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quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Portugal: Genéricos: Saúde dos doentes em risco

O bastonário da Ordem dos Médicos (OM) disse esta quarta-feira estar contra a troca de genéricos nas farmácias, alertando que estes medicamentos têm diferentes substâncias e impurezas que podem por em risco a saúde dos doentes.

 
Cumprindo a lei "os genéricos com o mesmo princípio activo podem ter variabilidades grandes entre si", afirmou José Manuel Silva, comentando a proposta de lei do Governo de prescrição por Denominação Comum Internacional (DCI) que será votada sexta-feira no Parlamento

Segundo o bastonário, "os genéricos podem não ser bioequivalentes entre si: têm diferentes métodos de fabrico, têm diferentes excipientes [substâncias sem actividade terapêutica], têm diferentes impurezas e por isso muitos doentes sentem o efeito dessas modificações".

"O que está em causa nesta proposta de lei não é a alteração de um original por um genérico, nem é sequer aumentar a taxa de genéricos em Portugal. O que está em causa nesta lei é induzir a substituição de um genérico prescrito por um médico por outra marca do mesmo genérico escolhida pela farmácia", explicou.

O que os médicos pedem para "estimular a prescrição de genéricos é que, quando um médico prescreve um genérico, essa marca não seja substituída na farmácia", justificou.

Por outro lado, como varia o aspecto e a cor dos comprimidos e as embalagens são diferentes, há doentes que tomam duas e três marcas do mesmo princípio activo e, muitas vezes, acabam nas urgências com situações potencialmente graves, alertou.

José Manuel Silva recordou o caso, que "se repete diariamente pelo país", de uma doente com insuficiência cardíaca que "descompensou" porque estava a tomar duas marcas de uma determinada substância activa e duas de outra por causa das trocas das farmácias.

Considerou ainda inaceitável que "a estabilidade clínica e a saúde dos doentes possa ser posta em causa apenas para favorecer os interesses comerciais dos farmacêuticos, que são legítimos mas não se podem sobrepor ao tratamento adequado dos doentes".

Fonte Correio da Manhã

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