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quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Pesquisadores advertem sobre riscos da clonagem humana reprodutiva

Governos que destinam recursos para isso são "irresponsáveis", segundo estudiosos

Um grupo de cientistas liderados pelo americano John Haas advertiu nesta segunda-feira (22) sobre os riscos da clonagem humana com fins reprodutivos e rejeitou a abertura de um debate sobre esse tema.

Em entrevista coletiva na capital mexicana, Haas afirmou que a clonagem destinada à reprodução de seres humanos traria consigo "graves efeitos secundários para a saúde". Ele disse que nos experimentos com animais, inclusive os que se encontram em via de extinção, já se viram defeitos genéticos e morfológicos, como envelhecimento prematuro ou falta de extremidades.

O cientista cita o famoso caso da clonagem há 15 anos da ovelha Dolly, que apresentou doenças graves, tais como pneumonia, artrites e câncer.

Esse tipo de procriação consiste, explicaram os especialistas, em reproduzir um ser humano a partir do núcleo da célula de um adulto para que depois dê lugar a um embrião, em vez da união de um óvulo e um espermatozóide.

Haas considerou "grave e irresponsável" a possibilidade de que alguns governos destinem recursos e esforços para a clonagem humana reprodutiva, enquanto enfrentam urgentes problemas de saúde, "como as doenças infectocontagiosas, que seguem sendo a primeira causa de mortalidade" em países em desenvolvimento.

- Os seres humanos devem ser reconhecidos como iguais em dignidade, e com esse método, assim como com a fertilização in vitro, desde o início de suas vidas estão sujeitos a decisões arbitrárias dos demais.

Rodrigo Guerra, diretor do Cisav (Centro de Pesquisa Social Avançada do México), disse que não existe evidência científica possível para sustentar que um zigoto, ou um óvulo recém-fecundado, não tenha direitos.

- Sabemos por experiência empírica contundente que as estruturas precursoras do sistema nervoso central existem desde o momento da fecundação, desde aí o genoma humano é completo e funcional e seu metabolismo é autônomo, ou seja, processa energia por si mesmo, embora continue sendo dependente nutricionalmente da mãe.

O cientista indicou que o embrião tem capacidades humanas, embora limitadas, e portanto toda a normalidade existente internacionalmente para proteger seres humanos com capacidades diferentes deve aplicar-se nestes casos. Por isso, segundo ele, "a clonagem humana deve ser revista com muito cuidado".

Fonte R7

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