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sexta-feira, 5 de agosto de 2011

Ações de farmacêutica dos EUA caem mais de 60% em um dia

As ações da farmacêutica americana Dendreon operavam em queda de 66% por volta das 15h30 (horário de Brasília) na bolsa de Nova York nesta quinta-feira, 4.

A queda no preço dos papéis, nesse caso, não é simplesmente um reflexo da turbulência internacional vivida nos mercados financeiros. É um caso à parte, segundo as explicações relatadas por diversos serviços de informações financeiras.

Médicos resistem a prescrever aos seus pacientes o Provenge, uma vacina contra câncer de próstata que até pouco tempo atrás entusiasmava investidores. Motivo: o tratamento custa US$ 93 mil. O remédio não é vendido em farmácias; como em outros tratamentos de câncer, o médico administra o medicamento no paciente dentro de sua clínica – e arca com os custos.

O órgão regulador da saúde nos Estados Unidos aprovou o uso do Provenge no ano passado. Nos primeiros meses, as vendas não tiveram resistências porque quem prescrevia o remédio eram médicos ligados a laboratórios e organizações. Agora que a companhia busca vender o remédio por meio de médicos particulares ou empresas menores, não consegue atingir a meta de faturar de US$ 350 milhões a US$ 400 milhões anuais com o produto.

Investidores estranharam o fato de a Dendreon ter passado de um quadro otimista para um pessimista de forma rápida e acharam que as explicações dadas foram insuficientes. “Nós fomos pegos de surpresa por essa explicação, uma vez que os números, algumas semanas atrás, eram todos positivos. Hoje nós temos mais perguntas do que respostas sobre a dinâmica de lançamento do Provenge”, disse à Reuters um analista da Equity Research.  

“Os administradores [da Dendreon] não foram capazes de nos convencer que as preocupações sobre o reembolso possam ser resolvidas rapidamente”, analisou a Gleacher & Co, como registrou a Reuters.
A empresa acredita que os médicos comecem a aderir conforme tomem conhecimento de que eles serão rapidamente reembolsados. Mas, como observa o Health Blog, do “Wall Street Journal”, se a companhia realmente pensa assim, por que ela está reduzindo sua capacidade de produção, com um número não revelado de demissões?

Mais do que a frustração de não alcançar a receita esperada com as vendas, é a falta de confiança junto a investidores que parece ter abatido com força as ações da companhia.

Fonte Estadão

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