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quinta-feira, 17 de agosto de 2017

Empresa Cidadã dá 20 dias de licença paternidade

paternidade bannerHomens que trabalham em companhias que fazem parte do projeto devem comprovar a participação em cursos ou atividades durante o pré-natal da parceira para ganhar o benefíci

Agosto é o mês de valorização da paternidade. Então, que tal falarmos um pouco sobre “do que é feito um bom pai”? Antes de tudo, é preciso esclarecer que pai não é apenas aquele que contribui com seu material genético para a concepção do bebê. Durante a gestação, o pai precisa estar em sintonia e se preparar junto com parceira para os dias que virão, desde antes do parto e até depois, na criação desse bebê.

E quando falamos disso, é preciso entender que esse conceito tem nome: paternidade ativa! É um conceito que vem sendo trabalhado com afinco pela Coordenação de Saúde do Homem do Ministério da Saúde.

Paternidade ativa
Isso significa ser um pai presente em todos os momentos do bebê (e claro, por toda a vida, mas vamos nos ater a essa primeira fase), comprometido com os cuidados e o bom desenvolvimento, além de oferecer carinho.

Para incentivar os pais a se envolverem mais no cuidado desse novo ser e ajudarem na manutenção da amamentação, o Ministério da Saúde lançou um documento para orientar pais e empresas sobre o benefício da licença-paternidade estendida. Pelo novo Marco Legal da Primeira Infância (Lei nº 13.257/2016), os pais podem prorrogar de 5 para 20 dias esse período, desde que comprovado o seu envolvimento com o desenvolvimento do bebê.

Segundo o coordenador de Saúde do Homem do Ministério da Saúde, Francisco Norberto, para ampliar a licença “o pai deve participar de cursos ou atividades durante o pré-natal e, depois, entregar um comprovante dessa atividade para a empresa onde trabalha, que por sua vez, deve fazer parte do projeto ‘Empresa Cidadã’, o que concede o benefício da paternidade estendida”.

PAI: 10 dicas de como ajudar na amamentação

Serviço
Janary Damacena para o Blog da Saúde.

Uso de maconha aumenta em até três vezes as chances de morrer por hipertensão

Pesquisa feita nos EUA revela que a cada ano de uso da erva os riscos ficam ainda maiores, e superam os problemas causados pelo tabaco nesse sentido


A briga entre ativistas e governos sobre os benefícios da maconha para a saúde humana é antiga e global. Aos que buscam pela liberação da erva se baseiam em diversos estudos que já mostraram que a droga pode ser eficaz no tratamento de algumas doenças. No entanto, segundo alguns cientistas da Universidade do Estado da Georgia, nos Estados Unidos, ainda existem alguns riscos que precisam ser levados em conta na hora de fazer o uso indiscriminado da maconha .

Para os pesquisadores, usuários da cannabis podem ter até três vezes mais chances de morrer de hipertensão arterial. E o risco é gradativo, ou seja, fica ainda maior a cada ano de uso da droga, ainda que seja utilizada de maneira recreativa. Contrariando o argumento de muitos ativistas, os resultados da análise apontam que o uso da erva é mais perigoso para a saúde do coração do que os cigarros comuns. “É importante estabelecer se os benefícios para a saúde superam os riscos”, alertou a principal autora do estudo, Barbara Yankey.

Processo de pesquisa
Até chegarem a essa conclusão, os cientistas analisaram 1.213 pessoas, com 20 anos ou mais, que estavam envolvidas em uma Pesquisa Nacional de Exame de Saúde e Nutrição. Entre 2005 e 2006, os participantes do estudo foram perguntados se alguma vez usaram maconha e, para quem respondia positivamente, quantos anos eles tinham quando começaram. Também foram coletadas informações sobre o uso de cigarros.

Estes dados foram mesclados com estatísticas de mortalidade do Centro Nacional de Estatísticas de Saúde dos EUA. Ao cruzarem as informações, foi possível constatar que os usuários da droga têm um risco 3,42 vezes maior de morte relacionada à pressão arterial do que os outros, e as chances aumentam em 1,04 vezes por ano de consumo de cannabis. “A maconha estimula o sistema nervoso simpático, levando a aumentos na frequência cardíaca, pressão sanguínea e demanda de oxigênio”, explicou Yankey.

“Encontramos maiores riscos cardiovasculares estimados associados ao uso de maconha do que o tabagismo, o que indica que o uso da erva pode ter consequências ainda mais pesadas no sistema cardiovascular do que o já estabelecido para o tabagismo”, ressaltou a pesquisadora. No entanto, nenhuma relação entre o uso de cannabis e morte por doença cardíaca foi encontrada. As descobertas foram publicadas no European Journal of Preventive Cardiology.

Os especialistas acreditam que a descoberta pode ter implicações particulares nos EUA, onde oito estados legalizaram a maconha – incluindo o Alasca, a Califórnia e o Colorado -, e outros pensam em adotar as mesmas medidas.

iG

mulheres tratando de hepatite C com Viekira Pak não devem utilizar anticoncepcionais orais contendo etinilestradiol

Identificação do produto ou caso: Viekira Pak (ritonavir/ombitasvir/veruprevir+dasabuvir)

Problema: O Viekira Pak (ritonavir/ombitasvir/veruprevir+dasabuvir) foi aprovado pelo Ministério da Saúde para integrar o Protocolo Clinico de Diretrizes Terapêuticas (PCDT) de Hepatite C. Desta forma, a Anvisa publica este alerta para relembrar que as mulheres em tratamento da hepatite C com o medicamento Viekira Pak (ritonavir/ombitasvir/veruprevir+dasabuvir) não devem utilizar anticoncepcionais orais combinados contendo etinilestradiol, orientações que já constam na bula do medicamento.

Os ensaios clínicos realizados para o registro do medicamento demonstraram que em cerca de 1% dos pacientes que utilizam o medicamento contendo ritonavir/ombitasvir/veruprevir+dasabuvir (Viekira Pak) ocorreram elevações transitórias e assintomáticas de ALT (alanina aminotransferase) em 5 vezes ou mais acima do valor normal. Estas alterações foram mais frequentes em mulheres que também faziam uso de medicamentos contendo etinilestradiol (hormônio sintético usado na maioria dos anticoncepcionais orais combinados, adesivos e anéis vaginais contraceptivos). As elevações ocorreram tipicamente durante as primeiras 4 semanas de tratamento e costumaram ser transitórias.

Ação
Assim como disposto na bula do medicamento Viekira Pak, os medicamentos contendo etinilestradiol devem ser descontinuados aproximadamente 2 semanas antes do início da terapia com Viekira Pak. Deve-se realizar a troca dos anticoncepcionais contendo etinilestradiol por medicamentos contraceptivos apresentando apenas progestágeno ou métodos de contracepção não hormonais durante o tratamento. Medicamentos que apresentam etinilestradiol em sua composição podem ser retomados aproximadamente 2 semanas após a conclusão da terapia com Viekira Pak.

A Anvisa orienta ainda às pacientes que:
  • não pare de tomar seu medicamento ou o troque sem antes consultar seu médico;
  • procure atendimento médico imediatamente caso ocorra cansaço, fraqueza, falta de apetite, náusea, vômito e fezes descoloridas durante o tratamento.
E ainda, profissionais de saúde e pacientes devem reportar os casos de reações adversas relacionados ao uso de medicamentos a Anvisa através do Notivisa, Central de Atendimento ao Público e Ouvidoria

Histórico
A hepatite C é causada pelo vírus C (HCV) transmitido principalmente por meio de transfusão de sangue e outros procedimentos médicos invasivos (particularmente até a década de 90); compartilhamento de material para uso de drogas, objetos de higiene pessoal – como lâminas de barbear e depilar, alicates de unha ou outros objetos que furam ou cortam; na confecção de tatuagem e colocação de piercings. O vírus acomete o fígado e em muitos casos pode evoluir para a sua forma crônica levando a graves problemas hepáticos como fibrose, cirrose e câncer hepático e nas fases avançadas da doença pode ocasionar a morte do paciente.

Em 2015, A Anvisa registrou os novos medicamentos para tratamento da hepatite C: sofosbuvir (Sovaldi®), simeprevir (Olysio®), daclatasvir (Daklinza®) e ombistavir/veruprevir/ritonavir+dasabuvir (Viekira Pak®). Com isso, médicos e pacientes passaram a ter mais opções terapêuticas para a doença que apresentam vantagens em relação às terapias já existentes: com destaque para o tempo reduzido de tratamento e para os benefícios do uso oral.

Desde agosto deste ano de 2016, a Agência em parceria com o Ministério da Saúde vem monitorando os eventos adversos relacionados ao uso desses novos medicamentos que foram incorporados no SUS em junho de 2015 e constantes no atual Protocolo Clinico de Diretrizes Terapêuticas (PCDT) de Hepatite C .

Os pacientes que finalizaram e também aqueles que iniciaram o tratamento mas interromperam e/ou abandonaram o esquema de terapêutico para o tratamento da hepatite C estão sendo contatados via telefone pelas Coordenações Estaduais do Programa de Hepatites ou outro parceiro do programa.

Assim, por meio da farmacovigilância ativa destes medicamentos pretende-se caracterizar clínica e epidemiologicamente os pacientes tratados para hepatite C; identificar possíveis fatores associados ao abandono de tratamento e ausência de resposta virológica; identificar possíveis reações não descritas e graves e caracterizar as principais reações ocorridas durante o tratamento. E, desta forma, desenvolver-se-á ações para o tratamento dos pacientes com hepatite C com maior segurança e efetividade.

Recomendações
A Anvisa monitora continuamente os medicamentos e solicita aos profissionais de saúde e pacientes que notifiquem os eventos adversos ocorridos com o uso de qualquer medicamento. A comunicação de suspeitas de eventos adversos pelos pacientes pode ser realizada por meio dos canais disponíveis para atendimento ao cidadão: Central de Atendimento ao Público e Ouvidoria. Para o profissional de saúde, a Anvisa disponibiliza o sistema Notivisa para a realização das notificações de eventos adversos.

Anexos: Referências

Informações Complementares
A Agência Australiana publicou no seu último Boletim chama a intenção para a interação medicamentosa entre Viekira Pak e etinilestradiol. Leia o Boletim na integra em: Medicines Safety Update: Viekira PAK and Viekira PAK-RBV - interaction with ethinyloestradiol. Therapeutic Goods Administration (TGA). Australia, 2017.

ANVISA

Lote de nimesulida da Brainfarma é interditado

Interdição do lote B16k 1609 da nimesulida da Brainfarma foi motivada por reprovação em teste do Instituo Adolfo Lutz

A Anvisa interditou um lote do medicamento nimesulida da empresa Brainfarma Indústria Química e Farmacêutica. A interdição atinge o lote B16k 1609 da Nimesulida (nimsesulida), suspensão oral, 50mg/ml.

O medicamento foi interditado após ser reprovado em dois testes: teor de princípio ativo e teste de gotejamento, na avaliação do Instituto Adolfo Lutz, de São Paulo.

O teor de princípio ativo avalia se a quantidade de medicamento, sua concentração, está correta. Se o teor for maior ou menor que o indicado na embalagem, o tratamento do paciente pode acabar sendo afetado.

Já o teste de gotejamento mede a quantidade de gotas que devem ser utilizadas para atingir a dose que o médico recomentou.

Quando isto não está correto o paciente pode acabar tomando um pouco mais ou um pouco menos que a quantidade recomendada, o que também pode afetar a qualidade do tratamento.

O que devo fazer se precisar deste medicamento?
A interdição cautelar, determinada pela Resolução - RE n° 2.165, de 11 de agosto de 2017, é preventiva e tem validade de 90 dias para que seja feita uma contraprova para confirmar ou descartar o resultado.

Durante o período da interdição, o lote em questão não deve ser comercializado ou utilizado.

Outros lotes da nimesulida deste laboratório ou de outros fabricantes estão liberados.

ANVISA

quarta-feira, 16 de agosto de 2017

Como fazer uso seguro de medicamentos durante a amamentação

Posso tomar medicamento sem culpa? Meu filho será prejudicado? O que eu devo evitar? A orientação do profissional da saúde é essencial para a saúde da mãe e do bebê

Uma das dúvidas comuns entre as mães que amamentam é saber se podem tomar medicamentos. Principalmente as mães que têm doenças crônicas, como diabetes e hipertensão. Apesar de a maioria dos medicamentos ser compatível com a amamentação, seu uso deve ser avaliado de forma criteriosa por um profissional de saúde, para evitar riscos para as mães e para os bebês. Poucos são formalmente contraindicados.

O aleitamento materno é fundamental e de total importância. Por isso, o Ministério da Saúde orienta que as mulheres conversem com um profissional de saúde para fazer uma seleção cuidadosa daquilo que utilizam, para que possam amamentar com segurança. Mas há ocasiões em que é preciso considerar o risco/benefício do tratamento na mãe que amamenta.

“É preciso avaliar que tipo de medicamento a mulher está tomando. Caso seja um medicamento que prejudique a amamentação, é preciso analisar o que tem maior valor no momento, o medicamento ou a amamentação, sempre lembrando que o leite materno é o melhor alimento para o bebê”, explica a coordenadora de saúde da mulher do Ministério da Saúde, Esther Vilela.

A maioria dos remédios passa para o leite materno, mas em pequenas quantidades. Muitas vezes, não chegam a ser absorvidas no trato gastrointestinal da criança. Contudo, é essencial que a mãe informe sobre uso de medicamentos. “Existem três categorias de medicamentos durante o período de lactação: uso compatível, uso criterioso e uso contraindicado. Por isso, a orientação de um profissional é sempre importante”, esclarece a coordenadora.

Medicamento contínuo
O acompanhamento e a orientação especializada, desde o pré-natal, são essenciais para que a mulher que faz uso de medicamento contínuo se sinta segura a prosseguir seu tratamento durante a amamentação. “As mulheres que têm doenças crônicas podem amamentar, mas em todos esses casos é extremamente importante que essa mulher, desde a gestação, tenha um acompanhamento, principalmente para se sentir apoiada em todos os momentos”, completa Miriam Santos, médica pediatra da Secretaria de Saúde do Distrito Federal.

Esse acompanhamento foi fundamental para a nutricionista Sabrina Scotton continuar a amamentar o filho dela. Com diabetes desde os 11 anos, ela conta que sua profissão também a ajudou a entender sobre o assunto e, por isso, se sentiu segura em tomar suas medicações. “As minhas doses de insulina aumentaram durante a gestação, mas somente na gravidez. Já no período da amamentação voltou à dosagem normal. Mas eu sabia que isso não seria um problema durante o aleitamento, que não passaria para minha filha”, relata.

Para mais segurança, mesmo com aquelas dores de cabeça na correria do dia a dia, desconforto, enjoou ou dor, é importante sempre continuar contando com uma orientação médica na necessidade do uso de qualquer remédio e assim evitar riscos para a mamãe e para o bebê. Além disso, quando há indicação, a mãe deve usar como foi receitado, tomando a quantidade certa, na hora certa, pelo tempo que foi determinado.

Confira abaixo algumas das substâncias avaliadas no manual de Amamentação e uso de medicamentos e outras substâncias do Ministério de Saúde.

Para acessar a lista completa, clique aqui.

nuso compatível nuso criterioso nuso contraindicado
Antiácidos
Esomeprazol
Lansoprazol
Descongestionantes nasais
Fenilpropanolamina
Efedrina
Antitussígenos (contra tosse)
Codeína
Dropropisina
Vasopressores
Adrenalina
Efedrina:
Antibióticos
Amoxicilina
Levofloxacina
Linezolida
Contraceptivos
Dispositivo intrauterino (DIU)
Drospirenona
Anticoncepcional hormonal combinado
Cosméticos
Tinturas para cabelo
Amônia
Formol 

Luíza Tiné, para o Blog da Saúde