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terça-feira, 17 de fevereiro de 2015

Como os fitoterápicos atuam contra a depressão e a ansiedade

Será que os fitoterápicos funcionam como os remédios tradicionais na hora de mandar o nervosismo e o baixo-astral para longe?
 
Como alternativa ao uso de ansiolíticos e antidepressivos, que podem causar efeitos colaterais e até dependência, alguns especialistas apontam para os fitoterápicos, que são feitos com plantas e agem de forma semelhante às drogas sintéticas.

No entanto, vale esclarecer uma confusão corriqueira. "Os fitoterápicos, como todo medicamento, passam por uma série de pesquisas para comprovar sua eficácia. Já as plantas medicinais podem ser usadas de outras maneiras, no preparo de chás", diferencia o professor de farmacologia Hudson Canabrava, da Universidade Federal de Uberlândia.

E nem todos os remédios naturais já caíram nas graças dos cientistas. É preciso conhecê-los bem antes de correr até a farmácia fitoterápica mais próxima.

Na hora de comprar fitoterápicos, procure ficar atento ao rótulo do produto. Nele, há o número de registro da Agência Nacional de Vigilância Sanitária, a Anvisa. "Para ser registrado, o remédio deve passar por testes que comprovam sua eficácia, segurança e qualidade", esclarece Mônica Soares, especialista em regulação de fitoterápicos da Anvisa.

Se as crises não são graves, os chás podem ser uma aposta certeira. "Os princípios ativos estão presentes de maneira mais branda, o que reduz a probabilidade de complicações", atesta o psicobiólogo Ricardo Tabach, da Universidade Federal de São Paulo. Busque comprá-los em farmácias de confiança e conferir no rótulo o nome científico da planta.

E, mesmo sendo de origem natural, os fitoterápicos devem ser consumidos com cautela. "As plantas possuem milhares de substâncias químicas capazes de reagir de maneira indesejada com medicamentos alopáticos comuns. A passiflora, por exemplo, que é um calmante suave, causa sonolência excessiva se combinada com outros remédios", adverte Canabrava. Não caia no engano de pensar que as plantas são inofensivas. A orientação médica é indispensável.

Confira abaixo cinco plantas que tranquilizam e têm o aval da ciência:
 
(1) Melissa, ou Melissa officinalis - Também conhecida como erva-cidreira, tem óleos essenciais que acalmam levemente.
 
Formas de consumo: seu chá é a mais popular.

(2) Camomila, ou Matricaria recutita - Esse tipo de camomila tem efeito calmante.
 
Formas de consumo: suas folhas e flores são empregadas em infusões.

(3) Erva-de-são-joão, ou Hypericum perforatum - É a mais eficiente para combater a depressão.
 
Formas de consumo: usada na produção de medicamentos, ela só pode ser comprada com receita médica.

(4) Passiflora, ou Passiflora incarnata - Essa espécie de maracujá ajuda a controlar crises de ansiedade e depressão.
 
Formas de consumo: além de chás, seu princípio ativo entra na fórmula de alguns medicamentos.

(5) Valeriana, ou Valeriana officinalis - Suas propriedades são extraídas da raiz. Melhora o sono.
 
Formas de consumo: é usada na produção de fitoterápicos e em chás e infusões, apesar do gosto amargo.
 

Carreira: No limite da ansiedade e à beira de um colapso

Em um mercado de trabalho em que tudo é pra ontem, o terreno é fértil para a aflição e angústia
 
ores de cabeça, sobrepeso, problemas gastrointestinais, insônia, cansaço extremo. Estes distúrbios físicos “desfilam” a torto e a direito em ambientes de trabalho de empresas brasileiras e podem ser resultado direto de um fato alarmante: os profissionais brasileiros estão no limite da ansiedade.
 
Recente pesquisa realizada com 1,2 mil pessoas traduz a gravidade do problema em números. Mais da metade delas vive em estado contínuo de ansiedade e quase 10% estão à beira de um colapso.
 
A falta de transparência e clareza na gestão estratégica e as mudanças frequentes de rota operacional são dois dos gatilhos da ansiedade no trabalho, segundo a pesquisa.
 
Em um mundo em que tudo é pra ontem, a dificuldade em negociar prazos, estabelecer limites e os encaixes de projetos não previstos na rotina de trabalho completam o terreno fértil para a aflição e angústia, segundo os ansiosos corporativos.
 
Culpa exclusiva da gestão da empresa? Não, na opinião da coach Jacqueline Weigel, responsável pelo levantamento.“Profissionais são corresponsáveis por esta situação porque se comportam como vítimas passivas”, diz ela.
 
De um lado, gestores devem entender que o que estão fazendo não funciona, e que o ser humano aguenta trabalhar sob pressão quando ela faz sentido, diz. “Tenho visto muitos ambientes de trabalho caóticos”, afirma.
 
Do outro, os profissionais também precisam aumentar a sua capacidade de lidar com a ansiedade, segundo a coach. E dentro deste contexto, ela dá alguns conselhos aos mais aflitos:
 
1. Autoconhecimento e autogestão
Volte o olhar para si e adote o hábito de observar e refletir. “As pessoas precisam tomar as rédeas de suas vidas e compreender que são donas da sua inteligência emocional”, diz Jaqueline.
 
Sem autoconhecimento e sem autogestão emocional, profissionais vão ficando para trás. “São pessoas que criam mais confusão do que geram resultados”, diz.
 
2. Fuja de padronizações sobre o sucesso
Modelos padronizados de sucesso são frustrantes. “Melhor do que tentar se enquadrar em caixinhas, é buscar uma fórmula autêntica para o seu desenvolvimento”, diz a coach.
 
3. Desenvolva competências
Capacidade de planejamento, organização, concentração e foco são habilidades cruciais porque têm potencial para travar o ciclo de ansiedade. “É preciso ter coragem para dizer não, para fazer escolhas”, diz Jaqueline.
 
4. Mais espiritualidade pode ajudar
“Percebo que as pessoas que mais têm inteligência emocional têm uma conexão espiritual que as deixa mais tranquilas. Isso me chamou muito a atenção”, diz Jaqueline.
 
Não se trata de religião e sim de estar conectado a valores, à ética e ao que traz propósito e significado para a vida. Sem isso, sobra o insuportável.
 

Saiba o que fazer em situações de emergência

Você sabe como agir se alguém engasgar, quebrar um braço ou se queimar? Guarde nossas orientações e lembre-se: procedimentos errados podem causar complicações graves
 
Emergências ocorrem a qualquer hora e em qualquer lugar, e conhecer condutas básicas de primeiros socorros é fundamental, já que o atendimento inicial pode fazer a diferença. "É preciso saber identificar os sinais de anormalidade e de gravidade para socorrer a vítima de maneira adequada", diz Maurício Alchorne, cirurgião-geral do pronto atendimento do Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo. Separamos algumas dicas do que fazer (e não fazer). Confira, use e, o mais importante, mantenha a calma!
 
Antes de tudo, chame o Samu (192)!
 
Coloque as dicas em prática enquanto ele não chega:
 
1. Engasgo
 
1. Deixe a vítima em pé e fique atrás dela como se fosse abraçá-la.
 
2. Feche uma de suas mãos e coloque-a na barriga dela, um pouco acima do umbigo. A outra mão, aberta, deve ficar sobre a primeira, comprimindo-a.
 
3. Dê pequenos socos rápidos na barriga da vítima, indo para dentro e para cima. Faça isso de seis a dez vezes.
 
O que não fazer: provocar vômito, pois isso pode agravar ainda mais a situação. Ah, e só retire o objeto da garganta da vítima se ele estiver bem visível e se você conseguir alcançá-lo com a ponta dos dedos.
 
2. Afogamento
 
1. Retire a pessoa da água com muito cuidado e coloque-a deitada de barriga para cima.
 
2. Jogue a cabeça dela um pouco para trás e gire-a para a lateral. Fica mais fácil expelir a água.
 
3. Se isso não acontecer e você perceber que a vítima não respira, faça respiração boca a boca: tampe o nariz da pessoa, coloque sua boca sobre a dela, respire fundo e assopre vigorosamente. Observe se o peito está levantando. Faça isso duas vezes.
 
4. Intercale com a massagem torácica. Coloque uma mão sobre a outra na altura do peito e pressione 100 vezes por minuto. Faça os dois procedimentos até a ambulância chegar.
 
O que não fazer: balançar a vítima para tirar a água dos pulmões ou dar tapas em suas costas. Isso só vai piorar tudo.
 
3. Mordida ou arranhão de cão
 
1. Lave bem o local com água e sabão e passe um antisséptico.
 
2. Use gaze limpa para fazer um curativo e tampar o local.
 
3. Encaminhe a vítima ao pronto-socorro para avaliar alguma contaminação. Possivelmente ela terá de tomar vacina contra raiva.
 
4. Caso o cão não seja seu, procure saber sobre a saúde dele e se as vacinas estão em dia.
 
5. Observe o animal por dez dias. Caso ele morra, adoeça ou fuja nesse período, a vítima deve voltar ao médico para que sejam tomados novos procedimentos.
 
O que não fazer: aplicar cremes e pomadas no local sem orientação médica. Também não perca o animal de vista de jeito nenhum.
 

Remédio para hipertensão provoca problemas gastrointestinais semelhantes aos da doença celíaca

Olmesartan
Pesquisadores chegaram a essa relação após observarem que pacientes com esses sintomas que deixaram de usar o medicamento tiveram melhora
 
Pesquisadores da Clínica Mayo, nos Estados Unidos, encontraram uma associação entre um medicamento comumente prescrito a pacientes com pressão alta e sérios problemas gastrointestinais.
 
A droga, de acordo com o estudo, pode provocar sintomas semelhantes aos da doença celíaca, como náuseas, diarreias, vômitos e perda de peso. Os resultados do trabalho foram publicados nesta sexta-feira no periódico Mayo Clinic Proceedings.
 
Os autores do trabalho chegaram a essa relação após acompanharam, durante três anos, 22 pacientes com inflamação intestinal, diarreia crônica e outros sintomas da doença celíaca — nem todos haviam sido, de fato, diagnosticados com o problema. No entanto, os resultados dos testes de sangue desses indivíduos mostraram que eles não tinham anticorpos que costumam ser apresentados por pessoas com a doença celíaca. Eles também não responderam aos tratamentos convencionais para o problema.
 
Ao analisarem os medicamentos tomados por esses pacientes, os médicos observaram que muitos deles faziam uso do Olmesartan, substância indicada para tratamento de hipertensão arterial. Quando os médicos determinaram que esses indivíduos deixassem de fazer o uso da droga, todos apresentaram melhora dos sintomas gastrointestinais, de acordo com a pesquisa.
 
“Nós pensamos, no início, que todos esses 22 pacientes tinham a doença celíaca, já que eles apresentavam sintomas parecidos. Porém, os exames de sangue de alguns deles eram diferentes, então concluímos que se tratava de outro problema”, diz Joseph Murray, coordenador desse estudo.
 
“Queremos que os médicos tenham consciência sobre essa questão para que levem em consideração os medicamentos tomados por pacientes com problemas gastrointestinais. Nós identificamos a associação, agora esperamos que a ciência descubra o mecanismo pelo qual isso ocorre”.
 
Saiba mais
 
Doença celíaca
É uma doença caracterizada pela intolerância ao glúten, uma proteína presente no trigo, na cevada e no centeio.
 
Toda vez que um alimento com glúten é consumido, uma reação imunológica desencadeia-se no intestino e causa a destruição das vilosidades da mucosa, dobras que aumentam a absorção de nutrientes. Assim, com o tempo a doença leva a uma série de problemas, como anemia, perda de peso e outras doenças graves.
 
Os sintomas incluem diarreia crônica, inchaço do abdome, anemia e vômitos. Mas algumas pessoas podem apresentar ainda perda de massa muscular, enxaqueca, baixa estatura sem causa aparente, atraso no desenvolvimento puberal, irritabilidade ou depressão, dores nas articulações, problemas no esmalte do dente, aftas recorrentes na boca, constipação intestinal, dermatite herpetiforme (erupções na pele) e fraqueza.
 
Os sintomas podem aparecer juntos ou isolados, e de maneira mais agressiva ou branda.
 

Seis maneiras de combater a prisão de ventre

Prisão de ventre: um dos sintomas é evacuar menos de três vezes por semana
Thinkstock - Prisão de ventre: um dos sintomas é evacuar
menos de três vezes por semana
Controlar o stress, fazer exercícios aeróbicos e beber bastante água ajudam a combater a constipação, problema mais comum em mulheres e idosos
 
Ir ao banheiro menos de três vezes por semana é sinal de constipação, conhecida como prisão de ventre. O problema é caracterizado não só pelo baixo número de evacuações, mas pela consistência endurecida das fezes e pelo esforço necessário para evacuar. A constipação é mais comum em mulheres, uma vez que os hormônios femininos dificultam o trânsito intestinal, e em idosos, pois os músculos intestinais não funcionam a pleno vapor.
 
“A constipação pode ser um sintoma de doenças como hipertireoidismo, diabetes, esclerose múltipla e Parkinson”, afirma Paulo Corsi, gastroenterologista do Hospital Samaritano, em São Paulo. Por isso, quando uma pessoa sem histórico de prisão de ventre passa a sofrer do problema, é preciso procurar um médico.
 
Complicações
Caso não seja tratada, a prisão de ventre pode desencadear hemorroidas e diverticulite, uma inflamação no intestino grosso. “Alguns estudos indicam ainda que há uma maior incidência de tumores intestinais em pacientes constipados”, diz Guilherme Andrade, gastroenterologista do Hospital 9 de Julho, em São Paulo.
 
O tratamento da prisão de ventre começa com mudanças nos hábitos alimentares e no estilo de vida. Fibras industrializadas, vendidas em farmácias, completam o tratamento. Laxantes e supositórios só devem ser utilizados quando as primeiras medidas não surtem efeito. Contudo, segundo a gastroenterologista Maira Marzinotto, da Rede de Hospitais São Camilo de São Paulo, o problema do uso de laxantes é que muitas pessoas preferem tomar o medicamento a mudar o estilo de vida. 
 
Estratégias para combater a prisão de ventre:
 
1. Controlar o stress
O stress, a depressão, a ansiedade e qualquer outra modificação no humor interferem na contração intestinal. O intestino está ligado ao cérebro pelo chamado eixo tálamo-intestinal, de modo que hormônios liberados em situações de stress, como o cortisol, afetam diretamente a eliminação de fezes. Praticar atividades relaxantes pode evitar o incômodo.
 
2. Conversar com o médico antes de tomar qualquer remédio
Remédios contra cólicas menstruais, pressão alta, antidepressivos e derivados de morfina podem agravar ou levar à constipação. “Esses medicamentos alteram a movimentação peristáltica e dificultam a eliminação das fezes”, diz Guilherme Andrade, gastroenterologista do Hospital 9 de Julho, em São Paulo. Por isso, conversar com o médico antes de tomar qualquer medicamento é essencial.
 
3. Comer fibras
Uma dieta rica em fibras é essencial para combater a prisão de ventre, pois esse nutriente é o principal componente das fezes, ao lado da água. “O consumo de fibras aumenta o bolo fecal e melhora a contração intestinal, responsável por eliminar as fezes”, afirma Carlos Frederico Porto Alegre, gastroenterologista do Hospital Norte D’Or e da Santa Casa de Misericórdia do Rio de Janeiro.
 
O ideal é consumir, no mínimo, 25 gramas de fibras ao dia. O feijão preto, por exemplo, tem 15 gramas do nutriente a cada xícara e a aveia crua possui 9 gramas de fibra a cada 100 gramas.
 
4. Beber bastante água
A água hidrata e amolece o bolo fecal, facilitando o trânsito intestinal. Além disso, ela é a responsável pela atuação da fibra – sem ela, o nutriente não surte efeito. “Comer fibras e não beber água pode causar ainda mais constipação”, diz Paulo Corsi, gastroenterologista do Hospital Samaritano, em São Paulo. O ideal é consumir cerca de 2 litros de água por dia.
 
5. Fazer atividade física
Exercitar-se regularmente melhora a prisão de ventre por estimular o peristaltismo intestinal, que é o movimento que o intestino faz para eliminar o bolo fecal. De acordo com a gastroenterologista Maira Marzinotto, da Rede de Hospitais São Camilo de São Paulo, atividades aeróbias, como caminhada, corrida e natação, são as mais efetivas para amenizar o problema. 
 
6. Não abusar dos laxantes
Quando as mudanças de estilo de vida não solucionam a prisão de ventre, os laxantes podem ajudar a eliminar o problema. Contudo, o seu uso só deve ser feito com prescrição médica. Segundo Carlos Frederico Porto Alegre, o excesso de laxativos pode fazer com que a pessoa se acostume a recorrer ao medicamento e acabe virando refém do seu uso. "Eles devem ser usados numa fase momentânea.
 
Caso sejam utilizados exageradamente, os laxantes podem lesar a mucosa intestinal e, em casos mais graves, perfurar o intestino", diz.

VEJA

Corpo em jejum ou restrição calórica tem menos inflamações

Pesquisa da Universidade de Yale revela que composto produzido pelo organismo bloqueia parte do sistema imunológico envolvido em distúrbios como diabetes tipo 2, aterosclerose e Alzheimer
 
Rio - Pesquisadores da Escola de Medicina de Yale descobriram que um composto produzido pelo corpo em dieta ou jejum é capaz de bloquear parte do sistema imunológico envolvido em diversos distúrbios inflamatórios, como diabetes tipo 2, aterosclerose e Alzheimer.
 
No estudo, publicado na edição on-line da revista “Nature Medicine”, nesta segunda-feira, os pesquisadores descrevem como o composto β-hydroxybutyrate (BHB) inibe diretamente o NLRP3, que faz parte de um conjunto complexo de proteínas chamado de inflammasome — a resposta inflamatória das doenças.
 
BHB é um metabólito produzido pelo corpo em resposta ao jejum, a exercícios de alta intensidade, à restrição calórica, ou ao consumo da dieta com poucos carboidratos. Já era conhecido o efeito entre a restrição calórica do jejum e a redução de inflamação no corpo, mas até agora não tinha ficado claro como as células imunológicas se adaptavam à reduzida disponibilidade de glicose e se elas podiam responder aos metabólitos produzidos a partir da oxidação de gordura.
 
O trabalho com camundongos e células imunológicas humanas queria mostrar como os macrófagos — células especializadas do sistema imunológico que produzem inflamação — respondem quando expostos a corpos cetônicos (causados pelo baixo consumo de carboidratos) e se que havia impacto no complexo inflammasone.
 
A equipe introduziu BHB em modelos de ratos com doenças inflamatórias causadas por NLP3. Eles descobriram que essa introdução reduziu a inflamação, que também foi reduzida quando os ratos receberam uma dieta cetogênica, que eleva os níveis de BHB na corrente sanguínea.
 
“Nossos resultados sugerem que os metabólitos endógenos como BHB que são produzidos durante a dieta com poucos carboidratos, jejum ou exercício de alta intensidade podem diminuir a inflammasome NLRP3”, afirmaram os pesquisadores.
 
O Globo

Benzodiazepínicos - como e quando devem ser usados?

O que são benzodiazepínicos
Os Benzodiazepínicos são um grupo de drogas estruturalmente relacionadas, usadas inicialmente como sedativos, hipnóticos, relaxantes musculares e antiepilépticos, e outrora denominados de "tranqüilizantes menores".
 
Acredita-se que estes agentes produzam efeitos terapêuticos ao potencializar a ação do Ácido Gama-Amino-Butírico (GABA), um importante neurotransmissor inibidor.
 
Segundo a duração de sua ação, são classificados em benzodiazepínicos de ação longa ou de ação curta.
 
Foram introduzidos como alternativas mais seguras que os barbitúricos, pois eles não suprimem o sono REM na mesma extensão que os barbitúricos, mas tem um potencial significativo para induzir dependência e propiciar o uso indevido.
 
O poder de viciar paciente
Mesmo quando são usados em doses terapêuticas, a sua interrupção abrupta induz uma síndrome de abstinência em até 50% das pessoas tratadas por seis meses ou mais.
 
Os sintomas de abstinência parecem ser mais intensos com as preparações de ação curta; com os benzodiazepínicos de ação longa os sintomas de abstinência aparecem uma ou duas semanas depois da interrupção e duram mais, mas são menos intensos.
 
Como com outros sedativos, é necessário um programa de desintoxicação lenta para evitar complicações graves como as convulsões da abstinência.
 
Critérios mais rigorosos na prescrição
Os Benzodiazepínicos são utilizados nas mais variadas formas de ansiedade e, infelizmente, nos dias de hoje, a sua indicação médica não tem obedecido, como seria desejável, a determinadas regras amparadas no devido embasamento científico.
 
Ao receitarmos tais medicamento, devemos lembrar que os Benzodiazepínicos são apenas ansiolíticos e nada mais que isso. Não são antineuróticos, antipsicóticos ou anti-insônia, como podem estar pensando muitos clínicos e pacientes.
 
A melhor indicação para os Benzodiazepínicos são os casos onde a ansiedade presente NÃO faz parte da personalidade do paciente, ou, melhor ainda, os casos onde a ansiedade NÃO seja secundária a outro distúrbio psíquico. Resumindo, serão bem indicados quando usado para a ansiedade que estiver muito bem delimitada no tempo e tiver uma causa bem definida.
 
Naturalmente, podemos nos valer dos Benzodiazepínicos como coadjuvantes do tratamento psiquiátrico, quando a causa básica da ansiedade ainda não estiver sendo prontamente resolvida. No caso, por exemplo, de um paciente deprimido e, conseqüentemente ansioso, os Benzodiazepínicos podem ser úteis nos primeiros dias da terapêutica medicamentosa, enquanto o tratamento antidepressivo não estiver exercendo o efeito desejável. Trata-se, neste caso, de uma associação medicamentosa provisória e benéfica ao paciente. Entretanto, com a progressiva melhora do quadro depressivo não haverá mais embasamento científico para a continuidade do uso dos Benzodiazepínicos, principalmente em se levando em conta os efeitos colaterais esperáveis.
 
Interações medicamentosas
A Cimetidina, os anticoncepcionais orais (ACO), o Dissulfiram, a Isoniazida, o Propanolol e o Alcool podem reduzir o clearence e aumentar a meia vida da maioria dos diazepínicos. Essas interações interferem com a redução do fluxo sanguíneo hepático e com a inibição competitiva das enzimas microssomiais oxidativas hepáticas.
 
Outras drogas usadas concomitantemente podem ainda potencializar a ação dos diazepínicos, tais como: barbitúricos, anticonvulsivantes, hipnoanalgésicos, anestésicos, antipsicóticos, etc.
 
Os efeitos colaterais
Os pacientes em uso de benzodiazepínicos devem ser advertidos com relação aos riscos existentes de surgimento de sedação, sonolência, ataxia, disartria, prejuízo de execução de tarefas banais como dirigir carros, manejar máquinas ou executar outras ações que exijam coordenação motora fina.
 
Lentificação do curso do pensamento e déficit intelectivo-cognitivo são também observados, e ao EEG observa-se aumento de ondas beta: ondas lentas e de baixa voltagem.
 
Entretanto, um prejuízo temido é o que em geral ocorre sobre as funções cognitivas, com redução da capacidade de concentração e prejuízo amnêmico. Tais alterações são dose-dependentes e podem colocar a vida do paciente em risco.
 
Pode ainda ocorrer amnésia lacunar, mais comum com o uso de substâncias de curta duração de efeito (Triazolam, Midazolam, Lorazepam, Alprazolam), ou com doses mais altas e irregulares. Essa amnésia é mais preocupante quando se usa alcool ao mesmo tempo.
 
Pode também ocorrer também a amnésia de fixação, mais frequentemente associada com o uso prolongado e/ou o emprego de doses elevadas dessas substâncias, independente da duração dos seus efeitos.
 
E deve-se salientar ainda que existem evidências que sugerem que o uso prolongado de Benzodiazepínicos pode induzir a alterações permanentes quanto ao déficit intelectivo-cognitivo e ao prejuízo da memória, o que constitui, dessa forma, IATROGENIA.
 
Exemplos:
 
ALPRAZOLAM - Frontal, Tranquinal
 
BROMAZEPAM - Brozepax, Deptran, Lexotam, Nervium, Novazepam, Somalium, Sulpam
 
CLOBAZAM - Frizium, Urbanil
 
CLONAZEPAM - Rivotril
 
CLORDIAZEPÓXIDO – Psicosedim
 
CLOXAZOLAM - Elum, Olcadil
 
DIAZEPAM - Ansilive, Calmociteno, Diazepam, Diazepan, Kiatriun, Noam, Somaplus, Valium
 
LORAZEPAM - Lorium, Lorax, Mesmerin
 
Alternativas aos diazepínicos
 
BUSPIRONA - Ansienon, Ansitec, Bromopirim , Brozepax, Buspanil, Buspar
 

Mercúrio aumenta risco de doenças autoimunes; atenção com os frutos do mar

Frutos do mar apresentam taxas mais altas de mercúrio
despejado em mares e rios
O metal chega ao corpo humano principalmente pela ingestão de frutos do mar pescados em áreas contaminadas. Estudo dos Estados Unidos aponta que o estrago pode ser maior entre as mulheres

Com complicações completamente distintas, doenças como a esclerose múltipla, o diabetes tipo 1 e o vitiligo têm um fator em comum. O desenvolvimento desses males autoimunes pode estar ligado à ingestão de mercúrio. É o que indica um estudo da Universidade de Michigan, nos Estados Unidos, publicado hoje no jornal Environmental Health Perspective.

A pesquisa indica que mesmo níveis baixos do metal podem influenciar no surgimento dessas enfermidades que atacam o sistema imunológico. A descoberta serve como um alerta ao consumo de frutos do mar, que apresentam taxas mais altas da substância despejada em mares e rios. Atividades de garimpo e de mineração estão entres as principais responsáveis pela contaminação.
 
As doenças autoimunes acontecem quando estruturas de defesa passam a atacar células saudáveis do próprio corpo, acreditando se tratarem de inimigas. As razões do desajustes ainda não são conhecidas pela ciência. “Mas, agora, temos um bom motivo do por que as pessoas desenvolverem doenças autoimunes”, explicou à imprensa Emily Somers, professora do Departamento de Medicina Interna da Universidade de Michigan e autora principal do estudo.

Prevenção
Por falta de informações sobre a origem dos males autoimunes, os cientistas da instituição norte-americana saíram em busca de fatores externos que pudessem estar ligados ao problema de saúde. “Um grande número de casos dessas enfermidades não é explicado pela genética. Por isso, acreditamos que estudar causas ambientais nos ajudaria a entender por que a autoimunidade acontece e como podemos ser capazes de intervir”, explicou Somers.

No estudo, foram utilizados dados sobre mulheres com 16 a 49 anos e participantes de um grande levantamento nutricional — o National Health and Nutrition Examination — realizado entre 1999 e 2004. Durante a análise das informações, os cientistas notaram que a maior exposição ao mercúrio encontrado nos frutos do mar foi relacionado a uma taxa maior de autoanticorpos — proteínas produzidas pelo sistema imunológico quando ele não consegue distinguir entre os próprios tecidos e células potencialmente prejudiciais.

Essa condição é uma precursora dos problemas autoimunes. “A presença de autoanticorpos não significa necessariamente que eles vão levar a uma doença. No entanto, nós sabemos que os autoanticorpos podem preceder os sintomas e o diagnóstico delas”, destacou Somers.
 
Moderação
Os autores observam ainda que há muitos benefícios para a saúde com a ingestão de frutos do mar, fontes de proteína magra e nutrientes vitais. No entanto, os resultados fornecem novas evidências de que as mulheres em idade reprodutiva devem estar atentas ao tipo de peixe que estão consumindo. Já existe uma recomendação às grávidas que ingiram até 340g por semana. O estudo, portanto, serve, segundo eles, como um alerta maior ainda em relação a exposição ao mercúrio.

“Para as mulheres em idade fértil, que estão particularmente em risco de desenvolver esse tipo de doença, essa limitação pode ser especialmente importante a fim de que mantenham o controle do consumo de frutos do mar”, completa a autora. Em altas doses, o mercúrio também pode prejudicar o desenvolvimento do cérebro e do sistema nervoso dos fetos.

Males recorrentes

O diabetes é uma das doenças autoimunes mais frequente. Surge quando o copo não consegue mais produzir a quantidade essencial de insulina para que o açúcar do corpo se mantenha em taxas normais. Um estudo divulgado, no mês passado, pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul e pelo Hospital de Clínicas de Porto Alegre estima que cerca de 20% da população brasileira com 35 a 74 anos pode estar com a doença.
 
O resultado é muito superior aos dados do Ministério da Saúde. A pesquisa mais recente sobre a prevalência do diabetes no Brasil, a pesquisa Vigitel de 2013, indica que o problema acomete 6,9% da população. Outra doença autoimune frequente é a esclerose múltipla, que ataca o sistema nervoso central de forma lenta e progressiva, provocando dificuldades sensitivas e motoras que comprometem a qualidade de vida.
 
Correio Braziliense

Sexo oral sem camisinha pode causar câncer de boca

Feridas na boca que demoram a cicatrizar e manchas avermelhadas ou esbranquiçadas que podem ser confundidas com aftas são alguns sintomas dessa doença
 
O sexo oral sem camisinha faz a boca entrar em contato com fluídos e com a mucosa dos órgãos sexuais que podem causar doenças sexualmente transmissíveis e, consequentemente, câncer de boca.
 
E por ser uma prática mais comum para os jovens, têm sido eles as principais vítimas dessa doença. Segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA), o câncer de boca é o quinto mais comum no país para o sexo masculino.
 
“Infelizmente, a maioria das pessoas associa o uso dos preservativos apenas à gravidez e não às doenças sexualmente transmissíveis, como o câncer de boca e o HPV, o que faz esse quadro ter apresentado um aumento de casos nos últimos anos”, diz Emanuel Rocha Barganha, dentista especializado em estomatologista. 
 
E a proximidade de festas como o carnaval faz o especialista se preocupar ainda mais. “O grande problema não é fazer muito sexo, mas sim como esse sexo será feito durante esse período. Muitos jovens vão às ruas pular carnaval e, na empolgação ou por conta de drogas e bebidas alcoólicas, acabam se relacionando sexualmente sem nenhum tipo de prevenção”, diz o especialista. 
 
Porém, apesar da declaração do especialista, um estudo feito pelo International Journal of Epidemiology mostrou que, quanto maior o número de parceiras com as quais se pratica sexo oral e quanto mais precoce for o início da vida sexual, mais risco o homem terá de desenvolver câncer de boca. 
 
Principais sintomas
O câncer de boca costuma se apresentar com feridas na boca que demoram a cicatrizar (mais de uma semana) e manchas avermelhadas ou esbranquiçadas (que podem ser confundidas com aftas) nos lábios ou na mucosa bucal.“Nas fases mais avançadas, essa doença provoca mau hálito, dificuldade para engolir e falar, o aparecimento de caroços no pescoço e possível perda de peso expressiva”, diz Emanuel. 
 
Outros vilões
Há anos, o principal grupo de risco desse tipo de câncer era composto por homens com mais de 40 anos com o hábito frequente de fumar e beber e com higiene bucal falha. “O cigarro tem mais de 5000 substâncias que fazem mal à saúde. Além disso, a fumaça do cigarro, sempre muito quente (a temperatura dele ao encostar na boca pode chegar a 70 graus), causa uma irritação crônica na mucosa bucal que faz com que as células se multipliquem muito rapidamente, facilitando o aparecimento de tumores”, diz o especialista. 
 
O consumo de álcool também tem sua culpa, pois potencializa a ação da nicotina. A exposição excessiva ao sol é outra possível causa, mesmo que de menor incidência, para o aparecimento desse tipo de câncer. 
 
Diagnóstico precoce
“O diagnóstico precoce é a salvação do paciente”, diz Emanuel. Isso porque, quando essa doença é tratada logo no início, as chances de cura dobram e o tratamento é relativamente simples. “A cirurgia não é tão complicada e a recuperação do paciente é super rápida”, diz o especialista. 
 
O problema é que aqui no Brasil a maioria dos casos de câncer de boca diagnosticados já está em fase bem avançada e sem muita chance de curas fáceis. “Por isso, devemos ficar atentos a qualquer lesão na boca que demora mais de uma semana para cicatrizar. Na dúvida, procure seu dentista, é melhor pecar pelo excesso de cuidado do que se lamentar com um câncer de boca em estágio avançado”, diz Emanuel. 
 
Terra

Evite maus odores na área íntima com dicas de especialistas

Limpeza adequada e até o tipo de calcinha a ajudam a evitar mau cheiro na vagina, segundo especialistas
 
A região íntima tem odor próprio, que é possível de sentir quando há proximidade ou ao tocar com a mão. “Ele existe por conta da ação normal de bactérias que habitam a flora da região e que mantêm seu equilíbrio”, explica a ginecologista e obstetra Patrícia Toniolo Varella Costa. “Deixa de ser normal quando a secreção está amarelada, com sintomas como prurido, dor, ardência e odor de ‘peixe podre’”, disse a ginecologista Cristina Antunes de Araujo Pepicelli, do Hospital Bandeirantes.
 
Para evitar esse incômodo, alguns cuidados são fundamentais, como higiene adequada. Sabe como deve ser feita no banho? Será que desodorante íntimo e lenços umedecidos ajudam?
 
Confira as dicas das médicas e saiba que, se o problema já estiver instalado, deve marcar uma consulta para tratar a inflamação ou infecção que o causou:
 
Banho
É importante lavar com água e sabonete a região íntima todos os dias, mas somente a parte externa, nunca a interna, como lembrou a ginecologista Patrícia. “Passe os dedos em todas as dobras, retirando a secreção branquinha, que é excesso de pele morta e secreção acumulada produzida pelas nossas glândulas e que pode contribuir para o aparecimento do mau cheiro”, explicou a ginecologista Cristina. “Muitas vezes, as pacientes têm vergonha, mas as aconselho a colocarem um espelhinho para se olharem e conhecerem sua região íntima e, assim, também poder checar se toda a ‘gordurinha’ branca foi retirada”, completou Cristina.

Sabonete íntimo
A importância do sabonete íntimo divide opiniões entre as médicas. “Os sabonetes íntimos têm a função de limpar sem desequilibrar o pH ácido da área, algo que pode acontecer ao usar um sabonete comum, uma vez que tendem a ter o pH básico ou neutro”, disse a ginecologista Patrícia.
 
Já para a ginecologista Cristina, não é necessário usá-lo, mas ele pode ser uma aposta assim como o comum. “Evite bactericidas e produtos com perfumes, que podem trazer alergia. Sempre pensando em manter a região limpa, mas a flora vaginal preservada”, comentou Cristina.   
 
Lenços umedecidos
A melhor forma de higienização da região íntima é com água e sabonete, mas, se não houver como realizá-la, os lenços umedecidos são uma boa pedida, porque evitam que resíduos permaneçam. “De preferência, escolha os sem perfume para evitar processos alérgicos”, recomendou a ginecologista Cristina.  
 
Limpeza
A atenção deve ser redobrada após urinar ou evacuar. “O ideal é que o papel seja passado com delicadeza e sempre da uretra e vagina para frente ao urinar e do ânus para trás ao evacuar, nunca o contrário”, ensinou Patrícia. Após as relações sexuais, lave os pequenos e grandes lábios vaginais, e ingira líquidos no intuito de urinar após o sexo, prevenindo que bactérias proliferem na uretra e causem infecções urinárias, chamadas cistites, lembrou a ginecologista Patrícia.

Calcinha
Quando o assunto é a calcinha ideal para prevenir doenças e maus cheiros, aposte nas de algodão, que mantêm a transpiração vaginal adequada. Reserve as incrementadas e de outros materiais para ocasiões especiais. 
 
Absorvente diário
Os absorventes diários também são inimigos da saúde vaginal. “Além de abafar a região genital, propiciam que as bactérias normais ou anormais proliferem em um meio inadequado e agravem a presença do odor”, disse a ginecologista Patrícia. “Hoje, há no mercado absorventes íntimos considerados ‘respiráveis’, que são mais adequados quando o uso se torna necessário. Mas ainda aconselho minhas pacientes a preferirem a troca de mais de uma vez de calcinha ao longo do dia a fazer uso de absorvente íntimo”, ressaltou a médica Cristina.

Portanto, deixe os absorventes apenas para o período menstrual e procure realizar a troca frequente, sejam eles externos ou internos, substituindo-os a cada três ou quatro horas, sobretudos nos dias de fluxo mais intenso, lembrou Patrícia. 
 
Desodorante íntimo
A área íntima feminina possui muitas glândulas sudoríparas,  mais até do que as axilas,  sendo uma região de alto nível de transpiração.
 
Para quem se incomoda com o odor natural ou possui uma transpiração maior, a ginecologista Patrícia lembra sobre a possibilidade de usar desodorantes íntimos. “Pretendem inibir o cheiro sem interferir na flora, causar alergia ou interromper a secreção normal de pequenas glândulas presentes na região genital”, explicou Patrícia.
 
A ginecologista Cristina, por sua vez, não recomenda essa opção. “Esses produtos podem causar processos irritativos e alérgicos. Se forem utilizados, sempre prefira os com o pH neutro”, comentou.
 
Terra

Folia: energéticos naturais dão ânimo e protegem os dentes

Importante na produção de energia, a água de coco hidrata a boca e mantêm o fluxo salivar dentro dos padrões. Por isso, para os dias de folia, abuse dela.  Foto: Kzenon / Shutterstock
Foto: Kzenon / Shutterstock: Importante na produção de
 energia, a água de coco hidrata a boca e mantêm o fluxo
salivar dentro dos padrões. Por isso, para os dias de folia,
abuse dela.
Saiba quais alimentos naturais podem te dar mais energia durante a folia e ainda causar menos danos para sua boca e seus dentes
 
Na natureza existem vários alimentos que são considerados verdadeiros energéticos naturais e podem ser uma boa pedida para quem quer pular os quatro dias de carnaval sem deixar a peteca cair e nem prejudicar os dentes. Os energéticos industrializados e as bebidas isotônicas não são grandes amigos da saúde bucal, por serem extremamente ácidos. “Essa acidez causa a desmineralização da superfície do esmalte, umdano irreversível, e os dentes ficam mais expostos e suscetíveis a cáries”, diz Viviane Scheifer, nutricionista da clínica Faciall.  
 
Os energéticos naturais que são mais benéficos para os dentes são aqueles que possuem menor pigmentação e acidez. Com base nisso, Viviane e a dentista Michelle Duarte listaram alguns alimentos que vão manter você bem animado e com os dentes bonitos nesse carnaval. 
 
Coco – importante na produção de energia, o coco também pode ajudar a manter a saúde bucal em dia, uma vez que sua água ajuda a hidratar a boca e a manter o fluxo salivar dentro dos padrões, além de seu óleo combater algumas bactérias da flora bucal que podem causar a cárie. Por isso, para os dias de folia, abuse da água de coco. 
 
Banana – essa fruta contém frutose, glicose e amido, substâncias fornecedoras de energia. A banana também é rica em triptofano, que é convertido em serotonina, hormônio do bem-estar. Segundo Michelle, existem estudos que indicam que pacientes que costumam consumir bastante banana estão menos sujeitos a contrair câncer de boca. Ou seja, uma boa vitamina de banana, sem açúcar, antes de sair para a folia, pode melhorar seu ânimo.
 
Folhas verdes escuras – são fontes de vitaminas e minerais que participam no metabolismo como antioxidante e detoxificante e, dessa forma, contribuem para o aumento da disposição e energia. Exemplo de energético antes de sair para a rua? Um bom suco detox de rúcula, espinafre, couve, agrião ou endívia.
 
Morango - o morango contém ácido elágico, que ajuda a alertar seu metabolismo, estimular o sistema imunológico e revitalizar o corpo e a mente. A combinação de agentes antioxidantes e anti-inflamatórios encontrados no morango também colabora no combate ao aparecimento de muitas formas diferentes de câncer, inclusive o de boca e garganta. Um energético bacana para se fazer com o morango é um suchá (mistura de ervas e frutas) com chá de folhas de cravo gelado e cinco morangos batidos no liquidificador.  
 
Terra

Refrigerante e álcool em excesso podem prejudicar saúde dos ossos

Foto: Júlio Cordeiro / Agencia RBS
Bebidas aumentam a eliminação de cálcio do organismo
 
Consumir refrigerante e bebidas alcoólicas em excesso pode fazer mal também para a saúde dos ossos. Segundo a nutricionista Barbara Santarosa Emo Peters, membro Associação Brasileira de Avaliação Óssea e Osteometabolismo, a cafeína, presente nas bebidas à base de cola, e o álcool levam ao aumento da eliminação de cálcio pelo urina, nutriente fundamental para o esqueleto.
 
— Além disso, os dois tipos de bebidas possuem fósforo, mineral que inibe a absorção e aumenta a eliminação do cálcio pelo organismo, o que afeta ainda mais a saúde dos ossos — afirma.
 
Segundo Barbara, evitar a perda de cálcio é fundamental, pois o nutriente é o principal elemento na composição dos ossos. A falta dele no organismo pode ocasionar diversos problemas como raquitismo, osteoporose, espasmos nervosos e musculares.
 
— Além do álcool e da cafeína, há outros fatores que podem provocar perda de cálcio, como a alta ingestão de sódio, o uso de nicotina e o sedentarismo — alerta a nutricionista.
 
Ao se dissolver na corrente sanguínea, o sódio — presente no sal —, passa pelos rins e, em seguida, é eliminado por meio da urina, levando consigo uma grande quantidade de cálcio. Por isso, a recomendação é não consumir mais do que 2g da substância por dia.
 
— Já a nicotina compromete a absorção de cálcio nos ossos, ao inibir a produção dos chamados osteoblastos, células responsáveis pela produção dos componentes orgânicos da matriz óssea — acrescenta Bárbara.
 
O sedentarismo também afeta a saúde dos ossos, pois a prática de atividades físicas ajuda na retenção de cálcio e no fortalecimento do esqueleto.
 
— Além de optar por bebidas mais saudáveis, também precisamos substituir o excesso de comida processada por alimentos naturais, reduzir a ingestão de sal e não deixar de fazer exercícios — aconselha a nutricionista.
 
Zero Hora

Médicos baixam índice de glicose aceitável para evitar doenças em pré-diabéticos

Getty Images: Mudança de hábitos pode dificultar a
progressão da doença ou até mesmo revertê-la
Em 15 anos o índice do pré-diabetes caiu de 140 para 99; ao entrar nessa faixa, rim e olhos já podem sofrer lesões
 
Parece exagero o valor de referência do pré-diabetes cair, dentro de 15 anos, de 140 para 99. Mas não é. Estudos mostraram que o organismo já começa a ser lesado quando a glicose em jejum passa de 99 e o resultado da hemoglobina glicada, hoje considerado o teste mais fidedigno do diabetes, vai além de 5,7%. O sofrimento dos tecidos é silencioso, mas os rins já começam a ter alterações e elevam-se os riscos de problemas nos microvasos da retina, o que pode levar à perda de visão total.
 
Como forma de prevenção e não por "terrorismo médico", os valores de referência baixaram. O endocrinologista do Hospital Villa-Lobos Vinicius Eduardo D’Andrea explica que esses valores servem para nortear um tratamento e estipular o ponto de corte para começar os cuidados. Segundo ele, o estudo UPKDS, feito na Grã-Bretanha durante 20 anos, mostrou o surgimento de doenças em quem apresentava glicose a partir de 99 - o que na época não era considerado pré-diabetes - e norteou a decisão de baixar esses valores de referência. 
 
Muita calma nessa hora
Apesar do perigo, quem recebe a notícia de que está com pré-diabetes não precisa se desesperar. Nessa fase, felizmente, não é preciso usar medicamentos, apenas mudar os hábitos de vida. O recomendável é trocar carboidratos simples por integrais (eles retardam a absorção de açúcar no organismo), fazer exercícios físicos e, em casos de sobrepeso ou obesidade, emagrecer.
 
No Brasil, mais da metade da população está em sobrepeso (IMC de 25 a 30) ou obesa (IMC superior a 30), o que leva a um aumento da doença, explica Airton Golbert, endocrinologista membro da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia. Por isso, mesmo que o diabetes esteja sendo diagnosticado precocemente, os casos não param de crescer.
 
O exame de sangue que indica os valores da hemoglobina glicada é o padrão-ouro em diagnóstico.
 
 “A glicemia em jejum é uma ‘fotografia do momento’, a hemoglobina glicada é como um vídeo, que mostra o comportamento ao longo de três meses”, explica o endocrinologista Fadlo Fraige Filho.
 
Dessa forma, aquela clássica dieta que muitos fazem uma semana antes do exame não vai alterar em nada no diagnóstico do diabetes, já que a avaliação da hemoglobina glicada tem o histórico dos últimos 3 meses. 
 
Devido à importância do assunto, Fraige Filho prefere chamar a pré-diabetes como "início da doença." "Essa terminologia 'pré' se entende como situação prévia. Se sou pré, eu não sou. É uma terminologia inadequada. Prefiro chamar isso de início da doença porque já podem aparecer sintomas."
 
iG

Sentença inédita no país obriga Visas catarinenses a manter farmacêuticos nas equipes

Transitou em julgado - ou seja, não cabe mais recurso judicial - a sentença a favor da inclusão de profissionais farmacêuticos em todas as equipes de vigilância sanitária no estado de Santa Catarina, sejam elas municipais ou estadual
 
O processo foi movido contra o Governo do Estado pelo CRF-SC, e a primeira sentença favorável saiu em 2012.
 
"A legislação vigente já define como ato privativo do farmacêutico a fiscalização sanitária em estabelecimentos farmacêuticos, desde 1981, através do Decreto Federal nº 85.878, que estabelece normas para execução da Lei nº 3.820/60, por ser ele a autoridade na área do medicamento", resume Hortência Tierling, presidente do CRF-SC.
 
A sentença, de fato reconhece que é preciso " reconhecer-se o translúcido caráter de ato reservado exclusivamente ao profissional farmacêutico da atividade de fiscalização sanitária de quaisquer estabelecimentos que explorem a atividade farmacêutica, entendidos como aqueles que comercializam drogas, medicamentos, insumos farmacêuticos e correlatos".
 
O Procurador do CRF-SC, Sérgio Gomes Simões Júnior, esclarece que a decisão fixa, para cada autuação realizada sem subscrição do profissional farmacêutico, uma multa de R$ 10 mil. "E mais: se o Governo do Estado não veicular nas suas publicações dirigidas aos municípios a obrigatoriedade do profissional farmacêuticos nas vigilâncias sanitárias municipais, a multa será de R$ 50 mil", comenta o Procurador.
 
"Vamos cobrar do Governo do Estado a contratação de profissionais farmacêuticos nas equipes de vigilância sanitária no estado de Santa Catarina, e cobrar a tomada de posição em relação aos municípios", adianta a presidente do CRF-SC.
 
Procuramos corrigir uma prática que vinha se estendendo em nosso Estado de não cumprir com a determinação legal existente há décadas em relação a um dos âmbitos de atuação privativa do farmacêutico.
 
Esperamos que esta decisão sirva de exemplo para que outros Conselhos Regionais de Farmácia do país possam fazer ações semelhantes em seus Estados. Santa Catarina é pioneiro nesta ação que saímos vitoriosos. Ganha a profissão farmacêutica e a saúde pública.