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quarta-feira, 2 de novembro de 2011

Síndrome da fadiga crônica é mais do que cansaço

Doença essencialmente biológica, ela é confundida com depressão e fibromialgia

Difícil de ser diagnosticada, a síndrome da fadiga crônica (SFC) é muito confundida com outros distúrbios, como fibromialgia e depressão, e cercada de mitos e concepções erradas.

“Médicos, psicólogos e outros profissionais travam debates intermináveis. Alguns alegam que são apenas nomes diferentes para a mesma doença. Outros acreditam que sejam distúrbios separados, embora com certo grau de sobreposição”, diz a psicóloga clínica e pesquisadora Kristina Dowing-Orr, que lutou durante anos contra a SFC.

“Do meu ponto de vista, são doenças distintas, isoladas. O problema é que as pessoas com SFC ou fibromialgia geralmente são tratadas como se tivessem depressão quando, na verdade, não tem”, completa Kristina, que depois de ser negligenciada pelos médicos, resolveu estudar o assunto e reuniu informações de suas pesquisas no livro “Vencendo a Fadiga Crônica – seu Guia Passo a Passo para o Restabelecimento Completo”, recém-lançado pela Summus Editorial.

Trata-se de uma doença essencialmente biológica, embora fatores psicológicos com frequência desempenhem papel central em precipitar e manter os sintomas. Em muitos casos o estresse está envolvido na questão – tanto como gatilho quanto como sustentador dos sintomas –, mas a patologia envolve mais do que estresse e cansaço físico.

Além disso, fatores emocionais, como depressão, também podem co-existir, devido a mudanças químicas no cérebro ou como reflexo da doença ou ainda reação à piora aguda da qualidade de vida.

“É uma doença cruel e debilitante, que provoca dores intensas, cansaço constante, infecções recorrentes, insônia, desânimo distúrbios gastrointestinais e incapacidade de executar as tarefas mais básicas do dia a dia”, explica Kristina.

Segundo a autora, uma das melhores definições do distúrbio é: síndrome que afeta os sistemas nervoso, imune e diversos outros sistemas e órgãos, resultando em exaustão crônica e/ou em numerosos sintomas potencialmente debilitantes.

“Devido à excessiva tensão física ou psicológica, o corpo entra em curto-circuito e é incapaz de se recuperar, deixando a pessoa em estado de enfermidade permanente”, diz.

A SFC pode afetar qualquer pessoa. Mas alguns estudos indicam que adolescentes e pessoas na faixa dos 40 anos são particularmente mais propensas a desenvolver o distúrbio. Outras pesquisas apontam que as mulheres são mais suscetíveis. Elas teriam de duas a quatro vezes mais probabilidade de desenvolver a síndrome, em comparação aos homens.

“A SFC é uma doença real. Não é produto da sua imaginação, nem sinônimo de depressão, nem necessidade patológica de compaixão ou atenção, nem medo de fadiga”, reforça Kristina.

Síndrome da fadiga crônica: problema começa pela definição

A síndrome é mais comum do que se imagina. Estima-se que mais de 250 mil pessoas no Reino Unido sofram do distúrbio, embora o professor Basant Puri, especialista do Hammersmith Hospital de Londres, sugira números entre 750 mil e 1,5 milhão para contabilizar o total de britânicos que têm a doença ou estão próximos de seus critérios diagnósticos. Nos Estados Unidos seriam 9 milhões de pessoas com SFC. Pesquisadores dizem, no entanto, que 80% das pessoas com a enfermidade nunca recebam o diagnóstico.

Problemas com o tratamento derivam principalmente do fato de que os sintomas são muito diversificados e não há exame diagnóstico definitivo.

Os Centros para o Controle e a Prevenção de Doenças dos Estados Unidos, ligados ao Departamento de Saúde e Serviços Humanos dos EUA (equivalente ao Ministério da Saúde brasileiro) estabeleceram alguns critérios diagnósticos da enfermidade. A Síndrome da Fadiga Crônica é uma doença na qual a fadiga:

- Não é causada por qualquer doença do ponto de vista clínico
- É recente
- Está evidente há seis meses
- Não é causada por esforço excessivo (como exercícios intensos ou excesso de responsabilidades)
- Não é aliviada pelo descanso
- Está reduzindo consideravelmente a vida profissional, pessoal e acadêmica da pessoa

Além disso, também deve haver pelo menos quatro sintomas complementares:

- Perda cognitiva, inclusive problemas de memória e lapsos de concentração
- Dor de garganta
- Gânglios doloridos ou sensíveis (pescoço e axilas)
- Dores de cabeça inéditas ou mais fortes
- Músculos doloridos
- Sono que não elimina o cansaço
- Sintomas de pós-esforço que duram mais de um dia
- Articulações doloridas, sem inchaço ou vermelhidão

O primeiro passo para descobrir se você tem SFC é conferir se seus sintomas batem com os critérios oficiais da doença e procurar ajuda médica.

“A fim de se recuperar da SFC, você precisa tratar os sintomas biológicos, aprender estratégias eficazes para enfrentar o estresse e lidar com os fatores psicológicos que deram origem aos sintomas. Uma vez que o corpo tenha se curado, então – e só então – se considera recondicionar os músculos e melhorar a forma física e o vigor com exercícios”, resume Kristina.

Fonte IG

Mortes por overdose de analgésicos triplicam em 10 anos nos EUA

Quantidade de analgésicos disponível no mercado seria suficiente para medicar todos os americanos com uma dose a cada 4 horas

As overdoses letais de analgésicos triplicaram na última década e hoje provocam mais mortes do que o consumo de drogas como heroína e cocaína, alertaram as autoridades sanitárias dos Estados Unidos.

Segundo um estudo realizado pelos Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC), a quantidade de analgésicos disponível no mercado é tão grande que seria suficiente para medicar todos os americanos com uma dose padrão a cada quatro horas durante um mês inteiro.

"A epidemia de overdose de medicamentos com receita nos Estados Unidos piorou nos últimos dez anos", lamentou o relatório do CDC, intitulado "Sinais Vitais".

O estudo se concentrou nos analgésicos opiáceos, que incluem a oxicodona, a metadona e a hidrocodona, mais conhecidas sob o nome de Vicodin, cuja venda quadruplicou em farmácias, hospitais e consultórios médicos desde 1999.

No ano passado, 12 milhões de americanos maiores de 12 anos, pouco menos de 5% da população, disse ter tomado analgésicos com receita para fins recreativos e não por causa de um problema médico.

O número de mortes por overdose de analgésicos opiáceos mais que triplicou, saltando de 4.000 pessoas em 1999 para 14.800 pessoas em 2008.

As mortes por medicamentos de receita representaram quase 75% dos óbitos por overdose nas quais aparece, na certidão de óbito, um medicamento específico, acrescentou o estudo dos CDC, segundo os quais as mortes e hospitalizações aumentaram paralelamente ao aumento da oferta.

O volume de vendas dos três opiáceos incluídos no estudo chegaram a 7,1 quilos por 10.000 habitantes no ano passado, o que representa 710 miligramas por pessoa nos Estados Unidos.

"No ano passado, foram receitados analgésicos opiáceos (OPR, na sigla em inglês) em quantidade suficiente para medicar todos os adultos americanos com uma dose de tratamento de dor padrão de cinco miligramas de hidrocodona (Vicodin e outros) para tomar a cada quatro horas durante um mês", acrescentou o documento dos CDC.

Apesar de uma parte relativamente pequena da população americana admitir abusar dos analgésicos, os custos para as companhias de saúde são enormes, chegando a 72,5 bilhões de dólares ao ano, segundo o estudo.

As áreas rurais e mais pobres tendem a ter as taxas mais elevadas de mortes por overdose de medicamentos com receita.

A epidemia afeta mais os homens brancos de meia idade, os índios americanos e os nativos do Alasca, acrescentou o estudo.

Os estados poderiam melhorar a situação, através de registros de vigilância de drogas e da documentação de seguros médicos, "que pode identificar e atender os casos de prescrição e consumo inadequados", destacou o informe.

A adoção de mais leis contra os chamados "pill mills", locais onde é possível obter remédios de receita, mesmo sem ter necessidade de tomá-los, também poderia reduzir o problema, acrescentou.

"Uma política de Estado pode fazer uma grande diferença para impedir que isto continue", disse o diretor dos CDC, Thomas Frieden.

Fonte IG

A mistura perigosa dos medicamentos

Remédios não devem sertomados com chás

Tomar remédio com suco de laranja ou combinar com outras pílulas pode trazer riscos à saúde

O remédio para a pressão alta pode resultar em uma combinação perigosa se tomado na companhia de um suco de laranja. A pílula anticoncepcional também perde a eficácia se for ingerida junto com antibiótico. Sabe o que pode acontecer se misturar antidepressivo com descongestionante nasal? Prisão de ventre.

O mundo dos remédios tem regras próprias “antimistura”, quase todas desconhecidas pela maioria da população. Por isso, o Conselho Regional de Farmácia de São Paulo (CRF-SP) fez um alerta para a combinação de risco de alguns remédios com sucos, refrigerantes, chás ou outras medicações.

Segundo Rogério da Silva Veiga, coordenador da Comissão de Plantas Medicinais e Fitoterápicos do CRF/SP e consultor do Conselho Brasileiro de Fitoterapia, a grande responsável para aproximar os perigos da mistura de medicamentos é a automedicação.

“Tudo o que administramos em nosso corpo (inclusive alimentos) pode promover efeitos benéficos e maléficos de intensidade e natureza variáveis, no entanto, quando somos cuidadosos e buscamos a devida orientação, a promoção de uma boa saúde e qualidade de vida é garantida”, diz Veiga. “A orientação por profissionais (farmacêuticos, médicos, nutricionistas, naturólogos, biomédicos) competentes e atualizados é indispensável, pois a envolve a racionalidade a partir de conhecimentos farmacológicos e toxicológicos”, diz.

O Sistema Nacional de Informação Toxicológica (Sinitox), ligado à Fundação Oswaldo Cruz (FioCruz), em seu último relatório alertou que os medicamentos são os principais responsáveis por intoxicações e envenenamentos, superando agrotóxicos, venenos e drogas. Em um só ano, foram relatados 34 mil casos e parte deles pode ter sido potencializada por misturas de risco.

O presidente do Conselho Federal de Farmácia, Jaldo de Souza Santos, diz que a cultura da automedicação é enraizada no povo brasileiro. Para ele, o fato das pessoas buscarem indicações de medicamentos com os vizinhos, amigos e familiares faz com que muitas não recebam informações importantes por parte dos farmacêuticos e médicos.

“O intuito sempre é de ajudar quando há indicação de uma medicação. Influenciar uma pessoa a tomar um medicamento pode até ser fatal. A recomendação especializada é indispensável.”

Algumas misturas de risco

Anticoncepcional + antibióticos = o antibiótico reduz drasticamente o efeito do anticoncepcional.

Antiespasmódicos (contra gases) + broncodilatadores (para asma) + (ou) descongestionantes nasais + (ou) antidepressivos + inibidores de apetite = a combinações de dois ou mais dos medicamentos acima causa maior excitabilidade do sistema nervoso central, boca seca, constipação do intestino e aumento da freqüência cardíaca.

Antiinflamatório + diurético = o antiinflamatório inibe o efeito do diurético.

Chá de camomila + Acido acetilsalicílico = pode levar a sangramentos.

Remédio para pressão alta + suco de laranja = diminui em 49% a eficácia do remédio para baixar a pressão.

Medicamento + erva de São João = a erva diminui a eficácia do medicamento.


Fonte IG

Tarja preta: por que o Rivotril é tão consumido?

Na frente de remédios para dor de cabeça e febre, o ansiolítico nem sempre é prescrito adequadamente - e pode causar problemas

É de se desconfiar quando um remédio necessariamente controlado, de tarja preta, se torna o segundo medicamento mais vendido no país. De acordo com o Instituto IMS Heath, no ano passado os brasileiros consumiram 14 milhões de caixas, ficando atrás apenas do anticoncepcional Microvlar. Será que realmente há tanta gente que precisa ser medicada?

Para que serve
Além de ser ansiolítico (agir contra a ansiedade), o remédio é anticonvulsante, poderoso relaxante muscular (e por isso é usado muitas vezes para tratamento de insônia) e é usado até para casos de overdose de anfetamina.

Apesar de possuir tantas propriedades, a categoria dos tranquilizantes não acompanha o sucesso do Rivotril. “Essa categoria é apenas a sétima que mais vende no Brasil. Fica atrás de analgésicos, anticoncepcionais e mais uma lista de medicamentos”, conta a psiquiatra Andrea Mercantes

Amigo Rivs
A professora do Ensino Médio Carolina Carpezim, 36 anos, faz parte dos adeptos do Rivotril há seis anos. Na sua bolsa, além do celular, batom e da chave de casa, há sempre uma caixinha do remédio

“O primeiro comprimido ganhei de uma amiga, quando terminei meu relacionamento de cinco anos. De lá pra cá, não parei mais. Sempre que me dá uma baixa emocional já tomo um comprimido. O Rivs (apelidinho dado por quem consome) é a grande invenção da humanidade”, conta ela

Efeito bem-estar
Esse uso descontrolado em qualquer sinal de alteração dos ânimos é um dos grandes fatores para as vendas do remédio estarem sempre em alta. “O problema não é apenas o vício e a dependência que o consumidor de Rivotril cria. Há aí um problema sério no atendimento médico ao paciente também. Basta dizer que não está bem e o médico logo receita o ansiolítico. Cria a sensação de bem-estar, mas não resolve o real problema”, explica Andrea

Beatriz M. *, 23 anos, começou a se automedicar quando entrou na faculdade de Engenharia dos Alimentos, há cinco anos. Na sua turma de amigas, não tem uma que não toma o “milagroso remedinho”. “Todo mundo na faculdade toma. É tipo fumar maconha, tomar cerveja. E ele ainda melhora o seu dia rapidinho”, explica Bia

Plínio Montagna, presidente da Sociedade Brasileira de Psicanálise de São Paulo, nota uma glamorização no ato de medicar-se. Os remédios psiquiátricos foram desmistificados e, hoje, são indicados até por quem não atua na área da Psiquiatria. “Emoções normais e importantes para a mente, como tristeza ou ansiedade em situação de perigo, são eliminadas porque incomodam”, diz ele

Acompanhamento é essencial
O remédio, quando usado corretamente e com acompanhamento médico, tem sim propriedades importantes e que podem ajudar alguns tratamentos. “Ele pode ajudar muito no tratamento de ansiedade. Mas, para obter um resultado positivo, precisa de outros fatores – como terapia, exercício físico ou até antidepressivo. O ansiolítico serve como uma muleta, um apoio até todos os fatores juntos fazerem efeito”, explica a psiquiatra Annie Almond

Cilada
Mesmo com acompanhamento, é preciso cautela. Rivotril causa dependência e não deve ser usado por muito tempo. O ideal é que ele seja usado apenas nas crises intensas e por no máximo seis semanas. Para quem é vítima do vício, podem aparecer crises de abstinência aguda

A professora Carolina notou uma necessidade compulsiva logo após 40 dias que tomava o remédio. “Eu parei de tomar e passei a ter insônia, ficar irritada. Não teve jeito. Voltei a tomar o remédio imediatamente. Acho que vou ter que usá-lo para o resto da vida”, conta ela

A facilidade de manter o uso indiscriminado do remédio tem um motivo preocupante: o acesso simples a um medicamento que é controlado. Apesar de ser vendido apenas com receita médica, não é tão difícil consegui-lo de outras formas

“Uma amiga minha foi ao psiquiatra e aí aproveitei e pedi pra ela pegar uma receita pra mim. Foi tranquilo, não teve problema. Toda vez que preciso, ela me arruma. E se eu não tiver receita, sempre tem alguém que tem algum comprimido sobrando e quebra esse galho”, explica Beatriz. Pela internet também é possível comprar o medicamento sem apresentar qualquer prescrição médica

Preço de bananas
O preço é outro fator essencial para o sucesso de vendas do remédio. É possível comprar uma caixinha com 30 comprimidos por apenas 9 reais. “O sucesso do Rivotril é decorrência do aumento dos casos de transtornos psiquiátricos e do perfil único do nosso produto: ele é seguro, eficaz e muito barato. O preço protege o nosso produto”, explica Carlos Simões, gerente da área de produtos de neurociência e dermatologia da Roche

Aguentar a onda é preciso
A designer gráfica Patrícia D*, 31 anos, carrega sempre um Rivotril na bolsa quando resolve se jogar na balada. Para ela, é impossível curtir a noite toda e não fechar com a ingestão de um comprimido. “A galera toda toma ecstasy e depois tem que aguentar aquela “bad” que sempre bate. Pra evitar essa baixa emocional, a gente toma um Rivotril e fica novinha em folha”, conta a designer

A ideia de que todo mundo deve estar o tempo todo feliz provoca essa busca incessante por qualquer coisa que mascare uma tristeza, uma dor, um mal estar emocional

“Ninguém mais quer enfrentar a infelicidade e, por isso, há uma enorme busca por qualquer coisa rápida que esconda esse momento. É um problema sério de saúde pública. A população e especialistas no assunto precisam entender que algumas sensações e vivências são importantes para suportar a vida e encarar o mundo. Nem tudo pode ser medicalizado”, conclui Annie

Fonte IG

Remédio e bebida usados por Luciano desaceleram o cérebro

Mistura, comum nas casas noturnas, pode ser fatal por intoxicar o corpo, alerta especialista

O álcool forma uma dupla de risco quando misturado a qualquer medicamento, mas o efeito é ainda mais nocivo quando o remédio é um antidepressivo ou um tranquilizante.

O sertanejo Luciano, nesta terça-feira (1) creditou à parceria entre Rivotril e uísque o seu comportamento explosivo e anúncio da separação com o irmão Zezé di Camargo. Mas o psiquiatra e diretor da Associação Brasileira de Estudos de Álcool e Drogas (Abead), Sérgio de Paula Ramos, afirma que os danos deste coquetel poderiam ir muito além da briga e de uma confusão mental.

"Tanto o etanol quanto estes tipos de drogas são depressores do sistema nervoso central. Elas desaceleram o cérebro e o efeito é espalhado por todo o organismo. Os batimentos cardíacos também perdem ritmo e o resultado pode ser desde sonolência excessiva a coma e até a morte”, diz Ramos.

O nome Rivotril é uma marca comercial para uma substância chamada clonazepam, um tranquilizante de um grupo de medicamentos conhecidos como benzodiazepínicos.

É justamente esse efeito que o torna eficaz no tratamento de doenças psiquiátricas como fobia social, transtorno do pânico e diversas formas de ansiedade generalizada ou decorrentes de situações estressantes.

 Por ser um remédio com efeito inibidor do sistema nervoso central, as principais reações adversas do clonazepam são sonolência, dor de cabeça, fraqueza muscular, fala mal articulada, tremores, vertigens, perda de equilíbrio, depressão respiratória, e formigamento e alterações da sensibilidade nas extremidades do corpo. Para o excesso de bebida alcoólica, estas mesmas sequelas são elencadas pelos especialistas, o que indica um efeito duplo quando um é associado ao outro.

Juntos
De forma muito parecida, o uso crônico de álcool e utilização errônea dos medicamentos ameaçam o País. As pesquisas que mensuram os hábitos de risco, feitas pelo Ministério da Saúde, Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) e da Universidade de São Paulo (USP) informam que um em cinco brasileiros bebe mais de quatro doses quando decide sair para beber, comportamento chamado pela literatura especializada de bebedor pesado.

Um dos indícios do potencial tóxico desta quantidade é fornecido pela médica Camila Magalhães, coordenadora do Centro de Informação Sobre Álcool (Cisa).

“O fígado só tem capacidade de metabolizar uma lata de cerveja, taça de vinho ou dose de uísque por hora. Qualquer coisa acima disso já sobrecarrega o corpo”, afirma.

Também é significativa a parcela de pessoas que se declara dependentes de medicações. O levantamento feito pela Secretaria Nacional Antidrogas (Senad), com o público universitário, mostrou que quase 15% das pessoas são viciadas em tranquilizantes. Nos Estados Unidos, uma pesquisa nacional apontou que as overdoses por remédios, neste caso analgésicos, triplicaram em dez anos.

Fonte IG