Aplicativos, carreira, concursos, downloads, enfermagem, farmácia hospitalar, farmácia pública, história, humor, legislação, logística, medicina, novos medicamentos, novas tecnologias na área da saúde e muito mais!



domingo, 12 de junho de 2011

Proposta de banir circuncisão divide a Califórnia

Defensores do projeto de lei, a ser votado pelo Estado americano em referendo, falam de mutilação; judeus e muçulmanos seriam os mais afetados


Apesar da oposição de entidades judaicas, islâmicas e médicas, a circuncisão de recém-nascidos pode ser proibida em San Francisco e outras cidades da Califórnia a partir de novembro, quando os eleitores votam em referendo se concordam ou não com o banimento da prática milenar.

"A mutilação infantil de meninas foi banida há décadas. Como podemos aceitar então que meninos sejam mutilados logo depois de nascer?", questiona Georganne Chapin, uma das líderes do movimento a favor da proibição.

Na visão dos defensores do fim da circuncisão, a prática é uma agressão às crianças. Em seu site, a organização Intact America delineia argumentos a favor da proibição. Dizem que o prepúcio protege o pênis e fornece elasticidade suficiente em caso de ereção. Também cita possíveis sequelas da circuncisão.

O texto da lei a ser submetida ao referendo defende que seja "ilegal circuncidar, cortar ou mutilar parte ou toda a pele do prepúcio, testículos ou do pênis de qualquer pessoa menor de 18 anos". Isso inclui cirurgia em hospitais. Adultos poderiam fazê-la por questões de saúde. Se a lei for aprovada, quem desrespeitá-la pagará multa de cerca de US$ 1 mil e poderá ser preso.

A medida será votada em um momento em que pesquisas indicam menor incidência de transmissão de HIV caso o portador do vírus seja circuncidado. Outras pesquisas citam vantagens em realizar a cirurgia, incluindo a redução no câncer peniano. A Organização Mundial da Saúde (OMS) também recomenda a circuncisão, que tem crescido em regiões como a África.

Nos EUA, a prática está em queda acentuada na última década. Apesar de 80% dos americanos serem circuncidados atualmente, apenas 32,5% dos bebês foram submetidos à cirurgia em 2010. Três anos antes, eram 56%.

Nenhuma pesquisa sobre o apoio à proposta de banimento foi realizada. Em levantamentos na internet sem rigor científico, a maior parte da população de San Francisco se opõe à proibição, pois a decisão deve ser de pais e médicos, além de violar a liberdade religiosa.

Mas esse argumento não convence os defensores da lei. Matthew Hess, fundador do Movimento contra a Mutilação Genital Masculina, diz que "a liberdade religiosa se encerra quando atentamos contra o corpo de outra pessoa". Nesta semana, ele foi acusado de antissemitismo ao fazer um cartum ironizando a circuncisão no judaísmo.

Os mais afetados pela proibição seriam judeus e muçulmanos. A circuncisão é obrigatória nessas religiões. Integrantes de entidades islâmicas e judaicas se juntaram na oposição à proposta. "É uma ação que vai contra nossas tradições", disse o Conselho das Relações Islâmicas e Americanas. Em artigo, o rabino Fred Kogen, responsável por milhares de circuncisões em cerimônias judaicas, diz que não há como comparar a circuncisão genital feminina com a masculina. "Nas meninas há uma completa desfiguração, reduzindo o prazer sexual a zero."

PARA ENTENDER

Judeus fazem cerimônia

Segundo a tradição, os judeus devem circuncidar os bebês em uma cerimônia denominada brit. O processo é comandado por um rabino, e o ideal é que ocorra em uma sinagoga. Muitos judeus optam por realizar a cirurgia em hospitais para evitar o risco de infecção.

Os muçulmanos teriam herdado do judaísmo a tradição, mas não há uma cerimônia e o procedimento não é obrigatório. Não há no Alcorão nenhuma menção à circuncisão, mas a recomendação se estende às meninas.

Teste genético ajuda a reorientar tratamento do câncer de mama

Esse pode ser o primeiro passo para a oncologia personalizada; estudo foi publicado na 'Annals of Oncology'


BARCELONA - O Grupo Espanhol de Pesquisa em Câncer de Mama (Geicam) confirmou em um estudo que um teste genético denominado Oncotype Dx ajuda a reorientar o tratamento do câncer de mama em um terço das pacientes e que representa um primeiro passo para a oncologia personalizada. Os resultados da pesquisa foram publicados na revista Annals of Oncology.

O resultado constata, segundo o chefe de serviço de Oncologia do hospital, Joan Albanell, que o teste orienta o especialista na decisão de acrescentar ou não quimioterapia ao tratamento com terapia hormonal em pacientes com câncer de mama em estádio precoce.

Para validar esse teste, que foi realizado em sete centros, entre eles o Hospital del Mar, em Barcelona, foram estudados 107 pacientes, informa o centro hospitalar em comunicado. O Geicam é formado por 660 especialistas que trabalham em 176 hospitais.

Segundo Albanell, também prediz a magnitude do benefício da quimioterapia e avalia o risco real de recaída da paciente. Para este especialista, o teste é muito útil porque evita a quimioterapia em mulheres nas quais o benefício previsto é mínimo ou inexistente, tanto pela toxicidade quanto pelo próprio custo do tratamento.

O impacto do Oncotype Dx já foi avaliado nos Estados Unidos, mas, para estender os resultados a outras populações, era necessário fazer estudos em outros países, segundo as mesmas fontes. A Espanha foi o primeiro país europeu a validar o impacto clínico desse teste e, a partir de agora, serão iniciados estudos em outros países do continente.

Projeto amplia oferta de transplante

Objetivo é capacitar centros em 14 Estados e melhorar remuneração de equipes


Um projeto que tem como objetivo treinar equipes para captar órgãos e realizar transplantes em 14 Estados brasileiros deve ser submetido nos próximos dias à avaliação do ministro da Saúde, Alexandre Padilha. Caso a proposta seja aprovada, o sistema de transplantes em vigor no País será descentralizado e pode ganhar um novo modelo de gestão, que prevê capacitação de médicos para este tipo de procedimento e melhor remuneração às equipes.

Elaborado pelo Comitê Estratégico para Desenvolvimento de Novos Centros de Transplantes, um órgão consultivo criado pelo Ministério da Saúde logo após a posse da presidente Dilma Rousseff e integrado por acadêmicos e especialistas da área, o projeto prevê a realização de contratos entre os gestores públicos de hospitais e entidades privadas sem fins lucrativos para garantir remuneração atraente às equipes.

"Realizamos cerca de 6,4 mil transplantes de órgão sólidos (rim, pulmão, fígado, coração e pâncreas) por ano no Brasil, o que representa 35% da demanda estimada. Mas esses 35% estão concentrados na faixa litorânea", afirma o cirurgião Silvano Raia, coordenador executivo do comitê e pioneiro do transplante de fígado no País.

A estratégia proposta pelo comitê é treinar equipes desses 14 Estados que hoje não realizam transplante de forma regular para fazer a captação de órgãos. Isso inclui busca de potenciais doadores nas UTIs, manutenção desses pacientes críticos para que os órgãos não se deteriorem, diagnóstico de morte encefálica, técnicas de abordar a família para pedir o consentimento e a retirada dos órgãos. Essa capacitação seria feita por meio de estágios realizados nos centros de excelência do País, como Incor e Hospital do Rim, chamados no projeto de polos centrais.

Em segundo lugar viria a capacitação de médicos para a realização da cirurgia de transplante de órgão, o que seria feito de forma regionalizada (mais informações nesta página).

"Até agora, os polos interessados procuravam o Sistema Nacional de Transplante de Órgãos (SNT) para formar equipes de captação e, mais tarde, centros de transplante", explica Raia. "Se o projeto for implementado, o Ministério da Saúde, por meio do comitê, irá até os polos-alvo para estimulá-los a desenvolver a estrutura."

O presidente da Associação Brasileira de Transplante de Órgãos (ABTO), Ben-Hur Ferraz Neto, ressalta que um obstáculo a ser vencido é o fato de que muitos Estados ainda não possuem uma política estadual de transplantes. "Não adianta formar pessoas que depois não vão encontrar emprego ao voltar para seus Estados. É preciso que os hospitais tenham entre suas prioridades manter um grupo de pessoas que entendam de transplante", analisa.

Esses grupos especializados hoje estão concentrados em hospitais privados ou instituições universitárias que contam com fundações de apoio de caráter privado, como é o caso do Hospital das Clínicas de São Paulo. Segundo Raia, isso ocorre porque, ao contrário dos hospitais públicos da administração direta, essas instituições pagam às equipes salários de mercado.

"O comitê está estudando uma maneira de fazer a descentralização também nesse sentido", diz Raia, que defende a adoção de contratos de gestão para os hospitais candidatos a virar centros regionais de transplante. Isso permitirá que as equipes sejam remuneradas por procedimento e não de acordo com o plano de carreira do funcionalismo público. O modelo, no entanto, seria possível apenas em hospitais geridos por entidades privadas sem fins lucrativos - as chamadas Organizações Sociais da Saúde (OSs) - ou naqueles que contam com fundações de apoio.

"Para o futuro, a meta seria a construção de novos institutos de transplantes por meio de parcerias público privadas (PPPs). Esses novos hospitais seriam geridos por OSs", defende Raia.

Gestão. A proposta, apresentada na semana passada na Academia Nacional de Medicina, conta com o apoio de dois ex-ministros da Saúde: Adib Jatene e José Gomes Temporão. Este último defendeu em sua gestão a adoção do modelo das Fundações Estatais de Direito Privado - empresas que, ao contrário das OSs, seriam criadas pelo próprio Estado para gerir hospitais públicos sem ficar presas a trâmites burocráticos como realização de concursos e licitações.

"Os hospitais públicos carecem de novos modelos de gestão. Enquanto não se cria esse novo modelo, a abordagem proposta por Raia pode ser uma ferramenta interessante", diz Temporão.

Mas a concessão de hospitais públicos a empresas privadas está longe de ser um consenso. "A proposta deve encontrar resistência da ala do Conselho Nacional de Saúde composta de trabalhadores. Eles alegam que isso seria a privatização da saúde", explica Jorge Kayano, especialista em administração hospitalar. Para ele, o modelo das Fundações Estatais de Direito Privado é uma opção que permite maior controle sobre a gestão dos recursos públicos.

Heder Borba, coordenador do Sistema Nacional de Transplantes, explica que não cabe ao ministério decidir como será feito o pagamento das equipes de captação e de transplante. "Isso deve ser pactuado pelo gestor local", diz. Borba revela que a pasta está liberando recursos para incentivar a criação de equipes de captação de órgão, mas considera que a cirurgia de transplante já é bem remunerada pela tabela SUS.

Você sabe o que é camisinha, mas não sabe como utilizar? Confira as principais dúvidas sobre o uso do preservativo

Camisinha. Todos sabem o que é e para o que serve. Contudo, o uso do preservativo ainda gera muitas dúvidas entre os homens, principalmente nos jovens, que estão iniciando a vida sexual. Fazer sexo com segurança não só evita o problema de uma gravidez indesejada, mas protege o casal de uma DST (Doença Sexualmente Transmissível).


Para se ter uma ideia, dados oficiais apontam que no Brasil existem 630 mil pessoas com Aids. São diagnosticados 35 mil novos casos por ano – um número que mostra uma certa estabilidade, justamente pelo uso do preservativo.

Afinal, você sabe como é a melhor forma de colocar a camisinha? E se usar duas delas, aumenta a segurança? Sexo oral pode ser feito sem preservativo? Para esclarecer todas essas dúvidas, o eBand conversou com o urologista Paulo Egydio, que afirma que com cuidados básicos o homem pode manter uma relação segura e sem sustos.

Doutor Paulo, os preservativos são 100% seguros na prevenção de uma DST?

Os preservativos não são 100% seguros, mas trazem uma segurança muito grande desde que usados de forma correta. Uma coisa é o produto, outra é fazer mau uso dele. E assim é tudo na vida. A segurança também está ligada não só ao produto, mas no uso correto dele.

Como deve ser a utilização?

A camisinha deve ser colocada quando o pênis estiver ereto. Aperte a ponta para retirar o ar e desenrole até a base do pênis. Use lubrificante a base de água, para que não haja rompimento da camisinha.

Quem tem alergia ao látex não deve usar preservativo?

É preciso ver se a alergia vem do látex ou do lubrificante da camisinha. A ideia é tentar usar a camisinha sem lubrificante para ver se a alergia continua. Se persistir, poderá fazer a compra de camisinhas de silicone.

A alergia ao látex não é tão frequente, mas uma forma de minimizá-la é: lavar a vagina e o pênis com água e sabão após o ato sexual. Feito este procedimento, mesmo as pessoas que têm certa alergia ao látex, vão tolerar mais.

O uso de preservativo é dispensável em relações estáveis?

Não, ele pode ser usado como planejamento familiar. Em relações estáveis, o casal que não precisa se proteger de doenças sexualmente transmissíveis pode iniciar um ato de penetração, mesmo sem preservativo e, antes de qualquer manifestação de orgasmo, colocar o preservativo e ejacular dentro.

Usar duas camisinhas reduz a chance de engravidar ou contrair DST?

Não, é uma questão desnecessária. Não é somar duas ou três para não romper. O rompimento é baseado no mau uso. O cuidado no colocar, a lubrificação adicional na ponta, a retirada logo depois da ejaculação e a higienização também evitam doenças sexualmente transmissíveis.

Para sexo oral não é necessário o uso de preservativo?

Se não conhece a parceira, o ideal é que seja feito com preservativo tanto para proteção dela quanto para ele. Existem várias doenças transmissíveis pelo sexo oral. Excepcionalmente pode transmitir o HPV, que causa verrugas genitais dentro da boca.

Camisinha atrapalha e incomoda mais na primeira transa?

Depende. Para as pessoas se habituarem ao uso da camisinha, eu sou partidário de que: na masturbação, coloque a camisinha e se masturbe com ela. É bom fazer testes de uso para verificar sobre visão como funciona e se está usando de forma correta.

Quem usa camisinha com espermicida não precisa utilizar outros métodos contraceptivos?

A camisinha com espermicida tem a tendência de matar o espermatozoide, mas se não tiver contato adequado do espermicida com o sêmen não é seguro. É mais um auxílio. Teoricamente aumenta a chance de evitar uma gravidez indesejada.

Preservativos com sabor aumentam as chances de uma possível alergia?

Pode aumentar de acordo com a química que existir. Teoricamente pode ter alergia tanto pelo látex quanto por essas substâncias. Não quer dizer que vai ter, mas aumenta a chance.

O preservativo pode perder o prazo de validade se não for bem armazenado?

Sim. Não o coloque no porta-luvas do carro exposto ao sol e nem o deixe guardado por muito tempo na carteira. Isso pode perder a essência da borracha. Por isso, é bom cuidar de acordo com as especificações da fabricante.

A camisinha feminina pode ser colocada com maior antecedência em relação ao ato?

Sim. A parceira introduz bem no fundo da vagina. Ela fica com uma “lapela” que protege os grandes lábios e evita que o preservativo fique preso na vagina. A camisinha feminina pode ser colocada antes ou no momento da relação sexual.

Não é necessário o uso do preservativo durante a menstruação?

Não. Durante o período menstrual, a chance de engravidar é menor. Em compensação, existe um contato com o sangue e, se for uma parceira que você não conhece, tem maior chance de transmitir DST.

Chega a cinco o número de casos de gripe suína no RS

O número de casos confirmados da gripe suína no Rio Grande do Sul chegou a cinco, informou a Secretaria Estadual da Saúde. Um menino de São Gabriel, de seis anos, teve o diagnóstico confirmado nesta sexta-feira. Ele segue em atendimento e passa bem.


A doença também foi registrada em Bagé, Três Passos e Camaquã. Duas pessoas morreram por causa da gripe. Entre elas um idoso de 71 anos, natural de Bagé, na fronteira do RS, e uma mulher de 48 anos, natural de Anta Gorda.

Uma terceira morte esta sendo investigada. Seria um bebê de apenas dez meses, que tomou somente a primeira dose da imunização contra a gripe. Na próxima semana o Estado deve receber mais 100 mil doses da vacina contra a H1N1.