Aplicativos, carreira, concursos, downloads, enfermagem, farmácia hospitalar, farmácia pública, história, humor, legislação, logística, medicina, novos medicamentos, novas tecnologias na área da saúde e muito mais!



segunda-feira, 29 de maio de 2017

Estatina reduz risco de infarto, derrame e insuficiência cardíaca

Um novo estudo mostrou que pessoas que tomam estatinas são menos propensas a terem corações anormalmente grandes

Um novo estudo acaba de comprovar mais um benefício das estatinas para a saúde cardíaca. Além de ter o colesterol controlado, pessoas que tomam estatinas têm menor probabilidade de terem o músculo do coração espesso, condição conhecida como hipertrofia ventricular esquerda, que aumenta o risco de infarto, insuficiência cardíaca e derrame no futuro.

Menor volume e espessura
No estudo, apresentado durante o EuroCMR 2017, conferência sobre exames de imagem cardíaca realizada em Praga, na República Tcheca, pesquisadores da Universidade de Londres analisaram, por meio de exames de ressonância magnética, o coração de 4.622 pessoas na Inglaterra, das quais 17% tomavam estatinas. Os resultados mostraram que, em comparação com quem não fazia tratamento com o medicamento, aqueles que faziam tinham câmaras ventriculares esquerdas com uma porcentagem de massa muscular 2,4% menor. Seu volume de massa ventricular esquerda e direita também eram menores.

Mas, na prática, o que isso significa? De acordo com Nay Aung, autor do estudo, essas características correspondem a uma redução no risco de desfechos adversos associados a um coração grande e espesso, como infarto, insuficiência cardíaca e derrame, em pacientes que, teoricamente já estavam em risco mais alto de desenvolver problemas cardíacos, em comparação com aquelas que não usam o medicamento. Os resultados foram confirmados mesmo após os cientistas contabilizaram outros fatores que podem afetar o coração, como etnia, gênero, idade e índice de massa corporal (IMC)

Possível explicação
Segundo informações do jornal britânico The Guardian, outros benefícios já comprovados das estatinas incluem melhoria da função dos vasos sanguíneos, redução da inflamação e estabilização dos depósitos de gordura nas paredes das artérias. Embora o estudo atual não tenha analisado o porquê desse efeito benéfico das estatinas na estrutura e função cardíaca, pesquisas anteriores já haviam mostrado que o medicamento reduz o stress oxidativo e a produção de fatores de crescimento, químicos naturais que estimulam o crescimento celular. Essas características podem ter influência em seu efeito sobre a estrutura cardíaca. As estatinas também ajudam a dilatar as veias sanguíneas, levando a uma melhora no fluxo e redução do stress do coração.

Medicina personalizada
Apesar dos resultados, Aung ressaltou que isso não significa que todas as pessoas acima dos 40 anos devem tomar estatinas.”As recomendações sobre quem deve ou não tomar estatinas são claras. Há um debate sobre se deveríamos reduzir o ‘corte’ e, o que nós descobrimos é que para pacienteis que já estão tomando o medicamento, existem efeitos benéficos que vão além da redução do colesterol, e isso é bom. Mas, em vez de liberar a prescrição, precisamos identificar as pessoas que mais se beneficiaram desse tratamento, algo conhecido como medicina personalizada“, finalizou.

Veja

sexta-feira, 26 de maio de 2017

Em MS, 40% do índice de intoxicação por medicamentos é por descuido, diz Civitox

No período de 2014 a 2016, Mato Grosso do Sul apresentou o índice de 40% em intoxicações por medicamentos, em sua maioria por acidente individual ou descuido

Os números estão no levantamento realizado pelo Centro Integrado de Vigilância Toxicológica (Civitox) publicado no relatório de orientações de prevenção e notificação das intoxicações medicamentosas. De acordo com a publicação, além dos acidentes envolvendo medicamentos, o índice de intoxicações por tentativa de suicídio também registram o índice igual (40%) no mesmo período.

Relacionando os casos de intoxicação por faixa etária, os registros são maiores em crianças de até nove anos, com 45% de ocorrências. Já crianças de 10 a 14 anos, com 5%, adolescentes de 15 a 19 anos, 8%, na faixa dos 20 aos 39 anos, 24%, faixa dos 40 a 59 anos, 13% e, acima dos 60 anos, 5%. Do total de registros, a maioria das notificações é em mulheres (61%) e em zona urbana (82%).

De acordo com o Civitox, os trabalhos de orientação sobre medicamentos tem sido intensificados, em especial, nas orientações básicas para se evitar as intoxicações. Entre eles estão: cuidados no acondicionamento dos medicamentos, não os deixando à vista e acesso de crianças e animais. Atenção quanto à leitura da prescrição e da bula dos medicamentos. Observação quanto ao nome, forma e concentração do medicamento a ser administrado, a dose e horário do mesmo. Guardar o medicamento na caixa com a bula e observar sempre a validade.

Orientações nas prescrições
Por parte dos profissionais de saúde, o Civitox também orienta que durante a prescrição do medicamento, o profissional avalie o perfil socioeconômico do paciente, optando por medicamentos eficazes na forma farmacêutica ideal, concentração, dose e horários corretos, com letra legível (tanto para o dispensador, administrador, como para a leitura do paciente), onde o preço agregado seja viável ao estilo de vida do paciente, poupando transtornos financeiros e, consequentemente, à saúde do paciente.

Para mais informações sobre os riscos e os efeitos das substâncias químicas, sejam de origem natural ou sintética, acidentes com animais peçonhentos e venenosos e teleconsultoria sobre o diagnóstico, prognóstico, tratamento e acompanhamento dos casos notificados, tanto em humanos como em animais, o Civitox disponibiliza seu Plantão 24h/dia: 0800 722 6001 ou (67) 3386-8655.

MS Notícias

Muito tempo no trânsito aumenta o risco de depressão

Mais de 1 hora de deslocamento e falta de flexibilidade nos horários podem afetar a saúde mental e a capacidade produtiva

Quanto tempo você demora para ir ou voltar do trabalho? De acordo com pesquisa da empresa britânica VitalityHealth, especializada em seguro médico privado, pessoas que passam horas no trânsito, seja no volante ou no transporte público, estão mais propensas ao stress e à depressão, além de enfrentar problemas no sono e na produtividade. O estudo foi feito em parceria com a Universidade de Cambridge.

A pesquisa
O estudo analisou 34.000 trabalhadores de indústrias do Reino Unido para avaliar como um deslocamento diário superior a 30 minutos poderia afetar a saúde e a produtividade da população. Os resultados mostraram que aqueles que enfrentavam viagens com mais de uma hora de duração tinham pior saúde mental: 33% apresentaram risco de depressão e 12% maior probabilidade de relatar stress relacionado ao trabalho. Além desses riscos, 46% mostraram tendência de dormir menos do que as sete horas de sono recomendadas por noite.

Benefícios do horário flexível
Segundo os pesquisadores, esses fatores podem fazer com que esses trabalhadores sejam menos produtivos do que aqueles que possuem horários mais flexíveis. Os participantes que levavam menos de 30 minutos na ida e na volta ao trabalho tinham uma semana extra de produtividade.

Essas conclusões sugerem que uma melhor qualidade do sono e estado mental dos trabalhadores refletem no aumento da produtividade e satisfação com o trabalho. No entanto, ao contrário do que se imagina, trabalhar de casa não ajuda a combater os efeitos negativos do trânsito. As pessoas que faziam home office, mas não tinham regimes de trabalho flexível eram, na verdade, os menos produtivos. Eles perderam, em média, 29 dias de trabalho por ano, mais do que os que não podiam trabalhar em casa e dos que tinham horários flexíveis.

Estratégias dos empregadores
O estudo examinou tanto o impacto do trajeto diário de ida e volta do trabalho como a flexibilidade e as horas trabalhadas em casa. “Os resultados demonstram que a rotina diária tem importância e influência direta na saúde e produtividade dos indivíduos. Permitir estratégias de gerenciamento e flexibilidade aos empregados, para que evitem a hora do rush ou ajustem o trabalho à sua rotina pode ajudar a reduzir o stress e promover estilos de vida mais saudáveis que irão impactar diretamente na produtividade das empresas.”, disse Shaun Subel, diretor estratégico da VitalityHealth, ao Daily Mail.

Veja

Transtorno do Déficit de Atenção/Hiperatividade (TDAH)

O transtorno de déficit de atenção com hiperatividade (TDAH) é um problema comum na população e se inicia na infância. Algumas crianças melhoram os sintomas ao longo de seu desenvolvimento e outras crianças podem continuar apresentando dificuldades na adolescência e até na idade adulta

O principal problema do TDAH é a dificuldade em manter o foco nas atividades ou prestar atenção. Existe o tipo predominantemente Hiperativo e o tipo predominantemente Desatento. As crianças predominantemente hiperativas são muito agitadas e impulsivas, o que traz problemas nos relacionamentos e uma maior propensão a acidentes. Geralmente, com o passar da idade, a hiperatividade e impulsividade diminuem, enquanto os problemas de atenção tendem a durar até a idade adulta.

Os adultos com TDAH tendem a ter problemas de memória e concentração. Eles podem ser desorganizados e ter dificuldade em cumprir compromissos no trabalho ou em casa. Como consequência deste mau funcionamento podem manifestar problemas com ansiedade, baixa autoestima e depressão.

Embora nenhum tratamento único elimine completamente o TDAH, existem opções úteis nestes casos. O objetivo do tratamento é ajudar crianças e adultos a melhorar as relações sociais, a serem mais competentes em suas tarefas e minimizar os comportamentos prejudiciais. O tratamento baseado em medicação e psicoterapia geralmente produz os melhores resultados.

A psicoterapia visa modificar o comportamento e treinar habilidades sociais, sendo a TCC (terapia cognitivo comportamental) a abordagem mais estudada e utilizada. Medicamentos estimulantes têm sido utilizados há décadas e, apesar da controvérsia, são seguros e eficazes para a maioria das crianças e adultos para ajudá-los a concentrar seus pensamentos e controlar seu comportamento.

Veja mais artigos sobre o TDAH em nosso site oficial: www.oficinadepsicologia.com

Júnea Chiari – Psiquiatra da OP

SUS oferece em até 180 dias antirretrovirais para "bloquear" infecção por HIV

Acesso será restrito a grupos de risco. Brasil é o primeiro país da América Latina a adotar a profilaxia


Brasília - O Sistema Único de Saúde (SUS) vai passar a ofertar para pessoas consideradas de comportamento de alto risco para HIV o uso preventivo de antirretrovirais. Os remédios hoje são indicados para tratar a infecção ou, em casos de acidente, para evitar a contaminação depois da exposição a uma situação de risco. Essa terceira estratégia, conhecida como Profilaxia Pré-Exposição (PrEp), é feita a partir do uso diário do remédio. O antirretroviral serviria, portanto, como um “bloqueador” da infecção.

O protocolo sobre a forma do uso do medicamento deverá ser publicado no Diário Oficial da União na próxima segunda-feira. No mesmo dia, será publicada a autorização da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para que o antirretroviral, o truvada, possa ser usado também na pré-exposição. A oferta do medicamento, no entanto, não será imediata. Serviços de referência começam a distribuir o remédio para pacientes selecionados em 180 dias. No primeiro momento, a distribuição dos antirretrovirais para PrEP será feita em 11 capitais e também em Ribeirão Preto (SP). A expectativa é de que, decorrido um ano do início do programa, a oferta já esteja em todas as capitais.

“A PrEP não é uma pílula mágica”, alertou a diretora do Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais, Adele Benzaken. “Pessoas que iniciarem a estratégia devem manter o uso da camisinha.” O Brasil é o primeiro país da América Latina a incorporar a estratégia. Desde 2013, cinco estudos foram conduzidos no país para avaliar a eficácia da medida. O objetivo principal é reduzir o número de pessoas infectadas e, com isso, de circulação do vírus.

A indicação da PrEP não é para a população em geral. Seu uso será permitido para pessoas com mais de 18 anos que sejam consideradas de maior risco, como profissionais do sexo, transexuais, homens que fazem sexo com homens e casais sorodiscordantes – quando um é HIV positivo e o outro não. O uso também não será automático. Pessoas que se encaixam nesse perfil devem fazer exames para verificar se já não são portadoras do vírus e, sobretudo, se estão dispostas a manter o uso do medicamento por um período de tempo.

“A proteção contra o HIV não é imediata. As pessoas que vão fazer uso da terapia precisam tomar o remédio todos os dias. A proteção começa a partir do 7º dia para exposição por relação anal e a partir do 20º dia para exposição por relação vaginal”, disse Adele.

Custo
A estimativa é de que 7 mil pessoas façam o tratamento por PrEP por ano. O custo anual do tratamento é estimado em US$ 275 por paciente. O investimento inicial será de US$ 1,9 milhão na aquisição de 2,5 milhões de comprimidos.

Adele disse que a população atendida não é pequena. “Nem todos se encaixam nesse perfil. Além disso, com o acompanhamento, algumas pessoas podem reduzir o número de parceiros e considerar que já não é mais necessária a prevenção por meio de antirretrovirais”, completou.

As primeiras cidades que vão receber o medicamento são: Belo Horizonte, Porto Alegre, Curitiba, Rio, São Paulo, Fortaleza, Recife, Manaus, Brasília, Florianópolis, Salvador e Ribeirão Preto (SP). Esses municípios foram escolhidos porque já participaram dos cinco projetos desenvolvidos com PrEP no Brasil ao longo dos últimos anos. “Os profissionais já estão capacitados”, disse Adele.

HIV no Brasil
Dados do último boletim epidemiológico do Ministério da Saúde revelam que 827 mil pessoas vivem com HIV/Aids no Brasil atualmente. Desse total, 372 mil ainda não estão em tratamento, sendo que 260 mil já sabem que estão infectadas e 112 mil não sabem que têm o vírus. A Aids, no país, é considerada uma doença estabilizada, com taxa de detecção em torno de 19,1 casos para cada 100 mil habitantes. Ainda assim, o número representa cerca de 40 mil novos casos ao ano.