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quinta-feira, 31 de agosto de 2017

Nutracêuticos, suplementos e alimentos funcionais: prática clínica baseada em evidências

O segmento de nutracêuticos, suplementos e alimentos tem demonstrado um crescimento constante e cada vez maior no Brasil. Um relatório da MarketsandMarkets revelou que o mercado de nutracêuticos atingirá U$33,6 bilhões em 2018, com taxa estimada de crescimento de 7,2% ao ano (de 2013 a 2018)

Esta impressionante expansão reflete também no mercado de trabalho para os farmacêuticos que atuam nessa área. Para compartilhar conhecimento com profissionais que já atuam ou que desejam ingressar nesse setor, o Conselho Federal de Farmácia (CFF) realizará o II Simpósio Farmacêutico de Nutracêuticos, evento que acontece dentro da programação do I Congresso Brasileiro de Ciências Farmacêuticas, de 15 a 18 de novembro, em Foz do Iguaçu (PR).

Entre as atividades do segundo dia do II Simpósio Farmacêutico de Nutracêuticos (16/11), uma mesa redonda, mediada pelo farmacêutico Henry Okigami tratará da prática clínica de nutracêuticos, suplementos e alimentos funcionais, baseada em evidências. Henry é especialista em farmácia hospitalar, homeopatia, fitoterapia e consultor em pesquisa e desenvolvimento de produtos e processos na indústria farmacêutica, alimentícia e cosmética.

Os nutracêuticos, suplementos e alimentos funcionais também são utilizados como terapêuticos, ou seja, podem prevenir ou tratar doenças. São produtos administrados para auxiliar na nutrição humana, com efeitos na saúde e na cosmética dos pacientes, e podem ser tanto de uso tópico como ingeridos por via oral.

De acordo com o moderador, a abordagem ao tema dos nutracêuticos e suplementos será feita a partir do produto. Será demonstrada a origem, o efeito no metabolismo, para então os participantes da mesa junto aos congressistas explorarem artigos científicos que já testaram esses produtos, tanto para verificar se tratam-se de placebo como para avaliar a eficácia de seus princípios ativos.

Os alimentos funcionais serão analisados a partir das suas características nutritivas, já que conforme Henry, são produtos que demonstram efeito na saúde, seja para a prevenção ou para o tratamento de doenças. “Os alimentos funcionais são muito estudados no mundo todo, e há uma tendência de revistas científicas de várias áreas publicarem artigos sobre alimentos funcionais. Abordaremos o tema alimentos funcionais na mesma metodologia dos suplementos”.

A prática clínica baseada em evidências com nutracêuticos, suplementos e alimentos funcionais se dá da mesma forma que com medicamentos, estudando os produtos, conhecendo o campo metabólico ou patológico deles. “O profissional de saúde capacitado avalia o risco-benefício ao paciente e indica produtos que foram pesquisados para a finalidade, usando para tanto publicações em revistas de impacto, nacionais e internacionais”, explica o moderador.


CFF

Longevidade e impactos na saúde

A expectativa de vida no Brasil vai crescer dois anos só na próxima década e a taxa de natalidade, que já é baixa, deve cair 40% no mesmo período, de acordo com dados do IBGE


Não é necessário ser matemático para perceber que a já deficitária conta da Previdência Social continuará não fechando caso não haja mudanças urgentes no sistema.

A Reforma da Previdência ganhou, ao lado da Trabalhista, a atenção de todos. Mas existe outra discussão fundamental, impactada pelos mesmos dados sobre envelhecimento que não tem sido vista como relevante para o governo, empresários e mesmo para a população: o sistema de saúde nacional.

Existe, é bem verdade, a identificação de piora nos serviços e de aumento nos preços, mas não há, principalmente por parte das empresas, uma percepção do tsunami que está por vir. E o que vem pela frente é uma tragédia anunciada. A grande maioria da população ainda depende do sobrecarregado Sistema Único de Saúde (SUS) e apenas 25% tem algum tipo de convênio ou plano, a maior parte deles provida por empresas.

O cenário atual, portanto, se desdobra em dois grandes problemas: o aumento no número de desassistidos por conta da crise (mais de 2 milhões de brasileiros) e o constante aumento nos preços de serviços médicos.

A “inflação médica” chegou a 19,7% em 2016, ritmo mais acelerado desde que a série histórica se iniciou, em 2007, e bem acima da inflação. Como consequência, os gastos com planos de saúde se tornou a principal linha de custo para as empresas, atrás do salário dos empregados.

A Constituição garante que a Saúde é “d i re i t o de todos e dever do Estado”, sendo que a configuração institucional do sistema permite a participação da iniciativa privada, de forma complementar ao SUS. Assim, os estabelecimentos privados de saúde também fazem parte de toda a rede de atendimento do SUS, de forma suplementar e complementar.

No caso da saúde suplementar, oferecida por operadoras de planos de saúde privados individuais e coletivos e com atendimento realizado por uma rede de prestadoras privadas de serviços de saúde, há, atualmente, quase 48 milhões de usuários de planos coletivos privados de assistência médica no Brasil e pouco mais de 22 milhões de usuários de planos coletivos privados exclusivamente odontológicos.

A conta está chegando antes para os grandes empregadores, que começam a perceber a importância e gravidade da questão dos planos de saúde. A saúde do trabalhador é fundamental para que a empresa tenha um time engajado, produtivo e que possa servir e atender bem os clientes. Ainda assim, é necessário encontrar uma forma de lidar com o custo dos planos, que aumenta muito acima da inflação. Algo, que é insustentável num cenário de crise como o que vivemos. Não há fórmula mágica para solucionar a questão, mas alguns fatores são importantes.

A prevenção, como diz o ditado popular, é melhor que remediar. É, também, mais barata. Programas complementares ao plano de saúde, como campanhas educacionais estimulando a prática de esportes e cuidados com a saúde e parcerias com academias, contribuem para que o plano seja menos acessado, reduzindo custos no agregado. Como as reformas trabalhista e previdenciária, o tema da saúde suplementar merece um debate sério, envolvendo governo, empresários, sindicatos, redes de hospitais e operadoras de planos de saúde. Com saúde, é bom lembrar, não se brinca.

DCI

Anvisa suspende Paracetamol e outros medicamentos

Resultado de imagem para alerta anvisaA Anvisa suspendeu lotes de três medicamentos de diferentes laboratórios por problemas de qualidade e fabricação

Lotes de três medicamentos foram suspensos pela Anvisa nesta quarta-feira (30/8) após a identificação de problema de qualidade e no processo de fabricação. A medida vale somente para os produtos e laboratórios citados na resolução da Agência.

A ação é preventiva e tem como objetivo evitar prejuízos ao consumidor.

Confira os medicamentos com suspensão publicada ontem
  • Paracetamol solução oral, 200mg/mL – lote 0130/16 (validade 03/2018) – Fabricante Hipolabor Farmacêutica Ltda
  • Amoxil BD (amoxicilina tri-idratada) 200 MG/5 ML Pó e 400 MG/5 ML Pó – Fabricante Brainfarma Indústria Química e Farmacêutica S/A – Vendido pela Glaxosmithkline Brasil Ltda
  • Sulfametoxazol + Trimetoprima 800 + 160 mg – Fabricante Prati Donadduzzi & Cia Ltda
Entenda as suspensões

Paracetamol - Hipolabor
Farmacêutica Somente o lote 0130/16 do laboratório Hipolabor Farmacêutica Ltda está suspenso.

Todos os demais lotes dessa empresa e de outros fabricantes estão liberados e podem continuar a ser utilizados.

Por que?
O medicamento foi suspenso depois que o Laboratório Central de Saúde do Governo de Santa Catarina identificou um material sólido na solução que deveria ser totalmente líquida.

O caso foi classificado como de baixo risco e a ação é preventiva.

Se você tem este medicamento em casa não utilize.

Para saber como ser ressarcido, entre em contato com o SAC do fabricante e, se necessário, procure o Procon.

Amoxil BD (amoxicilina tri-idratada) - GlaxosmithklineBrasil 
A suspensão vale para todos os lotes do medicamento que está em nome da Glaxosmithkline Brasil nas embalagens de 200mg/5mL Pó suspensão oral X 100ML e 400mg/5 ML Pó Suspensão Oral x 100ml.

Por que?
O fabricante mudou a forma de fabricação do princípio ativo do medicamento.

Quando isso acontece, é necessário que a Anvisa faça uma autorização prévia para garantir que a mudança não altere o funcionamento do medicamento no organismo e o tratamento dos pacientes.

Sulfametoxazol + Trimetoprima 800 + 160 mg - Fabricante Prati Donaduzzi & Cia Ltda
A suspensão vale para o lote 15L20A do medicamento fabricado pela Prati Donaduzzi & Cia Ltda.

Por que?
Uma análise do Instituto Adolfo Lutz, de São Paulo, identificou problemas no ensaio de aspecto do produto.

O ensaio de aspecto faz uma análise visual do produto para identificar que a forma, cor, textura e aspecto geral do produto estão de acordo com o padrão do medicamento em questão.

Confira a íntegra das resoluções publicadas no Diário Oficial da União.

ANVISA