Foto: Rob C. Witzel / The New York Times |
A prática regular de exercícios, incluindo caminhadas, reduz
drasticamente os riscos de um idoso frágil se tornar fisicamente
incapaz, pelo menos de acordo com um dos estudos mais longos e
abrangentes do tipo. Os resultados do Lifestyle Interventions and
Independence for Elders, ou LIFE, publicados no The Journal of the
American Medical Association (Jama), reforçam a necessidade de atividade
física frequente em qualquer idade.
— Mostramos a relação direta do exercício na diminuição ou prevenção da incapacidade física na população idosa, extremamente vulnerável — afirma Marco Pahor, diretor do Instituto de Envelhecimento da Universidade da Flórida e principal autor do estudo.
Para a pesquisa, cientistas de oito universidades recrutaram 1.635 homens e mulheres sedentários e fracos, com idades entre 70 e 89 anos, que ficaram abaixo dos nove pontos em uma escala de funcionalidade física. Quase metade cravou oito ou menos, mas todos conseguiram caminhar 400 metros sozinhos, ponto limite que define a pessoa como fisicamente incapaz para os estudiosos.
Depois, os participantes foram designados para um grupo de exercícios ou para um educacional. Os que pertenciam ao segundo visitavam o centro de pesquisas uma vez por mês para aulas sobre nutrição e cuidados com a saúde no envelhecimento.
Os do primeiro receberam informações semelhantes, mas também começaram um programa de caminhadas e treinamento leve de levantamento de pesos, tendo de ir ao centro de pesquisas duas vezes por semana para caminhadas em grupo monitoradas, cada vez mais longas. Também teriam de completar de três a quatro sessões em casa, totalizando 150 minutos de exercício e três sessões com pesos de 10 minutos cada por semana.
A cada seis meses, os pesquisadores verificavam as condições físicas de todos os voluntários. O experimento acompanhou o grupo por uma média de 2,6 anos. Ao fim do período, os que se exercitavam mostraram uma probabilidade 18% menor de algum episódio de incapacidade física e 28% menor de se tornarem permanentemente incapazes, isto é, impossibilitados de percorrerem os 400 metros sozinhos.
Participantes do grupo não ativo começaram a se exercitar
Uma preocupação envolve a diferença surpreendentemente pequena, em termos absolutos, no número de pessoas que ficaram incapacitadas em ambos os grupos: cerca de 35% dos indivíduos do grupo não ativo tiveram alguma incapacitação física ao longo do estudo; no do exercício, foram 30%. O que talvez possa ser explicado pelo fato de que muitos participantes do grupo educacional começaram a se exercitar.
— Não seria ético pedir que não se exercitassem, mas se os cientistas tivessem usado um grupo de idosos completamente sedentários com hábitos alimentares ruins, as diferenças teriam sido muito mais pronunciadas. No geral, é um estudo relevante porque se concentra na prevenção da incapacidade física — diz Lewis Lipsitz, professor de Medicina em Harvard e diretor do Instituto de Pesquisa de Envelhecimento do Hebrew SeniorLife em Boston.
Custo benefício da incapacidade
Nos próximos meses, Pahor e seus colegas pretendem explorar sua base de dados de resultados para fazer um acompanhamento adicional, incluindo análise de custo/benefício. O programa de exercícios custou cerca de US$ 1,8 mil por participante ao ano, incluindo o reembolso do que foi gasto com as visitas aos centros de pesquisa, mas esse número é "consideravelmente menor" do que o do acompanhamento integral, com enfermagem, de alguém que se torna fisicamente incapaz.
The New York Times / Zero Hora
— Mostramos a relação direta do exercício na diminuição ou prevenção da incapacidade física na população idosa, extremamente vulnerável — afirma Marco Pahor, diretor do Instituto de Envelhecimento da Universidade da Flórida e principal autor do estudo.
Para a pesquisa, cientistas de oito universidades recrutaram 1.635 homens e mulheres sedentários e fracos, com idades entre 70 e 89 anos, que ficaram abaixo dos nove pontos em uma escala de funcionalidade física. Quase metade cravou oito ou menos, mas todos conseguiram caminhar 400 metros sozinhos, ponto limite que define a pessoa como fisicamente incapaz para os estudiosos.
Depois, os participantes foram designados para um grupo de exercícios ou para um educacional. Os que pertenciam ao segundo visitavam o centro de pesquisas uma vez por mês para aulas sobre nutrição e cuidados com a saúde no envelhecimento.
Os do primeiro receberam informações semelhantes, mas também começaram um programa de caminhadas e treinamento leve de levantamento de pesos, tendo de ir ao centro de pesquisas duas vezes por semana para caminhadas em grupo monitoradas, cada vez mais longas. Também teriam de completar de três a quatro sessões em casa, totalizando 150 minutos de exercício e três sessões com pesos de 10 minutos cada por semana.
A cada seis meses, os pesquisadores verificavam as condições físicas de todos os voluntários. O experimento acompanhou o grupo por uma média de 2,6 anos. Ao fim do período, os que se exercitavam mostraram uma probabilidade 18% menor de algum episódio de incapacidade física e 28% menor de se tornarem permanentemente incapazes, isto é, impossibilitados de percorrerem os 400 metros sozinhos.
Participantes do grupo não ativo começaram a se exercitar
Uma preocupação envolve a diferença surpreendentemente pequena, em termos absolutos, no número de pessoas que ficaram incapacitadas em ambos os grupos: cerca de 35% dos indivíduos do grupo não ativo tiveram alguma incapacitação física ao longo do estudo; no do exercício, foram 30%. O que talvez possa ser explicado pelo fato de que muitos participantes do grupo educacional começaram a se exercitar.
— Não seria ético pedir que não se exercitassem, mas se os cientistas tivessem usado um grupo de idosos completamente sedentários com hábitos alimentares ruins, as diferenças teriam sido muito mais pronunciadas. No geral, é um estudo relevante porque se concentra na prevenção da incapacidade física — diz Lewis Lipsitz, professor de Medicina em Harvard e diretor do Instituto de Pesquisa de Envelhecimento do Hebrew SeniorLife em Boston.
Custo benefício da incapacidade
Nos próximos meses, Pahor e seus colegas pretendem explorar sua base de dados de resultados para fazer um acompanhamento adicional, incluindo análise de custo/benefício. O programa de exercícios custou cerca de US$ 1,8 mil por participante ao ano, incluindo o reembolso do que foi gasto com as visitas aos centros de pesquisa, mas esse número é "consideravelmente menor" do que o do acompanhamento integral, com enfermagem, de alguém que se torna fisicamente incapaz.
The New York Times / Zero Hora