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segunda-feira, 9 de março de 2015

Cebrim/CFF publica edição nº 1/2015 do Boletim Farmacoterapêutica

Em junho de 2014, a Secretaria Municipal de Saúde de São Paulo editou a Portaria nº 986/2014-SMS.G, que institui o Protocolo de Uso de Metilfenidato (Ritalina e Concerta), naquele município
 
A motivação do órgão foi prevenir que crianças e jovens façam uso desmedido e, muitas vezes, desnecessário, de medicamento cujos benefícios e riscos não são bem definidos, especialmente quando em uso prolongado. “O Protocolo de uso de metilfenidato: restrição da liberdade de prescrição e do acesso ou busca do uso racional? A discussão em torno da Portaria n° 986-SMS.G, de São Paulo, de 12 de junho de 2014” é um dos temas abordados na Edição nº 1/2015, do Boletim Farmacoterapêutica.
 
A publicação traz, ainda, os artigos “Dez mandamentos para uma nova terapêutica”; e “Decálogo sobre uso seguro de fármacos”. Na seção O QUE HÁ DE NOVO, o destaque é o uso da Eribuliba no tratamento do câncer de mama. Eventos adversos cardiovasculares graves associados à Bupropiona é o tema tratado na seção SEGURANÇA DE MEDICAMENTOS.
 
Desde sua origem, o Farmacoterapêutica cumpre a função de informar a sociedade e, para tanto, aborda temas relacionados ao uso racional de medicamentos, incluindo artigos sobre políticas públicas, tratamentos de condições clínicas específicas, práticas farmacêuticas, farmacovigilância, entre outros.
 
A publicação de boletins sobre medicamentos é uma das estratégias recomendadas pela Organização Mundial da Saúde (OMS) para a estimular a produção e disseminação de informações independentes sobre medicamentos. Neste sentido, desde 1996, o Centro Brasileiro de Informação sobre Medicamentos (Cebrim), órgão do Conselho Federal de Farmácia (CFF), produz e publica o Boletim.
 
 
CFF

Veneno de aranha pode dar origem a novos analgésicos

A descoberta pode conduzir a uma nova classe de analgésicos potentes,
 segundo os cientistas.
Sete compostos químicos identificados no veneno da aranha são capazes de bloquear a capacidade do corpo humano de enviar sinais de dor ao cérebro, segundo uma recente pesquisa publicada na “British Journal of Pharmacology”
 
A descoberta pode conduzir a uma nova classe de analgésicos potentes, segundo os cientistas, que se concentraram em 206 espécies de aranha e procuraram, no veneno, moléculas que bloqueiam a atividade dos nervos, especialmente através dos chamados “canais Nav1.7”.
 
Especialistas estimam que pelo menos uma em cada cinco pessoas no mundo sofra de dor crônica, e os tratamentos existentes muitas vezes não conseguem dar alívio suficiente ou em longo prazo. As pessoas sentem dor em uma parte do seu corpo quando os nervos da zona afetada enviam sinais para o cérebro através do chamado “caminho da dor”, e essa é a via que os cientistas procuram bloquear na sua busca de potenciais novos medicamentos para a dor.
 
— Um composto que bloqueia os canais Nav1.7 é de particular interesse — disse Glenn King, que liderou o estudo na Universidade de Queensland, da Austrália.
 
King afirmou que a pesquisa anterior encontrou indiferença à dor entre as pessoas que não têm canais Nav1.7 devido a uma mutação genética. Bloquear esses canais, portanto, tem o potencial para desativar a dor em pessoas através dos caminhos naturais do cérebro.
 
Parte da pesquisa de novos medicamentos para alívio da dor se concentra nas 45 mil espécies de aranha do mundo. Muitas delas matam suas presas com venenos que contêm centenas e até milhares de moléculas de proteínas, entre as quais algumas que bloqueiam a atividade dos nervos.
 
— Uma estimativa conservadora indica que há nove milhões de peptídeos de veneno de aranha, e apenas 0,01% desse vasto campo farmacológico tem sido explorado — disse Julie Kaae Klint, que trabalhou com King no estudo.
 
Os pesquisadores construíram um sistema que pudesse analisar rapidamente compostos de veneno de aranha. Eles examinaram venenos de 206 espécies e descobriram que 40%continham pelo menos um composto que bloqueia os canais Nav1.7 humanos.
 
Dos sete compostos promissores que eles identificaram, um foi especialmente potente e também possui uma estrutura química que sugere ter a estabilidade química, térmica e biológica necessária para a produção de uma droga.
 
O Globo

Publicadas novas normas para pesquisa clínica

As pesquisas clínicas, necessárias para o desenvolvimento de novos medicamentos e produtos para saúde, vão ganhar mais agilidade no país
 
Foram publicadas na terça-feira (3/3), no Diário Oficial da União (DOU), as novas normas para os setores que devem permitir uma maior inserção do país na área de pesquisas clínicas. São elas: a RDC  09/2015 (sobre Medicamentos) e  10/2015 (sobre Produtos para Saúde /Dispositivos médicos).
 
As RDC`s publicadas revogaram a  RDC 39/08 e adotam um modelo de regulação harmonizado com as principais agências internacionais, considerando os aspectos de submissão de documentação técnica e boas práticas clínicas, assim como oferecem maior qualidade e eficiência administrativa para a avaliação de ensaios clínicos no âmbito da Anvisa.
 
Uma das novidades é a definição de prazo fixo para que a Anvisa realize a avaliação dos Dossiês de Desenvolvimento Clínico de Medicamento (DDCM) contendo projetos de ensaios clínicos a serem realizados no Brasil. Pelo texto aprovado, os estudos de fase III, com medicamentos sintéticos e com realização em outros países contidos em um DDCM terão um prazo máximo de 90 dias para a sua avaliação A estimativa é de que 60% dos estudos analisados hoje pela Anvisa se enquadrem nesta regra dos 90 dias.
 
A nova norma define que nos casos em que a Agência não se manifestar no prazo de 90 dias, o estudo poderá ser iniciado, desde que aprovado pelas instâncias que avaliam os aspectos éticos da pesquisa. Nestes casos, a Anvisa vai emitir ainda uma autorização para que o pesquisador importe os produtos da pesquisa em questão. Os pedidos de autorização que aguardam avaliação técnica e já se encontram na Anvisa, anteriormente à vigência dessa norma se enquadrarão nesta regra dos 90 dias.
 
Já os estudos de fase I e II, com medicamentos biológicos ou realizados apenas no Brasil terão uma meta de 180 dias para sua avaliação pela Anvisa, mas o início do estudo não poderá ser feito até avaliação da Agência.
 
As pesquisas clínicas são estudos realizados com humanos para medir os parâmetros de segurança e eficácia de novos medicamentos, sendo essencial para a chegada de novas alternativas terapêuticas no mercado. Estes ensaios são divididos em fases I, II,III e IV, de acordo com a quantidade de participantes e os objetivos específicos da cada etapa.
 
A nova norma busca harmonizar a legislação nacional com a as diretrizes internacionais do setor e deve incentivar o desenvolvimento de pesquisas em território nacional e uma maior inserção do Brasil nas pesquisas que são realizadas simultaneamente em diferentes países.
 
Com uma avaliação mais ágil dos pedidos de pesquisa, espera-se que o Brasil possa receber mais estudos deste tipo, o que representa transferência de conhecimento e recursos para o país. Um maior número de pesquisas clínicas sendo realizados em território nacional também traz maiores possibilidades de que cidadãos brasileiros tenham a chance de participar de testes de medicamentos e ter acesso a produtos ainda em fase de desenvolvimento.
 
A medida é resultada de uma Consulta Pública realizada em 2014 e contou com a participação do setor de pesquisa clínica brasileiro, recebendo 641 contribuições de diferentes participantes.
 
ANVISA

Anvisa interdita lotes de fármaco usado no controle de convulsões

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária, a Anvisa, interditou dois lotes do medicamento Fenitoína 50 mg, usado no controle de convulsões, após resultados insatisfatórios em testes laboratoriais
 
A resolução foi publicada nesta quinta-feira (5) no Diário Oficial da União.
 
Os lotes AY0028/2013 (val.: 09/2015) e AY001/2014 (val.: 12/2015) do medicamento, apresentado em ampolas de 5 ml, devem ser retirados de circulação.
 
O fármaco é produzido pela Hipolabor Farmacêutica. A empresa informa que se trata de um procedimento normal da Anvisa em relação às indústrias farmacêuticas que atuam no Brasil.
 
Destaca ainda que “a suposta reprovação de dois lotes de fenitoína 50mg/ml (injetável) foi apenas no teste de aspecto”.
 
“Todos os outros parâmetros foram aprovados, inclusive o de teor dos princípios ativos, o que garante a eficácia do medicamento. Entre outras razões, tal alteração pode ser causada por armazenagem inadequada”, informa a nota enviada pela Hipolabor.
 
Por se tratar de interdição cautelar, a empresa já solicitou contraprova e aguarda resultado definitivo. Segundo a farmacêutica, o produto em questão é exclusivo para uso hospitalar e não é disponibilizado em farmácias e drogarias.
 
G1

Canadá vai indenizar vítimas da talidomida

O governo canadense decidiu nesta sexta-feira conceder uma nova série de indenizações às vítimas da talidomida, um medicamento prescrito há mais de 50 anos e que causou graves problemas de formação em milhares de bebês
 
O medicamento, prescrito para aliviar enjoos durante a gravidez, provocou efeitos irreversíveis no desenvolvimento de fetos no final da década de 50 e início dos anos 60.
 
“Há mais de 50 anos, a talidomida foi homologada” e, “lamentavelmente causou graves danos permanentes – físicos e emocionais – às mães, filhos e famílias”, declarou a ministra canadense da Saúde, Rona Ambrose.
 
Cada indenizado receberá um “valor global livre de impostos de 125 mil dólares canadenses (98 mil dólares)” para cobrir a assistência médica de emergência, disse Ambrose.
 
O governo também liberará 168 milhões de dólares “para uma assistência médica permanente de longo prazo para os sobreviventes”.
 
As primeiras indenizações às vítimas da talidomida no Canadá foram concedidas em 1991, mas “o governo acredita que há a obrigação moral de ajudar os sobreviventes desta tragédia”, destacou Ambrose.
 
Em todo o mundo, a talidomida deixou cerca de 20 mil vítimas, muitos nascidos sem pernas ou braços ou com os membros colados ao tronco.
 
Este medicamento foi retirado do mercado no final de 1961 na Alemanha e no Reino Unido, mas seguiu sendo prescrito para mulheres grávidas no Canadá até agosto de 1962.
 
Terra

ONU diz que 5,5 bilhões de pessoas carecem de analgésicos para dores intensas

Esse número significa que “três quartos do mundo têm pouco ou nenhum acesso a tratamentos paliativos da dor” para doenças graves, terminais ou crônicas, denunciou a Junta Internacional de Fiscalização de Entorpecentes (Jife) em seu relatório de 2014, divulgado na última terça-feira terça-feira em Viena
 
A ONU alertou nesta terça-feira (3) que cerca de 5,5 bilhões de pessoas têm pouco ou nenhum acesso a analgésicos opioides, usados para atenuar a intensidade das dores de doenças como o câncer, como morfina e codeína.
 
Esse número significa que “três quartos do mundo têm pouco ou nenhum acesso a tratamentos paliativos da dor” para doenças graves, terminais ou crônicas, denunciou a Junta Internacional de Fiscalização de Entorpecentes (Jife) em seu relatório de 2014, divulgado nesta terça-feira em Viena.
Como contraste, 92% da morfina é consumida por 17% da população do planeta e se concentra nos Estados Unidos, no Canadá, na Europa Ocidental e na Austrália.
 
A Jife é o órgão da ONU encarregado de velar pelo cumprimento dos tratados internacionais sobre drogas, que não só proíbem certos narcóticos, mas também pretendem garantir o acesso para fins médicos a substâncias sob controle, como a morfina.
 
O uso reduzido desses analgésicos para o tratamento da dor em muitos países se deve a um acúmulo de fatores, segundo os especialistas da Jife. Entre esses fatores estão a regulamentação inadequada, pouca capacitação dos profissionais de saúde, preconceitos culturais, fatores econômicos e a falta de acesso a esses remédios.
 
Sobre a situação das drogas no mundo, a Jife pede para que os países lutem contra os “aspectos socioeconômicos” que estimulam o consumo e o tráfico de drogas. Entre esses aspectos estão a pobreza, a desigualdade econômica, a exclusão social, a falta de perspectivas de emprego e a exposição à violência, entre outros fatores.
 
Quanto aos aspectos regionais, a oferta de cocaína continua a diminuir na América do Sul, em linha com a tendência à queda da superfície cultivada de folha de coca. No entanto, há diferenças por países, já que o cultivo diminuiu no Peru e na Bolívia em 2013.
 
Não houve mudanças na Colômbia. O país fechou 2013 com uma estimativa de 48 mil hectares de coca cultivados, a mesma quantidade que em 2012, mas muito longe dos 140 mil hectares semeados contabilizados em 2001.
 
O Peru tem atualmente a maior extensão de folha de coca, com 49,8 mil hectares cultivados, frente aos 60,4 mil de 2012. A Bolívia, com 23 mil hectares, reduziu em 2.300 o número do ano anterior.
 
A Junta afirma que a cocaína é a droga mais consumida pelos que recebem tratamento de reabilitação na América do Sul e considera “preocupante” o uso de diversas variedades de cocaína fumada, como o crack.
 
O relatório lembra que a América Central não continua apenas sendo a principal rota de passagem da cocaína rumo aos EUA, o que gera violência e corrupção pelo caminho. A região observa um aumento da produção e do consumo de substâncias proibidas.
 
Os altos lucros resultados do tráfico de cocaína provocam uma feroz concorrência entre quadrilhas e provocou o aumento da violência na região.
 
“As zonas mais preocupantes em relação à violência são no litoral de Honduras, em ambos os lados da fronteira entre Guatemala e Honduras, e na Guatemala, ao longo das fronteiras com Belize e México”, detalha a Junta.
 
Em geral, na América do Norte (México, Estados Unidos e Canadá) as apreensões de cocaína caíram 44% entre 2007 e 2012, até chegar a 109 toneladas.
 
Apesar da diminuição do consumo de drogas registrada nos últimos anos, a América do Norte tem a maior taxa de mortalidade do mundo por esse motivo, situada em 142,1 mortos por milhão de pessoas com idades entre 15 e os 64 anos.
 
Outra tendência preocupante é o crescimento do consumo de heroína nos EUA, que fica mais fácil de ser obtida e é mais barata que os opioides com receita médica, assinala o relatório.
 
A Jife ressaltou também sua “preocupação” com a legalização da maconha em vários estados dos EUA e no Uruguai, um passo que, segundo a entidade, vai contra os tratados internacionais, que não contemplam o uso recreativos da substância.
 
Na Europa, a Junta enfatiza como um perigo para a saúde pública a proliferação das “novas substâncias psicoativas”, algumas vendidas inclusive de forma legal porque seus componentes químicos não estão proibidos.
 
EFE Saúde

“Moto-ambulância” evita que mulheres deem à luz em casa no Quênia

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Foto: EFE/Alicia Alamillos  - A "moto-ambulância"  
Uma em cada duas mulheres africanas dá à luz em casa e quase uma a cada 16 morre por complicações no parto. Embora governos como o do Quênia forneçam ajudas financeiras como forma de atenuar as despesas médicas, para muitas ainda é caro chamar uma ambulância
 
Em Mombaça, principal cidade do litoral do Quênia, o Centro Médico Jaffery inventou a “moto-ambulância”, um serviço que tem se mostrado muito mais barato do que a ambulância convencional para ajudar às mulheres quenianas a chegar ao hospital na hora do parto.
 
Uma em cada duas mulheres africanas dá à luz em casa e quase uma a cada 16 morre por complicações no parto. Embora governos como o do Quênia forneçam ajudas financeiras como forma de atenuar as despesas médicas, para muitas ainda é caro chamar uma ambulância.
 
Desde o mês passado, pelas estreitas ruas da parte velha da cidade circula um novo “tuk-tuk”: a motocicleta de três rodas que tem acoplado um pequeno reboque na parte de atrás.
 
Turística por excelência, Mombaça conta com, aproximadamente, cinco mil “tuk-tuks”, transporte que se tornou popular justamente por ser pequeno, podendo se movimentar com agilidade e chegar a todos os cantos.
 
Essa facilidade para percorrer áreas que uma ambulância convencional não possui fez com que Sharif e Essa Harunani, diretor e administrador da clínica, começassem o projeto da “moto-ambulância”.
 
“O ‘tuk-tuk’ é mais rápido e pode entrar em qualquer rua. Além do mais, é muito mais fácil de manter”, afirmou Sharif.
 
Dentro da “moto-ambulância” há poucos equipamentos: uma maca portátil, dois bancos, um gancho para pendurar as bolsas de plasma ou de outros líquidos, um tamborete e um compartimento para guardar os medicamentos necessários.
 
“Vimos a necessidade de algo assim, especialmente para favorecer a transferência das mulheres prestes a dar à luz ao hospital mais próximo”, explicou Sharif.
 
Ao todo, 56% das quenianas dão à luz em casa, principalmente nas zonas rurais, no litoral e no norte do país, segundo dados de 2010 da Organização Mundial da Saúde.
 
Ter o filho em casa é um costume nessas áreas, especialmente entre as mulheres de baixa renda, segundo um estudo publicado na revista americana “Public Health Reports”.
 
Segundo o relatório, muitas mulheres acreditam ser “irracional” ir ao hospital para dar à luz a menos que tenham ou possam ter complicações, porque fazer o nascimento da criança no hospital “deixa as pessoas mais pobres”.
 
A direção do Centro Médico Jaffery tenta mudar essa mentalidade e por isso divulgou a nova ambulância para todas as autoridades de Mombaça, inclusive as religiosas.
 
Uma ambulância convencional custa o equivalente a quase R$100, já a ambulância ‘tuk-tuk’ saí por apenas R$7. Às vezes, nem isso, pois, quando a família não tem recursos, o Jaffery arca com as despesas, garantiu Essa.
 
Sharif e Essa admitem que a conscientização é complicada, já que dando à luz em casa as mulheres não têm que pagar transporte, internação, anestesias, remédios e outros materiais médicos.
 
Além disso, há outra explicação importante: em Mombaça são os homens que controlam o dinheiro da casa. Se a mulher entrar em trabalho de parto enquanto o marido estiver ausente, nem sequer pode pagar a ambulância.
 
Por essa e outras razões, a África ainda parece estar longe de cumprir os Objetivos do Milênio, que incluem a supressão “total” das mortes por parto.
 
Embora o Quênia e outros países africanos tenham conseguido reduzir as mortes maternas no parto, atualmente apenas uma em cada três mulheres em áreas rurais de regiões em desenvolvimento recebe o atendimento adequado durante a gestação.
 
EFE Saúde

Paracetamol em excesso expõe pacientes a riscos

O medicamento ajuda a desenvolver problemas renais, intestinais e cardíacos

Pesquisadores de Leeds, na Inglaterra, alertaram na última terça-feira (03/03) para a possibilidade de médicos subestimarem os riscos a que estão expostos seus pacientes com o uso prolongado do paracetamol, o mais popular entre os analgésicos.
 
Doentes crônicos que recorrem ao medicamento, geralmente pessoas que costumam usá-lo diariamente e em grande quantidade por vários anos, tendem a aumentar o risco de morrer ou então desenvolver problemas renais, intestinais e cardíacos, afirmaram os estudiosos.
 
O Instituto de Medicina analisou dados a partir de oito estudos já publicados sobre o uso frequente de paracetamol. Os dados disponíveis referem-se apenas a pessoas que tiveram o medicamento receitado por um médico e não incluíram quem compra na farmácia por conta própria.
 
"Mesmo o risco sendo baixo na maior parte das vezes, os médicos deveriam ser cautelosos ao receitar a droga", alertaram os pesquisadores. "Nós acreditamos que o risco real da prescrição do paracetamol seja maior do que percebido atualmente pela comunidade clínica. Justifica-se uma revisão sistêmica da eficácia e da tolerância em condições individuais", concluíram.
 
Eles explicaram que a análise não foi conclusiva a respeito da questão se morte prematura e problemas de saúde seriam causados por uma doença subjacente mais do que pelo paracetamol.
 
G1 / Guia da Pharmacia

Saiba como identificar e tratar o estrabismo, o problema que pode prejudicar a visão

Crédito:  Image Point Fr
Crédito: Image Point Fr
O estrabismo é um desvio nos olhos que pode acontecer em qualquer idade. Se não for tratado adequadamente, o problema pode prejudicar a visão
 
O aposentado, Dionísio Tolomei, por exemplo, tem 73 anos e descobriu que tinha estrabismo há dois anos. Logo que percebeu uma alteração na visão, ele conta que procurou orientação médica imediatamente. "Quando falavam comigo ou quando eu fixava para responder, eu fechava uma vista para falar. Então comecei a sentir que ficava fora de foco se estivesse olhando com as duas vistas. Ai eu fechava um olho automaticamente para poder ver a pessoa. Procurei uma oftalmologista para eu fazer o tratamento. É o exercício que eu faço. A leitura uma das vistas tampada leio durante meio hora, com uma das vistas, depois leio meia hora com a outra vista, e depois com as duas. Já melhorei muito eu comecei o tratamento agora e vamos continuar o tratamento".
 
A oftalmologista do Hospital Federal da Lagoa no Rio de Janeiro, Roberlí Bicharra, diz que o seu Dionísio fez bem em procurar por um oftalmologista quando percebeu que poderia ter estrabismo. "O estrabismo é uma emergência. Quando você identifica uma criança estrábica, ou um adulto, logo tem que ir ao médico, tem que tratar imediatamente para evitar a baixa visual que acontece por falta de uso do olho. Se o estrabismo começa antes do 5 anos, que a visão está desenvolvendo, e se você não trata neste período, você faz com que a visão não desenvolva bem nesse olho e depois você não consegue mais reverter o quadro".
 
A oftalmologista, Roberlí Bicharra, também explica que o estrabismo pode ser tratado com uso de óculos, exercício para os olhos ou cirurgia."Isso pode ser revertido com a melhora da própria doença que causa isso, um trauma, uma doença metabólica, problema de tireoide, por exemplo, um traumatismo, um diabetes, um AVC e o olho pode depois retornar a posição normal ou então você tem que ajudar através de exercício ortótico ou mesmo com uso de prismas e até, se não melhorar e for um ângulo importante, você utilizar a cirurgia".
 
O Ministério da Saúde em parceria com o Ministério da Educação criaram o programa Olhar Brasil para oferecer assistência oftalmológica gratuita para a população.
 

O cuidado humanizado para gestantes na Rede Cegonha

Com a Rede Cegonha o Ministério da Saúde reforça as ações de atenção às mulheres no planejamento reprodutivo, na confirmação da gravidez, no pré-natal, no parto e 28 dias após o parto (puerpério)
 
As consultas de pré-natal, na Atenção Básica, devem ser em quantidade e qualidade com a garantia de atenção humanizada, exames laboratoriais e de ultrassom, além de testes rápidos para diagnóstico de algumas doenças. A puérpera Nayara Alves, que teve sua filha, Isabelle, no último dia 15 de fevereiro, no Distrito Federal, fala sobre as informações recebidas durantes dos atendimentos de pré-natal. “Na primeira vez me passaram uma bateria de exames e as vacinas que eu precisava tomar. Sempre antes das consultas com o médico, a gente tinha umas palestras com as enfermeiras que explicavam os procedimentos, trabalho de parto, amamentação e cuidados com o bebê. Eles sempre perguntavam se tínhamos dúvidas, explicavam sempre tudo e era tranquilo”, conta.
 
Para favorecer a construção de uma relação de confiança e compromisso das usuárias com as equipes e os serviços, contribuindo para a promoção da cultura de solidariedade e para a legitimação do sistema público de saúde, a Política Nacional de Humanização toma o acolhimento como postura prática nas ações de atenção e gestão das unidades de atendimento. No contexto da Rede Cegonha, ao permitir que a gestante expresse suas preocupações e suas angústias, o profissional de saúde garante a recepção da usuária com escuta qualificada, que favorece o vínculo e a avaliação de vulnerabilidades de acordo com o seu contexto social, com articulação com outros serviços de saúde para a continuidade da assistência.
 
A engenheira agrônoma Lia Padilha, de 30 anos, está com 27 semanas de gravidez, realiza o acompanhamento em uma unidade de saúde do Lago Norte, no Distrito Federal, e conta sobre o atendimento recebido durante as consultas. “Eu achei bem que legal que a doutora faz atendimento humanizado. Mesmo que a demanda do posto de saúde seja grande e tenha aquela celeridade, foi muito bacana quando eu apresentei meu interesse em fazer o parto humanizado na casa de parto de São Sebastião, ela foi favorável e acrescentou que com gravidez de baixo risco e cumprindo todos os critérios da casa de parto. O que pra mim foi uma surpresa, porque eu imaginava que vários médicos se opõem e já colocam uma série de empecilhos e ela não, ela se mostrou bem aberta”, ressalta.
 
Entre as ações da Rede Cegonha também está a implantação de Centros de Parto Normal (CPN), onde a mulher é acompanhada por uma enfermeira obstetra ou obstetriz, num ambiente preparado para que possa exercer as suas escolhas, como se movimentar livremente e ter acesso a métodos não farmacológicos de alívio da dor. Outro objetivo do CPN é reduzir cada vez mais a taxa de mortalidade materna e neonatal e as ocorrências de cesarianas desnecessárias na rede pública de saúde. Os Centros de Parto Normal funcionam em conjunto com as maternidades para humanizar o parto, oferecendo às gestantes um ambiente mais adequado, privativo e um atendimento centrado na mulher e na família.
 
A Rede Cegonha prevê, ainda, visitas domiciliares às gestantes e puérperas, principalmente no último mês de gestação e na primeira semana após o parto, com o objetivo de monitorar a mulher e a criança, orientar cuidados adequados, identificar possíveis fatores de risco e realizar os encaminhamentos necessários.
 
Fonte: Ana Beatriz Magalhães / Blog da Saúde

Ministro da saúde debate situação da dengue em São Paulo

A fim de intensificar as medidas de vigilância, prevenção e controle da dengue, o ministro da Saúde, Arthur Chioro, esteve nesta sexta-feira (6) em São Paulo onde participou de reuniões e eventos, chamando a atenção para a importância do combate ao mosquito transmissor aedes aegyti (dengue)
 
 
Na ocasião, o ministro também discutiu o fortalecimento da rede de assistência para o atendimento aos pacientes com a doença. O encontro contou com a presença do prefeito Fernando Haddad e de mais de 600 gerentes e diretores clínicos responsáveis pelas Unidades Básicas de Saúde (UBS) do município de São Paulo.
 
Na reunião, o ministro chamou a atenção que, pela questão sazonal, nos próximos dois meses ainda poderá haver aumento de casos. “O período de março a maio é, historicamente, o de maior transmissão da dengue, e isso acende o alerta para a necessidade de redobrar as ações de vigilância”, observou. O ministro destacou a importância do pronto atendimento e diagnóstico correto aos pacientes com a doença, para evitar casos graves e óbitos.

O ministro explicou que a identificação rápida dos sinais de agravamento é decisiva para evitar óbitos. “Dengue, com dor abdominal persistente e com vômitos, é sinal de agravamento. A pessoa com esses sintomas precisa ser hidratada imediatamente. Não precisa, sequer, esperar para ir ao hospital ou para a Unidade de Pronto Atendimento. Na própria poltrona da Unidade Básica de Saúde, do posto ou da clínica privada, já se deve começar a hidratação. Isso é decisivo para que não ocorram óbitos”, alertou.
 
Na ocasião, o ministro apresentou novos números da doença. Nos dois primeiros meses do ano, registrou-se aumento de 139% dos casos notificados de dengue, comparado ao mesmo período do ano passado. Foram 174.676 notificações em janeiro e fevereiro de 2015, contra os 73.135 do ano passado.
 
“É preciso eliminar os criadouros do mosquito ao longo de todo ano, redobrando os cuidados, nesta época em especial, e acabar com as larvas nos nossos domicílios. As prefeituras devem fazer o processo de pulverização onde encontramos situação epidêmica e os serviços de saúde, públicos e privados, adotar os protocolos de manejo dos pacientes indicados pelo Ministério da Saúde”, destacou o Chioro.
 
Blanço
Entre janeiro e fevereiro deste ano, o Ministério da Saúde registrou um aumento de 139% dos casos notificados de dengue, comparado ao mesmo período do ano passado. Foram 174.676 notificações em janeiro e fevereiro de 2015, contra os 73.135 de 2014. Por outro lado, os números preliminares de óbitos, casos graves, além da nova denominação “dengue com sinais de alarme” apresentaram queda. Os 555 casos de dengue com sinais de alarme – quando a doença tem maior chance de se agravar – são 28% menor que os 771% registrados em 2014.
 
Nos casos graves, a redução foi de 17,2%, caindo de 93 - em 2014 - para 77, em 2015. A queda nos óbitos foi 37% (62, em 2014, para 39, em 2015).
 
De acordo com o ministro, a estocagem inadequada de água pode ser um dos fatores que aumentam a proliferação do mosquito. “Em muitas regiões, por conta da falta de água, as pessoas acabaram acumulando água em casa. Isso ajudou também a ampliar a proliferação do mosquito”. Segundo Chioro, 15 minutos são suficientes para que as famílias façam uma vistoria em casa e elimine qualquer situação que pode servir de criadouro do mosquito, como toneis de água destampados, vasos de plantas, calhas sujas, brinquedos de crianças.
 
Reforço
Para qualificar as ações de combate aos mosquitos transmissores da dengue e do chikungunya, o que inclui a contratação de agentes de vigilância, o Ministério da Saúde repassou um recurso adicional de R$ 150 milhões a todos os estados e municípios brasileiros. Deste total, R$ 121,8 milhões foram para as secretarias municipais de saúde e R$ 28,2 milhões para as secretarias estaduais. O valor representa um subsídio de 12% do valor anual do Piso Fixo de Vigilância e Promoção da Saúde de R$ 1,25 bilhão.
 
A preparação contra a dengue foi reforçada com a distribuição de insumos estratégicos, como larvicidas, inseticidas e kits para diagnóstico. Além disso, o Ministério da Saúde elaborou e divulgou os planos nacionais de contingência de dengue e chikungunya e assessorou estados na criação dos planos locais. Realizado em novembro de 2014, o Levantamento Rápido do Índice de Infestação pelo Aedes aegypti (LIRAa) foi repetido por municípios em fevereiro. O levantamento é considerado um instrumento fundamental para orientar as ações de controle da dengue, por possibilitar aos gestores locais de saúde identificar os locais mais críticos com a presença do mosquito transmissor e antecipar as ações de prevenção.
 
Divulgação
Desde novembro do ano passado, o Ministério da Saúde e as secretarias municipais de saúde veiculam a campanha de combate à dengue e ao chinkungunya, que tem como slogan “O perigo aumentou. E a responsabilidade de todos também”. São divulgadas orientações à população sobre como evitar a proliferação dos mosquitos causadores das doenças e alertar sobre a gravidade das enfermidades. O Ministério da Saúde recomenda algumas medidas de prevenção, entre elas: manter as caixas d’água e outros recipientes de armazenamento de água fechados; colocar as garrafas com a boca para baixo; não deixar água acumulada sobre a laje ou calhas; manter a lixeira fechada; colocar areia nos pratos das plantas, entre outras.
 

Saúde da Mulher: Educação Sexual na Adolescência e Juventude

Falar sobre sexualidade, principalmente no período da adolescência, é abordar não só a saúde do corpo, mas também considerar os sentimentos, a história de vida, os costumes, as relações afetivas e a cultura que identificam e diferenciam cada um

As formas de se relacionar e vivenciar a sexualidade nos últimos anos mudaram e, na convivência entre as pessoas, trazem uma nova realidade que afeta a saúde de forma direta. De acordo com a Pesquisa de Conhecimentos, Atitudes e Práticas na População Brasileira (PCAP), de 2013, na faixa etária de 15 a 64 anos, houve um crescimento significativo de pessoas que relataram ter tido mais de 10 parceiros sexuais na vida. Esse percentual subiu de 20%, em 2004, para 22% em 2008, chegando a 39% no ano de 2013.

A educação sexual e o acesso ao planejamento reprodutivo na adolescência e juventude são fundamentais para lidar com a sexualidade de forma positiva e responsável, como incentivo para adotar comportamentos de prevenção e de cuidado pessoal, promovendo saúde.
 
A Atenção Básica do Sistema Único de Saúde (SUS) visa garantir atenção à saúde sexual e reprodutiva, incluindo o acesso ao planejamento reprodutivo e aos insumos para a prevenção das DST/HIV/Aids, além de desenvolver ações educativas com grupos, respeitando os direitos sexuais e os direitos reprodutivos das jovens.

Nas unidades de saúde, toda adolescente tem a garantia do atendimento com proteção integral, sem que haja a obrigatoriedade da presença de um responsável para acompanhamento no serviço de saúde de acordo com o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). Desta forma, é direito do adolescente a privacidade durante uma consulta, com atendimento em espaço reservado e apropriado, e de ter assegurada a confidencialidade e sigilo, com a garantia de que as questões discutidas durante uma consulta ou uma entrevista não sejam informadas a seus pais ou responsáveis, sem a sua autorização. O que permite maior interação e espaço de confiabilidade entre os jovens e o sistema de saúde.

De acordo com o Código de Ética Médica, as informações só serão concedidas ao responsável caso a não revelação possa acarretar danos à paciente ou se a adolescente não for dotada de capacidade para avaliar seu problema e de conduzir-se por seus próprios meios para solucioná-los.

Além da garantia de atendimento, entre as ações realizadas pela rede pública de saúde está a distribuição de métodos contraceptivos, o esclarecimento sobre o uso do preservativo feminino, para estimular a adesão, e o uso da caderneta de saúde do adolescente, que contém orientações sobre direitos e saúde sexual e reprodutiva.

Com objetivo de reduzir casos e mortes por câncer de colo do útero, em 2014 ocorreu a incorporação da vacina contra o HPV para meninas de 11 a 13 anos. Este ano, a vacina é destinada à faixa-etária de 9 a 11 anos.

Às adolescentes em conflito com a lei, em cumprimento de medida socioeducativa, também é garantido o atendimento pelo SUS, aí incluídas as atividades educativas, em especial as relacionadas à saúde sexual e à saúde reprodutiva e aquelas de prevenção ao uso de álcool e outras drogas.
 
Blog da Saúde

Aparelho desenvolvido no Brasil alivia dores da osteoartrose

Estudo do Instituto de Física de São Carlos associou duas técnicas, o ultrassom e o laser, em um aparelho capaz de acelerar a reparação dos tecidos e apresentar efeito anti-inflamatório e analgésico
 
Pesquisadores orientados por Alessandra Rossi Paolillo provocaram dor em camundongos e ratos. Houve tratamento com laser, outro apenas com ultrassom e um terceiro com a união dos dois. O grupo tratado com a associação das duas técnicas apresentou o melhor resultado tanto no alívio da dor quanto no relaxamento muscular.
 
O aparelho, desenvolvido por Vanderlei Salvador Bagnato, pode ser usado na reabilitação de lesões decorrentes do trabalho e do esporte, além de doenças articulares e nos tendões.
 
O foco da pesquisa foi reduzir a dor da osteoartrose, que é uma doença das articulações, caracterizada pela degeneração da cartilagem, podendo atingir a região dos joelhos, quadril, coluna vertebral, tornozelos, pés, ombros, cotovelos e mãos.
 
Os sintomas da osteoatrose incluem deformidades ósseas, processo inflamatório, edema, rigidez e instabilidade articular, diminuição da amplitude de movimento, fraqueza muscular, entre outros. A doença causa dor nos pacientes e dificuldades em atividades do dia a dia.
 
Para proporcionar mais qualidade de vida a mulheres da terceira idade, o grupo fez testes clínicos nas mãos e nos joelhos das pacientes. “Os principais resultados foram o alívio da dor e o aumento da funcionalidade da mão e dos membros inferiores. Constatamos os benefícios usando um equipamento, chamado algômetro, que avalia o limiar de dor, além de testes de função de mão e de joelho”, explicou a pesquisadora Fernanda Rossi Paolillo, irmã de Alessandra, a coordenadora.
 
Em um dos casos, uma paciente reabilitou a mão e passou a praticar remo com o marido. Fernanda lembra que outras mulheres conquistaram mais independência nas atividades do dia a dia, como cozinhar, cuidar da casa e até bordar, além de fazer caminhadas e exercícios físicos.
 
Francisca Aparecida Milaré, de 61 anos, participou dos testes com o novo aparelho. Ela contou que sentia muita dor nos joelhos e chegou a ficar com a perna travada no meio da rua, sem conseguir se locomover. “Não dava mais para subir uma escada, apesar de eu fazer exercício, mas tinha que tomar anti-inflamatório forte, os mais fracos não resolviam mais”, disse.
 
Outra dificuldade que ela enfrentava era conseguir dormir, por não encontrar uma posição confortável, que não lhe causasse dor. “Tinha que deitar e a perna não descansava, tinha aquela dor que incomoda, põe travesseiro, muda de posição; não dormia”, relatou.
 
Depois do tratamento com laser e ultrassom, ela se diz muito satisfeita. “Muito bom. Eu tomava muito remédio e agora não tomo mais anti-inflamatório. Nossa! Você não imagina como é bom, viu? Melhorou muito meu joelho.”
 
Durante os testes, observou-se que o efeito do tratamento pode ser percebido nas primeiras aplicações da técnica. Mas alguns começam a sentir uma melhora entre três e cinco sessões, cada uma com duração de 15 a 30 minutos.
 
O aparelho é de fácil manuseio e pode ser transportado por uma só pessoa. “A simplicidade na aplicação e sua portabilidade permitem que os atendimentos não sejam só feitos em clínicas, mas também em domicílio”, disse a pesquisadora.
 
Além da reabilitação, o equipamento é apropriado ao tratamento estético e atende a pessoas com flacidez cutânea e gordura localizada, acrescentou Fernanda.
 
Os pesquisadores Herbert João, Jéssica João e Daniele Fernandes Frascá integraram o grupo que desenvolveu o novo aparelho.

Agência Brasil

Anvisa aprova dois genéricos inéditos para Terapia de Reposição Hormonal (TRH)

Reprodução
A Anvisa aprovou o registro de dois novos genéricos cujas substâncias ainda não tem concorrentes no mercado
 
Isso significa que os pacientes e médicos poderão ter novas opções de tratamento e a um custo mais acessível, pois os genéricos chegam ao mercado com um preço 35% menor que o preço de tabela dos medicamentos de referência. Os dois casos são de genéricos inéditos destinados à Terapia de Reposição Hormonal (TRH).
 
O primeiro é o genérico da associação estradiol + didrogesterona (1mg+5mg) utilizado para TRH que contém dois tipos de hormônios femininos, um estrogênio chamado estradiol e uma progesterona chamada didrogesterona. É indicado para mulheres que se encontram na pós menopausa, a pelo menos 12 meses depois da sua última menstruação.
 
O segundo genérico inédito é a cópia da associação estradiol + didrogesterona (1mg + 0mg e 1mg + 10mg). Também é utilizado na TRH e indicado para mulheres que se encontram na perimenopausa, que não menstruam há pelo menos 6 meses, ou em mulheres na pós-menopausa. Também é utilizado para aliviar os sintomas que surgem durante a menopausa e prevenção da osteoporose.
 
A concessão dos registros significa que estes produtos são cópias fiéis de seus referências e que possuem eficácia e segurança comprovada.
 
ANVISA

Farmacêutico: Oriente o consumidor a ler a bula antes de usar um medicamento

Várias complicações de saúde podem ser evitadas com uma simples orientação

Pergunte a seus clientes: você costuma ler a bula antes de usar um medicamento? É importante que ele sabia que aquele papel de letras miúdas é um documento que contém informações essenciais para que a medicação prescrita seja consumida com segurança.
 
De acordo com a coordenadora de Bulas e Rotulagem de Medicamentos da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Fernanda Horne, várias complicações de saúde em decorrência da má administração de medicamentos podem ser evitadas se o consumidor ler a bula antes de tomar qualquer medicamento.
 
"Qualquer tipo de medicamento precisa de uma orientação para ser consumido, para que seja feito o uso seguro. Mesmo aquele que a pessoa compra porque ela quis e não tem uma prescrição, apenas porque está sentindo uma dor de cabeça, precisa vir acompanhado de informações. Os pacientes precisam de orientação", reforça Horne.
 
Portal do Consumidor

Medo da dengue gera corrida por repelentes de vários tipos

O produto já está em falta no mercado

No mês passado, a prefeitura de Bauru (SP) confirmou que a cidade passa por uma epidemia de dengue e a população está fazendo de tudo para espantar o mosquito transmissor da doença. Vale lembrar que, em dois meses, a cidade já ultrapassou o total de casos de todo 2014.
 
De acordo com a farmacêutica e proprietária de farmácia de manipulação, Paula Carazzatto, há uma substância que tem eficácia comprovada contra o Aedes aegypti, que é o etil-butil-acetil-aminopropionato. Porém, o produto está em falta no mercado. “O fabricante, que é alemão, não tem mais para fornecer e o distribuidor brasileiro chegou a vender 50 quilos em um dia”, relata.
 
Neste estabelecimento, as vendas aumentaram 100% entre fevereiro e março deste ano e há dezenas de clientes que aguardam a chegada do produto, que pode ser usado em crianças acima de seis meses e gestantes. “Vale lembrar que o fato de ser seguro do ponto de vista toxicológico não evita eventuais alergias”, explica a farmacêutica.
 
Segundo o dermatologista Ivander Bastazini, os repelentes funcionam de diversas maneiras, sendo que alguns têm odores desagradáveis apenas para os insetos e outros são compostos por substâncias, normalmente o DEET, que entopem os ferrões dos mosquitos e, com isso, evitam que as pessoas sejam picadas.
 
O médico pontua ainda que a citronela também funciona como repelente, mas não em grau elevado. “É um produto natural que também espanta os insetos, mas os outros repelentes que têm adição de algumas substâncias químicas afastam os mosquitos com mais intensidade”, argumenta Bastazini.

Jornal da Cidade / Guia da Pharmacia

Merck lança o app D’ella em comemoração ao Dia Internacional da Mulher

Foto: Reprodução
Aplicativo está disponível para IOS e Android

Com a correria do dia a dia, nada melhor do que utilizar a tecnologia para auxiliar nas atividades de rotina. A fim de reforçar que todo dia é Dia das Mulheres, a indústria farmacêutica alemã Merck acaba de lançar o D’ella, aplicativo que contribui para a saúde e beleza do público feminino em seu dia a dia.

Disponível gratuitamente para IOS e Android, o D’ella apresenta dicas sobre beleza e alimentação saudável, além de outras informações com foco na saúde da mulher.
 
O aplicativo permite ainda que você faça o controle dos ciclos menstruais e crie alertas para lembrar a hora da tomada de anticoncepcionais.
 
Há também as divertidas funções para fotos, que permitem customizar as imagens com filtros e compartilhar nas redes sociais Facebook e Instagram, além de possibilitarem a edição de imagem, corrigindo imperfeições e realçando a beleza feminina.

Para utilizar o D’ella, basta baixar o aplicativo no celular e configurar as informações pessoais.
 
Guia da Pharmacia

Manhã ou noite: descubra qual o melhor turno para você correr

Manhã ou noite: descubra qual o melhor turno para você correr Montagem sobre fotos/Agência RBS
Foto: Montagem sobre fotos / Agência RBS
Um turno não costuma ser melhor do que o outro para a prática de corrida. O determinante é o perfil do atleta
 
A decisão de começar a correr foi tomada. Os tênis, a roupa e os aplicativos já foram escolhidos. Mas eis que surge a dúvida: qual é o turno mais adequado para nosso corpo sair correndo por aí?
 
O dilema costuma ser entre iniciar o dia “no tranco”, com uma corrida logo cedo, ou deixar a atividade para mais tarde, quando o cansaço pode auxiliar na hora do sono. Educador físico e personal trainer, Junior Damini ressalta que essa é uma escolha pessoal, que varia de acordo com as tarefas desempenhadas durante o dia:
 
— Tem gente que prefere correr de manhã, pois está mais descansada. Mas também há quem prefira realizar a tarefa à noite, pois a corrida dá a sensação de libertação da carga de estresse de um dia de trabalho.
 
O segredo, segundo André Estrela, fisiologista e professor da PUCRS, é se conhecer: a personalidade é um fator fundamental para decidir o horário do treino. Ele afirma que quem acorda de mau humor tende a render menos pela manhã, por exemplo.
 
— É importante investigar isso, porque a corrida tem de ser algo a mais para o dia da pessoa, uma atividade prazerosa. Não uma obrigação — avalia o fisiologista.
 
E foi pensando na qualidade de vida que a bancária Bruna Trindade Machado, 26 anos, decidiu começar a correr há dois anos. Desde o último mês de dezembro, ela pratica a atividade junto a um grupo, à noite.
 
— Eu gosto mais de correr à noite porque não é tão quente e é o horário em que tenho mais disposição. Quando termino os treinos, me sinto relaxada, apesar da adrenalina — conta.
 
Adaptar a ingestão de calorias costuma ser o maior desafio
Quem teme ficar cansado durante o dia após correr pela manhã não deve se preocupar, garante Márcio de Avila Palermo, diretor-técnico de um clube de corrida. Segundo ele, os que optam pelas primeiras horas do relógio para a prática física “começam o dia mais dispostos, pois o treino não é feito para esgotar todas as energias da pessoa”. O personal trainer Felipe Boss, que coordena grupos de corrida à noite, escolheu realizar o próprio treino pela manhã.
 
— É o horário em que o meu metabolismo está mais acelerado e tem menos gente na pista — explica Boss.
 
Já a a professora Cláudia Dornelles Schneider, coordenadora do ambulatório de nutrição esportiva da UFCSPA, ressalta que o grande desafio de quem corre pela manhã é realizar a ingestão de calorias em quantidade compatível com o gasto energético que ocorrerá durante o treino. Ela dá a dica para balancear uma refeição: com três ou quatro partes de carboidrato para uma de proteína.
 
Manhã
Hidrate-se e alimente-se cerca de uma hora antes da corrida.
 
Quem não tem muito tempo para aguardar pode realizar a pré-digestão do alimento, ou seja, amassar a fruta ou colocá-la no liquidificador para auxiliar o organismo nesta função.
 
Faça uma refeição com fontes de carboidrato (pão, tapioca) e uma porção menor de proteína (queijo).
 
Evite a gordura e o excesso de carboidratos antes do treino, pois a digestão, nesse caso, é mais demorada.
 
É comum que haja desconforto durante uma corrida após a ingestão de leite. Para quem não abre mão da bebida, o indicado é consumi-la depois do treino.
 
Noite
Procure terminar sua corrida pelo menos duas horas antes do horário de dormir para que o sono não seja prejudicado.
 
Tome um banho com a temperatura de sua preferência. Isso auxilia no processo de relaxamento após a corrida.
 
Realize alongamentos tradicionais para que o corpo entenda que está na hora de descansar.
 
Na refeição após a corrida, preste atenção na velocidade de comer para que a saciedade ocorra com o volume ingerido adequado.

Zero Hora

O que causa a 'barriga de cerveja'?

Escolher os petiscos certos para acompanhar a cerveja, ajuda a evitar a barriga de chope
Escolher os petiscos certos para acompanhar a cerveja, ajuda
 a evitar a barriga de chope
Segundo estudos, não há nada específico na cerveja que cause gordura abdominal: as calorias que engordam vêm do álcool
 
Gelada, com amigos e no bar: beber cerveja muitas vezes é um prazer. Talvez por isso haja quem se orgulho de uma proeminente barriga "conquistada" a base de cerveja. 
 
Mas a bebida é realmente a responsável? O que de fato causa a famosa "barriga de cerveja"?
Segundo estudos científicos, não há nada específico na cerveja que cause gordura abdominal: as calorias que engordam vêm do álcool.
 
Trabalho extra
O problema de beber generosamente é que isso dá um grande trabalho extra para o fígado, que precisa se concentrar em queimar o álcool e eliminar suas toxinas, por assim dizer.
 
Isso significa deixam de passar pelo órgão outros alimentos que você possa estar ingerindo, como a gordura da carne, da batata frita e outros petiscos.
 
Além disso, um copo grande de cerveja tem cerca de 150 calorias. Se você soma o que pode vir a beber em uma saída com os amigos, vai perceber que existe aí um grande potencial de ganho de peso.

E, se a isso juntamos uma dieta rica em gorduras e carboidratos, a combinação é infalível: você terá uma barriga de cerveja.
 
Metabolismo lento
Mas por que este sobrepeso se concentra na área abdominal? Depois dos 35 anos, o metabolismo do organismo fica mais lento, o que torna difícil queimar tantas calorias.
 
No caso das mulheres, os quilos extras tendem a se acumular nos quadris, músculos e no bumbum. Por sua vez, os homens costumam acumular gordura ao redor da cintura.
 
Mas, para todos os amantes da cerveja que buscam se desfazer de sua barriga, há um segredo que não é nada secreto e, além de tudo, é simples, segundo o especialista em nutrição Steve Miller.
 
"A barriga será tão grande quanto o que excesso de comida ou bebida e a falta de exercícios." Por isso, o melhor para perder a barriga é beber com moderação, evitar alimentos gordurosos e manter-se em forma fisicamente.
 
BBC Brasil /iG

Entenda o que é bruxismo e saiba quais os caminhos para o tratamento

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Thinkstock
Já ouviu falar do bruxismo? Se, quando acorda, você sente a mandíbula dolorida ou sente muita dor de cabeça, preste atenção. Estes são sinais de que você pode estar sofrendo de bruxismo, um ranger ou forte apertar dos dentes durante o sono
 
Segundo a cirurgiã-dentista Renata Rebuffo, o bruxismo é um distúrbio da articulação responsável pela abertura e fechamento da boca. “Muitas vezes pode acontecer durante o dia também”, esclarece.
 
Ela explica que o distúrbio pode aparecer em qualquer idade. “O problema, normalmente, está associado a causas emocionais, como estresse. Por isso, depende da fase da vida da pessoa e do que ela está passando no momento. Pesquisas mostram que é mais comum em homens do que em mulheres”, conta.
 
Consequências
A primeira consequência é a dentária. “O desgaste excessivo, que gera a exposição dentinária, causa hipersensibilidade. A dentina possui tubos dentinários, que são os canais que vão levar sensação de frio, calor e dor para o nervo do dente”, diz.
 
De acordo com ela, em alguns casos os dentes chegam a se quebrar. “Às vezes, acontecem retrações na gengiva, com desgastes da dentina, formando degraus nos dentes. A pessoa também pode ter a boca travada e não conseguir mais fechá-la até se acalmar e relaxar”, afirma.
 
Sintomas
Os mais frequentes são dores de cabeças constantes, dificuldade ao abrir a boca, dores nas articulações, na musculatura bucal e dor nos dentes. Também pode acontecer uma inflamação no nervo do dente e no canal dentário. “Essa inflamação é chamada pulpite reversível, pois ao combater o bruxismo, a dor cessa. Outro sintoma clínico que dá para ser detectado durante a consulta odontológica é o desgaste das cúspides dos dentes, ou seja, do esmalte, o que pode causar até mesmo a exposição da dentina”, reforça.
 
Tratamento
A especialista explica que é muito difícil acabar de vez com o bruxismo. “O tratamento, geralmente, é multifatorial: envolve dentista, psicólogo, homeopatia e às vezes até fisioterapeuta. Normalmente, o bruxismo não tem cura, mas isso não impede que seja controlado”.
 
O bruxismo pode estar associado à ansiedade e, como é durante o sono, não é fácil de notar. Segundo Renata, é importante deixar o paciente em observação e indicar o tratamento certo, que geralmente é feito com placas relaxantes de acrílico ou acetato. “Em alguns casos, será recomendado o uso de remédios, do botox, da placa e, às vezes, tudo isso em conjunto”, completa.
 
Universo Jatobá