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segunda-feira, 11 de junho de 2018

Bactéria do solo pode ajudar no combate à ansiedade

Resultado de imagem para ansiedadeA Mycobacterium vaccae impediu que ratos desenvolvessem ansiedade mesmo em situações de estresse – e, agora, cientistas querem transformá-la em vacina

Quase 10% da população brasileira sofre de ansiedade, uma das maiores taxas do mundo. O transtorno é complexo e pode se manifestar de muitas de formas diferentes. Agora, os pesquisadores da Universidade do Colorado estão tentando desenvolver uma vacina para blindar pacientes de pelo menos uma das suas causas. Tudo graças a uma espécie de bactéria do solo.

O estudo publicado no periódico Brains, Behavior and Immunity, relata teste bem sucedidos em que a bactéria, chamada Mycobacterium vaccae, foi injetada em ratos. Oito dias após o tratamento, as cobaias apresentaram níveis mais altos de uma proteína antiinflamatória chamada interleucina-4 na região do cérebro. Essa proteína é associada ao controle do humor, ansiedade e medo.

Depois desse período, os ratos eram expostos a situações de estresse. Como resposta, eles apresentavam níveis mais baixos que o normal de HMGB1, outra proteína, que é induzida pelo estresse e responsável por sensibilizar o cérebro à inflamação. Em outras palavras: os ratos tinham aumento de uma proteína “calmante” e a redução de uma proteína “estressante”. Eram, em resumo, ratos menos ansiosos.

A lógica por trás do estudo é simples. Já é consenso entre os pesquisadores da área que diferentes tipos de inflamação no cérebro têm impacto direto sobre a nossa saúde mental – podendo gerar, como consequência, ansiedade e depressão. A grande vantagem da Mycobacterium vaccae é que a bactéria estimula o cérebro a desenvolver proteínas anti-inflamatórias, que trazem de volta o equilíbrio ao órgão e criam uma barreira contra esses efeitos. Agora, o desafio é replicar o resultado em humanos.

A má notícia é que, como dissemos no início do texto, a ansiedade (assim como o cérebro humano) é complexa. Neuroinflamação é apenas um dos gatilhos do transtorno e evitar isso, apesar de diminuir as chances, não será capaz de garantir sozinho o seu equilíbrio emocional. Mas sabemos que toda ajuda é bem vinda.

Superintessante

Comissão aprova validade nacional para receitas de remédios controlados

Resultado de imagem para receitas controladasAs receitas de medicamentos controlados e manipulados poderão ter validade nacional

A Comissão de Assuntos Sociais (CAS) aprovou nesta quarta-feira (6) o substitutivo da Câmara dos Deputados (SCD) 4/2018 ao Projeto de Lei do Senado 325/2012, que define que a receita tem validade em todo o território nacional, independentemente da unidade federada em que tenha sido emitida. Atualmente, as prescrições médicas só valem no estado de origem

Na Câmara, o texto foi alterado para dar nova redação ao parágrafo único do artigo 35 da Lei 5.991, de 1973, que trata do controle sanitário do comércio de medicamentos, em vez de incluir um novo parágrafo como previa o projeto original do Senado. Além disso, os deputados estenderam a permissão aos medicamentos sujeitos ao controle sanitário especial. No entendimento da Câmara, explicitar os medicamentos sob controle especial é necessário uma vez que, na prática, são os únicos medicamentos cujas receitas não podem ser aviadas fora do estado em que tenham sido emitidas.

A relatora da proposta na CAS, senadora Ana Amélia (PP-RS), argumentou que as farmácias já contam com um rigoroso controle e exigem a receita médica e os documentos do paciente que vai usar o remédio. Ana Amélia lembrou que a iniciativa vai beneficiar os pacientes que estão em tratamento e precisam viajar ou se consultar em outro estado.

— O objetivo essencial do projeto é permitir que todos os cidadãos possam comprar os medicamentos onde quer que estejam. Inclusive os medicamentos sujeitos a controle especial. Uma coisa extremamente razoável para um país de dimensões continentais. Até porque, em casos de medicamentos de uso contínuo, a pessoa tem muitas dificuldades, se vai viajar e fica mais tempo do que o esperado, para comprar o medicamento, é uma burocracia muito grande. A proposta segue agora para análise do Plenário do Senado.