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quinta-feira, 29 de junho de 2017

Luta contra o diabetes entra em uma nova era

Estudo apresentado em congresso nos Estados Unidos mostra eficácia de medicamento que reduz risco de eventos cardiovasculares e incidência de crises de hipoglicemia em pacientes graves 

Por Ellen Cristie

San Diego, Califórnia – Medicamentos com maior mecanismo de ação, atendimento personalizado ao paciente e uma visão mais refinada sobre as complicações do diabetes. Reunidos durante cinco dias em San Diego, na Califórnia, mais de 16 mil médicos e pesquisadores de 112 países participaram da 77ª edição das Sessões Científicas da Associação Americana de Diabetes e apontaram um novo momento para o tratamento do diabetes, doença que afeta 415 milhões de pessoas em todo o planeta.

Entre as novidades apresentadas durante o congresso, dois estudos chamaram a atenção da comunidade médica e prometem impulsionar novas descobertas para o tratamento de pacientes com diabetes. Ambos cumprem as normas do órgão regulador de saúde dos Estados Unidos – o Food and Drugs Administration (FDA), que nos últimos anos exige que todo medicamento prescrito para o controle do diabetes seja seguro do ponto de vista cardiovascular, ou seja, não contribua para o aumento de casos de doenças cardiovasculares, principal causa de mortes por diabetes, correspondendo a 60% dos óbitos de pacientes com a doença.

Um dos estudos, o Devote, comparou duas insulinas basais: o uso da degludeca e da glargina, durante dois anos, em 7.637 pacientes adultos com diabetes tipo 2 com alto risco de doenças cardiovasculares. Destes, 303 foram brasileiros captados em 10 centros de pesquisa. Os resultados foram positivamente surpreendentes. “A degludeca reduziu em 40% a taxa de hipoglicemia grave e em 53% a hipoglicemia noturna”, explica o cardiologista José Francisco Kerr Saraiva, professor titular de cardiologia da Faculdade de Medicina da PUC-Campinas e coordenador de Normatizações e Diretrizes da Sociedade Brasileira de Cardiologia.

A hipoglicemia ocorre quando os níveis de açúcar (glicose) no sangue estão abaixo dos índices considerados normais, ou seja, menores que 70mg/dl. A hipoglicemia é apontada como a principal complicação decorrente do uso da insulina, podendo levar à morte.

Nos casos mais graves, como no período noturno, o paciente com diabetes pode dormir e ser acometido de convulsões, alterações na pressão arterial, arritmias graves que podem anteceder à parada cardíaca, infarto do miocárdio, transtornos neurológicos e óbito, caso não seja socorrido a tempo.

Para José Francisco, assim como o diabetes, a hipoglicemia - dada a sua gravidade - é uma questão social que envolve não só o estilo de vida do paciente. “É também um problema dos médicos que precisam se aprofundar no assunto, do governo que precisa priorizar a saúde, das famílias que não se envolvem com o momento correto da alimentação do diabético, dos pais que comem açúcar na frente dos filhos diabéticos, dos cuidadores, enfim, de todos os envolvidos com os cuidados desse paciente”, comenta.

Marco no Tratamento
Outro estudo apresentado durante o congresso foi o programa Canvas, que demonstrou a eficácia da canagliflozina na prevenção de eventos cardiovasculares. A pesquisa contou com mais de 10 mil pacientes com diabetes tipo 2 de 30 países e o medicamento reduziu em 14% o risco de doenças cardiovasculares e em 33% o risco de hospitalizações em decorrência de insuficiência cardíaca, além de impactar a progressão da doença renal e diminuir os níveis de açúcar no sangue.

A droga também mostrou-se eficaz na redução da pressão arterial e na perda de peso. Segundo Vlado Perkovic, diretor do The George Institute, na Austrália, e co-autor do estudo, os resultados podem ser considerados um marco no tratamento do diabetes tipo 2. “A canagliflozina não somente reduziu o risco de doenças cardíacas como também oferece proteção contra insuficiência renal, problema que afeta milhares de pessoas com diabetes.”

Palavra de especialista
Freddy Goldberg Eliaschewitz, endocrinologista, líder nacional do estudo Devote e diretor do Centro de Pesquisas Clínicas (CPClin)

Resultado relevante “A hipoglicemia não é apenas um incômodo que o paciente com diabetes sente. Ela é um fator de risco da doença e a principal barreira para que o indivíduo consiga alcançar o controle metabólico de seu organismo. É por isso que os resultados do Devote são relevantes. Além de ser um estudo com baixa taxa de abandono, menos de 2% dos pacientes deixaram o tratamento, comprovou-se que a insulina degludeca é eficiente na redução de casos de hipoglicemia e na consequente diminuição de complicações cardiovasculares nos pacientes. Existem entre 10 milhões e 14 milhões de brasileiros com diabetes tipo 2.

Longo Caminho a Percorrer no Brasil
Embora as pesquisas sobre o diabetes tenham evoluído a passos largos nos últimos anos - tendo a tecnologia como aliada - com medidores de glicose cada vez mais modernos, canetas aplicadoras de insulina e bombas de infusão quase indolores - não há como negar que o Brasil ainda tem um longo caminho a percorrer no que se refere ao atendimento adequado ao paciente.

Segundo o endocrinologista Rodrigo Moreira, da diretoria da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia e coordenador científico do ADA pela Sociedade Brasileira de Diabetes, é possível encontrar no Brasil praticamente todos os remédios existentes em países desenvolvidos, como os EUA.

“Temos liraglutida, dulaglutida, empagliflozina, canagliflozina e dapagliflozina, ou seja, quase tudo o que os EUA têm, com duas exceções, e com a diferença de que lá o governo oferece essa gama de medicamentos gratuitamente. No Brasil, não”, comenta.

O custo de um paciente diabético que usa remédios e insulina no Brasil pode variar de R$ 150 a R$ 300 por mês, sem contar os equipamentos eletrônicos que facilitam a vida dos pacientes. “Apesar de estarem disponíveis, atendem apenas uma pequena parcela da população.”

Inimigo Desconhecido
Rodrigo Moreira enfatiza que o quadro de diabetes no Brasil torna-se preocupante à medida que as estatísticas crescem. “Existem entre 10 milhões e 14 milhões de brasileiros com diabetes tipo 2. E estima-se que a metade não sabe que tem diabetes e o problema já começa aí.”

Ele explica que ter a glicose alta (veja tabela) não significa necessariamente que o paciente vá ter ou perceber os sintomas. Muitas vezes, a doença é assintomática, mesmo que a pessoa apresente índices de glicemia entre 150 e 250. “Ao ser diagnosticado, o que pode demorar entre 3 e 5 anos até que ele chegue ao consultório, a glicose alta do paciente de diabetes tipo 2 já está atacando os olhos, o rim, o nervo, as artérias.” O endocrinologista ressalta que outro erro é atrelar o diabetes somente ao açúcar. “As pessoas se esquecem do arroz, do macarrão, da farinha etc.”

O que mais impressiona é que um simples exame de sangue é um indicativo para o quadro de diabetes e, mesmo apresentando índice glicêmico elevado, muitas pessoas preferem seguir em frente, sem procurar tratamento. “Há duas formas de tratar o diabetes: o paciente pode simplesmente ter glicose alta, tomar remédio e não fazer nada. Passado um tempo, a dose de medicação aumenta e ele continua sem fazer nada. Vira uma bola de neve. Ou ele pode se cuidar e ter qualidade de vida com alimentação balanceada e atividade física regular”, completa Rodrigo Moreira. * A jornalista viajou a convite da Novo Nordisk.

Glicose no Sangue Níveis para o resultado do exame de glicemia em jejum
  • Até 99mg/dl - normal
  • Entre 100 e 126mg/dl - pré-diabetes
  • Acima de 126mg/dl - diabetes
* A jornalista viajou a convite da Novo Nordisk.

Foto: Reprodução

Saúde Plena

Lei que proíbe fumar em locais fechados ajudou a reduzir quase 800 mortes em SP

Penalidade para quem descumprir a lei vai desde multa de R$ 1.253,50 até o fechamento do estabelecimento por 30 dias se houver caso de reincidência

No mês em que é celebrado o oitavo aniversário da Lei Antifumo no Estado de São Paulo, os paulistas terão bons motivos para comemorar: desde que a norma foi implementada, em 2009, o número de doenças provocadas pelo tabagismo diminuíram, e a quantidade de óbitos por essas enfermidades também foi menor.

Uma análise feita em um período de 17 meses constatou que a lei que restringe o público de fumar cigarros e seus derivados em ambientes parcialmente ou totalmente fechados foi responsável por evitar quase 800 óbitos, sendo 571 mortes por infarto e 228 mortes por acidente vascular cerebral. As informações são da tese de doutorado da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, finalizada em outubro do ano passado.

O Instituto do Coração (Incor) do Hospital das Clínicas da FMUSP constatou que a aplicação da lei teve impacto na redução do número de internações por doença cardiovascular e acidente vascular cerebral. Os resultados apontam que, entre agosto de 2005 e julho de 2009, a queda no número de internações por essas enfermidades era de 1% ao ano. Já, de agosto de 2009 a julho de 2010, essa queda foi três vezes mais rápida, atingindo 3% ao ano.

A lei, pioneira no Brasil na época, proíbe o uso de cigarros, cigarrilhas, charutos, cachimbos ou qualquer outro produto fumígeno em ambientes total ou parcialmente fechados. Criticada por muitos fumantes nos primeiros meses de implementação, hoje já é vista como algo natural para a população paulista.

Multa
Raros são os ambientes que descumprem essa norma, que prevê multa de R$ 1.253,50 para o estabelecimento que não aderirem a prática, e que dobra o valor em casos de reincidência.A terceira vez que a irregularidade for constatada, o local é interditado por 48 horas e, na quarta, é fechado por 30 dias.

A Secretaria de Estado da Saúde informou que até meados de maio deste ano, mais de 3.700 multas foram aplicadas, em mais de 1,7 milhão de inspeções realizadas. O índice de cumprimento da legislação é de 99,7% nos estabelecimentos, desde que a norma entrou em vigor. As regiões com maior número de infrações foram a capital, com 1.043 multas, seguida pela Baixada Santista, com 339 penalidades e o Grande ABC, com 301 locais irregulares.

Para a professora Laura Franco, 38 anos, e fumante há 15, no início foi difícil se acostumar, mas hoje reconhece os benefícios da lei. “Estávamos acostumados a encontrar os amigos no bar e fumar enquanto comíamos e bebíamos. Com a proibição, até deixei de frequentar certos lugares, que demoraram um pouco para se adaptarem com áreas para fumantes. Mas, depois de um tempo percebi que meu cigarro poderia estar atrapalhando algumas pessoas e dessa forma [com a Lei Antifumo] ficava mais justo para todos”, finalizou

Tabagismo
O Ministério da Saúde afirma que, conforme muitos estudos já comprovaram, o tabagismo é responsável por 25% das mortes por angina e infarto do miocárdio, 90% dos casos de câncer no pulmão, 25% das doenças vasculares e 30% das mortes decorrentes de outros tipos de câncer. Segundo o órgão, o fumo passivo também é um problema sério que atinge pessoas que, mesmo não sendo consideradas fumantes, acabam ficando expostas à fumaça dos derivados do tabaco quando convivem com fumantes em ambientes fechados.

“Os fumantes passivos sofrem os efeitos imediatos da poluição tabagista ambiental, tais como: irritação nos olhos, tosse e dor de cabeça. A possibilidade de ocorrer problemas cardíacos se torna maior, como por exemplo, a elevação da pressão arterial. As crianças de baixa idade, em especial, são as mais prejudicadas em sua convivência com fumantes”, esclarece a pasta.

iG

Novas tecnologias no cuidado aos pacientes é tema de congresso internacional do CBA/JCI

Entre os dias 17 e 19 de setembro, acontece, no Rio de Janeiro, o IV Congresso Internacional CBA 2017. Promovido pelo Consórcio Brasileiro de Acreditação (CBA) em parceria com a Joint Commission International (JCI), maior agência verificadora da qualidade em saúde do mundo com mais de 960 instituições acreditadas, o evento tem como tema Saúde 2.0: tecnologias emergentes e a qualidade do cuidado

Estarão em debate durante o Congresso as inovações na gestão dos hospitais, o uso de inteligência artificial e sistemas de apoio à decisão clínica e de grandes bancos de dados com enfoque clínico, dispositivos e sistemas de monitoramento remoto de pacientes, telemedicina, diagnósticos, consultoria e educação continuada à distância, entre outros.

O evento vai contar com importantes especialistas da área nos painéis e conferências programados. O professor de Medicina de Harvard e ex-presidente da International Society for Quality in Health Care (ISQua), David Bates (EUA), vai fazer, no dia 18, um panorama geral sobre o tema do Congresso, com comentários do Superintendente do Hospital Israelita Albert Einstein (SP), Miguel Cendoroglo.

Ainda na segunda-feira, o CEO da United Health Group Brasil e ex-presidente do Hospital Israelita Albert Einstein, Cláudio Lottemberg, ministrará Conferência Magistral sobre tecnologia aplicada ao cuidado da saúde. John Li, epidemiologista e diretor do Research and Analysis Company – Optum (Inglaterra), companhia de inovação e serviços de saúde, fará um painel sobre a análise de dados e modelagem preditiva, sistema de suporte a decisões que utiliza estatísticas e modelos matemáticos para prever resultados futuros, na estratificação do risco em instituições de saúde.

No último dia de evento, a exposição da CEO da JCI, Paula Wilson (EUA), sobre o tema geral do Congresso e suas implicações no processo de acreditação abre a programação e vai contar com comentários do coordenador de desenvolvimento e Tecnologias Emergentes do Hospital Alemão Oswaldo Cruz (SP), Jefferson Gomes Fernandes, e da coordenadora da Qualidade do Hospital José de Almeida (Grupo Lusíadas – Portugal), Ana Rafaela Prado.

Pré-Congresso
No dia 17 de setembro, acontecem três cursos livres, ministrados por especialistas do CBA, no chamado pré-Congresso. Os cursos vão abordar os temas Introdução aos Padrões do Manual de Cirurgia Segura do CBA e do Colégio Brasileiro de Cirurgiões (CBC); Introdução aos Padrões do Manual de Acreditação de Operadoras de Planos de Saúde e Introdução à Acreditação Hospitalar (6a Ed. Manual de Padrões de Acreditação da Joint Commission International para Hospitais).

Sessão de Pôsteres
Até o dia 14 de agosto, a organização do IV Congresso Internacional CBA 2017 está selecionando trabalhos científicos, que farão parte de uma publicação científica oficial e indexada do CBA e serão apresentados como pôsteres digitais, em uma sessão específica, durante a programação do evento. Os trabalhos devem ser elaborados dentro do tema geral do Congresso, conforme as categorias: Processos clínicos/assistenciais; Processos administrativos/gerenciais e Processos de educação de pacientes e colaboradores.

Os trabalhos serão selecionados pelo Comitê de Ensino do CBA, segundo os critérios de Inovação/Relevância, Consistência, Impacto e Origem. A divulgação dos selecionados será feita até o dia 1º de setembro.

Como se inscrever?
Para mais informações sobre o pré-Congresso e o IV Congresso Internacional CBA 2017, inclusive sobre as inscrições de trabalhos científicos, acesse o site http://eventos.cbacred.org.br/congresso-internacional-2017/ ou entre em contato pelo e-mail cba@cbacred.org.br ou pelo telefone (21) 3299-8200. O evento acontece no Windsor Barra Hotel, localizado na Avenida Lúcio Costa, 2.630, Barra da Tijuca, Rio de Janeiro.

Foto: Reprodução

Nathália Vincentis
Jornalismo
sbcomunicacao.com.br

quarta-feira, 28 de junho de 2017

Cuidados podem evitar propagação de doenças em casos de desastres naturais

enchentes1Além do apoio com medicamentos e insumos do governo federal para cuidar da saúde da população vítima das enchentes, é importante manter outros cuidados pessoais e no ambiente para impedir o ciclo de alguns problemas

A ocorrência de um desastre natural prejudica o funcionamento de uma comunidade ou sociedade. Recentemente, com as chuvas fortes em Pernambuco e Alagoas, 65 municípios foram atingidos deixando mais de 75 mil pessoas desabrigadas e/ou desalojadas, com perdas irreparáveis.

Os desastres de origem natural podem gerar problemas de saúde pública ou interrupção de serviços públicos. Entre eles, estão: contaminação da água, do solo e do ar, desalojamento da população de seus locais de residência e comprometimento ou interrupção dos serviços públicos essenciais, principalmente abastecimento de água.

Esses transtornos podem ocasionar óbitos, ferimentos, traumas, confusão mental, maior risco de diversas doenças infecciosas, como leptospirose, hepatite A, diarreias, dengue, tétano acidental, febre tifoide, cólera, doenças respiratórias e acidentes com animais peçonhentos.

Com o objetivo de fortalecer a assistência prestada à população dos 65 municípios afetados pelas enchentes em Pernambuco e Alagoas, o governo federal, por meio do Ministério da Saúde, enviou 51 kits de emergência aos dois estados. Os 51 kits correspondem a cerca de 13 toneladas de medicamentos e insumos. Cada kit atende até 500 pessoas por três meses.

Diante de um desastre natural, a Portaria nº 2.365, de 18 de outubro de 2012, define que os estados e municípios podem solicitar suplementação de medicamentos e insumos ao Ministério da Saúde, caso não tenham condições de atender a população local.

O kit é composto por 30 itens de medicamentos (analgésicos, antibióticos, antihipertensivos, antinflamatórios, antiparasitários, antiulcerosos, broncodilatadores, dermatológicos, diuréticos, eletrólitos e soluções, hipoglicemiante oral, reposição volêmica, antibacteriano), e 18 itens de insumos estratégicos (ataduras, cateteres, compressas, equipos, esparadrapos, luvas, máscaras e seringas). Os medicamentos e insumos enviados vão beneficiar a população que vive nos municípios atingidos.

No caso de desastres naturais, além do uso de medicamentos e insumos, fornecidos pelo por público, alguns cuidados também podem ser tomados pela população para prevenir riscos à saúde.

Confira algumas orientações do Ministério da Saúde:

Contaminação da Água
Nas situações de desastres, o sistema de abastecimento de água de um município pode ser atingido e inviabilizar o abastecimento de água por meio da rede de distribuição.

Assim, é necessário a indicação de uma outra forma de abastecimento de água para consumo humano segura para abastecer a população, até que a situação se restabeleça.

Além disso, algumas doenças podem se propagar facilmente em decorrência da contaminação da água e dos alimentos e, ainda, da proliferação de vetores. A água contaminada com patógenos pode causar doenças, tais como: cólera, diarreia, febre tifoide, hepatite tipo A, giardíase, amebíase, verminoses, leptospirose, entre outras.

Assim, a limpeza e da caixa d’água da residência ou do abrigo podem evitar a contaminação da água e, consequentemente, a propagação de doenças para população.

Veja como proceder:

Limpeza e Desinfeção de Caixa D’água Pós enchente
Este procedimento deverá ser realizado caso o sistema de abastecimento de água ou a caixa-d’água tenham sido afetados. Utilize luvas e botas de borracha.

• Feche a entrada de água para a caixa-d’água. Comece a esvaziar a caixa-d’água. Quando a caixa estiver quase vazia, restando mais ou menos um palmo de água no fundo, feche a saída com um pano e utilize a água que restou para a limpeza da caixa d’água e para que a sujeira não desça pelo cano.
• Esfregue as paredes e o fundo da caixa utilizando panos, escova ou esponja. Não usar sabão, detergente e nem esponja de aço.
• Retire a água suja que restou da limpeza com balde e panos, deixando a caixa-d’água totalmente limpa.
• Deixe entrar água na caixa até encher e acrescente 1 litro de água sanitária para cada 1.000 litros de água.
• Abra as torneiras da residência e deixe escoar um pouco de água para que a canalização seja preenchida com a solução clorada.
• Aguarde por duas horas para que ocorra a desinfecção da caixa d ́água e canalização.Esvazie totalmente a caixa, abrindo todas as torneiras. Essa água poderá ser utilizada para a limpeza do domicílio.
• Tampe a caixa-d’água para que não entrem animais, insetos ou sujeira.
• Abra a entrada de água.
• Anote a data da limpeza e desinfecção do lado de fora da caixa-d’água. A limpeza e a desinfecção deverão ser realizadas minimamente a cada seis meses ou quando necessário. 

Acidentes por Animais Peçonhentos
Assim como o homem em situações de alagamentos, os animais passam a procurar abrigo em locais secos. Alguns animais peçonhentos (como serpentes, aranhas e escorpiões) podem adentrar residências, aumentando, assim, os riscos de acidentes. Ao retornarem às suas moradias, tenham atenção à presença desses animais. Este aviso vale principalmente para a população que mora nas proximidades de áreas verdes e com matagais, cuja atenção deve ser redobrada. Alguns cuidados são essenciais no retorno para casa.

• Evite contato com a água, mas caso seja necessário, esteja atento, pois as serpentes podem estar se deslocando em busca de terra seca. Nas regiões de rios aumentam os riscos de acidentes com animais peçonhentos.
• Ao voltar para casa, entre com cuidado, inspecionando todos os lugares, verificando a presença de animais peçonhentos.
• Sacuda roupas, sapatos, toalhas, lençóis e bata os colchões antes do uso.
• NÃO coloque as mãos em buracos ou frestas. Utilize ferramentas (como enxadas, cabos de vassoura e pedaços de madeira compridos) para mexer em móveis.
• NÃO ande descalço! Limpe o interior e os arredores da casa tomando sempre o cuidado de utilizar botas ou calçados rígidos, com perneira, tendo a certeza de proteção pelo menos até o joelho.
• Durante a limpeza, tome cuidado ao tocar ou pegar qualquer objeto. Fique atento(a) para a presença de serpentes, escorpiões, aranhas e outros animais peçonhentos nas superfícies ou nos cantos.
• Caso detecte a presença de algum animal peçonhento dentro de sua residência, afaste-se lentamente (sem assustá-lo) e entre em contato com a autoridade competente.
• Não toque em animais peçonhentos, nem nos que pareçam estar mortos.

Doenças Infecciosas Respiratórias
Entre as doenças transmissíveis relacionadas a desastres estão as que são transmitidas de pessoa a pessoa, como gripe, sarampo, meningite e tuberculose.

Para evitar o problema alguns cuidados pessoais e com o ambiente também podem ajudar:

Dentro de Casa
Observar para que os quartos ou dormitórios tenham as seguintes condições ambientais:

• Caso tenha algum sistema de refrigeração de ar, deixá-lo com a máxima entrada de ar fresco, bem como manter o sistema com limpeza adequada e realizar a manutenção periódica das redes de filtros. • Estabelecer um plano de limpeza e desinfecção diária de todas as superfícies de mobílias, corrimãos, puxadores de porta e outros equipamentos. Após a limpeza e desinfecção, secar completamente todas as superfícies.

Cuidados pessoais
Lavar as mãos, com água e sabão, principalmente depois de:

• Tossir ou espirrar.
• Após usar o banheiro.
• Antes das refeições.
• Antes de tocar os olhos, boca e nariz

Sempre que tossir ou espirrar, proteja a boca e o nariz com um lenço de papel. Caso não tenha lenço de papel, use a dobra interna do cotovelo. Caso apresente febre, tosse e/ou dor de garganta, procure imediatamente o posto de saúde ou a unidade de saúde.

Blog da Saúde

Piso Nacional Farmacêutico de R$ 4.800,00

O e-Cidadania é um portal criado em 2012 pelo Senado Federal com o objetivo de estimular e possibilitar maior participação dos cidadãos, nas atividades legislativas, orçamentárias, de fiscalização e de representação do Senado

É uma ferramenta isenta de qualquer ligação com partidos políticos, que tem como objetivo a participação cidadã de forma mais direta e efetiva do processo legislativo.

Ideia Legislativa
Foi criada com o intuito de estabelecer conexão entre o povo e a casa legislativa, dando ao cidadão um meio de sugerir novas propostas de leis, altere as que já existem ou aperfeiçoe a Constituição.

As sugestões ficam disponíveis para votação popular durante quatro meses e as ideias que recebem 20 mil apoios são encaminhadas à Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH), onde são formalizadas como Sugestões Legislativas para serem debatidas pelos senadores e receberem parecer.

A Ideia Legislativa em questão tem como proposta a regulamentação do Piso Nacional no valor de R$ 4.800,00 para os farmacêuticos.

Para votar favorável acesse: www12.senado.leg.br

Curso gratuito aborda emergências cirúrgicas e urológicas

CIEM Pediátrico - Centro Integrado de Emergências MédicasJá estão abertas as inscrições para o terceiro módulo do curso de Emergências Médicas, oferecido pelo Hospital São Vicente de Paulo (HSVP) para médicos e estudantes de Medicina. Programadas para os meses de julho e agosto, as aulas vão abordar temas ligados à cirurgia e à urologia

Nos dias 11 e 25 de julho, os temas discutidos serão Abdome Agudo e Emergências em Cirurgia Oncológica, respectivamente. Já nos dias 15 e 29 de agosto, as palestras serão sobre Hemorragia Digestiva Alta e Baixa e Emergências Urológicas.

Ministrada pelo chefe do serviço de Cirurgia Hepatobiliar do HSVP, Douglas Bastos, a primeira palestra abordará a dor abdominal aguda, ou seja, aquela que se inicia de forma rápida e inesperada. “Essa é uma das queixas mais frequentes dos pacientes nas emergências médicas e pode ser um sintoma relacionado à diversos diagnósticos, como por exemplo, apendicite aguda ou colecistite”, explica o médico, que é membro da comissão científica do Centro de Estudos do HSVP.

Segundo Bastos – que tem título de especialista em Cirurgia do Aparelho Digestivo pelo Colégio Brasileiro de Cirurgia Digestiva e mestrado pelo Centro de Ciências da Saúde do Instituto Israelita de Ensino e Pesquisa Albert Einstein –, as aulas do curso de Emergências Médicas promovem o debate acerca dos temas que são as maiores demandas das grandes emergências. “Ao abordar esses assuntos por profissionais com grande experiência e que atuam no dia a dia do HSVP, colocamos alunos e médicos recém-formados em contato com uma prática assistencial de excelência e atualizada. Dessa forma, temos um espaço valioso para atualização e debate, além da oportunidade de expormos situações práticas e dúvidas cotidianas”, completa Bastos.

As inscrições são gratuitas e devem ser feitas antecipadamente pelo telefone (21) 2563-2147 ou pelo e-mail comunicacao@hsvp.org.br. As aulas acontecem, sempre às 18h, no Centro de Convenções Irmã Mathilde, na sede do HSVP, que está localizado na rua Dr. Satamini, 333, Tijuca, Rio de Janeiro. Vagas limitadas!

Foto: Reprodução

Nathália Vincentis
Jornalismo
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terça-feira, 27 de junho de 2017

Aumentam estatísticas de acidentes com queimaduras no período das férias

QueimaduraA garotada tem muito a comemorar com a chegada do mês de junho

É que com ele chegam as festas caipiras e, no próximo mês, os pequenos estarão de férias escolares. Com isso, os pais precisam ficar em alerta para evitar acidentes graves como queimaduras.

Nas festas caipiras os acidentes podem ocorrer com o uso de balões inflamáveis, fogueiras e caldos quentes, e as férias escolares das crianças, quando muitas delas soltam pipas às vezes em locais com fios de alta tensão, são fatores que podem contribuir para o crescimento de ocorrências neste mês.

O manuseio incorreto de líquidos quentes como óleo e água, são alguns dos vilões que provocam acidentes dentro de casa.

É preciso destacar que as crianças são vítimas mais frágeis a uma queimadura pelo fato de a pele ser mais fina e haver uma camada de gordura menor que nos adultos, deixando os órgãos mais perto da pele, o que pode agravar o ferimento.

No Hospital Estadual Infantil de Vitória (HEINSG), ano passado 167 crianças foram internadas no Centro de Tratamento de Queimados (CTQ) da unidade hospitalar. Este ano, o número de internações até a última segunda-feira (19) já chega a 103 casos.

De acordo com o cirurgião plástico e coordenador do CTQ, Fábio Pimenta, 80% dos casos que chegam ao hospital são por escaldadura por água fervente. Já a segunda principal causa de queimaduras acontece com óleo, em adolescentes, na cozinha.“A maioria das queimaduras acontece no ambiente doméstico (70% a 80%) e pode ser evitada”, disse.

Ele destacou ainda que muitas crianças de colo sofrem queimaduras enquanto as mães estão com elas realizando atividades domésticas na cozinha.“Nessas situações é comum as mães derramarem alimentos e/ou água quente sobre as mesmas ou as crianças (pela proximidade) batem com as mãozinhas nos utensílios domésticos e derrubam sobre elas mesmas. A maioria são queimaduras graves e profundas, geralmente em crianças de colo que se queimaram enquanto a mãe preparava algo no fogão. São situações preocupantes”.

No Hospital Estadual Dr. Jayme Santos Neves, na Serra, somente no ano passado foram 882 pessoas foram classificadas com algum tipo de queimadura, e 239 foram internadas.

Este ano, até maio,392 pessoas foram classificadas com queimaduras, e 104 precisaram de internação.

Dicas para evitar acidentes

Nas festas caipiras:
  • Não fornecer fogos de artifícios a menores. Os fogos de artifício e afins devem ser manuseados apenas por profissionais.
  • Mantenha as crianças longe das fogueiras. O melhor é que a diversão aconteça com a pescaria, o jogo de argolas, o pula-pula, acertar a boca do palhaço, entre outros.
Em casa
  • Crianças devem ficar longe do fogão, de preferência fora da cozinha quando o fogão estiver sendo utilizado. Os pais devem ficar atentos às atividades dos filhos.
  • Os cabos das panelas devem ser virados para a parte de dentro do fogão e, se for ferver ou fritar algum alimento, é preferível usar as bocas do fundo do fogão. Isso diminui o risco de a criança esbarrar nas panelas.
  • As tomadas devem ser tapadas, os fios desencapados devem ser protegidos, e os famosos “gatos” evitados, pois podem ser a causa de incêndios e curtos-circuitos. Além de evitar fios soltos pela casa ligados em tomadas.
  • Materiais inflamáveis devem ser mantidos à distância das crianças ou, de preferência, evitados em casa pelos pais. É preferível trocar o álcool líquido pelo mesmo produto em gel, pois este é menos inflamável.
  • As crianças devem ser orientadas durante as brincadeiras. Por exemplo, não devem soltar pipas perto de fios de alta tensão porque, além de causar queimaduras muito graves, pode levar a pessoa à morte. Os campos abertos e sem postes são os locais adequados para isso.
  • Manter a torneira do gás fechada quando o fogão não estiver sendo utilizado e, de preferência, colocar a botija de gás do lado de fora da casa.
 Em caso de acidentes
  • Caso seu filho se queime, não passe nada no local afetado. Pomadas, pasta de dentes, manteiga, clara de ovos ou outras receitas caseiras podem prejudicar mais ainda a ferida.
  • Lave a região por 10 minutos em água corrente e busque atendimento médico.
  • Se a chama atingir as roupas, a vítima deve deitar no chão e rolar. Quem estiver por perto deve cobri-la com um lençol ou pano molhado e levá-la imediatamente ao hospital.
  • Não estoure as bolhas, pois há risco de infecção.
Dados
Hospital Estadual Infantil Nossa Senhora da Glória
  • Em 2016, foram internadas 167 crianças com queimaduras. Este ano, esse número era de 103 até o dia 19 de junho.
  • 80% dos casos de queimaduras em crianças são por escaldadura por água fervente.
  • Nos adolescentes a principal causa de queimaduras é com óleo quente.
  • 70% a 80% das queimaduras que vitimam crianças acontecem dentro de casa.
Hospital Jayme dos Santos Neves
  • Em 2016, foram 882 casos classificados como queimaduras atendidos no Hospital. Foram realizadas 239 internações por queimaduras na unidade hospitalar.
  • Este ano, o hospital já registrou 392 casos classificados como queimaduras e realizou 104 internações por queimaduras.
Fonte: Assessoria de Comunicação da Secretaria de Estado da Saúde

ONU alerta para crescimento do mercado e da variedade de drogas

Em seu relatório, a Organização destacou que há mais tipos de drogas e que estas estão ainda mais disponíveis e potentes

A ONU divulgou nesta quinta-feira o Relatório Mundial sobre Drogas 2017, que mostra que no mundo há mais tipos de drogas e estas estão mais disponíveis e são mais potentes, enquanto o número de consumidores se mantém estável há cinco anos em 250 milhões de pessoas, 5% da população do planeta. Este “florescimento” do mercado das drogas é o aspecto mais destacado do relatório, divulgado em Viena, que aponta que 29,5 milhões pessoas têm transtornos graves pelo consumo dessas substâncias.

Só uma em cada seis pessoas que precisam de tratamento por estes transtornos recebe assistência, a maioria nos países desenvolvidos, critica o documento. “Aumentou a situação de risco para a saúde pela diversificação e a potência de novas substâncias”, explicou Angela Me, coordenadora do relatório, em uma coletiva de imprensa em Viena. A especialista usou como exemplo o fentanil, um novo analgésico em pó 50 vezes mais potentes que a heroína e que causou numerosas overdoses nos EUA nos últimos anos.

“O mercado das drogas continua evoluindo e o número de substâncias segue aumentando”, acrescentou Me, que explicou que a situação muda a uma velocidade tão rápida que é um grande desafio dar uma resposta legal ao mesmo ritmo. Também surgem novas substâncias psicotrópicas que imitam drogas tradicionais de origem vegetal, como os canabinóides sintéticos, que são um risco, porque são muito mais potentes e sua composição pode ser especialmente nociva. Entre 2009 e 2016, a ONU contabilizou 739 destas substâncias, que aparecem e desaparecem com muita rapidez e cujos componentes químicos variam muito.

A ONU calcula que em 2015 houve pelo menos 190 mil mortes no mundo por uso de drogas, um cálculo muito conservador se for considerado que só nos EUA morreram neste mesmo ano 52,4 mil pessoas por overdose. O grupo de drogas mais letais e daninhas são os opioides, como a heroína e os seus análogos sintéticos, que causam, por overdose, a maior parte das mortes. O seu consumo com seringas é além disso especialmente arriscado porque é mais fácil contrair doenças como hepatite C ou o vírus HIV.

Em 2016, a produção mundial de ópio aumentou 1/3 em comparação com o ano anterior, devido, sobretudo, ao grande crescimento das plantações no Afeganistão. O México é o terceiro país por superfície de papoula, com 26,1 mil hectares, e a sua produção ilegal abastece o mercado dos EUA. Quanto à cocaína, ocorreu um aumento da produção, tráfico e consumo no mundo, tanto nas regiões com maior demanda, Europa e América do Norte, como na Ásia, um mercado novo e crescente para esta droga.

“A fabricação mundial de cloridrato puro de cocaína alcançou 1,12 mil toneladas em 2015, o que representa um aumento geral de 25% com relação a 2013”, indica o reporte sobre a quantidade de cocaína pura manufaturada. “É certo que a produção de cocaína aumentou, mas segue sendo menor que há dez anos. Se esta tendência for a longo prazo, é positiva”, disse Angela Me. A ONU fala de dados de análise das águas residuais em certas cidades – detecta assim certos compostos químicos presentes na droga – para indicar que o consumo de cocaína na Europa aumentou pelo menos 30% entre 2011 e 2016.

“O narcotráfico parece ter aumentado ligeiramente em 2015, e os mercados de algumas drogas, especialmente cocaína e substâncias sintéticas, parecem estar prosperando”, afirma o relatório. Perante uma situação que os especialistas da ONU avaliam como sombria, com poucos avanços, Angela Me destacou como aspecto positivo a cooperação internacional e disse que nunca antes tinha sido expropriada tanta droga, que no caso da cocaína chegou a 864 toneladas. No entanto, estes confiscos também indicam que o mercado das drogas está ascensão.

O relatório aponta que o narcotráfico e as vendas de drogas supõe entre 1/5 e 1/3 dos investimentos de grandes grupos transnacionais de crime organizado. Entre as novas tendências, que são um desafio para a luta contra o crime, está o crescimento da venda de drogas na rede escura (“dark net”) ou internet profunda (“deep web”), onde é preservado o anonimato dos participantes. “As comunicações móveis oferecem novas oportunidades aos traficantes, enquanto ‘a rede escura’ permite aos usuários comprar drogas e medicamentos sem se identificar”, conclui a ONU.

Exame

Anvisa pede retirada de lotes do contraceptivo Gynera e proíbe suplementos

A Anvisa alegou que os lotes analisados do medicamento da Bayer S.A. apresentaram resultados que não atendem à legislação sanitária vigente


Consumidoras que usam o contraceptivo Gynera (gestodeno + etinilestradiol) produzido pela Bayer S.A. devem ficar atentas. Foi publicado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) no Diário da União (DOU) desta segunda-feira (26) que 13 lotes deste medicamento não podem mais ser distribuídos ou comercializados.

A Anvisa informou em seu site oficial a determinação de suspender o Gynera e alegou que os lotes analisados do medicamento apresentaram resultados que não atendem à legislação sanitária vigente. “Além da suspensão dos lotes da Gynera, a resolução RE 1.698 de 23 de junho de 2017 determina que a empresa promova o recolhimento do estoque existente no mercado”, informou a autarquia em seu site.

Quem faz uso contínuo do medicamento deve se atentar aos lotes que estão suspensos, caso tenham sido adquiridos antes que a Bayer retire os mesmos dos pontos de venda. Os lotes irregulares são: BS01EN6; BS01F2H; BS01F2J; BS01F4A; BS01FCF – com vencimento em 04/12/2017.

Estão impedidos de serem distribuídos e comercializados ainda os lotes: BS01FSK; BS01FJH e BS01G1CC com vencimento em 28/06/2018. Os lotes BS01G1D; BS01GJS; BS01GR4; BS01GSS e BS01H6F, com as seguintes datas de validade: 25/08/2018, 26/10/2018 e 26/04/2018.

A reportagem do Brasil Econômico entrou em contato com a Bayer , mas não recebeu retorno da solicitação até o fechamento desta matéria.

Outras suspensões
Foi publicada também no Diário Oficial da União desta segunda-feira (26) a proibição da venda de alguns produtos fitoterápicos . A autarquia encontrou itens neste segmento sem registro e a empresa não tem Autorização de Funcionamento. Neste caso os produtos que estão impedidos de serem comercializados são: Elixir Útero Bom (sem marca); Ginkgo com Castanha da Índia (Verdes Vida Produtos Naturais) e Concentrado de Plantas Medicinais Calmante (Vida Longa Plus).

Da empresa Roberg Alimentos e Medicamentos da Natureza Ltda, estão impedidos a fabricação e a comercialização dos seguintes medicamentos fitoterápicos: Lactobacillus Acidophilus em sachês da marca Lactivos; Suplemente vitamínico e mineral enriquecido com proteína em capsulas e Suplemente vitamínico e mineral, ambos da marca Rendi Booster; óleo de Borage em cápsulas da marca 06/Will Care e o suplemento vitamínico da marca Will Health Nature Line/ Biotune Up.

Da mesma empresa estão proibidos ainda o suplemento vitamínico a base de cromo, sob a marca Esbelty/DetBio; o suplemento vitamínico e mineral da marca Anima Vitae por Joel Aleixo e o suplemento de vitamina C com acerola e maça, em comprimidos das marcas Erfem e Eremax, informou a Anvisa. 

Foto: Reprodução

segunda-feira, 26 de junho de 2017

Por que é importante tomar uma ducha antes de entrar na piscina

A prática de tomar uma ducha antes de entrar na piscina é obrigatória em muitos espaços públicos. Mas você sabe os motivos por trás dessa recomendação?

Não se trata apenas de fazer uma cortesia higiênica para os outros banhistas: é também uma medida importante para manter a salubridade da água. Cloro e outros desinfetantes são usados para matar as bactérias e evitar o contágio de doenças infecciosas.

O produto ressaca cabelo e pele, e seu cheiro pode ficar por horas no corpo, mesmo depois de um bom banho. Mesmo assim, a exposição a esses níveis de desinfetantes presentes nas piscinas é inofensiva para a maioria das pessoas. O que pode interferir na nossa saúde é a mistura do cloro com outros produtos químicos que os corpos dos banhistas trazem para água, que geram um derivado daninho: a cloramina.

Como contaminamos a água?
A urina é o mais conhecido ingrediente “adicionado” às águas das piscinas pelos banhistas. Um estudo recente da Universidade de Alberta, no Canadá, encontrou em todas as piscinas analisadas restos de um adoçante artificial que só poderia ter chegado ali através da urina.

Além disso, cada banhista traz para a água sua própria coleção de químicos: restos de fezes e suor e sobras de produtos de higiene pessoal como cremes, xampus, loções e condicionadores. Todos esses componentes interagem com o cloro da piscina e formam compostos orgânicos voláteis, potencialmente nocivos, que as pessoas podem respirar e que têm potencial para causar irritação nos olhos e no sistema respiratório, provocando ataques de tosse ou crises de asma.

Esses compostos nocivos que se desprendem das reações químicas na água pesam mais que o oxigênio e formam uma espécie de “bolha de cloramina” na superfície da piscina. As crianças pequenas são as mais expostas a eles, já que geralmente engolem mais água. Apesar de não haver nenhuma prova de que a exposição a essas substâncias possa causar problemas graves de saúde, esses compostos que se formam com a interação humana ainda não foram estudados com detalhes – e podem afetar mais algumas pessoas do que outras.

Ventilação e duchas
Em 2013, o nadador olímpico americano Caeleb Dressel teve que sair de ambulância de uma competição na Carolina do Norte devido à contaminação do ar na piscina. Quem conta isso é outro nadador olímpico, Mel Stewart, responsável pelo site swimswam.com, especializado em notícias e informações sobre o universo desse esporte. Em piscinas ao ar livre normalmente não há problemas, uma vez que nelas os compostos químicos nocivos escapar facilmente. Mas nas cobertas o ar fica contaminado, gerando um odor perceptível e característico.

Para prevenir esses danos à saúde, muitos órgãos, como o Centro para Controle e Prevenção das Doenças nos Estados Unidos, recomendam a ducha antes e depois dos banhos de piscina para retirar da pele os germes e restos de produtos de higiene. Não urinar ou engolir a água também são outras duas importantes e óbvias recomendações, embora mais difíceis de serem seguidas pelas crianças.

BBC Brasil

Compras de medicamentos para o SUS devem ser registradas em banco de preços

Ferramenta é gratuita e de acesso ao público a fim de dar mais transparência, diz ministério


Todas as compras de medicamentos realizadas no país para o abastecimento do SUS (Sistema Único de Saúde) terão seus preços registrados no BPS (Banco de Preços em Saúde). A medida vale para o Ministério da Saúde, estados, municípios e o Distrito Federal que, agora, passam a alimentar de forma obrigatória o sistema. Até então, a adesão era voluntária.

Segundo o Ministério da Saúde, a ferramenta é gratuita e de acesso aberto ao público de forma a dar mais transparência ao uso dos recursos públicos e o conhecimento dos preços dos medicamentos praticados no País. “O banco vai proporcionar o aumento da concorrência e maior condições para a negociação de preços junto aos fornecedores e fabricantes, gerando economia para o sistema de saúde”, informou o ministério, em nota.

O cadastramento dos novos usuários e a atualização do Banco de Preços em Saúde devem ser feitos entre 1º de setembro a 30 de novembro deste ano. Já o envio das informações de compras homologadas, referente ao exercício 2017, deverá ser iniciada a partir de 1º de dezembro de 2017.

Para realizar consultas ao sistema e registros de compras é necessário fazer o cadastro de usuário pelo link. O ministério informou que, gradualmente, outros produtos, além dos medicamentos, também terão seu registro obrigatório no BPS. Os dados poderão ser consultados de forma regionalizada, por modalidade de compra, tipo de compra, faixa de quantidades adquiridas, por fabricantes e fornecedores, dentre outras possibilidades de pesquisa.

O banco tem atualmente 4.808 itens de medicamentos disponíveis para cadastro de compras e consultas. Ele é alimentado atualmente por 24 estados e por 580 municípios brasileiros, além da União. Levantamento feito pelo Ministério da Saúde, até novembro de 2016, apontou que 73% dos participantes conseguiram reduzir os preços dos medicamentos nas licitações ou compras diretas.

R7

Oportunidade: CHN abre vagas para curso e estágio remunerado em medicina intensiva

Estão abertas as inscrições para o 22º Curso Anual de Terapia Intensiva do CHN (Complexo Hospitalar de Niterói). O curso é voltado para estudantes de medicina e acontecerá nos dias 6 e 7 de julho, das 7h às 20h, na Associação Médica Fluminense. A participação no curso é um dos critérios de seleção para concorrer às 35 vagas de estágio remunerado na área

No curso, coordenado pelos médicos Felipe Ribeiro Henriques e Moyzes Damasceno, serão abordados grandes temas da especialidade: Insuficiência Respiratória e Ventilação Mecânica; Síndrome do Desconforto Respiratório Agudo; Sepse e Disfunção Orgânica Múltipla; Pneumonia Comunitária Grave; Doença Cerebrovascular; Choque e Monitorização Hemodinâmica; Síndrome Coronariana Aguda; Reanimação Cardiopulmonar; Insuficiência Renal Aguda e Terapias de Substituição Renal.

As aulas acontecerão na Associação Médica Fluminense, à Av. Gov. Roberto Silveira, 123, Icaraí, Niterói, e contarão com alimentação no local. O investimento do curso é de R$ 350 e as inscrições devem ser feitas das 11h às 14h30, na Rua Otaviano Carneiro, 100, com a secretária Lucy.

Já para concorrer a uma das 35 oportunidades de estágio, é necessário ter feito o curso teórico e ainda participar do processo seletivo que conta com prova objetiva – que será aplicada no fim do curso –, análise curricular e entrevista. O estágio tem carga de 12 horas semanais, é remunerado com uma bolsa de estudos na forma de plantões diurnos e tem duração de até um ano.

Os alunos aprovados vão estagiar na Unidade de Terapia Intensiva Geral ou na Unidade Neurointensiva do CHN. Para mais informações sobre o curso e edital: (21) 99977-4950 ou pelo e-mail aprendaasermedico@gmail.com.

Rachel Lopes
Assessoria de Imprensa
rachel@saudeempauta.com.br

sexta-feira, 23 de junho de 2017

Vacina pode ser nova arma contra colesterol

A imunoterapia pode ser uma alternativa mais efetiva e duradoura que as estatinas no combate às doenças cardíacas

Após pesquisas mostrarem que o próprio sistema imunológico pode reduzir o nível de colesterol, cientistas desenvolveram uma injeção que tem o potencial de prevenir ataques cardíacos. De acordo com um estudo publicado no periódico científico European Heart Journal, uma vacina, que ainda não foi testada em humanos, foi capaz de reduzir em 53% o colesterol de ratos. O enrijecimento das artérias, causado por acúmulo de gordura, também foi reduzido em 64% e os marcadores biológicos de inflamação nos vasos sanguíneos, em 58%.

A vacina
Segundo os autores, os resultados abrem espaço para a possibilidade de uma vacina anual capaz de manter os níveis de colesterol sob controle em pacientes de risco. A fórmula, conhecida como AT04A, funciona como um gatilho para a produção de anticorpos, que tem como alvo a enzima PCSK9, reguladora dos níveis de colesterol no sangue e que já mostrou impedir a depuração do colesterol LDL, o colesterol considerado ruim. Em tese, a vacina seria uma medida mais efetiva e confiável que as estatinas, medicamento que reduz riscos de infarto, derrame e insuficiência cardíaca. 

Imunoterapia
Ao contrário de uma vacina convencional, que visa conferir imunidade contra invasores estrangeiros como bactérias e vírus, o AT04A é um tratamento de imunoterapia, ou seja, organiza o sistema imunológico para combater uma das próprias proteínas do corpo. A PCSK9 é produzida no fígado e bloqueia as moléculas do receptor de LDL das células, que eliminam do corpo o colesterol ruim. A vacina em desenvolvimento faz com que o corpo produza anticorpos que inibam essa enzima, de modo que os receptores de LDL permaneçam ativos.

“O AT04A foi capaz de induzir anticorpos que visavam especificamente a enzima PCSK9 ao longo do período de estudo na circulação sanguínea dos camundongos tratados. Como consequência, níveis de colesterol foram reduzidos de forma consistente e duradoura, resultando em uma redução dos depósitos de gordura e inflamação nas artérias.”, disse Gunther Staffler, pesquisador e chefe de tecnologia da empresa austríaca AFFiRis, que desenvolveu a vacina.

“Se esses resultados se mostrarem em seres humanos, isso pode significar que, à medida que os anticorpos induzidos persistirem meses após a vacinação, podemos desenvolver uma terapia que, após a primeira dose, necessite apenas de um reforço anual. Isso resultaria em um tratamento eficaz e mais conveniente para os pacientes, bem como de maior adesão.”

Testes em humanos
Os testes para ver se a abordagem também funcionará em seres humanos já começaram. Em 2015, foi iniciado o estudo fase I, que buscou verificar a segurança e ação da vacina em 72 pacientes saudáveis na Universidade Médica de Viena, na Áustria. A pesquisa está programada para terminar no final deste ano. No entanto, antes de a vacina ser licenciada e administrada, outros testes focados na efetividade do produto precisam ser realizados. “Se efeitos similares forem percebidos em humanos, poderemos perceber uma redução na taxa de ataques cardíacos”, disse Tim Chico, professor de medicina cardiovascular na Universidade de Sheffield, no Reino Unido.

Redução de medicamentos
Chico ressalta que apesar do estudo ter sido bem conduzido, ainda é muito precoce e não é possível ter certeza que a abordagem funcionará em pessoas. Mas, reforça que “a teoria da vacina é sólida e acho que pode ter o potencial de substituir a necessidade de tomar medicamentos que reduzam o colesterol”. Para o especialista, “esta é mais uma das provas de que o colesterol causa doenças cardíacas e a redução do colesterol reduz os riscos. Isso confirma a importância de adotar um estilo de vida saudável e, para os pacientes de risco, utilizar medicamentos, como as estatinas.”

Possíveis efeitos colaterais
Segundo especialistas, um possível efeito colateral associado ao bloqueio da enzima PCSK9 na redução do colesterol é o aumento do risco de diabetes.

Veja

Nova regulamentação autoriza farmácias a aplicar vacinasface

As farmácias estão entrando em um novo mercado que é no momento atual dominado pelas clínicas de imunização. Uma nova resolução acerca dos requisitos mínimos para serviços de vacinação está em fase de análise pela Agência Nacional de Vigilância (Anvisa), e sendo aprovada, autorizará que farmácias apliquem vacinas

Atualmente somente as clínicas podem fornecer o serviço fora do SUS. A lei que autoriza as farmácias a aplicar vacinas existe desde 2014, mas só agora 3 anos depois que ela está passando por um processo de regulamentação na Anvisa.

Em maio, a proposta clínica passou por uma consulta pública, e no momento está na última etapa do processo de regulamentação antes do desfecho da decisão.

O setor farmacêutico tem como expectativa a redução de 50% no preço, entretanto os laboratórios particulares que hoje prestam esses serviços afirmam que antes as farmácias terão que disponibilizar a mesma estrutura exigida das clínicas.

De acordo com a Anvisa as farmácias e drogarias deverão passar por algumas adaptações, caso queiram oferecer o serviço futuramente, tais como:
  • Oferecer meios eficazes para o armazenamento das vacinas, garantindo sua conservação, eficácia e segurança, mesmo diante de falha no fornecimento de energia elétrica;
  • Responsável técnico (RT): profissional de nível superior habilitado;
  • Sala de imunização com toda a estrutura (lavatório, bancada), entre outras coisas.
Entidades que representam os farmacêuticos consideram que a nova regra vai agregar mais qualidade e principalmente ofertar mais opções para a população, além de enfatizar que a medida ampliará o acesso da população às vacinas. Em contrapartida, as entidades médicas não são contra a entrada das farmácias neste novo mercado desde que estes estabelecimentos adotem e cumpram as mesmas exigências das clínicas.

Segundo a Anvisa a aplicação de vacinas estava prevista desde 2014, através da Lei 13.021/2014, que dispõe sobre os exercícios das atividades farmacêuticas. Todavia, até então, a atividade não era colocada em prática pela ausência de um regulamento que tratasse do tema.

ANVISA

quinta-feira, 22 de junho de 2017

Sírio-Libanês abre novos cursos de Pós-Graduação na área da Saúde

sirioO Instituto Sírio-Libanês de Ensino e Pesquisa (IEP/HSL) está com inscrições abertas para novos cursos de pós-graduação lato sensu, com início em agosto. Além das especializações em Reprodução Assistida, tradicionalmente oferecida, e Gestão em Saúde – totalmente remodelada, com o objetivo de formar um novo perfil de liderança para as instituições de saúde –, o programa também contará com vagas em quatro novas áreas: Dermatologia Oncológica, Multiprofissional em Oncologia, Fisioterapia Hospitalar e Farmácia Clínica no Cuidado ao Paciente Crítico

Os novos cursos do Programa vão ao encontro das demandas atuais e futuras na área da saúde. Segundo Gisleine Eimantas, superintendente de Ensino do Hospital Sírio-Libanês, o mercado brasileiro de serviços de saúde passa por um período de transformações e renovação. A entrada de capital estrangeiro, a inovação tecnológica e a necessidade de reinvenção dos modelos existentes para a sustentabilidade tornam o setor um dos mais promissores e atraentes do mundo.

O segmento é dinâmico, complexo e marcado por muitas particularidades. Mesmo com investimentos crescentes, para atender satisfatoriamente às demandas da sociedade, os serviços de saúde possuem imensos desafios, como, por exemplo, a contratação e manutenção de equipe qualificada, seja do quadro clínico, seja assistencial, de colaboradores e gestores. Neste sentido, uma das missões do IEP/HSL é contribuir para a formação e qualificação de profissionais que sejam capazes de corresponder a este mercado tão exigente e oferecer cada vez mais e de forma mais ampla um melhor cuidado à população", destaca Gisleine.

Totalmente reformulado, o Curso de Especialização em Gestão em Saúde terá as inscrições abertas em breve, ainda no primeiro semestre. O objetivo é atender o cenário atual e as tendências dos serviços de saúde, com destaque para as competências essenciais a um líder, na visão do Hospital Sírio-Libanês. O programa visa preparar um grupo diversificado de profissionais, para uma atuação de alto desempenho na gestão de serviços, com foco na melhoria do cuidado em saúde em todo o Brasil, mas tendo como parâmetro os desafios de um setor globalizado.

A Dermatologia Oncológica é uma área de destaque mundial, que busca constantemente profissionais capacitados, para esta crescente demanda, por ser o câncer de pele o tipo mais frequente na população brasileira, assim como em outros países. As inovações tecnológicas, assim como os avanços em pesquisa, diagnóstico e tratamento exigem atualização constante pelos dermatologistas e oncologistas.

A oncologia em geral, é uma das áreas da medicina com maior progresso nos últimos anos, demanda serviços e, consequentemente, profissionais de diferentes áreas da saúde e que, para o sucesso do cuidado, trabalham em equipes multiprofissionais integradas. Como instituição de excelência em assistência, ensino e pesquisa nesta área, o Hospital Sírio-Libanês passa a oferecer o curso Multiprofissional em Oncologia, voltado a enfermeiros, fisioterapeutas, nutricionistas e psicólogos interessados na prestação do cuidado valorizando a segurança e qualidade de vida aos pacientes com câncer.

Dentro do atual modelo assistencial, em que a multidisciplinaridade é uma realidade, o curso de pós-graduação em Fisioterapia Hospitalar foi estruturado para que o profissional fisioterapeuta esteja preparado para desempenhar funções cada vez mais diferenciadas e direcionadas, em áreas hospitalares carentes de profissionais especializados, principalmente nas unidades de terapia intensiva (UTIs), críticas e de internação hospitalares.

A Farmácia Clínica no Cuidado ao Paciente Crítico, por sua vez, tem por objetivo capacitar farmacêuticos na área de terapia intensiva, para que possam associar conhecimento técnico-científico, capacidade crítico-reflexiva, valores éticos e habilidades cognitivas e de reconhecimento dos aspectos sociais do paciente, tanto no cuidado aos indivíduos quanto às famílias.

Apesar de não ser um curso novo dentre os programas de pós-graduação, a especialização em Reprodução Assistida está inserida na busca crescente de atualização e capacitação por parte dos profissionais sobre as novas técnicas nesta área da ciência. Com consistentes bases teóricas, científicas e atividades práticas de imersão no serviço do hospital, o curso aborda os temas mais importantes da área, expondo as diversas formas de tratamento da infertilidade.

Todos os programas de pós-graduação utilizam metodologias e tecnologias educacionais inovadoras, trazendo novidades em recursos digitais, dentre eles uma mesa digital interativa capaz de reprodução de imagens em 3D e uma plataforma de aprendizagem à distância, o Learning Management System (LMS) - totalmente mobile e interativo, o que facilita a vida dos estudantes, por meio de vários recursos, como o Adaptative Learning, que possibilita um "ensino individualizado" aos estudantes.

Os conteúdos teóricos, simulações práticas e atividades em campo permitem que os alunos vivenciem e troquem experiências junto a profissionais especializados, adquirindo conhecimentos e habilidades para sua prática profissional, visando a qualidade e segurança dos pacientes em alinhamento com as tendências mundiais nos serviços de saúde.

Os cursos ainda contam com infraestrutura moderna, com o uso da alta tecnologia, e têm coordenação e participação direta de profissionais do Hospital Sírio-Libanês em todas as atividades acadêmicas, aumentando as oportunidades e o networking dos alunos.

A seleção dos candidatos em geral acontecerá por análise de currículo, entrevistas e análise de projetos

Serviço
Cursos de pós-graduação na área da saúde – 2ª semestre 2017
Local: Instituto Sírio-Libanês de Ensino e Pesquisa
Endereço: Rua Professor Daher Cutait, 69 – São Paulo-SP

Informações: Assessoria de Imprensa do Hospital Sírio-Libanês

Evento Gratuito: Segurança no uso de medicamentos é tema do webinar Proqualis

Medicacao webinarNo dia 27 de junho, às 14h, o Proqualis realizará o webinar “Medicação sem danos: Terceiro Desafio Global de Segurança do Paciente da Organização Mundial de Saúde”, com a presença do Farmacêutico Mario Borges Rosa

Mario é presidente do Instituto para Práticas Seguras no Uso de Medicamentos (ISMP-Brasil) e Farmacêutico da Fundação Hospitalar do Estado de Minas Gerais - Fhemig. É Doutor em Ciências da Saúde pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e Representante do Brasil na International Medication Safety Network.

O desafio global tem a finalidade de reduzir em 50% os danos graves evitáveis associados a medicamentos em todos os países no prazo de cinco anos. Segundo dados da OMS, erros de medicação causam pelo menos uma morte todos os dias e provocam danos a saúde em aproximadamente 1,3 milhões de pessoas anualmente apenas nos Estados Unidos. Mundialmente, o custo associado aos erros de medicação foi estimado em US$ 42 bilhões por ano ou quase 1% do total das despesas de saúde globais.

Mario Borges irá apresentar os objetivos específicos para que as instituições de saúde alcancem a meta. Importante ressaltar que em sua apresentação, serão abordadas as fragilidades nos sistemas de saúde que levam a erros de medicação e os graves danos que isso pode causar. Além disso, serão mostradas e discutidas as principais medidas para prevenir os erros de medicação.

Para ter acesso ao webinar, acesse o Portal Proqualis (proqualis.net), onde será disponibilizado o link para participação, na data e horário do evento, ou assista pela transmissão ao vivo do no Facebook . Participe!

Fonte: Assessoria Proqualis

Saiba como funciona a Profilaxia Pré-Exposição (PrEP) para HIV

banner 245 x145pxJá imaginou tomar um comprimido por dia e diminuir de maneira significativa as chances de contrair o HIV em caso de uma exposição?É basicamente assim que funciona o novo método de prevenção ao HIV oferecido pelo Ministério da Saúde

A Profilaxia Pré-Exposição, ou PrEP, como é mais conhecida, é um dos componentes da abordagem adotada pelo Ministério para combater o HIV, chamada de prevenção combinada, onde a pessoa tem a opção de usar um método de prevenção ou combinar vários que se ajustem às suas necessidades, características individuais ou momentos de vida.

É dentro desse contexto que o SUS passa a oferecer a pílula que combina o medicamento tenofovir e o entricitabina. Um único medicamento por dia é tomado regularmente, mesmo que não haja suspeita de exposição, pois o objetivo é que ela funcione como uma barreira para o HIV antes da pessoa ter contato com o vírus. Diferente da, Profilaxia Pós-exposição (PeP), um outro método de prevenção que é utilizado no pós exposição ao vírus. A PEP deve ser iniciada até 72 horas após a relação sexual sem camisinha ou acidente com algum objeto perfuro-cortante onde possa ter havido contato com o vírus. O tratamento é feito com três medicamentos e dura 28 dias. A PEP também está disponível no SUS.

Após o início do uso da PrEP o efeito protetivo só começa após o sétimo dia de uso diário do medicamento para as relações envolvendo sexo anal. Já para as relações envolvendo sexo vaginal, a proteção só começa após 20 dias de uso diário. É preciso frisar que o remédio, evidentemente, só tem esse efeito protetivo para quem não tem o vírus. Quem já tem o vírus, não deve tomar a PrEP, porque o esquema para tratar é diferente do esquema para a profilaxia.

A coordenadora do Departamento de Vigilância, Prevenção e Controle das Infecções Sexualmente Transmissíveis, do HIV/Aids e das Hepatites Virais do Ministério da Saúde, Adele Benzaken, explica que o medicamento funciona como uma forma de bloqueio para que o HIV não infecte o organismo. “Ao tomar o comprimido diariamente, a medicação pode impedir que o HIV se estabeleça e se espalhe pelo corpo. Ela de fato coloca o Brasil alinhado com o que há de mais avançado em termos de prevenção”.

Mas não são todas as pessoas que podem fazer o uso do medicamento na rede pública no Brasil. Por enquanto a PrEP só será ofertada para as pessoas mais vulneráveis ao risco de infecção pelo HIV que são os homens que fazem sexo com homens (HSH), gays, população trans, trabalhadores e trabalhadoras do sexo e casais sorodiferentes (quando um já tem o vírus e o outro não). Além disso, este não é o único critério que será utilizado pelo Ministério da Saúde: os profissionais de saúde vão prescrever a PrEP para pessoas que tenham uma maior chance de entrar em contato com o HIV, principalmente por não usarem preservativos nas relações sexuais.

Para Evaldo Amorim, do Grupo Elos LGBT DF e integrante do Fórum ONG Aids DF e Centro oeste, a implementação da PrEP, mesmo que apenas para grupos prioritários, é muito bem-vinda. “Eu particularmente acho que vai ajudar por que são grupos que em algum momento possuem mais dificuldade, e estão de certa maneira mais vulneráveis ao contágio”. Adele Benzaken, ainda reforça que mesmo as pessoas que fazem parte deste grupo, mas que têm uma prática sexual segura, não se expõem ao risco de infecção e realizam seus testes e exames com regularidade, não têm necessidade de tomar a PrEP.Para essas pessoas, em caso de uma eventual exposição há a possibilidade de fazer o uso da PeP.

Mas mesmo com outros métodos de prevenção surgindo no SUS, e com a oferta da PrEP, há um reforço necessário a ser feito: utilizar o preservativo nas relações sexuais, e como um dos métodos a serem utilizados. “Só a camisinha previne das outras infecções sexualmente transmissíveis – como a sífilis, gonorreia, clamídia etc. além de evitar a gravidez. Por essa razão é importante o uso da camisinha”, defende Adele Benzaken, diretora do Departamento de IST, HIV/Aids e Hepatites Virais do Ministério da Saúde. Ela também destaca que fazer testes para o HIV também é uma forma importante a proteção contra o vírus. Eles são ofertados gratuitamente no SUS.

Você pode conseguir camisinhas – tanto masculinas quanto femininas - em qualquer posto de saúde gratuitamente, já a PrEP ainda não está sendo ofertada, mas a previsão é que ocorra ainda este ano para aqueles grupos definidos, já que o Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas (PCDT) da PrEP foi publicado no final de maio, e a incorporação deve ser feita dentro do prazo de 180 dias.

Aline Czezacki, para o Blog da Saúde

quarta-feira, 21 de junho de 2017

Cade investigará cartel de fabricantes de marca-passo e cateter

Conselho abriu dois processos para apurar combinação de preço no mercado de órteses, próteses e materiais médicos especiais

A Superintendência-Geral do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) abriu dois processos para investigar a prática de cartel no mercado de órteses, próteses e materiais médicos especiais. As informações estão em comunicado do Cade divulgado nesta quarta-feira (21).

O primeiro processo investiga a prática no mercado de estimuladores cardíacos implantáveis – desfibrilador implantável, ressincronizador, marca-passo e cateteres.

A investigação envolve quatro empresas, 29 pessoas físicas e duas associações: Associação Brasileira da Indústria de Artigos e Equipamentos Médicos e Odontológicos (Abimo) e Associação Brasileira da Indústria de Alta Tecnologia de Produtos para Saúde (Abimed). A ação contou com um acordo de leniência parcial da empresa Medtronic.

Segundo o Cade, o parecer aponta que existem “fortes indícios de troca de informações sobre preços, vantagens em licitações, direcionamento de pregões, alocação de clientes entre os concorrentes e acordo sobre fornecimento e preços a serem praticados”.

Também há indícios de que havia mecanismos de monitoramento e retaliação contra quem descumprissem o que foi combinado, de acordo com o Cade. Os casos teriam ocorrido entre 2004 e 2015.

O segundo processo investiga 46 empresas, 80 pessoas físicas e a Associação Brasileira de Importadores e Distribuidores de Implantes (Abraidi).

“Foram encontradas evidências robustas de celebração de acordos entre os participantes do suposto conluio com a finalidade de fixar preços e outras variáveis mercantis relevantes, dividir parcelas do mercado e ajustar condições e vantagens em licitações públicas de dispositivos médicos”, informou o órgão de defesa da concorrência.

Com os processos os citados serão notificados para apresentarem defesa e a superintendência-geral poderá propor a condenação, o arquivamento e o envio dos processos ao Tribunal do Cade.

Em nota, a Abraidi disse que foi "surpreendida com a abertura de um processo administrativo no CADE e, assim que for notificada pelo órgão, dará os esclarecimentos solicitados" e que "das 46 empresas citadas na investigação do processo administrativo somente 13 são associadas à entidade"(veja nota na íntegra no fim da reportagem).

O G1 procurou as outras associações citadas e aguarda resposta.

Nota da Abraidi na íntegra:
"A Associação Brasileira de Importadores e Distribuidores de Produtos para Saúde – ABRAIDI – foi surpreendida com a abertura de um processo administrativo no CADE e, assim que for notificada pelo órgão, dará os esclarecimentos solicitados.

A ABRAIDI lembra que das 46 empresas citadas na investigação do processo administrativo somente 13 são associadas da entidade. A ABRAIDI tem mais de 320 associadas, não fazendo qualquer distinção entre elas.

Por fim, a ABRAIDI destaca que, desde 2006, possui um Código de Ética e Conduta que está na terceira edição e estabelece, em seu Capítulo V, artigo 8° que é vedado aos associados "promover, no âmbito da associação, por seu intermédio ou fora da ABRAIDI, ações para controle de preços do mercado ou que estimulem práticas de cartel, bem como trocar informações sensíveis com concorrentes", inclusive com punições que vão desde de uma advertência até a exclusão da Associação. A ABRAIDI ainda promove, regularmente, cursos de capacitação em compliance aos associados, tendo realizado 16 edições com a participação de 189 empresas."

Nota da Abimed na íntegra
"Tomamos conhecimento, pela imprensa, do ocorrido e estamos averiguando o teor das alegações. Não tivemos acesso ao conteúdo do processo.

A ABIMED, entidade fundada em 1996, está estruturada em um robusto modelo de governança que segue todos os princípios da transparência, da ética, da prestação de contas e da responsabilidade corporativa. Está pautada nos melhores fundamentos de formação de associação inclusive valendo-se dos preceitos preconizados pelo CADE.

A entidade defende os interesses da saúde brasileira não permitindo em absoluto qualquer discussão de natureza mercadológica e concorrencial no âmbito de suas atividades. A transparência move as relações da associação com outros elos da cadeia, bem como as interações, que ocorrem na entidade, entre as suas 230 empresas associadas

A ABIMED está à disposição para colaborar com as autoridades." 

*Colaborou Luis Ottoni, sob supervisão de Marina Gazzoni.

G1