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segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Quando o esquecimento pode significar demência

Cuidar de parentes idosos pode ser algo bem complicado. Muitos adultos podem se sentir pressionados com o acúmulo de tarefas, principalmente se possuem filhos. Pequenas alterações na memória ou perdas nas habilidades de raciocínio são comuns à medida que envelhecemos, por exemplo, lapsos curtos de atenção, como esquecer onde estão as chaves do carro ou o nome de alguém, e não devem causar preocupação.

Agora, se o idoso se perder em lugares conhecidos, deixar a comida queimar com frequência porque se esqueceu do fogo ligado ou ser incapaz de se lembrar de conversas recentes, tudo isso pode estar relacionado ao Alzheimer ou outras doenças senis, relacionadas à demência.

Mas o que é demência?
Segundo a American Psychological Association, a demência se refere a problemas significativos com a memória e comprometimento de pelo menos outra capacidade cognitiva, como a linguagem ou o raciocínio. A demência pode ser causada por Alzheimer ou outro problema relacionado ao envelhecimento, como derrame ou mal de Parkinson.

A demência não é uma consequência inevitável, porém, está relacionada ao envelhecimento e chega a atingir até 50% dos idosos com mais de 85 anos. Outra condição, o prejuízo cognitivo leve – MCI, na sigla em inglês – se refere a problemas com a memória ou outras capacidades cognitivas, não perceptíveis no dia a dia. Para alguns, o MCI pode levar à demência, mas isto não é uma regra.

É possível prevenir a demência?
Não existem hoje tratamentos ou estratégias que garantam que um indivíduo não vai desenvolver Alzheimer ou outra demência, mas alguns estudos apontam para atitudes que, se praticadas ao longo da vida, podem ajudar a manter a saúde cognitiva na velhice.

É fato que o estresse pode causar problemas com a capacidade de raciocínio. Desta forma, idosos e os adultos responsáveis por eles devem praticar atividades recreativas e relaxantes, a fim de melhorar a qualidade de vida e bem-estar. Ser socialmente ativo tem mostrado benefícios no humor e nas capacidades cognitivas. Estimular o intelecto com atividades como ler, visitar um museu, fazer palavras cruzadas, entre outras, ajuda a criar ricas conexões entre as células do cérebro, o que mantém ou melhora a função cerebral, mesmo em face de reduções no tecido cerebral relacionadas à idade.

Mesmo que não comprovado, é fato que as pessoas que praticam atividades físicas e mentais se sentem melhor. Alguns estudos sugerem que há benefícios em longo prazo, mas estão mais relacionados ao funcionamento geral físico e bem-estar do que à função cognitiva. Outros estudos evidenciam que a prática de exercícios reduz o risco de problemas vasculares, como diabetes, pressão alta e derrames, associando com a melhora do funcionamento cognitivo e diminuição do risco de demência.

Além dos exercícios físicos, é necessário também manter bons hábitos alimentares. Pesquisas mostram que dietas ricas em gorduras insaturadas – ou gorduras boas – presentes principalmente em óleos vegetais, peixes, sementes, castanhas e no abacate, podem também diminuir o aparecimento de problemas cognitivos.

Onde posso conseguir ajuda?
Algumas perdas cognitivas são comuns com o envelhecimento, mas é sempre bom buscar informações. Se você notar características que indiquem problemas com a capacidade de raciocínio de um idoso, o primeiro passo é procurar o médico da família para fazer o primeiro diagnóstico e saber se é necessário procurar um neuropsicólogo. Esse profissional é especialista em Psicologia com formação em avaliação e tratamento de problemas cognitivos associados à demência ou a outros problemas neurológicos.

A detecção precoce da demência senil por um profissional é fundamental para se dar início ao tratamento adequado, mesmo nos casos mais leves. Neuropsicólogos desempenham um papel fundamental no tratamento, planejamento de intervenções cognitivas, psicológicas e comportamentais em idosos, estabelecendo estratégias para garantir a qualidade de vida e bem-estar.

Fonte O que eu tenho

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