, o ministro da Saúde, Ricardo Barros, destacou a importância deste tipo de fármaco para a Atenção Básica ofertada aos brasileiros. “A nossa expectativa é que os fitoterápicos avancem, tanto na prescrição médica quanto na disponibilidade por municípios. Porque são medicamentos com efeito consolidado. Há milhares de anos isso é uma tradição saber que determinadas plantas causam determinados efeitos no organismo humano. E também porque são mais baratos, são mais fáceis de aplicar e têm menos efeitos colaterais. Seria muito útil que fitoterápicos estivessem mais presentes na prescrição dos médicos do Sistema Único de Saúde”.

O desejo do ministro Ricardo Barros já se tornou realidade. Entre os anos de 2013 e 2015, a busca por esses produtos no SUS cresceu 161%. E, graças ao Programa Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterápicos, está disponível em 3,2 mil unidades de 930 municípios. Por ano, mais de 12 mil pessoas são beneficiadas com a utilização de fitoterápicos, que tratam especialmente doenças mais simples, relacionadas a problemas respiratórios, estomacais, indicados sempre depois de uma consulta médica na rede de Atenção Básica do SUS.

Erika Braz, para o Blog da Saúde

O que leva as Forças Armadas dos EUA a comprarem tanto Viagra

Em meio à polêmica proibição do presidente Donald Trump à presença de transgêneros nas Forças Armadas dos EUA, um número tem sido mencionado com frequência: os US$ 84 milhões (R$ 265 milhões) que o Pentágono gasta anualmente em medicamentos para disfunção erétil, segundo o periódico Military Times

Para efeitos comparativos, o centro de estudos Rand Corporation estima em US$ 8,4 milhões o quanto as Forças Armadas gastariam por ano em despesas médicas relacionadas a mudança de sexo de militares. Mas por que o Departamento de Defesa dos EUA gasta tanto em Viagra, Cialis e similares?

Aposentados e combatentes
Em primeiro lugar, é preciso levar em conta que o levantamento do Military Timesfoi feito em 2015 com base em dados oficiais do ano anterior, quando foram gastos US$ 84,2 milhões em drogas para disfunção erétil. No total, o periódico estimou que haviam sido gastos US$ 294 milhões nesses medicamentos desde 2011.

Só em 2014, essas drogas – sobretudo Viagra – foram receitadas mais de 1,18 milhão de vezes dentro do sistema de saúde bancado pelo Pentágono. Apenas 10% dessas receitas foram feitas para militares na ativa – a grande maioria foi para outros grupos, incluindo os milhões de oficiais na reserva e seus familiares. Calcula-se que 10 milhões de pessoas sejam beneficiárias do sistema de saúde do Pentágono, que gerou gastos de US$ 52 bilhões em 2012. Ainda que a disfunção erétil afete principalmente homens mais velhos, o problema tem crescido entre jovens militares americanos desde as guerras no Iraque e no Afeganistão.

Causas psicológicas
Também em 2014, um estudo do Serviço de Vigilância de Saúde das Forças Armadas (AFHSB, na sigla em inglês) descobriu que mais de 100 mil casos de disfunção erétil foram diagnosticados entre combatentes do Exército entre 2004 e 2013. As taxas anuais da doença mais do que dobraram nesse período. Quase metade dos casos tinham origens psicológicas, segundo o levantamento.

Uma pesquisa publicada no Journal of Sexual Medicine em 2015 descobriu que veteranos homens com síndrome de estresse pós-traumático tinham “tendência significativamente maior do que seus pares civis de ter disfunção erétil ou outros problemas sexuais”.

Há levantamentos indicando que 85% dos combatentes veteranos com estresse pós-traumático tenham disfunção erétil – taxa quatro vezes maior do que a observada entre os militares que não apresentaram problemas mentais. Em 2008, o Rand Corporation estimou que um a cada cinco veteranos das guerras do Iraque e do Afeganistão sofriam de estresse pós-traumático ou depressão profunda.

Problema comum
No entanto, uma estatística escondida no estudo da AFHSB sugere cautela no que diz respeito ao elo entre as guerras, a disfunção erétil e os enormes gastos militares com Viagra. Oficiais que sequer haviam estado em combate tinham tendência maior de apresentar disfunção erétil, um mal que está relacionado a diversos outros problemas de saúde comuns, como doenças cardíacas, pressão alta e diabetes.

Uma estimativa de 2007 aponta que 18% dos homens americanos sofriam de disfunção erétil. Em resumo, o problema é bastante comum no país. E, como as Forças Armadas pagam pelos custos de saúde de milhões de homens, acabam por consequência gastando muito dinheiro com Viagra e drogas parecidas.

Foto: Reprodução

BBC Brasil

Nova classe de antibióticos se mostra capaz de combater superbactérias

Estudo indica que droga, além de tratar, não tem efeitos colaterais

Imagem de como seria a aparência de uma superbactéria, resiliente aos ataques de antibióticos - Divulgação

Com o crescimento da quantidade de bactérias resistentes aos antibióticos hoje disponíveis — conhecidas como superbactérias —, há uma corrida de cientistas em busca de novos meios para combatê-las. Uma das principais apostas dos pesquisadores são remédios à base de inibidores da enzima LpxC, importante na formação da membrana externa de várias bactérias.

Um grupo internacional de estudiosos publicou nesta terça-feira, no periódico científico “mBio”, um relato de experiências em laboratório que sugerem alta eficácia de um novo inibidor de LpxC: ele se mostra capaz de tratar infecções bacterianas graves, como a que causa a peste bubônica, doença diagnosticada em mais de mil pessoas ao ano e fatal se não tratada. O composto foi batizado de LPC-069 e não foi considerado tóxico pelos pesquisadores.

— Nosso estudo mostra que a enzima LpxC é um alvo viável e podemos administrar o composto em níveis muito altos sem toxicidade visível — destacou um dos líderes do estudo, o bioquímico e biólogo estrutural Pei Zhou, da Universidade Duke, nos EUA.

A droga foi desenvolvida em conjunto com o químico Eric Toone, também da Duke, e com o biólogo Florent Sebbane, que é pesquisador do Instituto Pasteur de Lille, na França. Ela não apresentou efeitos colaterais sérios em nenhuma das doses testadas, incluindo a dose mais alta, informaram os pesquisadores. E estudos in vivo (quando se observa o que ocorre dentro de um organismo vivo) do composto mostraram atividade antibiótica contra mais de uma dúzia de doenças bacterianas, incluindo linhagens clínicas resistentes a múltiplos fármacos.

Todas as bactérias foram cultivadas em pacientes do Hospital Universitário de Lille, na França, com exceção da Yersinia pestis, a que causa a peste bubônica. Esta foi testada somente em camundongos. Os pesquisadores injetaram a Y. pestis em 15 camundongos. Os animais do grupo controle não receberam tratamento. Dezoito horas após a infecção, os camundongos do grupo experimental foram tratados com alta dose de LPC-069. Cinco dias depois, os ratos não tratados estavam mortos, enquanto os ratos tratados com LPC-069 sobreviveram.

Os inibidores de LpxC representam uma nova classe de antibióticos que podem tratar uma série de doenças infecciosas causadas por micróbios hoje muito difíceis de combater. No artigo, os cientistas informam sobre outro inibidor dessa enzima, chamado LPC-058, que demonstrou atividade antibiótica in vitro, sendo também bem-sucedidos em tratar infecções da peste em camundongos. No entanto, esse composto levou a efeitos colaterais como diarreia, acumulação de glóbulos brancos nos pulmões e nos intestinos e, em doses mais elevadas, provocou toxicidade hepática.

O Globo

sábado, 29 de julho de 2017

Antibiótico Benzetacil é suspenso para ‘validação’

Laboratório interrompeu produção da droga para novos testes. Fabricação deve ser retomada em outubro

Ampolas de Benzetacil, antibiótico usado para o tratamento de infecções respiratórias e DSTs como a sífilis  (Foto: Reprodução/TV Morena)

O antibiótico conhecido como Benzetacil terá sua produção interrompida pela Eurofarma, empresa que detém o nome comercial da droga. A indústria divulgou que está “implantando testes de desafios adicionais de validação” para garantir a efetividade da droga.

A Eurofarma informou, no entanto, que os produtos à venda podem ser consumidos normalmente até a data de validade da embalagem.

A Benzetacil é aplicada por meio de injeção e é conhecida por ter uma dor local característica. O composto também pode ser comprado por seu princípio ativo, a penicilina benzatina.

A droga é usada pra o tratamento de infecções – que vão desde problemas respiratórios moderados a DSTs como a sífilis. No Brasil, uma crise de abastecimento do composto já preocupou especialistas.

A reportagem aguarda um retorno da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) sobre a suspensão.

G1

Anvisa recebe denúncia de uso de furadeiras domésticas em centros cirúrgicos

Foto: Divulgação
No entanto, o órgão não informou sobre onde e quantas vezes as denúncias foram recebidas; situação é configurada "infração sanitária"; entenda

Na última quinta-feira (27), a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) informou ter recebido algumas denúncias sobre o uso de furadeiras domésticas em centros cirúrgicos, e foi acionada para verificar e autuar hospitais que cometem este erro. No entanto, o órgão não informou sobre onde e quantos casos foram registrados sobre o assunto.

De acordo com a nota divulgada pela agência, o uso de furadeiras domésticas não é recomendado em procedimentos cirúrgicos e o motivo, que parece bastante evidente, é porque essas ferramentas não garantem a mesma segurança ao paciente do que as fabricadas para este fim.

“As furadeiras cirúrgicas são preparadas para a esterilização e possuem recomendações específicas do fabricante para isso. Outra diferença é que as furadeiras específicas para uso em cirurgias possuem mecanismos de segurança para prevenir choque elétrico, superaquecimento dos ossos e tecidos e controle de rotação, entre outros”, diz a nota da Anvisa.

Outro ponto importante é sobre a higienização. O aparelho de uso doméstico não pode ser esterilizado, o que faz com que sua limpeza não seja feita de maneira adequada. “O equipamento doméstico também pode aquecer e levar à necrose dos tecidos que estão em contado com a broca. Outras diferenças estão no risco de descarga elétrica e na falta de controle da rotação da broca pelo cirurgião”, informou a agência.

O órgão ainda ressalta que este tipo de equipamento é utilizado principalmente em cirurgias ortopédicas e neurológicas e a segurança do equipamento pode afetar diretamente a segurança do paciente durante a cirurgia. Os materiais e equipamentos de centros cirúrgicos precisam atender a regras específicas para garantir a segurança do paciente.

Consequências
Em uma nota técnica estipulada pela Anvisa o órgão prevê que a utilização de furadeiras domésticas em cirurgias constitui infração sanitária, sendo passível de apuração por meio de processo administrativo sanitário, sem prejuízo da responsabilização civil e criminal cabível aos infratores, mediante legislação vigente.

Portanto, esta prática deve ser coibida com o propósito de resguardar a segurança dos pacientes. Neste sentido, as medidas adotadas pelas autoridades sanitárias de estados e municípios devem seguir os procedimentos definidos no âmbito local para aquelas situações em que são encontrados produtos em circulação e situação de uso de maneira irregular.

sexta-feira, 28 de julho de 2017

Governo vai oferecer novo tratamento para pessoas com hepatite C

Segundo Ministério da Saúde, medida será mais barata e poderá ampliar o serviço a todos os 135 mil brasileiros diagnosticados com a doença no país

Vírus da hepatite C é transmitido por meio de contato com sangue infectado,  e ao atingir o fígado pode evoluir para problemas mais graves
shutterstock/Reprodução
Vírus da hepatite C é transmitido por meio de contato com sangue infectado, e ao atingir o fígado pode evoluir para problemas mais graves

O tratamento para pessoas com hepatite C vai mudar. O Ministério da Saúde anunciou nesta quinta-feira (27) que, independentemente do estágio da doença e do comprometimento no fígado, o paciente irá receber, gradativamente, medicamentos que têm apresentado 90% de cura em seus resultados.

Hoje, o Brasil conta com 135 mil pessoas diagnosticadas com hepatite C . Com a nova medida, a pasta afirmou que deverá reduzir pela metade os custos no tratamento, que era de U$ 6,9 mil e irá para U$ 3 mil. Essa mudança poderá incluir até três vezes mais pessoas do que as atendidas atualmente pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

Um dos motivos apontados como facilitador para a economia é que a modalidade de compra dos medicamentos sofosbuvir, daclatasvit ou simeprevir, conhecidos como “combinação 3D” será diferente. Agora o ministério vai condicionar os pagamentos para indústria farmacêutica à comprovação da cura do paciente.

Dessa forma, o governo pretende zerar a fila de pacientes graves que esperam pelo tratamento adequado da doença, que conta com quase 3 mil pessoas. Até então, a prioridade é para pacientes com grau avançado da infecção. A estimativa é que em até dois anos, todos estejam recebendo a medicação.

Prevenção
Há cinco estágios da enfermidade, desde o F0 ao F4. Ao ultrapassar essas etapas, a doença pode evoluir para outras complicações mais graves como cirrose ou câncer de fígado, fazendo com que o paciente precise passar por um transplante do órgão. Por não apresentar sintomas e ser conhecida como uma doença silenciosa, a maioria das pessoas descobre que está infectada por meio de exames de sangue de rotina ou quando vão doar sangue. Para aumentar o controle da doença, a pasta informou também que deverá aplicar 12 milhões de testes em todo o país para ajudar a detectar o vírus.

“Queremos alcançar as 135 mil pessoas que estão contaminadas em qualquer nível de hepatite. Nesse ano, após os 12 milhões de testes de hepatite C, vamos procurar identificar mais pessoas que precisam do tratamento. Há muitas pessoas com hepatite que não sabem. A testagem é fundamental”, ressaltou o ministro da Saúde, Ricardo Barros.

Hepatites B e C
Apenas em 2016, os registros de hepatite C chegaram a 27.358 casos no Brasil. Esse total mostra que a cada 100 mil habitantes 13,3 pessoas tiveram a doença no ano passado. Transmitida pelo contágio com sangue contaminado, como transfusão de sangue, sexo desprotegido e compartilhamento de objetos de uso pessoal como agulhas de tatuagem, alicates, tesouras, a infecção ainda não possui vacina preventiva.

No mesmo período, 42.830 casos de hepatites virais foram notificados. Nestes registros, 14.199 ocorrências correspondem à hepatite B , o que equivale a 6,9 casos por 100 mil habitantes. A transmissão da hepatite B se dá por sexo desprotegido e sangue contaminado. De acordo com Ministério da Saúde, a vacina disponível no SUS é a melhor estratégia de prevenção contra a doença.

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), as hepatites virais (tipos B e C) causaram 1,4 milhão de mortes em 2015, em todo o mundo. A maioria ligada às doenças hepáticas crônicas, como cirrose e câncer no fígado. No ano passado, 2.541 pessoas morreram em decorrência de hepatites virais, das quais 79,8% relacionadas à hepatite C.

*Com informações da Agência Brasil
iG

Pessoas com dermatite atópica são mais propensas a desenvolverem problemas emocionais

A depressão, a ansiedade e a ideação suicida são mais comuns entre os indivíduos com dermatite atópica (DA), de acordo com um estudo publicado na revista Allergy


Investigadores da Universidade de Copenhague, na Dinamarca, e colegas usaram dados de pesquisa de um grande estudo populacional para comparar prevalências de depressão, ansiedade, ideação suicida e ataques de ansiedade em adultos com e sem uma história de DA.

Além disso, o registro nacional de hospitais/clínica e os dados de prescrição foram utilizados para examinar o risco de ansiedade e depressão em adultos dinamarqueses com DA leve e moderada a grave, bem como o risco de hospitalização e suicídio.

Os pesquisadores descobriram que os participantes com DA relataram depressão e ansiedade diagnosticada pelo clínico com mais frequência do que indivíduos não-DA. Aqueles com DA também apresentaram uma prevalência aumentada de ideação suicida e sintomas depressivos.

Os pacientes com DA moderada a grave apresentaram maior risco de uso de antidepressivos e ansiolíticos, enquanto os pacientes com DA leve apresentaram maior risco de uso de medicação ansiolítica.

Não houve associação entre hospitalização ou contatos ambulatoriais e depressão ou ansiedade, ou risco de suicídio em pacientes com DA.

Terra

quinta-feira, 27 de julho de 2017

A Cadeia farmacêutica está pronta para rastreabilidade?

Segundo os dados da Organização Mundial de Saúde – OMS, 30% dos medicamentos consumidos no Brasil são falsificados ou contrabandeados

Também figuram entre as cargas mais roubadas no país, fomentando um mercado clandestino milionário. Para coibir estas práticas, foi criado Sistema Nacional de Controle de Medicamentos (SNCM) por força da Lei 13.410, de 28 de dezembro de 2016, que altera uma lei anterior, de 2009.

Para André Cardozo Samy Pereira, gerente de desenvolvimento de negócios da R&B Rastreabilidade Brasil, o objetivo da nova lei é dispor um acompanhamento da carga desde a produção até o consumo. “Pelo método track and trace é possível determinar a localização atual e as localizações passadas por onde o item transitou e, com isso, obter o histórico do objeto por meio da sua identificação”, ressalta. Para que a medida seja colocada em prática, a Anvisa publicou a RDC 157, de 11 de maio de 2017, que dispõe sobre a implementação do SNCM e os mecanismos e procedimentos para o rastreamento de medicamentos.

A estimativa é de que até agosto deste ano o órgão publique as especificações tecnológicas necessárias à operacionalização do sistema, por meio de instrução normativa. Mas, se os benefícios da rastreabilidade são inúmeros, por que a grande maioria das empresas está ficando para trás na implementação do processo?

De acordo com Pereira, o engajamento esbarra principalmente no desconhecimento dos custos, gastos e investimentos, por mais que elas se sintam atraídas pela possibilidade de garantir a integridade de sua imagem, a segurança do produto e, acima de tudo, o respeito pelo consumidor.

Fonte: Redação Panorama Farmacêutico

Alerta: Droga usada para controlar ansiedade e insônia mata mais que cocaína e heroína

Substância presente em remédios psiquiátricos, como Rivotril e Valium, são mais nocivas à saúde do que muitas drogas ilegais, afirma pesquisa; entenda

Um dos principais motivos para a proibição do uso de drogas ilícitas é que o seu consumo pode levar à morte. No entanto, não são apenas os produtos proibidos pelo governo que são capazes de causar um efeito tão nocivo à saúde.

De acordo com dois estudos realizados recentemente, um composto presente em medicamentos psiquiátricos, como Rivotril, Valium, Xanax, Ativan e outros remédios receitados para pessoas com ansiedade e insônia, a Benzodiazepina (BZD), está mais associado ao risco de morte do que substâncias como heroína e cocaína.

As pesquisas foram publicadas no American Journal of Public Health e no Vancouver Sun. Em uma das análises feita por pesquisadores da University of British Columbia (UBC), em Vancouver, Canadá, estudou-se o impacto do uso da benzodiazepinas nas taxas de mortalidade. O resultado mostrou que a BZD estava mais relacionada aos casos de óbito do que outras drogas ilegais.

O professor de medicina na UBC, Thomas Kerr, verificou que os casos de óbito associados à substância dos remédios contra ansiedade e ficaram até quatro vezes maiores nos Estados Unidos entre 1999 e 2014.

Além disso, há 50% mais mortes nos país anualmente por conta do uso de medicamentos psiquiátricos do que ligadas à heroína. "Esses estudos realmente revelam quão perigosas são essas drogas e como devem ser usadas ​​com grande cautela", disse Kerr.

“Há muitas pesquisas sobre o abuso de drogas mais tradicionais ou outras ilegais como heroína, cocaína e anfetaminas, mas não se sabe muito sobre o abuso desse tipo de droga", declarou Keith Ahamad, cientista clínico da UBC e médico especialista em vícios no St. Paul's Hospital.

Levantamento Para realizar um dos estudos, foi preciso acompanhar, durante cinco anos e meio, quase 3 mil pessoas. Ao final do período, 527 dos participantes havia morrido, o que correspondia a quase 20% do total.

Desses, foi possível perceber que a taxa de mortalidade foi quase 1,86 maior entre os usuários de BZD. O cientista clínico da UBC ainda ressaltou que mesmo excluindo outros fatores que poderiam ter influenciado a mortalidade, como o uso de drogas ilícitas, HIV, infecções e outros fatores que caracterizam comportamento de alto risco, os usuários de benzodiazepinas ainda apresentavam índices altos de mortalidade.

Hepatite C
A segunda análise foi feita dentro do mesmo grupo de pessoas, mas com uma parte menor delas, para verificar a relação entre o uso de BZD e infecção por hepatite C (HCV). No início do estudo, 440 indivíduos estavam atestados como HCV negativos. Mas com o tempo, foi possível descobrir que esse número diminuiu, indicando que o uso do composto estava ligado à infecção.

"O interessante sobre isso é que é uma droga prescrita e as pessoas pensam que estão seguras. Mas, como verificamos, provavelmente estamos prescrevendo essas drogas de uma maneira que está causando danos”, apontou Ahamad.

O cientista também defende que por não saberem o que realmente os remédios para ansiedade e insônia podem causar, muitos prescrevem a droga de maneira indiscriminada. "Há riscos que acompanham esses medicamentos e precisamos ter muito, muito cuidado com a forma como estamos prescrevendo-os", finaliza.

quarta-feira, 26 de julho de 2017

UNA-SUS/UFCSPA lança novo curso de Português online para saúde

portos - card materia seProfissionais de saúde hispano falantes vinculados ao SUS que tenham interesse em praticar o uso da língua portuguesa para atuar na área da saúde podem se inscrever para o novo curso PORTOS - Português online para a saúde. A capacitação é ofertada pela Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre, integrante da Rede UNA-SUS (UNA-SUS/UFCSPA)

O curso é online, autoinstrucional, gratuito e possui carga horária de 60 horas, divididas em cinco unidades. Ao final de sua realização, o aluno tem direito à certificação. As inscrições podem ser feitas até o dia 15/12, pelo link: https://moodleunasus.ufcspa.edu.br/.

Para dinamizar o aprendizado, o curso oferece oportunidades de prática por meio da leitura e compreensão oral de textos autênticos que tenham relação com a área da saúde. As tarefas propostas visam aguçar a percepção para as variedades linguísticas usadas nos diferentes contextos de atuação, trazendo explicações e comparações do português com o espanhol.

De acordo com a Professora Doutora da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e conteudista do curso PORTOS, Margarete Schlatter, a capacitação foi construída com base na visão da linguagem como prática social. Nas atividades propostas, o aluno é convidado a usar a língua portuguesa para ler, ouvir, compor textos, praticar determinados aspectos linguísticos, refletir sobre a língua tendo em vista propósitos comunicativos e interlocutores variados. Com base nas respostas às atividades, o cursista recebe feedbacks com comentários, explicações e sugestões de estudo.

Entre os destaques do curso, há a possibilidade do aluno poder conhecer perfis de profissionais e grupos de pesquisa brasileiros e entrar em contato com o que é noticiado na área de saúde no país. “É uma maneira de se familiarizar com quem atua na área e com os progressos e desafios do campo profissional”, explica Margarete Schlatter.

O convite para navegar no Portal ODM, na Unidade 3, é ponto de partida para usar a língua portuguesa para analisar as condições sociodemográficas da cidade em que atua e refletir sobre possibilidades de intervenção. Nas duas unidades seguintes, o cursista entrará em contato com fontes de referência sobre o sistema de saúde público brasileiro e com práticas de atendimento de pacientes na UBS. Desse modo, poderá ampliar seus conhecimentos para compreender o estabelecimento de saúde onde atua e para adequar a sua linguagem na comunicação com a população atendida.

“A partir de atividades práticas que propõem o uso da língua portuguesa em situações relevantes aos profissionais da saúde, o cursista terá acesso a conteúdo linguístico-discursivos e culturais para participar com confiança e autonomia em interações cotidianas e profissionais em língua portuguesa, refletir sobre características do português falado e variedades escritas, refletir sobre o seu contexto de atuação e sobre modos de intervir”, destaca Schlatter.

Fonte: UNA-SUS/UFCSPA

Metade dos adultos com ansiedade ou depressão em São Paulo apresenta dor crônica

10% dos moradores da região metropolitana tiveram depressão nos últimos 12 meses

Há uma forte relação bidirecional entre ansiedade ou depressão e algumas doenças físicas crônicas. Pesquisadores do IPq (Instituto de Psiquiatria) do Hospital das Clinicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo mensuraram essa relação em pessoas adultas residentes na Região Metropolitana de São Paulo e os dados são alarmantes.

A dor crônica foi a mais comum entre os indivíduos com transtorno de humor — como depressão e bipolaridade —, ocorrendo em 50% dos casos de transtornos de humor, seguidos por doenças respiratórias (33%), doença cardiovascular (10%), artrite (9%) e diabetes (7%).

Os distúrbios de ansiedade também são largamente associados com dor crônica (45%) e doenças respiratórias (30%), assim como com artrite e doenças cardiovasculares (11% cada). A hipertensão foi associada a ambos os distúrbios em 23%. O resultado do estudo é que indivíduos com transtornos de humor ou de ansiedade tiveram duas vezes mais chance de apresentar doenças crônicas.

O artigo, publicado no Journal of Affective Disorders, faz parte do São Paulo Megacity Mental Health Survey, levantamento concluído em 2009 no âmbito do Projeto Temático “Estudos epidemiológicos dos transtornos psiquiátricos na Região Metropolitana de São Paulo: prevalências, fatores de risco e sobrecarga social e econômica”, financiado pela FAPESP. Ao todo, foram entrevistados 5.037 moradores da Região Metropolitana de São Paulo, com 18 anos ou mais.

Os dados mostram a necessidade de maior atenção ao tema. “Já era esperado que houvesse uma relação forte entre essas doenças. O problema é que a prevalência de ansiedade e depressão em São Paulo é muito alta por causa do estresse. Com esses números precisamos atentar para a necessidade de passar a informação para o médico que está na linha de frente, no atendimento primário. É preciso reconhecer a comorbidade de ansiedade e depressão com as doenças crônicas que não se resume apenas à dor ”, disse Laura Helena Andrade, coordenadora do Núcleo de Epidemiologia Psiquiátrica do IPq e uma das autoras do estudo.

Para entender a magnitude do problema é preciso fazer uma conta simples. Dos cerca de 11 milhões de moradores adultos da Região Metropolitana de São Paulo, 10%, ou 1,1 milhão de pessoas, tiveram depressão nos últimos 12 meses. Já os transtornos de ansiedade acometem mais de 2,2 milhões de paulistanos, sendo que 990 mil apresentam dor crônica também. Seguindo esse cálculo, no total, mais de 2 milhões de pessoas convivem com depressão ou ansiedade associadas à dor crônica na Região Metropolitana de São Paulo.

Ante esse cenário, os pesquisadores afirmam no estudo a necessidade clara de tornar o diagnóstico e o tratamento da saúde mental uma prioridade no sistema de saúde. Andrade alerta ainda que o esperado é que a prevalência dessas doenças aumente nos próximos anos na Região Metropolitana de São Paulo.

Ao pesquisar a questão de saúde das cidades é possível notar um aumento das prevalências de depressão e ansiedade, muito provavelmente ligado à alteração de estilo de vida na metrópole. Então é possível esperar que haja um aumento também em todo o pacote, não só de depressão e ansiedade, mas também de outras doenças como infarto, acidente vascular cerebral, diabetes, hipertensão e dor”, disse.

Relação antiga
Estudos anteriores já haviam mostrado de forma consistente a associação entre doenças crônicas e transtornos de humor e ansiedade. Mas ainda não se sabe porque a relação entre dor crônica e ansiedade ou depressão é tão intensa, pois os mecanismos fisiopatológicos da dor crônica são pouco conhecidos. A comorbidade pode ser explicada a partir das limitações comportamentais devido a doenças físicas, que restringem o indivíduo a exercer atividades gratificantes.

Andrade explica que, assim como as células do sistema de defesa são ativadas quando há uma invasão por um agente patógeno, o estresse psicológico em uma situação ambiental – como, por exemplo, viver em uma cidade como São Paulo – acaba ativando o sistema inflamatório.

“Aumento da inflamação, lesões do endotélio
camada de célula presente em todos os vasos sanguíneos – e danos oxidativos são algumas vias que podem estar relacionadas à ocorrência da comorbidade. Consequentemente, é imperativo que sintomas depressivo-ansiosos sejam tratados agressivamente em pacientes com condições médicas crônicas, pois sua resolução pode ser acompanhada por melhora geral sintomática e uma importante diminuição no risco de mortalidade e complicações”, disse Andrade.

No entanto, de acordo com a pesquisadora, ainda é preciso fazer mais pesquisa enfocando a interação entre depressão, ansiedade e doenças físicas crônicas para elucidar os mecanismos pelos quais se originam as doenças.

R7

terça-feira, 25 de julho de 2017

Aprenda a prevenir doenças respiratórias no inverno

doencas dfA onda de frio intenso que se estabeleceu em Brasília, com previsão de perdurar pelo menos até a segunda semana de agosto, inspira cuidados para prevenir ou evitar a piora de doenças respiratórias

O alerta é da médica da área de pneumologia da Secretaria de Saúde, Carmen Lívia Faria. Segundo ela, a lista de doenças respiratórias mais comuns neste período, tanto para crianças quanto para adultos, inclui resfriados, gripes, amigdalites, otites, sinusites, pneumonia e doenças alérgicas - asma e rinites, por exemplo.

A médica explica que o período de frio favorece à subsistência de agentes biológicos causadores de infecções respiratórias, como o vírus da gripe. "As pessoas também tendem a permanecer mais tempo em ambientes fechados, o que facilita a disseminação de doenças pela via respiratória. Além disto, há a necessidade de se retirar agasalhos e cobertores dos armários que, se não forem lavados, podem desencadear doenças alérgicas pelo contato com poeira e ácaros contidos nestas roupas guardadas desde o fim do inverno passado", alertou a médica.

Segundo a médica, as crianças sofrem mais com as doenças respiratórias em razão da vulnerabilidade inerente à idade. "No inverno, as casas ficam mais fechadas e sem ventilação, tornando mais fácil a propagação de micro-organismos entre pessoas e, especialmente, entre as crianças, que nesta época ficam mais tempo dentro de creches e escolas", explicou.

Dicas
Entre os sinais específicos de infecção respiratória estão tosse, expectoração, falta de ar, chiados e dor no peito. Já os sinais sistêmicos, ou seja, que afetam o corpo todo, são febre, calafrios, sudorese, dor muscular, dor de cabeça, sonolência e mau humor.

Para prevenir as doenças alérgicas, o ideal é ter consultas periódicas com o médico para obter controle dessas patologias. Outra dica, desta vez para as mães, é estender o aleitamento materno, se possível, até a idade de dois anos de vida, bem como vacinar as crianças de até cinco anos de idade, anualmente, contra a gripe.

Para evitar infecções, as pessoas também devem lavar as mãos, além de ter boa alimentação e ingerir líquidos como água e sucos naturais de frutas. "Em Brasília, o frio traz consigo uma redução da umidade do ar. Essa combinação faz com que haja um ressecamento das vias aéreas. Por isso, é importante repor a falta de líquidos para hidrata-las", destacou Carmen Lívia.

A médica alertou que as pessoas devem procurar o médico quando surgem sinais sistêmicos como falta de ar ou outros. Em geral, procurar assistência médica em caso de persistência por mais de 48h dos sintomas específicos.

O ideal é que o atendimento inicial seja feito por equipe da Estratégia Saúde da Família, nas Unidades Básicas de Saúde (UBS). Se não houver essa possibilidade buscar auxílio médico nas UPAs ou, em último caso, no pronto-socorro dos hospitais regionais.

Fonte: Ailane Silva, da Agência Saúde

Remédios antigos: Fibrase

Resultado de imagem para fibrase

Painel discutiu descarte e reúso de linhas de diálise

Resultado de imagem para linhas de diálisePainel realizado na última quarta-feira (19/7) avaliou os impactos da reutilização e do descarte de linhas de diálise. A proibição de reúso foi suspensa para avaliar melhor os impactos da medida

A proibição ou a permissão do reúso de linhas de diálise foram o tema da discussão durante o painel técnico realizado pela Anvisa na última quarta-feira (19/7). Durante o evento, foram apresentados pontos favoráveis e contrários à reutilização das linhas para procedimentos de diálise como hemodiálise, hemofiltração, diálise peritoneal, entres outros.

Esses procedimentos são utilizados por pessoas com problemas renais, em que os rins não funcionam corretamente, tanto crônicos como agudos. As linhas de diálise são os materiais que ligam o paciente ao dialisador, composta por cateteres e outros materiais.

Estima-se que, no Brasil, mais de 100 mil pessoas estão incluídas em programa de diálise. Todo ano, são realizados cerca 5,5 mil transplantes de rins e, de 2000 a 2014, o número de pacientes renais subiu 134%.

A reunião foi aberta pelo diretor-presidente da Anvisa, Jarbas Barbosa, que destacou a sensibilidade do tema para os serviços de saúde no Brasil. Segundo ele, o desafio da Anvisa é encontrar o equilíbrio entre a segurança dos pacientes e a viabilidade econômica dos tratamentos. “É um tema importante que está em qualquer mapeamento de risco em serviços de saúde”, lembrou Jarbas.

O evento contou com representantes de diferentes associações da área médica, de pacientes e das clínicas que oferecem esses serviços.

Entenda a discussão
Em 2014, a Anvisa publicou a Resolução RDC 11 que dava um prazo de três anos para que os serviços de diálise adotassem o descarte após o uso, de todas as linhas arteriais e venosas utilizadas em procedimentos hemodialíticos, proibindo o reúso desses materiais.

Apesar disso, em março deste ano, a Anvisa suspendeu o prazo, tendo em vista uma série de questionamentos sobre a viabilidade econômica da proibição, já que as clínicas teriam que usar linhas novas a cada procedimento realizado.

A iniciativa de revisar a norma foi aprovada no último mês de junho e o painel desta quarta-feira faz parte do processo de discussão do tema.

ANVISA

Suspenso lote de vermífugo Benzol da Green Pharma

Resultado de imagem para benzol green farmaLaudo do laboratório de análise apontou falhas no quesito dissolução em lote do medicamento Benzol

A Anvisa suspendeu a distribuição, a comercialização e o uso do lote 3415 do medicamento Benzol (albendazol) comprimidos 400 mg, da empresa Green Pharma Química e Farmacêutica Ltda. A medida de suspensão foi publicada no Diário Oficial da União (DOU) desta segunda-feira (24/7).

Segundo o Laudo de Análise Fiscal inicial 1405.1P.0/2016, da FUNED - Fundação Ezequiel Dias, o lote do medicamento teve resultados insatisfatórios quanto ao ensaio de dissolução. Isto é, o lote do medicamento destinado ao tratamento de verminoses apresentou desvios na quantidade do princípio ativo dissolvida no meio de dissolução.

Suspensão do medicamento já é válida para todo o território nacional e a empresa fabricante, Green Pharma Química e Farmacêutica Ltda, deve recolher o estoque do lote disponível no mercado.


ANVISA

segunda-feira, 24 de julho de 2017

Medicamento para acne pode prejudicar cicatrização após uma tatuagem

A isotretinoína, um medicamento comumente usado para tratamento da acne, pode prejudicar a cicatrização de feridas após a realização de uma tatuagem, de acordo com um relato de caso publicado na revista International Journal of Dermatology

Pesquisadores europeus apresentam o caso de uma adolescente de 19 anos submetida a tatuagem enquanto tomava 20mg de isotretinoína para acne; ela não consultou seu dermatologista antes da tatuagem e não informou o tatuador do tratamento em andamento.

Os autores observam que a tatuagem foi feita sem intercorrências, mas a paciente apresentou cicatrização prejudicada da tatuagem. Não houve infecção, e com o uso de um hidratante apropriado, a tatuagem eventualmente foi curada. O resultado estético não foi satisfatório. A paciente está completando o tratamento com isotretinoína antes de uma segunda sessão de tatuagem.

Segundo os autores, o caso ilustra que a isotretinoína oral pode prejudicar a cicatrização de feridas após uma tatuagem. Pesquisas retrospectivas em pacientes jovens usando isotretinoína que fizeram uma tatuagem, com ênfase na dose acumulada e diária no momento da tatuagem, ajudariam a avaliar se há um real impacto ou não do uso do medicamento.

Foto: Reprodução

Terra

Contra superbactérias, hospitais tentam conter abuso na prescrição de antibióticos

No final de janeiro, a estudante macapaense Adrielly Gadelha Montoril, de 23 anos, se preparava para um final de semana tranquilo após sua rotina de hemodiálise

Três vezes por semana, ela era submetida à transfusão de sangue por meio de uma fístula arteriovenosa – ligação entre uma artéria e uma pequena veia feita em seu antebraço. A doença renal crônica que a acometia estava sob controle, e nada no horizonte indicava que ela precisaria de intervenções médicas emergenciais. Mas uma dor insuportável em seu braço, iniciada numa sexta-feira, deu o sinal de que algo poderia estar errado.

“Eu peguei uma bactéria na fístula – não sabemos como. Fiquei em casa no final de semana chorando de dor, pedindo ajuda para meu pai. Meu braço queimava. Fiquei três dias tomando antibiótico, e ela só foi progredindo. Crescia. A gente pensava que ela estava morrendo. Eu tinha febre, aquela agonia no meu braço. Mas a gente não sabia o que era aquela bactéria”, relembra.

Na segunda-feira seguinte, quando Adrielly chegou ao hospital para uma nova sessão de hemodiálise, havia uma bolha negra em seu braço. “Os médicos se assustaram. Tiraram foto porque nunca tinham visto aquilo. Fui levada com urgência para a sala de cirurgia”, relembra. “Meus pais não queriam acreditar. A fístula é um canal para o coração. Foi um milagre eu ter sobrevivido.”

Adrielly foi vítima de uma infecção por uma versão resistente da bactéria Staphylococcus aureus. Além de ter que se submeter a uma cirurgia para limpeza da área, a estudante perdeu a chance de continuar com as transfusões. Diante disso, a estudante teve que entrar de emergência na fila de transplante. Ela recebeu um novo órgão em abril. Após idas e vindas, teve alta definitiva na última terça-feira, mais de seis meses depois da infecção bacteriana. Assim como Adrielly, casos de pacientes infectados por bactérias resistentes vêm crescendo no Brasil e já causam ao menos 23 mil mortes por ano, estimam especialistas.

Uma das principais causas da resistência bacteriana é o uso excessivo de antibióticos, inclusive dentro do ambiente hospitalar. Por esse motivo, hospitais brasileiros vêm implantando um novo sistema para controlar o consumo desses medicamentos e evitar abusos.

“Há uma dificuldade estrutural para enfrentar a resistência antimicrobiana, mas hoje sabemos que é preciso implementar regras básicas para diminuir o uso de antimicrobianos. O paciente chega com um problema e o médico já prescreve o antibiótico,” afirma Sylvia Lemos Hinrichsen, médica infectologista e professora da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). Desde o ano passado, Sylvia vem treinando hospitais brasileiros a racionalizar o uso de antibióticos, após estudar programas de gestão de uso desses medicamentos no Reino Unido.

Gestão racional
Chamadas de Antimicrobial Stewardship Program (ASM), as iniciativas começaram nos anos 2000 e se tornaram comuns na Europa e nos Estados Unidos com a preocupação crescente sobre superbactérias. No Brasil, programas para controle do uso de antibióticos também não são novos, mas as iniciativas ainda estão em fase inicial. O objetivo é que os médicos usem antibióticos de maneira mais precisa e evitem desperdícios. Quanto mais se usa um antibiótico sem necessidade, maior o risco de se criar uma superbactéria.

De acordo com informações compiladas pelo Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) dos Estados Unidos em 2014, cerca de 20% a 50% dos antibióticos prescritos em hospitais de cuidados intensivos naquele país são ou desnecessários ou foram prescritos incorretamente. No Brasil, as estatísticas não são melhores, segundo os médicos.

“Costumávamos tratar pacientes antes mesmo da cirurgia. A pessoa ia tirar um dente e começava com o antibiótico dias antes. E isso traz riscos muito graves”, explica a médica Maria Manuela Alves dos Santos, superintendente do Consórcio Brasileiro de Acreditação, que certifica a qualidade de hospitais em parceria com a Joint Commission International. Desde julho, a JC incluiu gestão racional de antibióticos como um dos requisitos para seu selo de qualidade. Para usar esses medicamentos de maneira mais eficiente, os hospitais precisam mapear os organismos infecciosos mais comuns em sua unidade e criar mecanismos para identificar rapidamente as reais causas das infecções em pacientes.

“Da mesma forma que um hospital precisa de uma equipe de limpeza, precisa de uma equipe de microbiologia para saber sua realidade microbiológica. Porque é a partir disso que vou sugerir guias terapêuticos para os meus médicos”, diz Pedro Mathiasi, infectologista do HCor, em São Paulo, que desde 2013 lidera um programa de gestão racional de uso de antibióticos.

Demora
Quando um doente chega ao hospital, os médicos muitas vezes não conseguem identificar prontamente a causa da infecção, mas colocam o paciente sob antibióticos, para evitar que a doença se alastre, enquanto colhem amostras para investigar o problema. Essa investigação é feita pelo laboratório de microbiologia, que determina quais bactérias, fungos ou vírus são a causa de determinada doença. Em países desenvolvidos, esses testes saem em até duas horas, mas, no Brasil, médicos relatam que resultados podem levar até sete dias para ficar prontos.

“Se o laboratório de microbiologia dá retorno rápido, o médico ajusta o tratamento. Isso traz resultados melhores para o paciente e reduz o tempo dele no hospital”, explica José Martins de Alcântara Neto, farmacêutico do Hospital Universitário Walter Cantídio, de Fortaleza, que em fevereiro desse ano também implantou um programa para racionalizar o uso de antibióticos.

Porém, quanto mais esses testes demoram, maior o risco de pacientes receberem antibióticos fortes demais, que atacam múltiplas bactérias ao mesmo tempo. Chamados de amplo espectro, esses medicamentos são efetivos, mas selecionam mais bactérias resistentes.“Quando chega o resultado, vejo se posso diminuir o espectro do antibiótico, se posso dar uma dose mais branda. Esse é o pulo do gato. Porque às vezes você está dando um tiro de canhão na bactéria quando um tiro de chumbinho resolveria”, compara Mathiasi.

Desde 2014, o HCor diz ter reduzido em 60% o uso de antifúngicos e de carbapenêmicos, uma classe de antibióticos de amplo espectro. A queda foi registrada na UTI de cardiopediatria, que faz cirurgias de alta complexidade em crianças. A instituição também reduziu à metade casos de diarréia causadas pela bactéria Clostridium difficile, que é associada ao uso de antibióticos. “Conseguimos praticamente tudo: redução dos índices de resistência, de custo com antibióticos e de efeito adverso para os pacientes”, enumera Mathiasi.

A passos lentos
O HCor faz parte de uma rede de 220 hospitais nacionais que têm sido treinados dentro de um programa internacional da empresa farmacêutica MSD. A companhia diz que já levou a iniciativa a 26 países. Oferecido gratuitamente, o programa faz parte dos esforços da companhia para que seus antibióticos durem mais. Com a capacidade de bactérias de se adaptar rapidamente aos medicamentos desenvolvidos para eliminá-las, remédios às vezes podem se tornar inúteis em poucos anos, gerando perdas às farmacêuticas.

A ideia é elogiada por especialistas, mas ainda está longe de representar a realidade brasileira. “Não estamos onde deveríamos estar,” resume Ana Gales, coordenadora do Comitê de Resistência Antimicrobiana da Sociedade Brasileira de Infectologia. “Um programa como esse deveria estar em todos os hospitais brasileiros. Mas, como país subdesenvolvido, temos instituições onde isso está completamente implantado, mas outras que ainda nem começaram”, diz

Parte dos entraves é estrutural.O Brasil tem cerca de 6,2 mil hospitais, e nem todos possuem laboratórios de microbiologia, o que dificulta tratamentos precisos. Um levantamento preliminar da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) em 2015 indicou que o país tinha 660 laboratórios do gênero cadastrados em seu sistema – praticamente um para cada dez hospitais. A agência diz que abriu nova chamada para cadastrar essas instituições.

Também não há ainda um guia nacional para as instituições hospitalares. Aqueles que adotaram tais iniciativas recorreram a publicações internacionais, como a da Sociedade Americana de Doenças Infecciosas (IDSA, na sigla em inglês). Em nota, a Anvisa informou que trabalha desde novembro em uma diretriz nacional para hospitais e que irá publicá-la até o final do ano. “Um modelo nacional vai sem dúvida estimular os hospitais a adotar o modelo”, avalia Alcântara Neto, do Hospital Walter Cantídio. “Você imagina, vários hospitais do Ceará, trabalhando com uma mesma metodologia. Tem chance de dar resultados melhores.”

Lucro
Outro entrave é comercial. Ainda perdura em muitos hospitais, principalmente privados, a visão de que usar antibióticos é uma prática lucrativa. As instituições, ao medicar pacientes, cobram dos convênios o uso desse medicamento, num modelo de revenda, no qual garantem margem de lucro. Mas especialistas dizem que a prática está cada vez mais em declínio. “A gente já identifica que esse pagamento por serviço de antibiótico está morrendo. Poucos hospitais ainda sobrevivem disso”, diz Mathiasi, do HCor.

Sylvia Hinrichsen, da UFPE, acredita que a mentalidade econômica do uso de antibióticos e a cultura de usar o medicamento em excesso precisam mudar por inteiro – e que o paciente também faz parte dessa mudança. “Essa cultura vai precisar mudar porque a própria população vai começar a entender que não é para tomar antibiótico por 21 dias, não é para tomar quatro tipos de antibióticos numa tacada só”, diz. “Vai ser igual a quando começamos a usar cinto de segurança – vamos entender que o risco de não utilizar corretamente pode ser fatal.”

BBC Brasil

sexta-feira, 21 de julho de 2017

Inscrições abertas para o curso Prevenção de Pacientes Oncológicos

Estão abertas as inscrições para a nova oferta do curso Prevenção e Manejo de Pacientes Oncológicos na Atenção Primária à Saúde, oferecido pela UNA-SUS/UFCSPA, integrante da Rede Universidade Aberta do SUS (UNA-SUS)

unasus banner

O curso é voltado para profissionais e gestores da área da saúde atuantes no SUS, mas também é aberto para estudantes e demais profissionais interessados no tema. As matrículas podem ser realizadas até o dia 04/10 pelo link e têm início imediato.

Os conteúdos abordados têm como objetivo desenvolver uma atitude receptiva dos médicos para com os diversos tipos de pacientes oncológicos, sejam aqueles que tiveram diagnóstico de câncer e estão em remissão completa após o término de seu tratamento, um paciente que tem risco de desenvolver efeitos tardios dos tratamentos oncológicos, ou ainda aqueles com risco de recidiva, segundo tumor primário ou com alto risco de desenvolver a doença.

Para isso, o curso traz uma revisão de conhecimentos básicos sobre o tema, buscando embasar a assistência e a análise de dados clínicos e epidemiológicos para oferecer uma atenção mais individualizada a cada paciente.

Dividido em 8 unidades, o módulo possibilita que o aluno aprofunde e reforce os conhecimentos sobre a biologia do Câncer, história familiar, níveis de intervenção preventiva, prevenção primordial e primária, secundária, terciária, quaternária e complicações do tratamento oncológico.

Apesar de ser um módulo integrante da capacitação dos Programas de Valorização da Atenção Básica (PROVAB) e Mais Médicos, o curso é livre para profissionais que não estão vinculados aos Programas.

Fonte: SE/UNA-SUS com informações da UNA-SUS/UFCSPA

Lote de Lexotan é suspenso pela Anvisa

Resultados de teste de estabilidade reprovaram o lote. A ação é preventiva já que o risco de problemas para os usuários é pequeno


A Anvisa suspendeu o lote RJ0874 do medicamento Lexotan nesta quarta-feira (19/7). Todo o estoque do lote RJ0874 (Validade 01/2019) do medicamento Lexotan (bromazepam), comprimidos de 3mg, deverá ser recolhido do mercado pela fabricante Produtos Roche Químicos e Farmacêuticos. Segundo o comunicado da empresa, o lote de Lexotan em questão apresentou resultados abaixo da especificação prevista no ensaio de dissolução em estudos de estabilidade. Tais estudos analisam se as propriedades farmacêuticas de um determinado medicamento permanecem estáveis ao longo do prazo de validade. Os demais lotes do produto estão liberados. Além disso, existem no mercado diferentes medicamentos genéricos e similares com o princípio ativo bromazepan.

Qual o risco?
A Anvisa classificou o problema como de baixo risco, que é a classe 3 prevista na resolução RDC 55/2005. Mesmo assim o lote interditado não deve ser utilizado. A qualificação de risco classe 3 indica uma situação na qual existe baixa probabilidade de que o uso ou exposição a um medicamento possa causar consequências adversas à saúde, ou seja, o risco ao paciente é baixo.

Produto Saúde Total tem propaganda proibida
Propagandas com alegações terapêuticas não foram aprovadas pela Anvisa. A Agência proibiu toda publicidade de produtos comercializados pelo website da HarpSaúdeTotal que atribuísse alegações terapêuticas. As propagandas utilizadas no portal eletrônico em questão não haviam sido aprovadas pela Anvisa, motivando a proibição.

Além da irregularidade da publicidade, constatou-se, também, a ausência de registros sanitários e da Autorização de Funcionamento para a venda de medicamentos. Tais documentos são concedidos pela Anvisa, apenas, quando os requisitos sanitários são cumpridos. Deste modo, não há comprovação alguma de que as alegações terapêuticas atribuídas aos produtos sejam, de fato, verdadeiras.

Álcool suspenso
A Agência suspendeu os lotes A4NI51202 e A4NI50503 do produto saneante Álcool 46,2º INPM Neutro da marca Tupi nesta segunda-feira (17/7). Laudos emitidos pela Fundação Ezequiel Dias (FUNED/MG) apontaram resultados insatisfatórios em três diferentes testes laboratoriais para ambos os lotes.

Segundo os laudos, os lotes do álcool em questão apresentaram resultados não condizentes com o registro sanitário aprovado nos ensaios de teor alcoólico, pH e rotulagem. Tais ensaios avaliam, respectivamente, a quantidade de álcool no produto, o teor ácido ou básico da solução e as informações contidas no rótulo. A suspensão é válida apenas para os lotes A4NI51202 (Fab 02/2015) e A4NI50503 (Fab 03/2015) do Álcool 46,2º INPM Neutro, marca Tupi.

Foto: Reprodução/G1

ANVISA

Adoçantes não ajudam na perda de peso – e podem engordar

Segundo as pesquisas, o uso frequente de adoçantes artificiais pode estar associado a um maior risco de obesidade, diabetes e doenças cardíacas

Açúcar ou adoçante?
Se você prefere a segunda opção, talvez seja melhor repensar a sua escolha. De acordo com um relatório, publicado recentemente no periódico científico Canadian Medical Association Journal, os adoçantes artificiais compostos por sucralose, aspartame e glicosídeo de esteviol (Stevia), ao contrário do que se pensa, não ajudam na perda de peso e, pior ainda, podem aumentar a probabilidade de desenvolver diabetes, pressão alta, doenças cardíacas e obesidade.

Os estudos
Para estudar os efeitos das substâncias adoçantes, pesquisadores da Universidade de Manitoba, no Canadá, analisaram 37 estudos já realizados, que contaram com a participação de mais de 400.000 pessoas em um período de dez anos. Sete deles foram ensaios clínicos randomizados, um tipo de estudo considerado de referência em pesquisas científicas, que acompanharam como pessoas acima do peso reagiam a dietas que utilizavam adoçantes como alternativa ao açúcar. Ao longo de seis meses, alguns participantes emagreceram, mas os outros não tiveram perdas significativas.

Os outros estudos foram apenas observacionais, mas mostraram que as pessoas que consumiam adoçantes regularmente – bebendo uma ou mais bebidas açucaradas artificialmente por dia – tinham riscos maiores de ter problemas de saúde por conta de ganho de peso, obesidade, diabetes, doenças cardíacas, pressão alta e outras enfermidades.

Efeito contrário
Substituir o açúcar para perder peso não é a única solução. “Há uma suposição de que, quando há zero calorias, não existem danos”, disse Meghan Azad, principal autora da pesquisa, ao site da revista americana Time. “No entanto, há mais do que as calorias sozinhas”. Adoçantes artificiais são aditivos alimentares sintéticos que imitam o sabor doce do açúcar contendo menos ou zero calorias. Muitos produtos que os contêm são rotulados como “diet” ou “zero” e alegam serem benéficos na perda de peso, o que é contestado pela nova análise.

Apesar dos resultados, os pesquisadores não sabem dizer como e porquê os adoçantes artificiais poderia causar esses efeitos negativos e ressaltam que outros fatores, como o consumo de alimentos processados, que geralmente têm adoçantes artificiais na composição, podem ser responsáveis pelos resultados.

Mas, uma possibilidade levantada por alguns cientistas para explicar a associação entre adoçantes e problemas de saúde à forma como eles afetam a microbiota intestinal, o conjunto de bactérias que mantém a saúde do intestino e ajuda na absorção de nutrientes. Consumir alimentos e bebidas que contenham essas substâncias adoçantes com frequência, segundo outros estudos, pode estimular o apetite e fazer com que as pessoas queiram comer cada vez mais. Além disso, por acreditarem que estão reduzindo a quantidade calorias, as pessoas tendem a extrapolar na alimentação.

Calorias
Apesar da polêmica em relação à eficácia dos adoçantes, o Conselho de Controle Calórico, organização americana que representa a indústria de alimentos e bebidas de baixa caloria, diz que a maior parte das pesquisas não confirma as novas descobertas.

“Os adoçantes são uma ferramenta para ajudar a fornecer sabor doce sem calorias”, disse Robert Rankin, presidente da organização. Além disso, durante a perda de peso é preciso considerar outros aspectos do estilo de vida. “As estratégias individualizadas são críticas nesse processo e devem abordar não só preferências alimentares, mas também atividades físicas e considerações médicas para ajudar cada pessoa a alcançar seus objetivos”, explicou.

Sem exagero
Ainda assim, para os pesquisadores, o consumo de adoçantes precisa ser reduzido. “O cuidado precisa ser garantido até que os efeitos a longo prazo dos edulcorantes artificiais sejam completamente compreendidos. Dado o uso generalizado e crescente dos adoçantes e a atual epidemia de obesidade e doenças relacionadas, são necessárias mais pesquisas para determinar os riscos e benefícios desses produtos.”, disse Meghan.

Veja

Planos de Saúde perdem 635 mil clientes no 1º semestre

O mercado de planos de saúde fechou o primeiro semestre com cerca de 47,3 milhões de usuários, o que corresponde a uma queda de cerca de 635 mil usuários comparado ao mesmo período de 2016, segundo dados da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS)

O número de pessoas com convênio médico oscilou bastante nos primeiros meses do ano, de acordo com a ANS.

O segmento que sofreu mais impacto foi o de planos coletivos empresariais, devido ao fechamento de vagas formais. Visto que o desemprego em nosso país ficou em 13,7% no 1º trimestre de 2017 e atingiu aproximadamente 14,2 milhões de pessoas.

Dentro desse cenário e com um amplo mercado a ser conquistado é possível identificar que os planos odontológicos contavam com 22,7 milhões de usuários em junho, e apresentam atualmente uma alta de 7,5% em relação ao ano anterior.

Saúde Business

Destaque brasileiro no maior congresso de análises clínicas do mundo

Sérgio Franco apresenta 29 trabalhos científicos durante o congresso e é o laboratório do país com mais estudos aprovados

De 30 de julho a 3 de agosto acontece a 69ª edição do maior congresso anual de análises clínicas do mundo, o , promovido pela American Association for Clinical Chemistry, que reúne, em San Diego, nos Estados Unidos, especialistas do mundo inteiro para apresentar seus estudos científicos no campo da medicina diagnóstica. E, este ano, o laboratório Sérgio Franco será o destaque brasileiro do evento, com o maior volume de trabalhos aprovados: 29 pesquisas científicas.

“Isso é o resultado dos investimentos em inovação e em geração de conhecimento por todas as atividades desempenhadas no Sérgio Franco nos últimos anos. Ser a empresa brasileira com o maior número de trabalhos apresentados é motivo de muito orgulho e significa um reconhecimento à nossa contribuição para a garantia de um diagnóstico seguro para nossos pacientes”, diz o Dr. Gustavo Campana, diretor médico do Sérgio Franco.

Este ano, o laboratório destacou-se com as pesquisas relacionadas com as áreas de doenças infecciosas e genética molecular. “Sinto-me muito orgulhosa e honrada de pertencer a esse time que produz conhecimento e incentiva a produção científica. Não tem um caminho mais promissor para alcançarmos o melhor da medicina diagnóstica do mundo”, afirma Natasha Slhessarenko, autora de dois trabalhos aprovados no congresso e uma das 14 representantes que o Sérgio Franco levará para ao evento.

O AACC Annual Meeting 2017 oferece aos participantes mais de 200 sessões educacionais sobre o desenvolvimento da medicina laboratorial. Entre as atividades estão simpósios, workshops, mesas-redondas e palestras, além de um espaço em que foram expostos os pôsteres com os estudos científicos. Tudo isso reunido em um único evento, cujo objetivo é agregar informação e conhecimento, por meio de encontros com experts e da apresentação de trabalhos científicos originais que apontarão tendências e novas descobertas da área.

A exemplo dos anos anteriores, o encontro anual trará palestrantes especialistas e referências globais em todas as áreas da medicina e da patologia clínica e reunirá aproximadamente 20 mil profissionais. Simultaneamente, acontece a Lab Expo, a maior feira do mundo nesse campo, na qual mais de 750 empresas da indústria de diagnóstico colocarão em exposição mais de 200 novos produtos e testes disponíveis no mercado.

Rachel Lopes
Assessoria de Imprensa
rachel@saudeempauta.com.br

terça-feira, 18 de julho de 2017

Uso do celular gera problemas graves na coluna

Diversas tarefas realizadas no dia a dia prejudicam a coluna, como ficar muito tempo sentado, dormi em posições erradas, ficar longas horas na frente do computador e mandar mensagens pelo celular. Este último caso têm lotado as recepções das clínicas

Nos Estados Unidos, uma pesquisa sugere que 79% da população, com idade entre 18 e 44 anos, ficam com seus celulares próximos a eles durante 22 horas por dia. O uso prolongado desta tecnologia interfere na saúde da coluna. Quando a cabeça está levantada e a coluna ereta, o peso está todo equilibrado. No momento em que a cabeça está posicionada para o chão, é como se uma criança de 8 anos estivesse sentada no pescoço. E é justamente esta a posição que as pessoas ficam quando estão mexendo em seus celulares.

A dor provocada pela posição caída da cabeça recebeu o nome de Text Neck e tem como sintomas: a dor de cabeça crônica; a dor nas costas, nos ombros e no pescoço e a mudança na curvatura da espinha.

A prevenção é a melhor forma de não sofrer com os problemas na coluna, mas há outras dicas:
- Segurar o celular na altura dos olhos;

- Fazer intervalos para se distanciar de celulares e computadores;

- Realizar alongamentos durante o dia;

- Fazer exercícios físicos.

A falta de cuidados pode ocasionar deformidades nas estruturas vertebrais, antecipar lesões discais e artrose. Caso uma dor de cabeça forte ou na coluna comece, busque um médico. Não deixe o tempo passar, porque o problema pode piorar muito.

Aprovado medicamento inédito para hipofosfatasia - HPP

Novo produto é indicado para o tratamento de pacientes com hipofosfatasia (HPP) de início perinatal/infantil e juvenil

O novo produto biológico Strensiq (alfa-asfotase) teve o registro aprovado pela Anvisa nesta segunda-feira (17/7). O medicamento, composto pela enzima de reposição alfa-asfotase, é destinado terapeuticamente para o tratamento de pacientes com hipofosfatasia (HPP) de início perinatal/infantil e juvenil.

O que é a hipofosfatasia (HPP)?
A hipofosfatasia é uma doença rara genética que afeta especialmente crianças, provocando deformações e fraturas e perda prematura dos dentes de leite. Esta doença é passada para os filhos na forma de herança genética, como o resultado de alterações em um gene relacionado com a calcificação dos ossos e desenvolvimento dos dentes, prejudicando a mineralização dos ossos e não tem cura. 

A reposição da enzima TNSALP após tratamento com Strensiq (alfa-asfotase) reduz os níveis de substrato da enzima que ocasiona a inibição da mineralização dos ossos.

ANVISA

Diabetes mellitus tipo 2 ganha novo tratamento

Medicamento traz mais uma alternativa para o controle glicêmico de pacientes diabéticos A


Anvisa aprovou nesta segunda-feira (17/7) o registro inédito do medicamento Soliqua (insulina glargina + lixisenatida). O novo produto biológico é indicado para o tratamento de diabetes mellitus tipo 2 (DMTV) e será uma opção adicional para o controle glicêmico de diabéticos.

Composição do Soliqua O produto Soliqua, fornecido em uma caneta aplicadora, é composto por uma combinação de duas moléculas em uma mesma formulação: a insulina glargina (Lantus®) e a lixisenatida (Lyxumia®), um agonista do receptor do GLP-1, que estimula a secreção de insulina quando a glicose sanguínea está aumentada. A lixisenatida é um parceiro terapêutico complementar para a insulina glargina basal em uma combinação de razão fixa.

Indicação terapêutica
O Soliqua é indicado para o tratamento de diabetes mellitus tipo 2 (DMT2) em adultos para melhorar o controle glicêmico quando medicamentos hipoglicemiantes orais isolados ou combinados com insulina basal, ou insulina basal utilizada isoladamente, não proporcionarem o controle adequado da glicemia.

ANVISA

Suspenso saneante de dialisadores e hemodiálise

Mudança na rotulagem do produto de limpeza havia sido aplicada em produtos antes do registro sanitário

O saneante Peroxide P35 incluiu em sua rotulagem a indicação de uso em hemodiálise. Esta mudança só foi aprovada pela Anvisa no dia 3/7, assim, todos os lotes fabricados antes dessa data e que traziam, no rótulo, a indicação de uso em materiais de hemodiálise, foram suspensos.

O produto, que teve sua categoria alterada para esterilizante de uso exclusivo em dialisadores e linhas de hemodiálise, não apresentou problemas quanto ao uso.

A empresa Bell Type Industries Ltda é responsável pelo recolhimento do estoque dos produtos com problemas no rótulo fabricados antes de 3/7.  

Álcool suspenso
A Agência suspendeu os lotes A4NI51202 e A4NI50503 do produto saneante Álcool 46,2º INPM Neutro da marca Tupi nesta segunda-feira (17/7). Laudos emitidos pela Fundação Ezequiel Dias (FUNED/MG) apontaram resultados insatisfatórios em três diferentes testes laboratoriais para ambos os lotes.

Segundo os laudos, os lotes do álcool em questão apresentaram resultados não condizentes com o registro sanitário aprovado nos ensaios de teor alcoólico, pH e rotulagem. Tais ensaios avaliam, respectivamente, a quantidade de álcool no produto, o teor ácido ou básico da solução e as informações contidas no rótulo.

A suspensão é válida apenas para os lotes A4NI51202 (Fab 02/2015) e A4NI50503 (Fab 03/2015) do Álcool 46,2º INPM Neutro, marca Tupi.


ANVISA

segunda-feira, 17 de julho de 2017

Em sete anos, só 3,7% dos médicos punidos perderam registro profissional

Em 4 de junho de 2014, sentindo fortes dores abdominais, Noah Alexandre Palermo, então com 5 anos, foi levado para a Santa Casa de São Carlos (a 244 km de SP)

Diagnosticado com apendicite, passou por cirurgia no dia seguinte. Logo após o procedimento, continuou com dores e, no dia 6, o médico responsável pela cirurgia, Luciano Barboza Sampaio, diagnosticou, por telefone, que a situação era provocada por gases, portanto normal, e receitou um complexo vitae soro.

O garoto morreu horas depois de receber o medicamento em decorrência de uma parada cardíaca provocada, segundo alegam seus pais, por complicações do soro glicosado aplicado por Sampaio.

Eles sustentam que um exame de glicemia feito antes da cirurgia detectou um aumento excessivo da taxa de glicose no sangue, apontando diabetes, nunca então percebida pelo médico, que receitou medicamentos que levaram o garoto à morte.

Segundo dados do CFM (Conselho Federal de Medicina), de 2010 até abril deste ano, 94 médicos tiveram o registro cassado fruto de 80 investigações feitas –um mesmo caso pode ter mais de um médico envolvido. Eles integram um total de 2.186 profissionais (pouco mais de 0,5% dos cerca de 400 mil registros médicos existentes) que sofreram algum tipo de sanção no exercício de suas atividades.

Ou seja, só 3,7% dos que foram investigados em todas as instâncias administrativas da área médica foram impedidos de continuar a praticar a medicina definitivamente por imperícia, imprudência ou negligência, segundo dados obtidos pelo UOL via Lei de Acesso à Informação.

Quatro em cada dez (42%) foram por omissão de socorro. O Estado de São Paulo concentra mais de um terço das cassações (33), entretanto, possui mais de um quarto de todos os registros do país (117.995).

Desde a morte de Noah, seu pai, o empresário Marcos Antonio Palermo, luta para provar na Justiça e no Cremesp (Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo) a culpa de Sampaio, que, desde a data, nunca sofreu qualquer tipo de sanção. Palermo, porém, já foi condenado em uma ação proposta pelo médico por difamação.


Maioria das punições são apenas confidenciais
As punições a eventuais erros médicos estão previstas em uma lei que em setembro próximo completará 60 anos. Ela prevê desde penas brandas até o impedimento do profissional em continuar a exercer a medicina pelo resto da vida.

Nos últimos sete anos, 59,2% das punições foram sigilosas, ou seja a punição é de conhecimento apenas das partes envolvidas, como forma de punição moral -- sem que o profissional tenha de se afastar de suas funções. O terceiro tipo é a censura pública em publicação oficial – punição que visa tornar pública, mediante sua publicação nos Diários Oficiais dos Estados ou da União, a infração ética cometida pelo médico, sem, contudo, detalhar o erro cometido, mas apenas os artigos que ele infringiu. Foram condenados assim 634 médicos desde 2010.

No período, 179 médicos foram proibidos de exercer sua profissão ppor 30 dias. A última, e mais grave, é a cassação. Para que seja definitiva, porém, é necessária a confirmação do CFM.

Processo pode levar anos
O procedimento adotado no Código de Processo Ético-Profissional do CFM permite ampla possibilidade de defesa do acusado, o que faz com que uma denúncia possa levar anos sem ter um desfecho. Segundo tal código, ao receber uma denúncia possa levar anos sem ter um desfecho. Segundo tal código, ao receber uma denúncia, os conselhos regionais de todo país abrem uma sindicância que pode levar de seis meses a dois anos para ser concluída.

Neste período, irá coletar provas e documentos, receberá manifestação escrita, e, se for necessário, audiência com os envolvidos. Só depois disso é que a plenária do conselho pode se transformar em uma PEP (Processo Ético-Profissional). Esta é apenas a fase inicial.

A PEP terá um médico relator. Ele tem prazo de até 120 dias, prorrogáveis quantas vezes julgar necessário, para formular seu relatório. A PEP terá um médico relator. Ele tem prazo de até 120 dias, prorrogáveis quantas vezes julgar necessário, para formular seu relatório. A partir daí o rito segue trâmites parecidos com a Justiça comum, em que tanto defesa quanto acusação irão apresentar suas testemunhas, com limite de cinco cada. Só depois disso terá início o julgamento no conselho. Se condenado às penas previstas na lei o médico poderá recorrer em outras instâncias do próprio conselho regional ou no CFM

Justiça cega?
Apesar da farta legislação tanto cível quanto criminal para tentar provar um erro médico, é muito mais fácil alguém que alega ter sido vítima ser processado pelo médico por difamação do que o próprio médico autor o erro, mesmo este engano incluir procedimentos escabrosos como operar a perna errada, retirar um órgão sem necessidade, aplicar um medicamento inadequado ou se omitir de socorrer alguém, entre outros.

Isso ocorre, segundo o advogado Elton Fernandes, pela dificuldade em se comprovar o nexo de causalidade, jargão do meio jurídico que significa descobrir quais foram as condutas de qualquer acusado que levaram a provocar os efeitos previstos em lei. Ou seja, comprovação, por meio de documentações, qual foi a culpa de um réu, e este, por sua vez, da sua inocência.

Especializado em direito de saúde, Fernandes recentemente entrou na Justiça contra um dos maiores hospitais da América Latina devido a um erro médico em uma cirurgia que deixou uma criança com sequelas pelo resto da vida.

"Essa criança, após a cirurgia, teve três paradas cardiorrespiratórias, um AVC (Acidente Vascular Cerebral) e agora não fala, não tem coordenação motora, não consegue andar e tem convulsões", afirma.O único meio que ele tentará provar que de fato o profissional errou é uma gravação do dirigente do hospital, obtida pela família, em que tal dirigente admite e detalha quais foram as falhas cometidas.


Condenado, mas com direito a exercer medicina
Outro fator que faz o número de denúncias ser pequeno nos conselhos de classe profissional é que nem sempre uma ação na Justiça comum, seja ela na área civil ou criminal, são encaminhadas para a esfera administrativa, no caso, os conselhos.

Por isso é comum ver casos de médicos condenados judicialmente até até por homicídio ou outros crimes graves no exercício da profissão. "As classes mais pobres são as que mais sofrem. Contudo, as pessoas estão muito mais bem informadas hoje em dia e a Justiça receberá muito mais processos", afirma o advogado.

Desde que criou a Associação de Vítimas do Estado de São Paulo, em 2011, Luiz Carlos Soares da Silveira deu informações e orientações a mais de duas mil pessoas sobre formas de procurar a Justiça para requerer seus direitos devido a problemas com atendimento médico, incluindo erros. Ele afirma que muitas denúncias nem chegam ao conhecimento público, já que ficam apenas nas esferas da Justiça e administrativa.

"O conselho (de medicina) é muito corporativista. Para qualquer tipo de informação, só se entrar com pedido via Lei de Acesso. Os conselhos não funcionam da forma como se imagina", afirmou.

Contine lendo em: https://noticias.uol.com.br/saude/ultimas-noticias/redacao/2017/07/17/em-sete-anos-so-37-das-punicoes-a-medicos-levaram-a-cassacao-de-registro.htm

UOL