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terça-feira, 23 de outubro de 2018

Anvisa proíbe a venda de remédio para emagrecer em todo o país

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A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) proibiu nesta semana a venda de um remédio para emagrecer

Vendido pela internet com a promessa de ajudar na perda de peso, o Sibuterol teve também sua fabricação suspensa. De acordo com a Anvisa, o medicamento não possui nenhum registro oficial.

Em nota, a agência ressalta que qualquer produto que afirma possuir ações terapêuticas é considerado um medicamento e, portanto, precisa ter registro para ser fabricado e vendido. Caso contrário, não existe nenhum tipo de garantia de sua qualidade, procedência e, é claro, eficácia.

Mais produtos
A Anvisa também suspendeu a distribuição, comercialização e divulgação de dez cosméticos fabricados pela Biotec Comestivos. De acordo com a agência, a empresa liberou os produtos para a venda antes da conclusão de todos os testes necessários.

Confira a lista dos produtos suspensos e seus respectivos lotes:
  • Needs sabonete líquido erva doce – lote 14073
  • Needs sabonete líquido maracujá – lote14999
  • Needs sabonete líquido lavanda – lote15003
  • Needs desodorante hidratante corpo amêndoas – lote 14622
  • Needs sabonete antibacteriano cremoso erva doce – lote15045
  • Biohair shampoo pós-química, kit 350ml – lote 14772
  • Biohair creme de tratamento intensivo detox antipoluição – lote 16.425 Óleo capilar Relvazon vitamina A – lote 14677
  • Relvazon shampoo queratina – lote 16439
  • Relvazon antitransparante roll-on women active emotion – lote 15376
O que fazer?
Se encontrar um produto irregular à venda, o consumidor deve contatar a Ouvidoria ou ligar para a central da agência pelo telefone 0800 642 9782 e informar o nome do produto, fabricante e o local de compra. Se possível, o cliente pode enviar também uma amostra do item para que medidas necessárias sejam tomadas.

Interpol apreende 500 toneladas de remédios ilegais em 116 país

Health Canada inspecting suspected counterfeit and illicit pharmaceuticals in Montreal, Quebec, during Operation Pangea X from September 12-19, 2017, in collaboration with the RCMP and CBSA.Entre os medicamentos, estão drogas contra o câncer, analgésicos falsos, anti-inflamatórios, drogas para o tratamento do HIV, Parkinson e diabetes

A Organização Internacional de Polícia Criminal (Interpol) anunciou nesta terça-feira (23) a apreensão de 500 toneladas de remédios ilegais disponíveis na internet em 116 países.

A operação batizada de Pangea XI, que aconteceram entre 9 e 16 de outubro, levaram a 859 detenções em todo o mundo. O material apreendido foi avaliado em cerca de 14 milhões de dólares.

Entre os medicamentos, estão drogas contra o câncer, analgésicos falsos, anti-inflamatórios, drogas para o tratamento do HIV, Parkinson e diabetes.

"Concentrando-se nos serviços de entrega manipulados por redes do crime organizado, a operação levou ao fechamento de 3.671 links da rede, incluindo sites, páginas de redes sociais e mercados online", disse a Interpol.

Mais de 110.000 dispositivos médicos, incluindo seringas, lentes de contato, aparelhos auditivos e instrumentos cirúrgicos também foram apreendidos.

“Os criminosos estão agora enviando pacotes contendo um número menor de pílulas e comprimidos para tentar evitar as verificações mais rigorosas que se tornaram rotineiras em muitos países, como resultado das operações da Pangea”, afirmou o secretário-geral da Interpol, Jürgen Stock.

O comércio ilegal de remédios na internet --e em especial no que é conhecido como Dark Web-- vem crescendo nos últimos anos, apesar de as autoridades fecharem grandes sites de venda, já que as gangues criminosas diversificaram e buscaram novos clientes online.

Tratou-se da segunda apreensão significativa de remédios feita pela Interpol neste mês.

G1

terça-feira, 21 de agosto de 2018

40% dos brasileiros fazem auto-diagnóstico médico pela internet


Imagem relacionadaGrande maioria são pessoas das classes A e B, com curso superior e jovens

Pessoas das classes A e B, com curso superior e jovens, são o perfil dos pacientes que usam a internet para se autodiagnosticar, segundo levantamento de um instituto, entidade de pesquisa e pós-graduação na área farmacêutica. O terceiro estudo do instituto sobre o tema apontou que 40,9% dos brasileiros fazem autodiagnóstico pela internet. Desses, 63,84% têm formação superior.

A última edição do estudo, de 2016, já apontava patamar de 40% de autodiagnóstico online, mas dessa vez foi traçado o perfil socioeconômico. “É uma novidade e nos surpreendeu muito, porque imaginávamos que quem se autodiagnosticava eram pessoas que não têm acesso ao médico. Mas são das classes A e B, esclarecidas e com poder econômico para buscar informação de saúde mais concreta e consciente”, diz o diretor de pesquisa do Instituto.

Entre os que fazem autodiagnóstico 55% são das classes A e B e 26%, das classes D e E. “Pessoas de baixa renda ainda buscam mais o médico em prontos-socorros. Quanto mais idosas, mais recorrem ao médico, pois têm dificuldade com a internet de modo geral.” O levantamento foi feito em maio em 120 municípios, incluindo todas as capitais, e ouviu 2.090 pessoas com mais de 16 anos. Para os pesquisadores, o imediatismo está entre as motivações, principalmente na geração de 16 a 34 anos.

A professora Isabella Oku, de 28 anos, é um exemplo. “Evito ir a consultas em relação a certos sintomas, coisas que não são tão graves, como alergias.” Há cerca de oito meses, ela está com um desconforto na unha, que coça sempre que vai à manicure. Isabella pesquisou na internet uma pomada, que está usando. “Não quero precisar esperar o médico ter disponibilidade para me atender”. Na semana passada, com dor de garganta, já chegou ao consultório dizendo que estava com amidalite. “Tomei antibiótico e não adiantou nada. O médico falou que eu estava resfriada e isso é muito genérico.”

Riscos
Denize Ornelas, da Sociedade Brasileira de Medicina de Família e Comunidade, diz que o número de pacientes que chegam aos consultórios com autodiagnóstico e automedicação é crescente. “O maior impacto é quando chegam por efeitos colaterais ou interação medicamentosa”, diz. “A maior parte das doenças começa com dor, febre, indisposição, sintomas mais gerais. Se o paciente se automedica e não espera a progressão, pode mascarar uma doença. Dor abdominal pode ser azia e má digestão, mas, se você faz uso constante de antiácido, pode retardar um diagnóstico de câncer de estômago. É raro, mas pode acontecer.

Em 2016, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) definiu os critérios para que remédios pudessem ser isentos de prescrição médica. Não ter potencial para causar dependência, não ter indicação para doenças graves e ser tomado por prazo curto estão entre os requisitos. “São feitos para sintomas menores, como dor de cabeça, indisposição estomacal”, diz Marli Sileci, da Associação da Indústria de Medicamentos Isentos de Prescrição

O Google e o Hospital Israelita Albert Einstein fecharam em 2016 parceria para oferecer informações confiáveis a usuários que fazem buscas na área da saúde por meio de quadros com dados sobre as doenças revisados pelo hospital. No ano passado, foram incluídos dados sobre os sintomas.

Paraná lança campanha de Logística Reversa de Medicamentos

Resultado de imagem para logística reversa de medicamentosA auto-medicação e o uso irracional de medicamentos contribuem para que os medicamentos estejam dentre as principais causas de intoxicação!

Somado a isso, tem-se ainda que o descarte inadequado de medicamentos, como nos vasos sanitários, lixo comum, pia, esgoto, queima a céu aberto, gera um grande passivo ambiental.

Dessa forma, o uso racional de medicamentos e o descarte adequado dos mesmos é fundamental para a manutenção do meio ambiente, saúde humana e animal. Neste sentido a Logística Reversa de Medicamentos domiciliares vencidos ou em desuso constitui um conjunto de ações, procedimentos e meios destinados para coleta e destinação final ambientalmente adequada dos medicamentos.
Recomendações:
➡️ Siga o tratamento pelo tempo recomendado
➡️ Sempre verifique a data de validade
➡️ Não use medicamentos vencidos
➡️ Tome os medicamentos no horário correto, na dose recomendada e no período de uso determinado
➡️ Informe um profissional de saúde caso apareça qualquer sintoma inesperado
➡️ Não descarte medicamentos no vaso sanitário, lixo comum ou esgoto
➡️ Procure sempre ponto de coleta para o descarte adequado
Caso haja em sua residência medicamentos vencidos, ou sobras de medicamentos que não serão mais utilizados, procure o ponto de descarte mais próximo.
Programa de Logística Reversa de medicamentos domiciliares vencidos ou em desuso 
Existem empresas localizadas no Estado do Paraná que realizam a coleta permanente de medicamentos domiciliares vencidos ou em desuso. Veja aqui quais são os pontos de coleta. Com o objetivo de intensificar a coleta e atingir o maior número de localidades nas 22 Regionais de Saúde, o Governo do Estado do Paraná promove de 15/08/2018 a 15/10/2018 uma campanha para descarte de medicamentos domiciliares vencidos ou em desuso.
Legislação – Lei nº 12.305, de 02 de Agosto de 2010, que Institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos; Lei Estadual nº 17.211, de 03 Julho de 2012, que Dispõe sobre a responsabilidade da destinação dos medicamentos em desuso no Estado do Paraná; Decreto nº 9.213, de 23 de Outubro de 2013, que regulamenta a Lei nº 17.211, de 03 de julho de 2012, que dispõe sobre a responsabilidade da destinação dos medicamentos em desuso no Estado do Paraná.
Realização: Governo do Estado do Paraná, Secretaria de Estado da Saúde – SESA e Secretaria de Estado do Meio Ambiente e Recursos Hídricos – SEMA, Apoio: Conselho Regional de Farmácia do Estado do Paraná – CRF-PR, Consórcio Paraná Saúde, Grupo Técnico de Medicamentos do Paraná – GTM-PR, Secretaria Municipal de Saúde de Curitiba – SMS, Secretaria Municipal do Meio Ambiente de Curitiba – SMMA, Sindicato da Indústria de Produtos Farmacêuticos no Estado de São Paulo – SINDUSFARMA, Sindicato das Indústrias de Papel e Celulose do Paraná – SIMPACEL, Sindicato das Indústrias Químicas e Farmacêuticas do Estado do Paraná – SINQFAR, Sindicato do Comércio, Varejista de Produtos Farmacêuticos do Estado do Paraná – SINDIFARMA e Universidade Federal do Paraná – UFPR
Fonte: CRF-PR

quinta-feira, 16 de agosto de 2018

Brasil e mais onze países assinam documento para prevenção e enfrentamento do AVC

Resultado de imagem para strokeA Carta de Gramado estabelece 16 compromissos assumidos por países da América Latina com o objetivo de melhorar a prevenção e o cuidado da doença em seus respectivos territórios

Reduzir a mortalidade por Acidente Vascular Cerebral (AVC) e promover a saúde mental e o bem-estar da população até 2030. Esses são os principais objetivos da Carta de Gramado, documento assinado pelo Brasil juntamente com mais 11 países da América Latina, durante o XXI Congresso Iberoamericano de Doenças Cerebrovasculares, no Encontro Interministerial Latinoamericano de AVC, em Gramado (RS). A assinatura do documento marca o mês de agosto, quando se comemora o Dia Nacional de Combate ao Colesterol, nesta terça-feira (08). O colesterol alto é um dos fatores de risco do AVC.

A cooperação internacional para avançar nas estratégias de combate ao AVC foi firmada pelo Brasil, Argentina, Bolívia, Chile, Colômbia, Costa Rica, Equador, México, Panamá, Paraguai, Peru e Uruguai. A doença é a segunda causa de morte na maior parte desses países. Atualmente, o Brasil é referência no tratamento do AVC para os demais países da América Latina, já dispondo de Linha de Cuidados em AVC estabelecida como política pública de saúde.

“Nós estamos de uma forma muita clara, objetiva e, principalmente, junto à Sociedade Brasileira de Neurologia verificando tudo aquilo que é necessário dentro da linha de cuidados para avançar cada vez mais no atendimento a pacientes vítimas de AVC”, explicou o secretário de Atenção à Saúde do Ministério da Saúde, Francisco de Assis, durante a apresentação das ações realizadas pela pasta para prevenção, tratamento e reabilitação das pessoas acometidas pelo AVC. Na ocasião, o secretário representou o ministro da Saúde do Brasil.

Carta de Gramado
Na Declaração, os países se comprometem em: proporcionar educação da população quanto aos sinais de alerta, urgência no tratamento e controle dos fatores de risco; promover ambientes seguros e saudáveis para estimular a realização de atividade física; implantar políticas para o controle do tabaco; estimular a alimentação saudável, para reduzir o consumo de sal, uso prejudicial de álcool e controlar o peso; visando diminuir a incidência de doenças cardio e cerebrovasculares.

Os compromissos também incluem estabelecer estratégias de detecção de fatores de risco tratáveis como hipertensão, fibrilação atrial, diabetes e dislipidemias; promover a atenção, visando ao controle dos fatores de risco tratáveis; organizar o atendimento pré-hospitalar, priorizando o paciente com AVC; priorizar a estruturação de centros de AVC, organizar unidades de AVC com área física definida e equipe multidisciplinar capacitada, disponibilizar tratamentos de fase aguda baseados em evidência, disponibilizar exames para investigação etiológica mínima, promover alta hospitalar para prescrição de prevenção secundária, estimular o uso de telemedicina nos hospitais sem acesso e especialista em tempo integral para orientação do tratamento agudo. O próximo passo em relação ao encontro ministerial será encaminhar a Carta de Gramado para todos os países que a assinaram para que possam implementar as recomendações estabelecidas. Acesse a íntegra do documento.

Panorama do AVC no Brasil
Anualmente doenças cardiovasculares, respiratórias crônicas, diabetes e câncer respondem por 74% dos óbitos e são a primeira causa de mortes no país. Estatísticas Brasileiras indicam que a doença é a causa mais frequente de óbito na população adulta (10% dos óbitos) e consiste no diagnóstico de 10% das internações no Sistema Único de Saúde (SUS). Em 2016 foram 188.223 internações para o tratamento de AVC isquêmico e hemorrágico no SUS. Sobre as mortes, a pasta registrou em 2016, no Sistema de Informação sobre Mortalidade (SIM), 40.019 óbitos por AVC.

Avanços no SUS
O Ministério da Saúde lançou o Plano de Ações Estratégicas para o Enfrentamento das Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNT), que tem a expansão da Atenção Básica como uma das principais ações de enfrentamento, uma vez que nessa área é possível resolver até 80% dos problemas de saúde. O conjunto de ações do Governo Federal, com expansão do acesso a serviços de saúde, diagnóstico precoce e tratamento, além das ações de promoção da saúde, como a redução do sódio e do açúcar nos alimentos, já impacta na queda de óbitos precoce por Doenças Crônicas Não Transmissíveis, entre elas, o AVC.

Dados do Sistema de Informação sobre Mortalidade (SIM) do Ministério da Saúde mostra uma redução anual de 2,6% da mortalidade prematura por doenças crônicas entre adultos (30 a 69 anos). Com isso, o Brasil já cumpre a meta para reduzir mortalidade por doenças crônicas parte do Plano de Ações Estratégicas para o Enfrentamento das Doenças Crônicas Não Transmissíveis no Brasil 2011-2022. A meta inicial era de reduzir as taxas de mortalidade prematuras em 2% ao ano até 2022.

Para o atendimento especializado, atualmente são 60 estabelecimentos habilitados como Centros de Atendimento de Urgência aos Pacientes com AVC. Com foco na reabilitação de pacientes com lesões neurológicas devido a doença, desde 2012, o Ministério da Saúde habilitou 203 Centros Especializados em Reabilitação (CER) em todo o país, além de 36 Oficinas Ortopédicas.